segunda-feira, 26 de março de 2012

Acho que era Junho de 93...

Deixei uma pista no meu perfil do twitter hoje a tarde sobre o assunto que escreveria no blog à noite. Não consigo entender o espanto de todos e a comoção pelas mortes dos torcedores do Palmeiras no confronto das torcidas Mancha Verde e Gaviões da Fiel. Qual é o motivo de tanto alarde?

Estou fazendo esses questionamento porque isso acontece a vinte anos e ninguém faz nada. É isso que vocês leram: VINTE ANOS. Era junho de 93 - e não tem nada a ver com a música do Nenhum de Nós... - eu estava no terceiro ano do segundo grau naquela época (hoje chamado de ensino médio). Viagem das equipes de handebol masculina e feminina do Colégio Gonzaga, de Pelotas.

Um grupo de adolescentes que gostavam do esporte e que tinham uma parceria muito legal. Alguns casais de namorados e muitos amigos em comum. Mas o que tudo isso tem a ver com Corinthians e Palmeiras? A referida viagem era para um intercâmbio com o Colégio diocesano La Salle de São Carlos, São Paulo. Chegamos na cidade de São Carlos lá pelo dia 10, não lembro bem.

Curtimos bastante todas as atividades e os jogos contra a escola de lá. Mas os fatos que iriam acontecer no dia 12 de junho de 1993 não sairiam nunca mais da minha cabeça. Sábado de final do Campeonato Paulista e a gente tava muito afim de conhecer o recém inaugurado Shopping Center El Dourado.

O maior shopping da América Latina (naquela época, hoje já não sei se tem outro...) tinha um telão instalado no saguão de entrada com umas doze telas. Tudo isso para transmitir a partida entre Corinthians e Palmeiras. Primeiro jogo, vitória do Timão por um a zero. O empate dava o título ao alvi-negro do Parque São Jorge.

Só que aquele timaço do Palmeiras não iria vender barato o campeonato. E não vendeu. Sapecou um quatro a zero inacreditável em pleno Moruimbi lotado. Eram só 104 mil espectadores. CENTO E QUATRO MIL!!!

E desses, muitos corinthianos. Mas também muitos palmeirenses. E ao final do jogo só poderia acontecer uma coisa: confusão. Para informar como foi a semana em que estivemos por São Carlos, um menino de doze anos foi morto a tiros embaixo de um viaduto em São Paulo porque estava vestindo a camiseta da Torcida Independente do São Paulo.Eu sei que o tricolor não estava nem participando das finais do estadual, mas para os torcedores da Fiel qualquer coisa incomoda quando o clima de decisão se instala.

Não preciso dizer para vocês que quando entramos no ônibus após a partida terminar para seguir viagem rumo a Pelotas pegamos todo o trânsito da saída do Morumbi. E todo o público de touquinha preta que estava no estádio resolveu rumar por onde a gente trafegava. Um mar de torcedores da Gaviões da Fiel fazendo um arrastão gigantesco.

Lojas arrombadas sem a menor cerimônia, pessoas deitadas na pista para assaltarem os carros que passavam, vitrines depredadas e mercados assaltados por milhões de "torcedores". Não tem como chamar aquele povo todo de torcedor. Eram bandos de vândalos, marginais...

Dois dos nossos colegas de colégio estavam dentro do ônibus com camisetas do Verdão. Não preciso dizer que o lugam mais seguro para eles era embaixo dos bancos. e o que eu mais escutava de um deles era: " Não deixa eles entrarem aqui... eles vão me matar..."

E o pior que ele tinha toda razão! Nosso ônibus foi apedrejado e teve cinco calotas roubadas em uma sinaleira. Só conseguimos ver os estragos quando chegamos em um paradouro no Paraná. Se a Gaviões invadisse o ônibus, não teríamos hoje a companhia do Zé e do Baini. Uma das pedras foi arremessada justo na janela em que o Baini estava sentado. Por sorte, pegou um pouco abaixo do vidro, atingindo só a lataria.

Quase entrando na BR para voltarmos ao estado, cruzamos com uma camionete cheia de palmeirenses que comemoravam e iam na direção dos torcedores do Corinthians. Tentamos avisar à eles, mas tudo em vão. A euforia era tanta pela comemoração do título que eles não nos deram importância. Não tenho a noção do que aconteceu depois disso. Se eles encontraram os torcedores rivais ou não.

