quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O post de número 200

Vou usar o meu post de número 200 para falar sobre o Jogo contra a Pobreza. Um espetáculo protagonizado por várias estrelas do futebol brasileiro e mundial com um fundo mais importante que o próprio jogo: ajudar a quem realmente precisa.

Vendo a partida, alguns jogadores ainda poderiam estar em atividade sem problema algum. Zidane sobra qualidade e visão de jogo, Zico é pura categoria, Michel Salgado corre como se ainda fosse um profissional da bola entre tantos outros craques que desfilaram sua habilidade pelo gramado da Arena.

Mas fora tudo isso, a maior ação do jogo foi a de proporcionar a jovens de comunidades carentes participarem da partida e atuarem contra e ao lado de ídolos e grandes estrelas. Welerson e Bruno atuaram respectivamente pelo time dos Amigos de Zidane e pelo time dos Amigos de Ronaldo.

E não é que Bruno quase marca seu gol em Diego Cavalieri. Recebeu um passe primoroso dentro da grande área e quando colocou na saída do goleiro do Fluminense, a bola bateu nele e perdeu forças. Se Bruno tivesse acreditado na sua jogada, talvez tivesse marcado.

Uma grande festa com um propósito principal. A doação da renda arrecadada para projetos assistenciais da ONU e uma certeza: com esses craques dentro de campo, e a solidariedade fora dele, o mundo seria muito melhor.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Homenagem da Coca-Cola à Arena do Grêmio e ao Olímpico

Achei este vídeo de homenagem da Coca-Cola à Arena do Grêmio e resolvi postar aqui no blog.

O vídeo é uma "conversa" entre o Olímpico e a Arena e o Monumental explica ao novo estádio como se comportar com a torcida, com o time e com o clube tricolor.

Vale a pena assistir.




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Receita velha para um novo tempo

Felipão foi anunciado como o novo treinador da seleção brasileira para a Copa 2014. A morte anunciada de Mano Menezes já vinha sendo tratada nas internas da CBF e acredito que o contato com Felipão só não foi assumido antes para não ficar naquela condição de que a contratação no atual derrubaria o ex-treinador.

José Maria Marin buscou na experiência de Felipão uma solução para um possível fracasso que teria Mano Menezes se continuasse no caminho que trilhava com a seleção.

Só que alguns fatores correm contra Luis Felipe Scolari. A campanha dele pelo Palmeiras neste ano foi desastrosa e só se salvou por causa do título da Copa do Brasil. Feito este muito mais por demérito de Grêmio e Coritiba do que merecimento do elenco do Palmeiras.

Marin busca em Felipão o treinador de 2002. Só que dez anos já se passaram e de lá para cá, o técnico gaúcho acumula algumas passagens pouco marcantes pelo futebol.

Após levar a seleção brasileira à conquista do Penta, Scolari treinou a seleção de Portugal por cinco anos, conseguindo um vice-campeonato da Euro 2004 e levar os portugueses ao quarto lugar na Copa 2006, perdendo para a Alemanha.
Em 2008, chegou as quartas de final da Eurocopa e com essa eliminação, deixou a seleção portuguesa.

Foi treinador do Chelsea e acabou sendo derrubado pelo vestiário - assunto esse que já tratei no aduplagrenal.com.br - Depois treinou uma equipe do Uzbequistão, sem expressão nenhuma no futebol.

De lá para cá, sua passagem pelo Verdão do Palestra foi marcada por muitas polêmicas com a imprensa e com os dirigentes do Palmeiras.

Pode ser uma boa alternativa para colocar a seleção novamente como uma das favoritas à conquista da Copa 2014 e ele não vai querer fazer um papel ruim à frente dos seus comandados dentro da maior competição do futebol mundial justamente no seu país.

Com as informações que estão rolando na mídia, Felipão irá se resguardar bem e buscar o trabalho de profissionais com capacidade para assumir a bronca. Nomes como o de Parreira, Paulo Paixão e Murtoza já circulam como certos na Comissão Técnica brasileira e com o comandante da seleção em 1994 sendo o coordenador de seleções da CBF.

esperaremos os resultados e as definições da cúpula da CBF. Só não consigo acreditar que alguma outra mudança se dará se os resultados nos próximos cinco amistosos antes da Copa das Confederações não seja do agrado dos dirigentes.

Isso acontecendo, é muito atestado de amadorismo dos comandantes da Confederação Brasileira de Futebol.

sábado, 24 de novembro de 2012

Caiu pela inconcistência

Mano Menezes teve a maior chance de se firmar como um dos treinadores da história da Seleção Brasileira e do futebol mundial. Não aproveitou.

Foi contratado pela CBF ao final da segunda Era Dunga na Seleção e teve todo o apoio de Ricardo Teixeira, na época presidente da instituição. Estava com carta branca para fazer a remodelação que fosse precisa e a renovação do elenco de jogadores que vestiriam a amarelinha era obrigatória.

Passados dois anos e alguns meses, Mano não conseguiu implantar um esquema de jogo definido na Seleção, bem como a grande variedade de jogadores convocados era mais um entrave para dar uma cara a Seleção Brasileira.

Vários jogadores convocados sem uma grande atuação em seus clubes, alguns remanescentes da equipe de 2010 mantidos, e a perda de duas competições essenciais no calendário da equipe - Copa América e Olimpíadas - foram os pontos mais cruciais para determinar a sua queda.

Outra fonte forte e responsável pela saída do treinador foi a troca do comando da CBF. Saindo Ricardo Teixeira e entrando José Maria Marin, Mano ficou sendo classificado como uma contratação "da gestão anterior" e isso também pesou para a sua demissão.

Com uma saída anunciada e mais de um ano e meio para a Copa do Mundo 2014, o treinador que assumir a equipe vai ter que mostrar um trabalho bem mais consistente e convincente para a direção e a torcida. Nesse meio tempo, a Copa das Confederações passou a ser uma conquista obrigatória por dois motivos: será disputada no Brasil e é a última competição preparatória para a Copa 2014.

Mostrando durante a Copa das Confederações que a equipe está unida e bem definida na sua escalação e forma de jogar, a probabilidade da torcida voltar a apoiar a Seleção será maior.

Até janeiro muita especulação virá a respeito da figura que ocupará a vaga de Mano. Muricy, Felipão e Tite são hoje os mais cotados, mas ainda pairam dúvidas sobre  a presença de Abel Braga, Vanderlei Luxemburgo ou quem sabe até Carlos Alberto Parreira.

Apostas lançadas, só esperando o resultado final. e você, quem prefere à frente da Seleção? Opine nos comentários.

Abraço

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Foi o boi com a corda...

Cada vez mais me convenço que algumas atitudes são tomadas pelo desespero ou por pura sacanagem e falta de critério no que é certo ou errado.

O assunto mais comentado do ano dentro das rodas de conversa sobre futebol com certeza foi a arbitragem brasileira. Alguns dizendo que clube A é favorecido para ser campeão, outros dizendo que clube B e C tem privilégios com mudanças de datas dos jogos e convocações da Seleção Brasileira, mas o que me deixa mais indignado é o fato que está nas manchetes esta semana.

O argumento pode até ser cabível e o direito de reclamação pode até ser justo, mas vamos concordar que não é nada ÉTICO reclamar a anulação de um gol feito ilegalmente, mesmo que o árbitro não tenha visto e tenha sido auxiliado por outro integrante da equipe de arbitragem.

Pedir a anulação de um jogo por um lance onde o jogador coloca intencionalmente a mão na bola para levar vantagem sobre o adversário é a coisa mais descabida que eu já vi acontecer ESTE ANO. A segunda coisa mais descabida foi o árbitro da partida não ter visto que tal irregularidade aconteceu.

Até a minha avó, que está no céu ao lado de São Pedro, viu que o atacante do Palmeiras desviou a bola com a mão em direção ao gol colorado. e olha que a minha avó usava óculos fundo de garrafa...

Vejamos por uma outra ótica: O cara está sendo pago para estar dentro do campo de jogo e regular a partida de acordo com as regras já bem definidas, mas com pontos de interpretação - o que acaba levantando suspeitas por parte dos torcedores no caso do favorecimento que falai lá em cima - e sua função é a de conduzir o jogo dentro das normas e regras do esporte.

