segunda-feira, 30 de abril de 2012

Entrevista no Crônicas - Humberto Gessinger


Noite de frio em Porto Alegre. Essa hora – são 21:06h – em um dia normal a Voz do Brasil já acabou e todos ligados no rádio para ouvir sua canção preferida.
Só estou parafraseando o início do meu texto no Entrevista no Crônicas para entrar no clima de um papo bem legal que troquei com Humberto Gessinger. O músico e baixista da banda Engenheiros do Hawaii e parceiro de Duca Leindecker no projeto Pouca Vogal é a figura que estampa o blog hoje.
Gremista assumido, ele nos explica como surgiu a paixão pelo tricolor e outros assuntos ligados à música e futebol
Aproveita e curte a entrevista dele:
Luciano Coimbra: Como começou a tua paixão pelo Grêmio?
Humberto Gessinger: Difícil definir o momento exato do nascimento de uma paixão. As primeiras lembranças são de meu pai ouvindo os jogos aos domingos, o primeiro jogo no Olímpico, um bonequinho do mosqueteiro que ganhei, a primeira camisa tricolor (do João Severiano), o time de botão. Um dos meus primeiros jogos foi um amistoso com o Botafogo. Era domingo de manhã, muito frio, pouca gente no estádio. O time entrou em campo carregando a bandeira enquanto o hino tocava nos auto falantes. Comecei a chorar de emoção. E o jogo não valia nada!!! Difícil explicar a paixão.

L.C.: Podemos dizer então que a paixão pelo tricolor já nasce com torcedor? Essa coisa de genética é verdadeira então?
H.G.: Acho que a gente não escolhe, por isso fica mais forte.

L.C.: Para um músico, fazer uma música de sucesso pode ser semelhante a um jogador fazer um gol em final de campeonato?
H.G.: O prazer deve ser parecido, mas o jogador trabalha objetivamente para o gol; no caso da canção, o sucesso  não é o objetivo, ele é  consequência de variáveis que a gente não domina. Eu tenho músicas que ninguém conhece mas que eu considero sucessos porque, nelas, consegui o que buscava. Por outro lado, tem músicas que tocaram muito e que até hoje me deixam insatisfeito, achando que poderia fazer melhor.

L.C.: E essas que ninguém conhece, se forem lançadas tu acha que viram sucesso? Quanto aos sucessos que tu não considera como tal, continua a tocar nos shows ou isso te encomoda, te inquieta?
H.G.: Continuo a tocar, sem problema. É raríssimo um artista ficar 100% satisfeito com sua obra. Esta insatisfação faz parte do ofício e nos motiva a fazer sempre melhor. Quanto às músicas que ninguém conhece, o que aconteceria se fossem lançadas é um mistério isondável.

L.C.: Dentro do palco, tua ligação com o público é extrema. Como lidar com esse contato com os fãs no dia-a-dia?
H.G.: Tenho sorte de ter um público muito legal e antenado, que se liga mais na música do que no lance da fama, por isso o contato é sempre legal e tranquilo.

L.C.: E como tu lida com aquela história de invasão de privacidade do teu dia-a-dia comum como qualquer outra pessoa, quando tem um pedido de fotos com fãs, autógrafos, no supermercado, na fila do banco, na lotérica, etc. ?
H.G.: É sempre um prazer atender as pessoas. Na correira da estrada, às vezes é impossível. Depois do show por exemplo, se não dá para atender a todos, organizadamente, eu prefiro não receber ninguém. No dia-a-dia é tranquilo.

L.C.: Algumas das tuas música tem uma inspiração no futebol. Qual o momento mais favorável para essas composições, a vitória ou a derrota?
H.G.: Reza a lenda que a tristeza motiva mais do que a alegria. No amor, por exemplo, se tá tudo bem, o cara vai aproveitar, não vai escrever poemas ou pintar quadros ou fazer canções. Não sei se a lenda é real… eu gosto muito de ir ao estádio a pé. Toda caminhada me inspira. Além do lance de estar em movimento, sem ter que prestar atenção no trânsito, deve haver uma explicação química, liberação de alguma substância, sei lá… sempre é inspirador caminhar… na saída dos jogos, com toda aquela energia na cabeça e no coração, mais ainda.

