segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Interior mostrando a sua força

Se a gente fizer uma viagem no tempo, vamos nos lembrar de que nos anos 80 e 90, a Dupla Gre-Nal tinha a hegemonia total dos campeonatos no Rio Grande do Sul.
Ninguém conseguia a façanha de derrubar os times da capital. E quando isso acontecia, era a maior festa na cidade do vencedor.
Só que de uns tempos pra cá, os clubes do interior do estado estão mostrando cada vez mais a força que eles tem.
A cada ano que passa, a disputa fica mais acirrada para azuis e vermelhos contra os clubes ditos "pequenos" e na briga de Davi contra Golias, Davi tem ganho com mais frequencia.
É o que está escrito neste Gauchão.
Novamente um time do interior disputa com um time da capital a taça do primeiro turno do campeonato.
E para exemplificar melhor, dos quatro clubes envolvidos na semi-final, só um é da capital.
Novos tempos do futebol dos Pampas?
Isso está confirmando que no esporte mais popular no Mundo as dificuldades para os "clubes grandes" estão cada vez mais claras e aparentes.
Já tivemos vários exemplos de partidas onde o time de menor expressão acabou por derrotar um favorito.
Fatos como esse só reforçam minhas teorias de que o futebol é o único esporte onde o mais forte só se declara vencedor depois que o jogo acaba.
Que fiquem espertos, clubes da capital.
O "Interior" tá vindo com tudo!!!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Centenário do Xavante

Estamos em um ano especial para a maior torcida da metade sul do estado.
Em 2011 o Grêmio Esportivo Brasil completa 100 anos de existência.
Com muitos altos e baixos nessa trajetória, o Xavante, como é conhecido no estado e por todo Brasil, está entrando em um ano de festividades e de retorno à elite do futebol gaúcho.
Sei que pode ser complicado devido a grande paridade dos clubes da Segundona Gaúcha, mas o G.E.B. tem um diferencial que é a sua apaixonante e fanática torcida.
Podemos considerar ela como sendo a maior e mais fiel do interior do estado e, guardando as devidas proporções, não deixa nada a desejar para as torcidas da Dupla Gre-Nal.
Assistir um jogo na Baixada, apelido carinhoso para o Estádio Bento Freitas, é de arrepiar qualquer espectador que goste um pouquinho se quer de futebol.
Não tem emoção maior do que ouvir a Xaranga entoar o seu ritual de chamada da torcida.
Aquele "Tum Dum Tum Dum Dum Dum" repica na alma do torcedor e torna a arquibancada um caldeirão fervendo e pronto a entrar em ebulição.
Diversas pessoas ligadas ao futebol da capital falam abertamente sobre sua paixão pelo Xavante. E isso só deixa mais orgulhoso quem aprendeu desde criancinha a gostar do manto sagrado Rubro-Negro.
Dores e lacunas ficam na memória do torcedor como as perdas do artilheiro Millar, do zagueiro Régis e do preparador de goleiros Giovani no trágico acidente rodoviário, quando voltavam de um amistoso contra o Santa Cruz, no Vale do Sol e a queda para a Segundona no mesmo ano.
Suas glórias e sucessos também são lembrados pelo 1º Campeonato Gaúcho, em 1919 com vitória sobre o Grêmio e o 3º lugar no Campeonato Brasileiro, eliminando clubes como Ponte Preta, Bahia no auge de suas conquistas e o Todo Poderoso Flamengo com Zico, Adilho e cia.  Acabou perdendo na Semi-final para o Bangu, num jogo histórico no Estádio Olímpico em Porto Alegre, onde 40 mil Xavantes e simpatizantes lotaram as arquibancadas do estádio tricolor. Naquele ano, o Bangu seria o Vice Campeão Carioca.
Grandes momentos e grandes memórias fazem com que a torcida seja cada vez mais apaixonada pelo seu clube e não o abandone jamais.
Dá-lhe Xavante !!!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Saúde Dentro e Fora de Campo