Lá no livrinho de regras consta que qualquer jogador, com exceção do goleiro, que colocar a mão na bola está infringindo a regra do jogo. Simples. E como foi feito o gol que o Palmeiras reclama? Com a MÃO!!!

Se fosse nos campeonatos de handebol que tanto participei, nada de anormal. Mas não numa partida do campeonato Brasileiro de FUTEBOL. O esporte que se joga com os pés.

E mesmo assim a justiça dá ao Palmeiras o direito de reclamar. eles alegam que estão sendo injustiçados pela anulação do gol ILEGAL. Peraí!!!!! Tu tá errado e tá reclamando que viram o teu erro e anularam a tua ação, é isso?

Se for assim, vamos eliminar os árbitros e cada jogo é gravado e o resultado passa a ser definido no tribunal ou em uma salinha com TV, pipoca, e um DVD. Só não pode ter reclamação da interpretação de cada lance, senão a coisa vira baderna. OPS!!! Será que já não virou???

Nada me espanta que o STJD queira levar o caso para julgamento e que o Palmeiras queira provar que o gol foi legal, mesmo sendo ele feito com a mão.

O que mais me espanta é que as pessoas perderam o critério de certo e errado e o que é justo ou cabível de reclamação.

Simples assim. Se esse caso foi julgado procedente na reclamação do Palmeiras, preparem-se para o Santos reclamar de todas as faltas sofridas e não marcadas no Neymar, do grêmio querer exigir todos os pênaltis não marcados no Kléber e que suas punições por reclamação em lances onde ele teve razão sejam revistas.

A vaca tá indo direto e reto para o brejo e tá levando com ela o boi com a corda...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Só paliativo

Mais uma rodada do Brasileirão 2012 quase encerrada - ainda teremos dois jogos na quarta-feira - e o líder Fluminense está cada vez mais perto do título. Mesmo perdendo para o Atlético Mineiro em um ótimo jogo de muitos gols e chances para os dois lados, a vitória do galo foi apenas paliativo para o resultado final da competição.

Quando escrevi aqui no blog que já tinhamos um campeão, e isso se deu dia 10 de outubro, ainda tinha pontos suficientes para Grêmio e Atlético alcançarem o Flu. Sem contar os confrontos diretor entre o tricolor carioca e o tricolor gaúcho e o clube mineiro e o time carioca.

Só que as rodadas se passaram e nada mudou no cenário do campeonato. Tanto Atlético como Grêmio ainda sonham, mesmo que remotamente com a conquista nacional. Só que os percentuais de consagração vão diminuindo para o segundo e o terceiro colocado e aumentando gradativamente para o líder.

Mesmo que se tenham chances matemáticas de conquista - 9% para o Atlético e 1% para o Grêmio - a probabilidade do Fluminense não conquistar o Brasileirão é quase tão remota quanto a vez que ele escapou do rebaixamento mesmo tendo apenas 1% de chances de que o fato acontecesse. Mas ele aconteceu....

E agora? Pensar o que sobre essa "matemática" do futebol? Os dois outros clubes tem chances de conquista? Tem! Elas são reais? Sim! E por que não acreditar? Em 2009 o tal 1% de chances do Fluminense não jogar a Série B aconteceu...

Por quais motivos Grêmio e Atlético não acreditariam nas suas conquistas? Dependem apenas deles? Não! E o Fluminense também não dependia. Estão fazendo a sua parte? Aí é que está o ponto da questão...

Atlético fez contra o Flu o que precisava. uma vitória e a diminuição dos pontos que o separam da primeira colocação. Já o Grêmio... Conseguiu um empate heroico contra o tricolor das Laranjeiras e na rodada seguinte um empate frustrante contra o Coritiba.

Nesses pequenos detalhes que a competição se define. Não em erros de arbitragem para favorecer um ou outro clube, mas na competência e regularidade que cada time apresenta.

O mais competente vence. Os outros ficam a ver navios e apenas apreciando a comemoração alheia...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Temos um campeão

Campeonato Brasileiro está na sua reta final e os times da ponta de cima da tabela já mostram quais são as suas reais chances dentro da competição. Com maiores chances de título temos três clubes: Fluminense, Atlético Mineiro e Grêmio.

Correndo por fora aparece o time do Vasco. São Paulo e Inter apontam alguma possibilidade, mesmo que remota de vaga no G4 que pode garantir uma vaga na Libertadores da América 2013.

Mas o post é para trazer uma opinião de que a taça já tem um dono: Fluminense.

O tricolor das Laranjeiras está demonstrando que tem time para manter a vantagem que abriu dos outros dois concorrentes ao título. Tanto Atlético quanto Grêmio precisam de uma reza muito forte para diminuírem a larga vantagem que os separam da primeira posição da tabela.

Seria uma sorte muito grande que os dois clubes, o gaúcho e o mineiro, consigam ganhar todas as partidas que ainda estão por serem jogadas e o clube carioca precisa perder pelo menos três jogos que ainda restam.

E a tabela aponta um caminho mais facilitado para o Fluminense. Pega vários clubes da parte de baixo da tabela além de ter os confrontos diretos com Grêmio e Atlético. Contra o tricolor gaúcho, a partida será no Rio de Janeiro e contra o Galo Mineiro, o local do jogo será em Minas.

Um  ponto que pode favorecer o clube gaúcho é que na rodada onde Flu e Galo se enfrentam, o tricolor pega o Coritiba no Olímpico, onde o retrospecto gremista é bem favorável.

Mesmo assim acredito que ninguém mais tira a taça das Laranjeiras. Fluminense mostrou uma regularidade que outros clubes não conseguiram, mesmo não tendo um grande elenco. Claro que os jogadores do Fluminense são de uma grande qualidade, mas vários clubes possuem um grupo de jogadores de qualidade semelhante ao elenco carioca.

A partir de 2013 espero que os clubes prezem mais pela regularidade durante a competição inteira do que priorizem o campeonato só depois da rodada X ou Y.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dupla se complica sozinha.

A Dupla Gre-Nal consegue se complicar no Campeonato Brasileiro sem que precise de outros clubes atrapalharem as suas vidas. Eles conseguem se complicar sozinhos e de um jeito inacreditável.

Inter conseguiu empatar com o Cruzeiro num jogo fraco tecnicamente e se afastou ainda mais da zona de classificação da Libertadores 2013. Sua posição na tabela acabou sendo mais complicada devido a vitória do Vasco, último clube que figura no G4.

Grêmio tinha toda a chance de se aproximar ainda mais da segunda colocação no campeonato e desperdiçou na partida contra o Santos dentro do Olímpico. O clube paulista chegou a ficar sem o seu craque Neymar, expulso no segundo tempo, e mesmo assim terminou o jogo com uma bola na trave, assustando a torcida tricolor.

tanto Grêmio quanto Inter estão com um plantel que pode ser considerado um dos melhores do país, mas no campo estão tendo dificuldades de mostrar que o investimento está valendo a pena.

No colorado a folha salarial se aproxima de 9 milhões de Reais e os resultados estão bem aquém da expectativa da torcida. Já pelo lado do tricolor, com o grupo reformulado após a chegada de Luxemburgo, o crescimento da equipe dentro da competição apresenta altos e baixos em pontos importantes do campeonato.

Tá chegando a hora das equipes do Rio Grande do Sul mostrarem que o investimento aqui é compatível com os resultados obtidos. Precisa que em campo os ogadores se mostrem obstinados e engajados na proposta e nos planejamentos dos clubes. E isso se ê mais em um clube do que no outro...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Pelo visto, funcionou.

Todo mundo passou a semana inteira esperando o jogo entre Inter e Bahia. Não pelo jogo em si, mas sim pela reação dos jogadores depois das declarações de Fernandão na coletiva do último jogo. E não é que a coisa parece ter melhorado?

Pelo visto o rendimento dos atletas colorados foi superior ao que vinha ocorrendo nas outras partidas. Basta saber se muito em função da reunião de terça ou uma melhora técnica individual - o que eu acho improvável, visto que ninguém melhora tanto da noite pro dia.

Acredito que as palavras do Fernandão surtiram um efeito interno relevante pelo fato de que nenhum treinador havia feito algo parecido. Mas também não podemos esquecer que o próprio Fernandão já esteve do outro lado da situação.

O que me intriga é saber se quando ele era jogador ocorriam as mesmas situações e o mesmo tipo de reunião. E a reação dele frente um episódio idêntico como seria? Será que não haveria nenhuma forma de "retalhação" ao treinador?