L.C.: Como tu faz quando a inspiração vem nesses momentos? Anota, grava… Como tu guarda até chegar em casa e colocar no papel?
H.G.: Antigamente eu tinha que confiar na memória. Hoje, não vivo sem um celular com teclado físico. Teclado digital é ruim de usar caminhando. Escrevo semanalmente no meu blog e os textos são todos feitos assim, caminhando, no smartphone, cuidando pra não tropeçar nos buracos e pra não pisar em sujeira de cachorro rsrsrsrsrs

L.C.: Naquele momento de folga, qual a atividade de lazer para descontrair?
H.G.: Jogo tênis. Quase sempre com o manto tricolor.


Humberto Gessinger

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Azedou a Paella

E o que eu vinha relatando no blog aconteceu. Nos meus últimos posts tenho dedicado atenção para a Champions League, já que estava sendo cogitada a possibilidade de um dos maiores clássicos do futebol mundial decidir o título da Libertadores deles.

Qual a minha surpresa ontem à tarde??? Real Madrid, favorito por estar decidindo em casa a vaga para a final da UCL e com todo o tempero de ver o arqui-rival Barcelona eliminado um dia antes, caiu frente ao bom time do Bayern.

Os alemães e espanhóis fizeram um jogo franco como a muito eu não via. Ataque para todos os lados e chances desperdiçadas de todo o jeito para decidir a partida. O Real saiu na frente com dois gols de Cristiano Ronaldo e deu pinta de que iria ser tranquila a classificação do time merengue. Só que não foi...

Bayern apertou o cerco e buscou o empate em cobrança de penalidade máxima. Apartir daí o que se viu foi um Real Madrid mais afoito e um Bayern buscando encerrar a partida num erro dos espanhóis. Jogo se encaminhava para a prorrogação e nada decidido.

Foi preciso as cobranças de pênaltis para se conhecer o outro finalista que enfrentará a equipe inglesa do Chelsea dia 19 de maio em Munique.

Relembrando o jogo do Barça, o que definiu a desclassificação da equipe catalã? Uma cobrança de pênalti perdida por seu melhor jogador, não foi? No jogo do Real aconteceu o mesmo! Cristiano Ronaldo, o CR7, queridinho da mídia e da mulherada, colocou nas mãos do goleiro Neuer a primeira cobrança da série de penalidades máximas.

Atrás dele vieram Kaká, que entrou no segundo tempo e teve uma atuação bem abaixo do que se esperava dele, e Sérgio Ramos, que não contente em errar a cobrança, colocou a bola em uma outra órbita que não a da Terra. O espanhol isolou a quarta cobrança e deu de presente a vaga para os alemães.

Depois de tudo que se esperava para uma final espanhola da Champions, de toda a mídia que daria o jogo entre Real e Barça, das especulações sobre quem será eleito o melhor jogador do mundo em 2012, ficamos com um confronto de coadjuvantes que se mostraram mais preparados do que os elencos principais.

Chelsea e Bayern. Inglaterra e Alemanha. Um confronto e será conhecido o finalista que enfrentará o campeão da Libertadores na decisão do Mundial de Clubes em dezembro, no Japão. Opa, estou esquecendo... Desde que os dois passem pelas equipes do continente africano, asiático....

terça-feira, 24 de abril de 2012

O final de uma era ou apenas um tropeço?

E hoje foi o grande dia. O dia dos Blues e o dia que ficará gravado na memória de torcedores londrinos e catalães. O final de uma era de vitórias chegou ou foi apenas um tropeço de um time que está acostumado a ganhar tudo que disputa?