No domingo tivemos um episódio que não precisava acontecer no nosso Gauchão.
A falta de médico do Ypiranga de Erechim no estádio Olímpico poderia ter tornado uma fatalidade em algo mais grave.
Um zagueiro do clube do interior se choca com o seu goleiro em uma disputa de bola. Aparentemente nada de grave, mas pouco tempo depois o zagueiro cai ao chão e acaba ficando inconsciente, o que tornam apreensivos os jogadores de Grêmio e Ypiranga.
E não é que tinhamos só um médico em campo naquele jogo?
O profissional da saúde do clube da capital estava responsável por atender a todos os jogadores que necessitassem dos seus serviços.
Será que quando a Federação Gaúcha de Futebol autorizou que os clubes do interior não precisassem trazer médicos para os seus compromissos futebolísticos na capital estava ciente de que algo mais grave pode acabar acontecendo com um simples choque entre dois jogadores?
E se mais de um atleta precise de atendimento ao mesmo tempo, o que acontece com o médico do clube grande? Se divide em dois? Ou atende o SEU atleta primeiro e depois o do clube visitante?
Ta na hora de começarmos a dar mais importância para a saúde dos atletas, independente do clube que atue.
Já se falou tanto sobre a carga excessiva de jogos nos campeonatos do Brasil que não podemos deixar passar mais esse episódio.
Ainda em uma época que vários acontecimentos fatais já ocorreram com atletas de todo o mundo.
Abre o olho Novelletto. Daqui a pouco acontece uma tragédia.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Aberta a temporada de caça.

Começou a maior caçada do futebol gaúcho e brasileiro.
Para a Dupla Gre-Nal se iniciou a busca pelo título da Taça Libertadores da América.
Mas o título deste post não é só pelo inicio da competição.
A partida do Inter contra o Emelec foi uma verdadeira caçada por parte dos equatorianos.
Daí vocês me perguntam: - E a arbitragem???
E eu respondo sem pensar muito: - Péssima!!!
Mas não são árbitros da FIFA que apitam os jogos internacionais?? SIIIIMMM.
e isso não significa que a partida irá transcorrer de uma forma tranquila. O jogo do Inter foi uma verdadeira caçada.
Os equatorianos bateram de mais. Os colorados não ficaram atrás.
Até porque não iam apanhar de graça, certo?! E o juiz sempre conivente com tudo o que acontecia.
Mas pra parar de falar da arbitragem, mesmo que ela tenha influenciado no resultado do jogo por um penalty escandaloso não marcado a favor do Inter, vamos falar da emoção do jogo.
O internacional começou com alguns equívocos do seu treinador (nada muito diferente do que a gente já sabia...) e perdendo gols de balaio. Só o Leandro Damião nas minhas contas perdeu uns cinco.
E isso em um torneio competitivo como a Libertadores não é perdoado pelos Deuses do Futebol.
Colorado acabou "punido" no final do jogo com um gol infantil de falha coletiva da zaga e acabou ficando só com um empate.
Já no jogo dos azuis, a pauleira não foi tão escancarada. Mesmo assim a arbitragem... Sem comentários!!!
O Grêmio sai na frente com um gol de penalty que não existiu. Deve ter sido pra compensar uma falta dentro da área no Carlos Alberto que o juiz não marcou... coisas do mundo da bola. Sempre tem essa tal Lei de Compensação...
depois disso os azuis foram infinitamente melhores que o Oriente Petroleiro. Resultado: 3x0 Grêmio.
E poderia ter sido mais...
Tanto azuis quanto vermelhos estão precisando treinar e muito a pontaria. O que erraram de gols feitos, não tem cabimento.
Passam a semana inteira treinando e ganham uma Babilônia de dinheiro pra fazer o que até a minha vó de sunga e bengala faria...
É gente, as coisas começaram bem para o Inter com um empatezinho fora de casa e ótimas para o Grêmio com uma vitória convincente do Olímpico Monumental.
Vamos ver o que nos reserva os próximos capítulos dessa novela, que de monótona não tem nada...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Libertadores e a Dupla GRE-NAL