Esses acontecimentos mexem com o grupo de jogadores, para o bem e para o mal também. Basta que a direção apoie o treinador e não o grupo de jogadores. Mas é bem mais fácil trocar uma peça do que dispensar um grupo inteiro, não?!

Esse é o ponto onde Fernandão saiu vencedor. A direção ficou do lado do treinador e apoiou ele em qualquer decisão de afastamento de atletas que não mostrem comprometimento com o planejamento da comissão técnica.

E quando teremos uma resposta mais concreta sobre o caso? Nas próximas rodadas. Ou a postura da equipe muda ou saberemos que a reunião de terça passada surtiu um efeito paleativo e não efetivo para o problema.

Aguardemos...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ou tem ou não tem...

Aconteceu ontem depois do jogo entre Inter e Sport. A entrevista de Fernandão, atual técnico do Inter foi estarrecedora. Nunca ninguém havia feito o que ele fez: chutar o balde ao vivo nos microfones das rádios e TVs que cobriam o jogo.

Cutucou todo o time no ar e sem rodeios. Mostrou que está descontente com a atuação da equipe e com o rendimento de alguns atletas do elenco. Nas palavras dele, Fernandão, disse não saber qual equipe entrará em campo e que está cansado de rezar para ver um time produtivo.

Com o episódio, ficou mais claro ainda o fato "ter ou não ter". Ou se tem comando do vestiário ou não se tem. Ou o comando está na mão do treinador ou os atletas fazem o que querem e derrubam qualquer um.

Sabemos de vários casos que o treinador perde o comando do vestiário e fica escancarado a má atitude dos jogadores em campo. Quando troca o comando, time muda da água pro vinho. Escancara ainda mais que o problema era descontentamento entre Comissão Técnica e plantel.

Fico esperando os desdobramentos do desabafo de Fernandão e quais as atitudes e providência vão ser tomadas pela direção colorada.

Se mais treinadores fizessem o mesmo, os jogadores pensariam duas vezes antes de fazer corpo mole. Só que para ter a ousadia de chutar o balde, é preciso se certificar que a direção está fechada com o técnico. Caso contrário, a fila anda...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O retorno está prestes...

Pessoal

Desculpa esse tempo todo sem escrever para vocês. Muitas atribulações com a mudança e outros afazeres acabaram complicando a minha escrita aqui no blog.

Outro porém foi o meu PC ter feito uma greve geral e não estar em bom funcionamento desde final de julho.

Agora que está tudo em ordem - menos o apê por enquanto... - amanhã vou postar um texto sobre essas reviravoltas do futebol brasileiro e quem sabe sobre a palhaçada que foi o amistoso da seleção.

Abraço e aguardo vocês!!!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Entrevista no Crônicas - Taffarel


Mais um a vez, trago para vocês outra edição do Entrevista no Crônicas. Hoje com um ídolo colorado e posso dizer também que um ídolo nacional.
Claudio André Taffarel dispensa apresentações. Foi goleiro do Inter entre 1985 e 1990 e jogou no Atlético Mineiro de 1995 a 1998. Passou também por clubes da Itália e Turquia e atualmente trabalha como treinador de goleiros do Galatasaray.
Aproveitem abaixo a entrevista.

Luciano Coimbra: Dos teus tempos de jogador, o que te trás mais saudade?
Claudio Taffarel: Sem dúvida o ambiente do vestiário, as viagens e a tensão dos jogos.

L.C.: Ser lembrado por uma nação de brasileiros como um ídolo de duas gerações de Copas do Mundo te representa um trabalho bem feito na carreira?
C.T.: Com certeza. Esse é o meu maior prêmio. Ter a consciência de ter feito o máximo e de saber que as pessoas puderam perceber e me aplaudir por isso.

L.C.: Das experiências no exterior como jogador, quais os momentos bons e os ruins?
C.T.: Jogar no exterior só me deu bons momentos. Acho que depende como tu encara essas experiências. Eu sempre me adaptei rápido aos países em que joguei (Itália e Turquia). Busquei sempre viver como eles vivem, sem estar lá com a cabeça aqui no Brasil.

L.C.: Como tu vês a situação de ter atuado por apenas dois clubes no Brasil?
C.T.: Não poderia ter escolhido clubes melhores. O Inter foi o meu início e a minha formação como profissional e no Atlético Mineiro tive uma grande experiência. Deus quis que fosse assim.

L.C.: Emoções fora do campo, qual a mais marcante?
C.T.: Com certeza o nascimento dos meus filhos.

L.C.: Você trocaria alguma conquista de título por outra que faltou na carreira?
C.T.: Não. Tenho a plena certeza de que tudo que conquistei foi da vontade de Deus, por isso sou agradecido e feliz por tudo que conquistei.

L.C.: É mais fácil estar dentro do campo ou auxiliar os atletas do lado de fora?
C.T.: Fácil é estar do lado de fora, mas mesmo não estando em campo e sim trabalhando com os goleiros, se pode sentir uma emoção.

L.C.: Nos momentos de folga, as atividades preferidas são…
C.T.: Estar com a família.
Taffarel

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Troca magra

Já estão dando como certa a venda de Oscar depois dos Jogos Olímpicos de Londres. eu acho que essa história se concretiza antes e liberam ele só depois do evento na Terra da Rainha. Mas o papo do texto é outro.

Todo mundo sabe que o grande investidor do Internacional chama-se Delcir Sonda, dono do Grupo DIS. E ele também deixa bem claro que gasta o dinheiro que quiser mesmo que não tenha retorno para ajudar na visibilidade do seu clube do coração.

O fato é bem mais simples do que parece. Ganso é atleta do Grupo DIS. Há tempos está numa briga ferrenha com a diretoria santista para que tenha um aumento de salário que chegue perto do seu amigo Neymar. Isto é fato!

O pequeno inconveniente é que a imagem do cara dos cabelinhos moicanos, que agora usa fitinha, vende melhor que a imagem de bom moço do meia santista. Só que no campo eles até que se equivalem em importância para o time. Ou melhor, se equivaliam.

Ganso jogou muito mais bola do que Neymar. Quando? No primeiro título deles pelo Santos, um Paulistão, se não me falha a memória. e vou fazer aqui uma colocação polêmica: Ganso jogava muito mais bola que o Neymar assim como Diego jogava muito mais bola que o Robinho. O problema todo é o tal do Marqueting.

As imagens de moleques de Neymar e Robinho, vendem mais do que os esteriótipos de bom moço de Ganso e de menino faceiro de Diego. Tudo isso falando nos tempos em que cada dupla jogava junto, claro.

Porque fiz todo esse rodeio na questão Ganso? Para chegar ao ponto de uma "troca" magrinha no Internacional. Vamos fazer uma conta simples: Ganso é jogador do Sonda. Inter está vendendo Oscar. Inter ficará sem meia de criação para jogar com D'Alessandro. Sonda é colorado. BINGO!!!! Ganso vem para o Inter. Fácil!!!


Só que coloco como sendo uma "troca magra" por que o meia do Inter está jogando léguas de futebol melhor que o meia do Santos. Sem falar no histórico de lesões que tem Ganso. Oscar não se machuca quase nunca, Ganso está quase sempre no Departamento Médico.


Esse é outro fator que prejudicou o meia do Santos de mostrar seu bom futebol. Alguém acha que não tenho razão? É só opinar aqui.


Abraço

Entrevista no Crônicas - Luiz Alano


Depois de um tempo longe do blog e em busca de novas entrevistas, voltamos com esta edição do Entrevista no Crônicas.
Hoje trazendo Luiz Augusto Alano, catarinense que se transferiu para Porto Alegre e agora compõe o grupo de narradores da Rádio Gaúcha, RBS TV  e TV Com.
Conheçam um pouco mais sobre ele na entrevista abaixo:

Luciano Coimbra: Como surgiu tua vontade de trabalhar com jornalismo?
Luiz Alano: Cresci no meio do futebol. Meu pai foi jogador profissional. Adãosinho foi lateral direito de várias equipes de Santa Catarina nas décadas de 70 e 80. Naturalmente queria ser jogador. Não tinha talento. Aos 14 anos surgiu uma vaga para trabalhar de sonoplasta da Rádio Tubá de Tubarão SC. Fui aprovado e aí tudo começou. Era muito bem informado sobre futebol e a equipe de esportes quis me aproveitar. Sim, uma criança. E aos 15 anos iniciei como plantão esportivo.