Já tivemos o Dream Team no basquete com a seleção norte-americana de Barcelona 92. temos o Dream Team no vôlei mundial com qualquer seleção masculina formada pelo técnico Bernardinho. e estávamos nos acostumando a ver o Dream Team do futebol vestir grená e azul.

O time catalão vinha sendo a única equipe a ser batida em qualquer competição que participasse. Barcelona é o melhor time do mundo. E não será pelo resultado das três últimas partidas que esta situação se modificará. Arrisco em afirmar que ao final do ano, quando forem entregar a premiação para a melhor equipe de 2012, Barcelona estará recebendo tal troféu.

Quando escrevi aqui mesmo neste espaço que poderia não ter o clássico espanhol como final da Champions League por causa da vitória do Chelsea sobre o Barça, também coloquei que eu acreditava na virada catalã. E achava que ela aconteceria. Só não esperava que a sorte estaria do lado dos Blues.

Expulsão do capitão da equipe ainda no primeiro tempo, reverter um resultado de 2x0 que classificava o barça, Lionel Messi desperdiçar uma penalidade máxima e várias bolas não entrarem por causa da trave e Peter Cech. Isso tudo pode ser considerado sorte de campeão.

E já que falamos do final de uma era, será que esses acontecimentos todos não estão ligados ao Fim do Mundo em dezembro?

quinta-feira, 19 de abril de 2012

E pode não acontecer mesmo...

E não é que ontem eu escrevi sobre a possibilidade de não acontecer o super clássico espanhol na final da Champions League muito mais pela possibilidade de desclassificação do Real Madrid do que do Barcelona. E o meu espanto qual é? Os dois podem ficar de fora!!!

Vendo o jogo ontem, o Chelsea jogou fechadinho e saindo só nas investidas de contra-ataque. Numa bola perdida por Lionel Messi - sim, ele também erra!! - o lançamento de Lampard achou Ramires livre pela esquerda. Ele avança em direção ao gol e cruza para Drogba marcar e abrir uma vantagem, pequena eu sei, mas importante para o jogo de terça em Barcelona.

Não que o Barça tenha jogado mal. Se formos computar todas as chances perdidas pelo time catalão, o primeiro tempo era para ter terminado 4x1 para os espanhóis. Mas ontem não era dia do caçador... E a presa se aproveitou do vacilo do matador para matar o jogo.

Tá bom, eu sei que vão dizer "Mas tem o jogo da volta!!!", "Não está nada definido.", "No Camp Nou o Barça aniquila os Blues." e por aí vai... Tudo isso eu sei e também acredito que o resultado possa ser revertido, mas que a vantagem inglesa pesa no jogo da volta, isso pesa.

Para avançar sem sustos, o Barcelona precisa fazer dois gols e não tomar nenhum. Se a defesa for vazada em casa, a necessidade passa a ser de três gols para garantir a classificação. O gol feito fora de casa leva vantagem nos critérios de desempate. É quase uma Libertadores deles...

Sem contar que entre um jogo e outro da Champions tem o clássico Real x Barça pelo Espanholzão, como diz Alex Escobar, repórter da Globo. E esse jogo pode até nem parecer, mas é perigoso demais para quem perder.

Entra em uma decisão de vaga na final da UCL com derrota no clássico e podendo perder o título espanhol pelo resultado desse jogo? É mole??? Carga máxima no psicológico dos elencos milionários e qualificadíssimos de Real e Barça.

Quem será que suporta a carga? Quem avança? Espanha irá dominar a decisão da UCL ou Alemanha e Inglaterra irão estragar a festa de um deles?

Opina aqui. A opinião de vocês é sempre bem vinda.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Será que não vai dar clássico???

Esta semana ficará definido o cruzamento da final da Champions League e a maior expectativa é se irá acontecer o tão esperado clássico espanhol ou não. Tendo Real Madrid de um lado do cruzamento e Barcelona do outro, fica aquela "tensão" nos torcedores se irá ou não haver um dos maiores clássicos do futebol mundial.