Amanhã começa uma disputa que para nós gaúchos tem um sabor todo especial.
A Taça Libertadores da América tem um quê de competição com a cara dos clubes gaúchos.
Não há quem diga que a rivalidade continue com o mesmo fervor em ano de Libertadores.
Os ânimos se acirram, a corneta aumenta, e a secação passa a ser mais exercida do que a própria torcida para o seu clube.
É o momento máximo da gozação com o clube co-irmão quando ele passa por um período turbulento, mas nada que a Libertadores não possa resolver o problema... Ou quem sabe ainda, ampliar a dor e o sofrimento do perdedor.
Mas falando da copa mais importante das Américas, ela se desenha para os clubes da capital do Rio Grande como quem empunha uma adaga e parte para o confronto.
Uma peleia que só tem fim quando não há mais alternativas de reação. Antes disso, se entregar: JAMAIS!!
Uma peleia que tem a cara do Pampa.
Uma peleia que trás a marca de conquistas e derrotas memoráveis.
Quem não lembra da derrota tricolor para o tradicional Boca Juniors em pleno Olímpico Monumental na final de 2007. E quem não recorda da eliminação precoce do colorado campeão no mesmo ano.
Como não falar também da vitória heróica azul em terras colombianas em 1995 e a conquista dos vermelhos sobre o Todo Poderoso Tricolor Paulista em 2006.
Para ilustrar mais ainda a ligação da competição com "A DUPLA", vemos que nos últimos 10 anos, em poucas edições não se fez presente a tradição e a garra dos clubes do Pampa.
É gente, tá começando o que conhecemos como o título mais cobiçado por azuis e vermelhos.
E o que se desenha para o futuro?
Só conferindo e sofrendo com "A DUPLA"...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Fim que Inspirou o Início.

Vendo a entrevista de um certo Ronaldo Luís Nazário de Lima, ao vivo em plena rede nacional, poderia ser uma mera explicação de qualquer problema familiar ou até mesmo uma propaganda política ou um evento gastronômico ou de moda.
Mas não. Era o fim de uma carreira cercada de momentos de glória e também de dor.
Cercada de fatos marcantes e apaixonantes dentro das quatro linhas para quem gosta de futebol e também de fatores extra-campo que deixaram os amantes do da bola com uma certa dúvida quanto ao seu retorno aos gramados.
Não estou falando de escândalos sociais ou de seu peso acima ou abaixo do "permitido" para um atleta de alto nível.Estou falando sim, de lesões e recuperações, que para quem vivencia ou vivenciou o mundo do futebol sabe o quanto é difícil para um atleta ficar sem fazer aquilo que mais gosta que é JOGAR.
No choro do Fenômeno, se reflete a emoção de um brilhante jogador.
As cenas que voltam à mente de cada um de nós daqueles lances geniais e dos dribles desconcertantes nos zagueiros do Brasil e de todo Mundo perpassam o surreal.
Parece ser feito por um ser de outra dimensão ou retirado de uma superprodução de Hollywood e seus efeitos especiais.
Mas não. Ele é um simples mortal. Pra ser mais exato, nasceu no mesmo ano que eu nasci. 1976.
É especial por seu potencial e pela sua genialidade. Sem demonstrar nunca que se sentia um derrotado, mesmo diante de inúmeras e graves lesões.
E a vida é assim.
É começo para uns, como o meu, escrevendo crônicas, mas também é final para outros.
E o dele não deixou a desejar. Só deixou saudades.
Saudades de um cara chamado Fenômeno.
Um apelido que parece ter sido inventado para ele.
Uma palavra que resume tudo que foi feito.
Uma expressão que sempre vai nos remeter a imagens brilhantes e momentos de euforia.
Para ele, um adeus...
Para nós, um fica bem...