L.C.: A tua adaptação ao Rio Grande do Sul e Porto Alegre está sendo gradativa ou já acostumou com a cidade e o estado?
L.A.: O Rio Grande do Sul nunca foi mistério pra mim. Tenho inúmeros parentes. Sempre ouvi as emissoras da cidade. Já trabalhei em emissoras de Caxias do Sul  e minha filha, hoje com 9 anos nasceu em Caxias. O próximo passo são os ouvintes e telespectadores do Rio Grande se adaptarem ao meu trabalho.

L.C.: E a família, como está se adaptando?
L.A.: Tenho três filhos. para criança mudança é difícil. Eles sentem falta da praia e dos parentes. Mas cada um já tem a sua rotina na cidade. São apenas cinco meses. Tá tudo ótimo.

L.C.: Tendo trabalhado com a Dupla Figueira/Avaí, quais as semelhanças e diferenças com a Dupla Gre-Nal?
L.A.: O torcedor de Avaí/Figueirense também é apaixonado, chato, patrulha a imprensa. Mas aqui é tudo multiplicado por 5. A ressonância é maior e a paixão também. Todos torcem para Grêmio ou Inter. É comum em SC encontrar simpatizantes de outros times.

L.C.: Dentre as tuas narrações, qual foi a mais emocionante?
L.A.: São muitas, porém em fases diferentes. Trabalhei em Tubarão, Caxias do Sul, Florianópolis e agora em Porto Alegre. Fiz jogos decisivos de grande e pequena importância, tanto no rádio como também na TV. Penso sempre que a melhor e mais emocionante sempre está por vir.

L.C.: Narrando outros esportes, qual requer mais estudo?
L.A.: Coincidentemente estou me preparando para cobertura das Olimpíadas pela Gaúcha. Já narrei outros esportes. Gosto muito de vôlei e domino as expressões do esporte. Tenho estudado com mais atenção o basquete. Até Londres não serei um expert, mas para um narrador você precisa dominar as expressões e as peculiaridades de um esporte que não é o seu do dia a dia.

L.C.: Na nova cidade, quais são as opções de lazer preferidas da família?
L.A.: Tenho explorado os parques em Porto Alegre que são ótimos. Na noite os barzinhos de pagode e MPB. Teatro e cinema sou também figurinha fácil.

sábado, 23 de junho de 2012

Tá liberada a festa

Eu sei que faz tempo que não escrevo e que deixei vocês um pouco de lado nesses últimos dias, mas tem uma causa muito boa e nobre por trás. Quem é mais chegado sabe do que estou falando.

E pra quem leu o título do post deve estar pensando: Lá vem ele escrever mais uma vez sobre R49 (o ex-R10), mas não é... Mesmo que eu vá falar de festa, o tema não é o boleiro gaúcho.

Tô falando de uma aposta que fiquei sabendo hoje pela manhã e me deixou bastante feliz. Como tive rodada da Taça Escolar 2012 no Colégio Bom Conselho, lá encontrei o professor Bruno do Colégio Militar e o professor Vagner do Colégio Concórdia Porto Alegre.

No papo antes da partida entre Militar e Concórdia, Bruno confidenciou que ele e o professor Thiago do La Salle São joão fizeram uma aposta entre eles. Cada um tem até o final do ano, onde fazemos a nossa reunião de avaliação e após um churrasquinho com futebol, que os dois tem até esta data para emagrecer 10 quilos.

Isso mesmo 10 QUILOS. Se por algum acaso isso não acontecer, eles pagam o churrasco do final do ano. Quando eu ouvi a aposta deles não contive a felicidade. Tá liberada a festa no final do ano!!! Acho brabo que algum dos dois consiga chegar ao objetivo estabelecido. Ou seja, alguém vai bancar a festinha dos professores da taça Escolar...

Como se não bastasse a deitação que acontece no time que perde a partidinha amistosa que rola antes do churrasco, agora ainda teremos dois possíveis alvos para mais gozação. Mas vamos pensar positivo. Acredito bastante na força de vontade do bruno e do Thiago.

Só não acredito que ela seja suficiente pra eles conseguirem cumprir com a aposta... e desta parte eu não tenho como negar: Tô torcendo tanto pra eles não chegarem no peso... hehehehehehehe

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ansiedade a mil.

Semana de decisões na Libertadores e na Copa do Brasil. e mesmo que eu só tenha um time que torço, todos os jogos me deixam ansiosos. Adrenalina sobe e é tensão direta na veia. Não sei porque isso acontece, mas desde que me conheço por gente fico assim em decisões de qualquer equipe.

Até mesmo quando o rival do meu time joga fico ansioso. E não tenho como não sentir essa sensação. Mexe comigo mais do que se fossem meus alunos jogando. É sem explicação. e o que esperar de uma semana decisiva? Só jogão.


São paulo e Coritiba jogam por uma vaga na final da Copa do Brasil e Santos e Corinthians decidem quem passa para a final da Libertadores. No jogo entre paulistas e paranaenses, São Paulo entra com uma vantagem, mesmo que pequena na segunda partida da semi-final. Venceu o jogo de ida por 1 x 0 e só precisa de um empate fora de casa para garantir a classificação.


Na Libertadores, o Timão ganhou do Santos na Vila Belmiro e joga também por um empate para chegar a sua tão sonhada final da competição sulamericana. Tanto o Peixe quanto o coxa precisam de uma vitória por dois gols para se classificarem. aso levem algum gol, a diferença necessária passa a ser de três gols.


É tensão pura na TV brasileira. E duvido que tenha alguém que não sinta nada frente a esses jogos.


Se você é um desses, opina aqui. 


Abraço e fui pro jogo do Coxa contra os paulistas...

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Agora tem cara de time

Eu sei que faz tempo que não apareço por aqui... Tudo bem, podem me cobrar. Quando criei o espaço, minha proposta era escrever todos os dias. Depois vi que era quase impossível trabalhando com outras atividades. Mas vamos deixar de lado o mimimi e partir para o que interessa ao leitor: Post Novo!!!

Escrevo para falar de Grêmio e sua nova cara de time. Trago esse assunto por que estamos vendo um padrão bem definido de jogo aplicado pelo treinador Vanderlei Luxemburgo e que não se altera nem quando o jogo é fora das cercanias do Olímpico.

Até então se reclamava muito que os treinadores que por aqui se aprumavam não conseguiam dar um estilo de jogo definido e nem uma "cara" para o time do Grêmio. O que se apresenta agora é um esquema tático montado em cima das peças disponíveis para o técnico Luxa.

Cada vez mais me convenço que é possível montar um bom time com peças de qualidade mediana para boa. O time do Felipão de 95 era assim. Não tinha grandes estrelas e nem por isso foi um time campeão e copeiro. Basta que tu consiga colocar o esquema tático certo para as peças que tu dispõe no plantel.

Foi isso que Vanderlei fez. Se a defesa do Grêmio não demonstra confiança e temos volantes a disposição para fazer esse resguardo defensivo sem perder o poder de ataque, que se faça então! Jogar com terês volante escalados não quer dizer que o teu time será extremamente defensivo. Assim como ter três atacantes na planilha significa que o poder de ataque aumenta.

Basta que tudo esteja casado certinho entre esquema tático e plantel. Com tudo isso encaminhado, me arrisco a dizer que está chegando perto o final do jejum de títulos importantes do tricolor. Só resta saber se vai ser na Copa do Brasil, Sulamericana ou no Brasileirão. Mas que está se encaminhando, isso está...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Entrevista no Crônicas - Alexandre Fetter

Mais uma vez chegando o final de semana e trago para os leitores do meu blog uma nova edição do Entrevista no Crônicas. Hoje temos na capa, Alexandre Fetter.
Fetter é comunicador da Rede Atlântida e colorado assumido. Sempre que possível vai ao estádio apoiar o Inter. Também deixa claro nas vezes que debate o assunto, que espera mais educação dos torcedores para com as crianças e as mulheres que vão em grande número ao campo.
Vejam abaixo a entrevista feita com ele.
Luciano Coimbra: Como surgiu a tua paixão pelo Sport Clube Internacional?
Alexandre Fetter: Herdei da família. Mas meu pai não curtia muito futebol…  Quando piá, meus tios me levavam sempre ao estádio.