Só que ontem, no primeiro jogo da semi-final entre Bayern e Real Madrid, deu o time alemão. Com um gol no finalzinho da partida, a equipe de Munique saiu na frente na disputa pela vaga à final da UCL. Hoje inicia a disputa pela segunda vaga e o barça tem pela frente o poderoso time inglês do Chelsea.

Mesmo que os Blues não estejam em uma maré de boas atuações no Campeonato Inglês, estar na semi-final da Champions já é uma credencial e tanto para o time ser respeitado. Não é a primeira vez que os dois clubes se cruzam pela competição européia. Já ocorreram dez partidas e o equilíbrio é grande. São três vitórias para cada lado e quatro empates.

A última lembrança deste confronto é dolorosa para os ingleses. Na mesma fase que se encontram hoje estavam frente a frente, Barça e Chelsea, só que no ano de 2009. E a desclassificação dos Blues ainda está entalada na garganta. Ficou evidente nas entrevistas às vésperas da partida.

Para Lampard, a derrota de 2009 foi a pior derrota do clube, numa clara alusão de que a ferida ainda não cicatrizou. Já para o Barça, aquele gol salvador - a primeira partida terminou em 0x0 no Camp Nou e com o resultado de 1x1 em Londres, o time espanhol acabou classificado  - modificou toda uma história no clube.

A equipe vinha de uma mudança de comando e da saída de Ronaldinho Gaúcho, (naquela época, R10 jogava muito mais do que apresenta hoje no Flamengo, é óbvio...) e para os espanhóis, tudo de bom que aconteceu no clube, se deve aquela conquista de vaga para a final da UCL de 2009.

O atual treinador, Pep Guardiola, estava ingressando no comando da equipe - seu trabalho como treinador do Barcelona iniciou em 2008 - e por isso a importância daquela classificação e posteriormente do título da competição sobre o Manchester United.

Ficamos todos na expectativa de um clássico espanhol decidindo a Champions ou as zebras darão as caras na "Libertadores Européia". Façam suas apostas e podem deixar seus palpites nos comentários.

sábado, 14 de abril de 2012

Entrevista no Crônicas - Pedro Ernesto Denardin

Mais um final de semana chegando e não poderia deixar de trazer para vocês outra edição do Entrevista no Crônicas. O espaço é voltado para você leitor e cada vez mais busco trazer entrevistas atrativas e de profissionais renomados na área do jornalismo esportivo.
O entrevistado de hoje é Pedro Ernesto Denardin, narrador e apresentador do Grupo RBS, trabalhando na Rádio Gaúcha como narrador e apresentados do “Show dos Esportes” e também na TVCOM com os programas “Pedro Ernesto Entrevista” e “Bate Bola”
Como curiosidades, virou polêmica nacional ao narrar os gols do Internacional sobre o São Paulo com uma intensidade sem tamanho, citando até que o Inter rasgava e pisava na camisa do tricolor paulista.
Curtam abaixo a entrevista dele:
Luciano Coimbra: Na tua carreira jornalística, você começou pelo esporte?
Pedro Ernesto: Sim. O início da minha carreira no jornalismo foi pelo esporte.

L.C.: Dentre os narradores de futebol, qual aquele que te inspirou e porque?
P.E.: Minha inspiração vem do narrador e radialista Mendes Ribeiro, pelo seu estilo de formar frases para descrever os lances.

L.C.: A emoção de narrar uma conquista gaúcha, seja ela vermelha ou azul, não é bem compreendida no resto do país. Como você vê essa diferença de tratamento?
P.E.: Os locutores dos outros estados também vibram com seus times. Se eu narrasse numa rede nacional de TV teria a mesma empolgação com todos. Mas eu narro para gremistas e colorados.

L.C.: De todos os esportes que você já narrou, qual o mais inusitado e o mais emocionante?
P.E.: Com certeza é o futebol. Nada mais emocionante e inusitado do que ele.

L.C.: Nas horas de folga, qual é a tua prioridade?
P.E.: Na verdade não tenho muitas horas de folga, mas nessas horas me dedico ao meu sitio. Também gosto de brincar com filhos e netos. Por ai.

Pedro Ernesto Denardin

quinta-feira, 12 de abril de 2012

E quando a gente depende dos outros???

Se as coisas estão difíceis com o nosso esforço e sofrimento, imagina se tudo dependesse da ação de outras pessoas para sermos felizes. O mundo inteiro estaria perdido... ou não. É mais ou menos isso que passa na cabeça dos flamenguistas hoje.

Depender de resultados paralelos não é garantia de nada. Depender de suas próprias forças pode ser garantia de luta, bravura, garra. Foi o que o Flamengo acabou mostrando hoje e que não vinha fazendo nos outros jogos da fase de grupos da Libertadores da América.

Já aconteceu com o Corinthians em 2007, quando estava empatando com o Grêmio no Olímpico e torcia para uma vitória do Inter sobre o Goiás, o que acabou não acontecendo. Resultado: Timão rebaixado para a Série B do ano seguinte.

Já aconteceu com o Santa Cruz em 2005. Quem não deve estar lembrando essa classificação do Santa foi estragada pela Batalha dos Aflitos. Até o momento que o árbitro marcou o pênalti, expulsou os jogadores do Grêmio e que autorizou a cobrança, o Santa Cruz estava subindo para a Série A do Brasileirão de 2006. Com o gol de Anderson, tudo mudou. Além de não subir, ficou sem o título da competição conquistado pelo Grêmio.

São dois exemplos de conquistas e derrotas em minutos. O mesmo ocorreu hoje com o Flamengo. E não foi a primeira e nem será a última vez desse tipo de episódio. Basta que o clube não leve a sério o que disputa ou pense que a qualquer momento o adversário irá tremer por estar frente a frente com algum clube de tradição no futebol brasileiro e mundial.

exemplos são vários e mesmo assim parece que ninguém aprende....

Dupla tem reforço velho...

Sempre se fala que a Dupla Gre-Nal não se reforça, que tem grupo limitado, que os dirigentes não acertam a mão nas contratações e ultimamente podemos ver que não são reais essas afirmações. Já explico...

Se formos buscar as últimas contratações de Grêmio e Inter elas são pontuais e algumas delas até mesmo antigas. Grêmio reintegrou André Lima e Miralles. Ambos vem mostrando um bom rendimento no campo. Inter renovou com D'Alessandro e está em vias de acertar a nova contratação de Oscar junto ao São Paulo.

Claro que não tenho nem a cara de pau de comparar as "contratações" da Dupla. Nem de longe a qualidade de André Lima e Miralles se aproximam de D'Ale e Oscar. Mas para o momento que vive o tricolor, esses dois reintegrados estão resolvendo o problema de ataque.

Já no colorado, a festa será completa se o jurídico e a direção conseguirem reverter o enredo que está a situação de Oscar. O jogador está fazendo falta ao elenco e a lesão de D'Ale também atrapalhou um pouco o rendimento do time na competição Sul-Americana.

espero poder colocar aqui sem muita demora que tanto Grêmio quanto Inter estão com grupo forte para as conquistas que estão planejadas: Grêmio buscando a Copa do Brasil e Inter buscando a Libertadores da América.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Faz tempo...

Faz tempo que não escrevo por aqui.
Faz tempo também que não vejo a seleção jogar, aliás isso faz bastante tempo.
Só não entendo porque Mano Menezes insiste em jogadores que não estão trazendo nada de brilhante.
Faz tempo também que leio a torcida do Flamengo descontente com Ronaldinho Gaúcho.
Só não entendo o que eles querem com o Adriano Imperador.
Nada irá mudar nem com um, nem com o outro.