L.C.: Essa tua ligação com o Inter e com a música tem o mesmo caminho?
A.F.: Pelo aspecto da paixão, sim.

L.C.: Se pudesse colocar os melhores momentos da tua paixão pelo clube em uma trilha sonora, qual seria?
A.F.: “Camisa vermelha”, o canto da torcida.

L.C.: Tu tens algum ritual antes de cada partida do Inter, tanto no estádio quanto em casa?
A.F.: Atualmente não mais. Estou numa fase morna na “relação”, na verdade. Menos passional, mas ainda interessado.

L.C.: Naquele momento de folga, qual a melhor atividade de lazer?
A.F.: Jogar aquela bolinha com os parceiros. De duas a três vezes na semana…

Alexandre Fetter com sua esposa Rodaika

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Só ingenuidade?

Ronaldinho Gaúcho - que passarei a chamar de R10 - não é mais jogador do Flamengo. Notícia que poderia ser bombástica não fosse o fato de ele não estar mais jogando pelo clube desde meados de 2011... Sem martirizar mais a nação rubro-negra, chego a uma conclusão muito simples:

Todo mundo tira onda com o Vasco que é o time do vice, com o Botafogo que é o time do quase, com o Fluminense que é o time sem cacife pra ganhar Libertadores, com o Atlético Mineiro que é o time que nunca ganha nada (e já ganhou uma vez... Faz tempo, mas ganhou!!) só que ninguém se da conta que o Flamengo é o time dos fiascos gigantescos.

Ou o pessoal já esqueceu ataque dos sonhos do Mengão? Romário, Sávio e Edmundo.
Ganhou o que???   NADA!!!
E o ano do centenário do clube que virou o ano do CenterNADA, alguém lembra?
Já estão pipocando vídeos pela internet com R10 jurando amores pelo Mengão. Mas como esse amor passa rápido, né?! Não aguentou nem a crise dos sete anos... Ficou estremecida já nos primeiros sete meses...

Tanta coisa se fala da presidente do Fla, mas quem não gostaria de ter R10 no auge da sua forma técnica e física jogando com a camiseta dos eu clube? Todo mundo queria. Só que o auge da forma física e técnica dele acabou faz tempo... E a Patricia Amorim não se deu conta disso.

Pensou que estava com um Super Trunfo na mão e perdeu para o jogador que tava com a menor cartinha do baralho, neste caso o Sr. Assis Moreira. É duro aceitar a perda. mais duro ainda é tomar um balão nas costas e ter que dar explicações a uma torcida de 35 milhões de fanáticos.

Não sei o que ela vai dizer e não sei o que ela tá pensando. Só tenho a certeza que a vergonha alheia do Flamengo tá só no início... Ou alguém tá esquecendo do Imperador? Ainda tem a volta do goleiro Bruno, que tem contrato com o clube e está buscando liberdade condicional.

Vão aceitar os dois de volta? Ainda não aprenderam com os erros do passado e do presente? Fica difícil acreditar que é só ingenuidade da parte da direção. Tudo me leva a crer que não passa de ganância e soberba. "Temos a maior torcida e nada nos afetará." "Qualquer hora a gente fecha um patrocinador master para a camiseta, afinal R10 joga no nosso time..."

Mas que empresa em sã consciência iria querer sua marca ligada a um jogador que não demonstra nenhum interesse em vestir aquela camisa? E a publicidade negativa que isso trás? Será que eles ( diretoria do Flamengo) não se dão conta que para vender o produto tu tem que ter uma propaganda muito boa?

Qual é a propaganda que R10 está fazendo do Flamengo: que é o clube onde ele manda e desmanda, que faz o que quer e nada acontece, uma diretoria que não tem postura de mandatária e por aí vai...

Fica a reflexão para os dirigentes que adoram pensar grande demais e não medem esforços para contratar o Papa para rezar a missa na capela do quintal de casa.

Mais vale ter uma casa arrumada, humilde e com rendimentos do que morar num palacete e não ter dinheiro pra pagar a conta da luz. Porque com humildade se consegue muito, e com soberba só se consegue a queda do alto da montanha.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Na base da pressão.

Tava aqui lendo os tweets da minha TimeLine e me deparei com uma informação que me fez ficar de boca aberta. Acabo de ler que a CONMEBOL está fazendo pressão para que o Treze-PB e o Xavante retirem as ações na Justiça Comum contra a decisão da CBF de não incluir eles na Série C do Brasileirão 2012.

O que a CBF não está fazendo é reconhecer os seus erros e assumir que fizeram "cacaca"... Ficou provado por "A+B" que o Brasil de Pelotas não tem culpa nenhuma na acusação de inscrição indevida de um atleta no início da Série C de 2011.

O clube pelotense foi julgado em todas as instâncias da Justiça Desportiva e teve ganho de causa até a última instância, onde a CBF conseguiu reverter o resultado do julgamento. Não satisfeito com o caso, o clube de Pelotas entrou com uma ação na Justiça Comum e conseguiu reaver os seus direitos, ficando provado que o erro inicial foi da CBF e não do clube.

Só que não contente com isso e tendo um clube do interior de São Paulo sendo prejudicado, a CBF "informou" uma decisão da FIFA onde o Xavante estaria punido e afastado de todas as competições nacionais e internacionais. A mesma FIFA fez um comunicado informando que não havia divulgado decisão nenhuma a respeito do caso e que os dois clubes não tinham débito nenhum com a entidade máxima do futebol.

Não contente, agora surge a informação de quem aplicará a punição aos dois clubes é a CONMEBOL.

COMO ASSIM????? CONMEBOL MANDA NO QUÊ??????

Não punem nem os clubes que participam da Libertadores e Copa Sulamericana por invasão de estádio, por torcidas jogarem objetos no gramado, não afastam atletas punidos com três cartões amarelos (a punição é só pagamento em dólar pelos cartões aplicados) e agora querem pintar de galo e "punir" Treze e Brasil?

Só podem estar de sacanagem com o torcedor ou pensar que dirigente é tudo burro. Se a CBF aceita esse tipo de "informação", fico preocupado com o conhecimento da legislação desportiva por parte dos dirigentes que comandam o nosso futebol.

Ou será que até nisso tem politicagem??? Tá bom!!! eu sei que tem sim, só tava querendo me enganar um pouco.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Só curtas...

Resolvi fazer esse post só com curtinhas para não ficar sem escrever e colocar minhas opiniões em um post só. Lá vai!!!

1- Assisti ao jogo do Inter contra o Flamengo e tirei algumas conclusões. Flamengo só não vira candidato ao rebaixamento se melhorar muito a maneira como o treinador escalar o time. Ou se trocar de treinador rapidinho, senão...

2- Grêmio e Palmeiras vão fazer três ótimos jogos no ponto de vista de serem comentados na mídia. O primeiro foi fraco na questão técnica do jogo. Os outros dois tem tudo para serem melhores, até porque vale vaga na final da Copa do Brasil e ninguém quer ficar de fora.

3- A bicicleta de Alecsandro do Vasco foi digna de virar vinheta de programa esportivo. Categoria que ainda não descobri de onde surgiu, mas que o gol foi bonito, isso foi.

4- Grande parte da imprensa colocando com certos na linha do rebaixamento os clubes menores da Série A do Brasileirão. Também acredito que não fugirão muitos dos "pequenos", mas que alguns grandes abram o olho neste início de campeonato ou a coisa fica feia lá pela 22ª, 23ª rodadas...

5- Como já escrevi aqui no blog, a seleção não anda me empolgando muito. Sem contar as convocações que Mano Menezes anda fazendo, pode ser que eu comece a assistir aos jogos do Brasil só em Londres 2012 e mesmo assim dependendo das condições de escalação...

6- Querem palhaçada maior do que fez Assis Moreira, irmão e empresário de R10. É a mesma coisa que o professor me pegar olhando para a prova do colega e tirar a prova dele e não a minha... Quem é que tá devendo pro R10? É a Olympikus? é a Fla Concept? Cobra da Patricia Amorim...

Tirinhas curtas e com opiniões formadas. esse post fica assim e aceito opiniões contrárias ou não. Abraço!!!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

"Ovelha não é pra mato..."

Um desses ditos populares aqui do Sul pode ser claramente aplicado aos jogos de ontem da Libertadores da América. Quem é aqui do Rio Grande do Sul conhece o ditado "Ovelha não é pra mato...". Esse ditado exemplifica que os ovinos não foram feitos para esse tipo de vegetação.