Faz tempo que o Gauchão não era tão disputado como nas últimas edições.
Aliás, será que a Dupla Gre-Nal estará nos próximos campeonatos regionais?

Faz tempo que eu quero trazer alguma coisa de diferente para vocês e estou fazendo hoje.
Falar de futebol com poesia, e tratar as palavras com mais beleza.
Só não entendo porque é tão difícil fazer isso sempre.
Será que não tenho dom?
Ou preciso estudar mais?

Faz tempo que as coisas se mostram de maneiras diferentes,
Tanto no campo quanto fora dele.
E é desta forma que termino por aqui
Falando de futebol em forma de poesia.
Só não sei se vocês irão gostar...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Entrevista no Crônicas - Marcelo Rospide

Mesmo com algum atraso, está aqui a edição do Entrevista no Crônicas. O entrevistado de hoje é o técnico Marcelo Rospide.
Na entrevista ele fala do trabalho dentro e fora de campo além dos seus momentos de lazer.
Confiora abaixo a entrevista:
Luciano Coimbra: Na faculdade de Educação Física, já tinhas em mente trabalhar com o futebol profissional?
Marcelo Rospide: Quando entrei na faculdade tinha como meta trabalhar com futebol. Na época eu estava fazendo um teste no Zequinha para profissionalizar como atleta e também estava cursando a faculdade de Filosofia. Graças aos conselhos de meu amigo Carlos Renato Lopes, o Camarão, eu larguei a Filosofia e ingressei na Educação Física. Prestei novamente vestibular na UFRGS e passei!!!! Ali precisava decidir… seguir como atleta ou ingressar na carreira acadêmica e buscar um espaço no mercado de trabalho do futebol… Graças ao conhecimento que ganhei como atleta, o diretor da Escolinha do Grêmio, o Sr. Cesar da Rocha Lopes, oportunizou meu ingresso no Grêmio como estagiário… a partir dai tudo começou!!!!!!!!!
L.C.: Temos grandes evoluções de táticas na história do futebol mundial. Tu acredita que algo novo ainda está para surgir ou são remodelações do que já existe?
M.R.: Acredito que com o passar dos tempos o futebol irá se transformar… Na verdade as transformações estão acontecendo… Mudanças nas regras é o principal motivo para issso!!! Logo, a tática, a estratégia e a evolução técnica virão a medida que as exigências do jogo forem se modificando.
L.C.: A internet se transformou em uma ferramenta de informações instantâneas, principalmente sobre futebol. Como lidar com esse canhão de verdades e mentiras nos bastidores do esporte?
M.R.: Na verdade penso que toda informação que sai na mídia deveria partir do próprio clube… O clube produzir a informação. Isso daria margem para menos especulações!!! O resto não se controla… Administramos de acordo com a necessidade.
L.C.: O trabalho de um treinador a beira do gramado é só a ponta de um iceberg. Quais as armas de motivação mais usadas dentro do vestiário?
M.R.: Existe muita mística e muitos mitos que foram criados no futebol. Ninguém motiva ninguém!!!! Na verdade nós treinadores vivemos de conceitos. E se nossos conceitos não forem entendidos, aceitos e , sobretudo, compartilhados por nossos atletas a chance de dar errado é grande. Muitas são as formas de despertarmos a vontade de vencer em nosso grupo. Contudo, a vitória não depende de um trabalho motivacional unicamente, antes sim, está profundamente relacionada com o preparo técnico-tático e com o planejamento estratégico para cada momento.
L.C.: Naquele momento de folga, qual a melhor atividade de lazer para descontrair?
M.R.: Isso depende. Durante a temporada, prticamente não existem momentos de folga… O trabalho do treinador é constante… Observar jogos, adversários, análises, debates, opiniões, … Nunca para… É uma tensão emocional de 24hs por dia. Lazer de quem trabalha com futebol, normalmente é futebol… Pessoalmente, gosto de livros, música e família!!!!!!!!!!!!


Marcelo Rospide