Quantas vezes vimos clubes de pouco ou nenhuma expressão ganharem campeonatos estaduais e nacionais? Várias vezes!!! Só que quando falamos da Libertadores da América, o papo é outro. Não é qualquer clube que mostra sua força e seu potencial na principal competição sulamericana.

Nos jogos de ontem vimos duas situações bastante semelhantes. Um Fluminense jogando melhor que o Boca Juniors, mesmo que não fosse uma excelente apresentação do tricolor das Laranjeiras, mas melhor que o Boca. Só que isso não é suficiente em se tratando do clube argentino.

O Boca não é ovelha! E não sendo ovelha, tá pronto pra enfrentar o matagal... Boca Juniors é time copeiro e guerreador. Não desiste até o último segundo, mesmo que isso possa não fazer nenhuma diferença. O Boca é a imagem real de um vencedor da Libertadores. Com um time mediano, fazendo uma fase de grupos com altos e baixos, classificando como segundo colocado num grupo de quatro equipes e mesmo assim é copeiro.

A vontade deles parece maior que a de outros clubes. A garra deles tem um quê de diferente. E não é para menos que chamam o Boca de copero y peleador. Mostra sempre que está na briga e que luta pelo título até o final.

Quanto ao jogo Corinthians e Vasco, não tenho como colocar o mesmo dito popular. Até porque ainda temos duas "ovelhas" nessa disputa... Que me perdoem os corinthianos e vascaínos, mas não tenho como fazer outra colocação.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Só teorias, nada mais...

Tudo bem que eu também concorde que o Corinthians é sempre favorecido no que diz respeito a qualquer lance duvidoso. Se alguém cair na área e pode até mesmo ser o goleiro adversário depois de uma defesa, certamente vai ser marcado pênalti para o Timão.

Agora, depois de ontem, não podemos estender o fanatismo ao extremos de dizer que até o Tira-Teima da Globo tá manipulado a favor do alvi-negro do ex-presidente Lula. Vi o lance e na hora falei para mim mesmo: Gol legal! Até tuitei que o lance teria sido anulado de forma irregular e que o auxiliar do árbitro Sandro Meira Ricci teria jogado a atuação do principal na lata do lixo.

E não é que acabei queimando a língua... Ao final d partida o Tira-Teima da Globo eximiu toda do auxiliar e ainda deu um crédito fora do comum para a carreira dele. A culpa pela anulação do gol que se tornaria mais uma teoria da conspiração que favorece sempre o Corinthians, caiu por terra e mostrou que o trio de arbitragem pode sim ser perfeito como na partida de ontem.

Estão de parabéns Sandro Meira Ricci e seus auxiliares que não comprometeram o jogo e mostraram precisão e conhecimento das regras do futebol até nos lances mais duvidosos. Num gramado que mais aprecia um potreiro de campanha no interior do estado, tal era a lama que se formou devido a chuva, várias faltas e vários choques que não ocorrem normalmente ontem vieram a acontecer. e mesmo assim a arbitragem foi exemplar.

Temos que reconhecer quando o pessoal do apito faz um bom trabalho assim como temos todo o direito de cornetear quando eles aprontam as peripécias que estamos acostumados a ver. Sempre vale para os dois lados...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mais cauteloso ainda.

Todo mundo sabe que o povo mineiro tem a fama de comer pelas beiradas, fazer as coisas na surdina, ser o "Come quieto" brasileiro. Em se tratando de fama, é assim que se conhece um mineirinho... No mundo do futebol, as coisas são um pouco diferentes, mas não fogem muito das raízes culturais do povo.

Para colaborar mais ainda, o Cruzeiro contrata o Rei da Cautela como treinador para o clube no Brasileirão 2012: CELSO ROTH. Bastante conhecido pelas bandas aqui do sul, Roth é tão famoso por suas retrancas e grandes arrancadas nas competições que participa quanto o Mickey por suas orelhas.

E está unida a fome com a vontade de comer... Um treinador cauteloso com um clube de cultura cautelosa. Tem tudo para dar certo, mas trará muito trabalho para o novo técnico. O atual grupo da Raposa não tem grandes individualidades, mas é um conjunto de qualidade.

Com jogadores experientes e já rodados por vários clubes de ponta n Brasil e Exterior, é mais fácil para o treinador extrair o melhor de cada atleta. Juntando a qualidade do grupo com a exigência e disciplina de Celso Roth, o Cruzeiro deixa de ser um candidato a fugir do rebaixamento e passa a constar na lista de clubes em condições de conquistar posições mais elevadas na tabela do Campeonato Brasileiro.

Basta aguardar o início da competição e ver nos resultados e nas atuações do time anilado de Minas Gerais o trabalho do cauteloso Roth junto ao time. Resultados expressivos não serão a tônica dos jogos do clube, mas sim testes cardíacos com os torcedores e de paciência com a imprensa mineira.

Essa é estampa do trabalho do gaúcho Celso Roth. Disciplina dentro de campo e uma sutileza incomum fora dele...

terça-feira, 15 de maio de 2012

O que fazem com o dinheiro?

Foi divulgado hoje uma lista com os balanços dos clubes da Série A do Brasileirão nos últimos dois anos. Algumas coisas me espantam, como ver o Flamengo em quinto lugar no ranking de receitas em 2011e não conseguir pagar seus salários em dia.

A frente do Rubro-Negro carioca estão Santos (4º), Inter (3º), São Paulo (2º) e Corinthians (1º). Desses clubes citados, ao que me consta três deles não possuem atrasos nos salários e direitos de imagem de seus atletas.

Mas outra coisa que me deixa mais espantado é o destino que pode ter o dinheiro que entra nos cofres dos clubes. Onde é investido todo o retorno financeiro que chega a um clube do porte dos cinco primeiros da lista?  Cada clube que encabeça o ranking tem prioridades diferentes. No Flamengo, a intenção é contratar todos os jogadores que possam ser negociáveis no mercado brasileiro e mundial. O mesmo ocorre com o Timão. Se existe algum boleiro que pode ter contrato rescindido, o alvi-negro paulista está na fila para tentar a contratação.

Me parece mais sensato o modo como o Inter administra as finanças. Não sacrifica os cofres do clube e consegue montar um time competitivo para qualquer campeonato que participa. Só penso que poderiam ousar um pouco mais e com isso consequentemente aumentar os recursos advindos da venda de produtos e licenciamentos.

Pela lista, podemos verificar também que os clubes com menor rendimento da Série A ainda apontam uma queda do ano de 2010 para 2011. Isso pode ser relacionado ao tempo que permanecem na Série B e quando conseguem retornar à elite do futebol brasileiro.

Abaixo trago a lista dos vinte clubes em ordem de faturamento.

Fonte: BDO Auditoria e Consultoria

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Entrevista no Crônicas - Thedy Corrêa


Depois de um fim de semana de final do Gauchão 2012 e com o Internacional sagrado Campeão, trago para vocês aqui no Entrevista no Crônicas, uma personalidade da música que é colorado de frequentar o Beira-Rio sempre que está em Porto Alegre.
O convidado da vez é Thedy Corrêa, vocalista da Banda Nenhum de Nós. Na entrevista ele nos fala um pouco da sua paixão pelo Colorado e da ligação com a música.
Curte a entrevista abaixo:
Luciano Coimbra: Como começou a tua paixão pelo Internacional?
Thedy Corrêa: Minha família – a parte que se ligava em futebol – era, na sua maioria, colorada. Minha mãe, em especial. Quando ia passar o dia na casa de minha tia, que ficava na zona sul, ficava pedindo ao meu tio Eurico que me mostrasse suas flâmulas e objetos do Inter. Ele era muito colorado! Além disso, eu sempre ia aos jogos do Inter com os colegas do colégio. Lembro do jogo contra o Deportivo Luqueño! Minha primeira Libertadores com o Inter… O que rolou na minha vida futebolística, era que meu pai torcia para o Cruzeiro de Porto Alegre… Então ele me levou ao estádio, me apresentou jogadores e dirigentes… Eu, a partir daí, acompanhava o Cruzeiro com ele – que, mesmo com tudo isso, não ia a estádio. Depois que ele faleceu, antes do Nenhum estourar, eu fiquei com uma espécie de “dívida” com ele e sua memória ligada aos nossos momentos no futebol. Pensei em ajudar o clube com a visibilidade que o Nenhum estava dando. Por muito tempo falei que era Cruzeirista. Os outros Nenhuns sempre riam de mim, pois eu torcia e falava do Inter e ficava procurando “tijolinho” no jornal para saber do Cruzeiro. Minha “divisão” clubística acabou quando cantamos na chegada dos campeões do mundo em 2006. Ali os caras da banda disseram: “Agora deu! Agora todo mundo descobriu que tu é colorado! hahaha”
Depois disso me entreguei de corpo e alma. O ruim disso tudo é que algumas pessoas me acusaram de ser oportunista e torcedor “pós-2006″. Eu compreendo que pensem assim, pois só meus amigos da banda foram testemunhas de minha dedicação ao Inter antes disso. Atravessei os anos 90 com eles e com o Inter. Eles sabem o que passei… Eu e toda a nação colorada. rsrs Mas o fato é que é comum as pessoas terem seu time do coração – o Inter, no meu caso – e outro com o qual simpatizamos e até torcemos – o Cruzeiro. O que gerou essa confusão toda – e por culpa minha mesmo – é que eu tentei dar uma visibilidade pro Cruzeiro usando meu nome e fama (hahahaha) e pensando que assim meu pai – onde quer que ele estivesse – estaria feliz por isso. Mas digo que sou colorado e tenho minha consciência tranquila quanto ao que alguns podem me acusar…


L.C.: Para um músico, fazer uma música de sucesso pode ser semelhante a um jogador fazer um gol em final de campeonato?

T.C.: Acho que a alegria do gol é mais intensa e fugaz. É um extase em estado puro e concentrado. Na música, o sucesso proporciona uma felicidade imensa mas ela fica, digamos, diluída, através da carreira. O ponto alto do sucesso de uma canção é no show, na frente do público – que canta contigo – e nisso existe uma grande semelhança com o gol. A galera solta a voz contigo nos dois casos!


L.C.: Dentro do palco, tua ligação com o público é extrema. Como lidar com esse contato com os fãs no dia-a-dia?

T.C.: Lutei muito – a ainda luto – pelo reconhecimento, respeito e carinho do público! Então, quando alguém chega para valorizar isso tudo pedindo uma foto, um autógrafo, ou até mesmo apenas pata conversar e expressar sua admiração pelo que faço, é uma baita realização! Sempre retribuo com atenção a dedicação que recebo do público. Acho estranho aqueles artistas que sonham com a fama e que depois que a conquistam, fogem do público e de suas demonstrações de admiração. Acho que existe alguma coisa mal explicada nessa conduta…


L.C.: Como seria fazer uma música inspirada no fuetbol? Alguma das tuas músicas pode ter essa conotação?

T.C.: Já escrevi uma letra sobre isso e que o Nenhum gravou e saiu no disco que a Rádio Gaúcha fez sobre a copa passada. Chama-se 90 minutos. Fala sobre a cena do estádio, uma visão da torcida. É do tempo da farofada e da cachaça nos estádios… Cita o radinho de pilha, que eu nunca esqueço quando vou ao estádio!


L.C.: Naquele momento de folga, qual a atividade de lazer para descontrair?

T.C.: Sou maluco por quadrinhos! Tanto que estou bem envolvido com o lançamento de um Gibi do Inter!
Leio muito – não apenas livros, mas também quadrinhos! Desenho e ainda quero lançar alguns projetos ligados a isso!


Thedy Corrêa

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Uma vitória importante.

Este post está para ser escrito desde o dia que vi a primeira vitória do Brasil de Pelotas nos tribunais, referente ao recurso contra a queda para a Série D do Brasileirão. Uma vitória simples e que ainda cabe recurso, mas não deixa de ser um grande passo para o Xavante.

Cada vez que alguma adversidade se apresenta para o time rubro-negro, a força de sua torcida e do clube é tão maior quanto os problemas que aparecem. Foi assim com a primeira queda para a Segunda divisão do gauchão, que teve um acesso digno da história Xavante.

O mesmo aconteceu com o trágico acidente que vitimou Millar, Régis e o preparador de goleiros Giovani. Mais um baque que tentou derrubar o clube e sua torcida, mas não conseguiu. A união de todos os aficcionados pelo Xavante de Pelotas foi mais forte do que todas as adversidades que apareceram.

Naquele ano, o time foi rebaixado para a Série A2 do Gauchão. Ainda está buscando subir para a elite do futebol do rio Grande do Sul. E tem um grupo bem montado e forte para conseguir o acesso neste ano. Junto a tudo isso se apresenta essa pequena vitória na justiça.

É só um primeiro passo, mas importante para o futuro Xavante no cenário do futebol brasileiro. Mostra para todos que com esse clube e essa torcida nada é capaz de abater ou derrubar a moral e o entusiasmo do grupo. Força Xavante!!! E Rumo a Série C, de onde não deveria ter saído.

domingo, 6 de maio de 2012

Entrevista no Crônicas - Lelê Bortholacci


Sábado passado trouxe aqui para vocês a entrevista de um gremista muito identificado com o tricolor. Hoje trago para todos, Lelê Bortholacci. Coloradaço assumido  e muito identificado com o Internacional, Lelê é produtor musical e integrante do Pretinho Básico, da Rádio Atlântida.
Nesta edição do Entrevista no Crônicas, ele fala sobre sua paixão pelo Inter, música e superstição.
Confere abaixo a entrevista:
Luciano Coimbra: Como surgiu a tua paixão pelo Sport Clube Internacional?
Lelê Bortholacci: Meu pai me fez Colorado. Quando nasci ele pendurou um par de chuteiras na porta do quarto do hospital. Na época era tradição colocar um sapato rosa se nascesse uma menina e um sapato azul se nascesse um menino. Meu pai descartou completamente colocar algo azul pra mim, por isso colocou esse par de chuteiras do tamanho de um sapato de bebê. Tenho elas até hoje, inclusive! Ainda menino ele começou a me levar no Beira Rio e minhas primeiras lembranças são do ano de 1979 onde conquistamos o Tri Brasileiro de forma invicta! Lembro perfeitamente do gol de Jair no GreNal desta campanha, que vencemos por 1×0 e mais ainda da final contra o Vasco. Um guri de 6 anos vivendo isso não tem como torcer pra outro time!

L.C.: Essa tua ligação com o Inter e com a música tem o mesmo caminho?
L.B.: Tanto meu pai quanto minha mãe sempre gostaram muito de música. Como eles se separaram muito cedo, acabei ficando com duas “fontes” distintas, pois na casa da minha mãe se ouvia muita MPB (Tom Jobim, Vinícius, Chico Buarque e MUITO Roberto Carlos) e música clássica. Já meu pai era mais chegado no pop internacional, ele ouvia direto rádio FM. Com ele conheci BB King, Eric Clapton, Peter Frampton e Stevie Wonder. Desde cedo peguei um gosto por escutar rádio FM. Eu ficava mudando de estação em estação, procurando as músicas que eu gostava. Com o passar do tempo fui conhecendo mais coisas por intermédio de amigos. Minha mãe conta, também, que nos meus primeiros dias em casa, recém nascido, quando eu chorava a noite, ela ligava um rádio, colocava ao meu lado e na hora u parava de chorar. Moral da história, a coisa veio “literalmente” de berço mesmo!

L.C.: Se pudesse colocar os melhores momentos da tua paixão pelo clube em uma trilha sonora, qual seria?
L.B.: Eu vou te dizer que os “melhores” momentos são tantos que nem sei. O Inter me deu muito mais alegrias que tristezas. E olha que eu sou da geração que mais sofreu em função da rivalidade Gre-Nal, pois quem passou pelos 80/90 tem uma postura completamente dos mais jovens da geração 2000. Eu preferiria fazer uma trilha que incluísse também os momentos ruins que passei com o Inter. Ela seria muito mais dinâmica. O sofrimento e as decepções podem ensinar muito mais que as alegrias e vitórias. Digamos que ela começaria nos anos 70 com algo “potente” da época, como Led Zeppelin, Stevie Wonder ou o Jorge Ben; nos anos 80 ela começaria bem com algumas pequenas alegrias com, digamos, um The Police. Na segunda metade ficaria muito “sombria” com as fases mais “deprês” do The Cure; já nos 90 mais sofrimento e tristeza com o Alice in Chains e uma “luz no fim do túnel” com o Nevermind do Nirvana no titulo da Copa do Brasil de 92 e 97 o gol de Fabiano ao som de “Eu quero é ver o oco” dos Raimundos. Nos anos 2000, um começo tenso com as canções mais tristes do Johnny Cash (que faleceu em 2003) e depois só alegrias com qualquer coisa do AC/DC!!!!

L.C.: Tu tens algum ritual antes de cada partida do Inter, tanto no estádio quanto em casa?
L.B.: Já tive; hoje não tenho mais. Já fui supersticioso mas isso é uma grande bobagem. Em 2006 fui a todos os jogos da Libertadores com a mesma cueca azul e achava que aquilo realmente estava dando sorte. Na real, a gente fica meio abobado mesmo quando estamos vendo nosso time no caminho certo, rumo a uma grande conquista…

L.C.: Naquele momento de folga, qual a melhor atividade de lazer?
L.B.: Bixo, meus momentos de lazer são aqueles bem tradicionais. Gosto de ficar com a família, a mulher, os amigos… Fazer um churrasco, ouvir um som, ver um filme, ler alguma coisa, brincar com a minha cachorro. Tenho uma certa “irresponsabilidade sadia” que eu faço com relação a viajar pra ver shows. Nada assim “demais”, mas gosto muito de fazer isso. Assim como gosto de viajar pra ver o Inter jogar.


Lelê Bortholacci

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tem idade?

A primeira coisa que se discute quando o assunto é futebol é a idade do jogador profissional. É amplamente debatido que o jogador quando chega a uma certa idade não serve mais para os grandes clubes, que é um investimento muito alto para o pouco retorno em uma venda futura ou que até mesmo acabará se aposentando no clube e não deixará nenhum rendimento.

O que estamos vendo no futebol brasileiro é a volta de alguns bons jogadores na faixa etária dos trinta e muitos anos. E não posso chamar os caras de velhos por que muitos deles tem a minha idade. Mas para os profissionais do futebol, a carreira está acabada.

Temos grandes exemplos de "velhos boleiros" que ainda estão na ativa e jogando como titulares nos seus clubes. Aqui no Rio Grande do Sul posso citar o zagueiro Índio do Inter e o improvisado Gilberto Silva do Grêmio. No Atlético Paranaense temos Paulo Baier como o articulador das jogadas do Furacão. Chegando em São Paulo, podemos citar Rogério Ceni, eterno titular da camisa 01 do São Paulo, o volante Marcos Assunção do Palmeiras e o lateral Santista Léo. Passando pelo Rio de Janeiro, o meia Deco e o atacante Araújo do Fluminense, os meias Juninho Pernambucano e Felipe e o goleiro Fernando Prass do Vasco.

Isso tudo sem entrar em outros clubes que não os pertencentes a Série A do Brasileirão 2012.

Aí falamos das especulações de contratações por parte do Grêmio. Foram sondados Alex, meia do Fenerbahce e Zé Roberto do Al-Gharafa do Catar. Muita gente vai dizer que são jogadores velhos, já sem a mesma vontade dos novatos da categoria de base, que já estão com a vida ganha e não precisam de mais motivação para jogar... Tudo isso pode ser levado em conta, mas não podemos esquecer que todos os que acabei de citar acima estão em plena atividade, jogando com seriedade e profissionalismo, almejando conquistar mais títulos por seus clubes e com a estabilidade financeira já consolidada.

Por que não arriscar em uma contratação como essa? Valerá a pena para o clube trazer um jogador deste nível e com essa idade? Ficarão as questões e esperamos para ver o resultado, torcendo sempre para um desfecho positivo para todos.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Entrevista no Crônicas - Humberto Gessinger


Noite de frio em Porto Alegre. Essa hora – são 21:06h – em um dia normal a Voz do Brasil já acabou e todos ligados no rádio para ouvir sua canção preferida.
Só estou parafraseando o início do meu texto no Entrevista no Crônicas para entrar no clima de um papo bem legal que troquei com Humberto Gessinger. O músico e baixista da banda Engenheiros do Hawaii e parceiro de Duca Leindecker no projeto Pouca Vogal é a figura que estampa o blog hoje.
Gremista assumido, ele nos explica como surgiu a paixão pelo tricolor e outros assuntos ligados à música e futebol
Aproveita e curte a entrevista dele:
Luciano Coimbra: Como começou a tua paixão pelo Grêmio?
Humberto Gessinger: Difícil definir o momento exato do nascimento de uma paixão. As primeiras lembranças são de meu pai ouvindo os jogos aos domingos, o primeiro jogo no Olímpico, um bonequinho do mosqueteiro que ganhei, a primeira camisa tricolor (do João Severiano), o time de botão. Um dos meus primeiros jogos foi um amistoso com o Botafogo. Era domingo de manhã, muito frio, pouca gente no estádio. O time entrou em campo carregando a bandeira enquanto o hino tocava nos auto falantes. Comecei a chorar de emoção. E o jogo não valia nada!!! Difícil explicar a paixão.

L.C.: Podemos dizer então que a paixão pelo tricolor já nasce com torcedor? Essa coisa de genética é verdadeira então?
H.G.: Acho que a gente não escolhe, por isso fica mais forte.

L.C.: Para um músico, fazer uma música de sucesso pode ser semelhante a um jogador fazer um gol em final de campeonato?
H.G.: O prazer deve ser parecido, mas o jogador trabalha objetivamente para o gol; no caso da canção, o sucesso  não é o objetivo, ele é  consequência de variáveis que a gente não domina. Eu tenho músicas que ninguém conhece mas que eu considero sucessos porque, nelas, consegui o que buscava. Por outro lado, tem músicas que tocaram muito e que até hoje me deixam insatisfeito, achando que poderia fazer melhor.

L.C.: E essas que ninguém conhece, se forem lançadas tu acha que viram sucesso? Quanto aos sucessos que tu não considera como tal, continua a tocar nos shows ou isso te encomoda, te inquieta?
H.G.: Continuo a tocar, sem problema. É raríssimo um artista ficar 100% satisfeito com sua obra. Esta insatisfação faz parte do ofício e nos motiva a fazer sempre melhor. Quanto às músicas que ninguém conhece, o que aconteceria se fossem lançadas é um mistério isondável.

L.C.: Dentro do palco, tua ligação com o público é extrema. Como lidar com esse contato com os fãs no dia-a-dia?
H.G.: Tenho sorte de ter um público muito legal e antenado, que se liga mais na música do que no lance da fama, por isso o contato é sempre legal e tranquilo.

L.C.: E como tu lida com aquela história de invasão de privacidade do teu dia-a-dia comum como qualquer outra pessoa, quando tem um pedido de fotos com fãs, autógrafos, no supermercado, na fila do banco, na lotérica, etc. ?
H.G.: É sempre um prazer atender as pessoas. Na correira da estrada, às vezes é impossível. Depois do show por exemplo, se não dá para atender a todos, organizadamente, eu prefiro não receber ninguém. No dia-a-dia é tranquilo.

L.C.: Algumas das tuas música tem uma inspiração no futebol. Qual o momento mais favorável para essas composições, a vitória ou a derrota?
H.G.: Reza a lenda que a tristeza motiva mais do que a alegria. No amor, por exemplo, se tá tudo bem, o cara vai aproveitar, não vai escrever poemas ou pintar quadros ou fazer canções. Não sei se a lenda é real… eu gosto muito de ir ao estádio a pé. Toda caminhada me inspira. Além do lance de estar em movimento, sem ter que prestar atenção no trânsito, deve haver uma explicação química, liberação de alguma substância, sei lá… sempre é inspirador caminhar… na saída dos jogos, com toda aquela energia na cabeça e no coração, mais ainda.

L.C.: Como tu faz quando a inspiração vem nesses momentos? Anota, grava… Como tu guarda até chegar em casa e colocar no papel?
H.G.: Antigamente eu tinha que confiar na memória. Hoje, não vivo sem um celular com teclado físico. Teclado digital é ruim de usar caminhando. Escrevo semanalmente no meu blog e os textos são todos feitos assim, caminhando, no smartphone, cuidando pra não tropeçar nos buracos e pra não pisar em sujeira de cachorro rsrsrsrsrs

L.C.: Naquele momento de folga, qual a atividade de lazer para descontrair?
H.G.: Jogo tênis. Quase sempre com o manto tricolor.


Humberto Gessinger