Como eu era um dos mais velhos do grupo todo, fora o treinador Chuteca, minha preocupação era em tentar acalmar as gurias e também fazer com que os guris não se enlouquecessem com a situação. Mesmo que a maioria fosse torcedor do Xavante, uma situação dessas nunca tinha sido vista em lugar nenhum.

explicado porque não me espantei com os ocorridos no último final de semana. O máximo que me ocorreu foi um deja-vu. Saltou na memória alguns fatos de vinte anos atrás. E junto com as coisas boas daquela viagem sempre vem essa lembrança de pânico e temor...

Até quando isso vai continuar acontecendo? E as autoridades  públicas o que farão? E os clubes? Alguém precisa agir e coibir tudo isso. Vem acontecendo a VINTE ANOS e só agora espanta?

Por favor....

É conivência ou não?

Cada vez que tem jogo de futebol no Brasil eu fico pensando até quando os árbitros serão coniventes com a violência dentro de campo. Qual vai ser o primeiro e corajoso árbitro a expulsar corretamente um jogador, mesmo que seja aos trinta segundos do primeiro tempo do jogo?

Será que tem algum texto na regra que não se pode expulsar jogador para não prejudicar o espetáculo? Mas será que quando se lesiona um jogador de qualidade técnica superior o espetáculo não está estragado também? é o que vem acontecendo em todos os cantos do Brasil.

Arbitragem conivente com a violência prejudica quem assiste, quem joga, quem investe. Ou seja, prejudica todo mundo! O clube acaba sendo lesado financeiramente por pagar salários a um jogador que está parado e sem poder ajudar o clube na captação dos recursos provenientes de um título.

Mesmo sabendo que a regra tem suas interpretações, é preciso que se busque uma padronização na arbitragem do futebol. Já trabalhei como árbitro de handebol, futsal e vôlei e sei o quanto é difícil trabalhar com o apito, mas também sempre busquei qualificar cada vez mais a minha arbitragem.

É preciso que se profissionalize o futebol também na parte de arbitragem. Já falei isso outras vezes aqui no blog e volto a reforçar. Profissionalizando a arbitragem, os árbitros terão mais tempo para reciclagem e aprimoramento das suas qualidades técnicas e físicas.

Já que se discute muito o ingresso da tecnologia para diminuir os erros de arbitragem, a profissionalização também caminha para esta direção.

sábado, 24 de março de 2012

Entrevista no Crônicas - Danrlei

O Entrevista no Crônicas está trazendo mais uma edição de entrevistas com profissionais ligados ao esporte. O entrevistado de hoje é o Deputado federal e ex-goleiro do Grêmio Danrlei.
Ele fala da vida como jogador e dos trabalhos na bancada do Congresso.
Segue abaixo a entrevista:
Luciano Coimbra: Como surgiu a tua paixão pelo futebol?
Danrlei: Venho de uma família que jogava futebol na cidade onde nasci, Crissiumal. Dos seis irmãos, quatro jogavam no time da cidade, entre eles meu pai, e sempre que podia ele me levava junto para o estádio. Detalhe importante, um destes irmãos do meu pai veio jogar no Grêmio e se tornou campeão do Mundo pelo clube como goleiro, reserva do Mazaropi.
L.C.: Depois de muitos anos vestindo a mesma camisa (Grêmio) como foi defender outro clube?
Danrlei: Pra mim foi difícil a saída do Grêmio principalmente pela forma que foi, mas tentei ser o mais profissional possível e encarar como trabalho, meu ganha pão.
L.C.: O acidente com o ônibus do Brasil de Pelotas mudou a tua maneira de encarar a profissão e seus riscos?
Danrlei: Mudou não tanto a forma de encarar o futebol e os riscos da profissão mas sim a forma de encarar a vida, o que ao meu ver é uma mudança bem mais profunda.
L.C.: Agora nessa tua nova fase, trabalhando em prol do povo gaúcho, quais sonhos teus ainda serão resolvidos?
Danrlei: Como parlamentar temos muito mais demandas que sonhos, pois todos nós sabemos que o estado precisar estar sempre em crescimento e isso cria demanda suficiente. Mas um dos meus sonhos como parlamentar é conseguir fazer um trabalho de inclusão social através do esporte no maior número de municípios possíveis. E na minha vida pessoal o maior sonho que tenho é ser presidente do nosso Grêmio, mas este sonho tenho certeza que todos já conhecem.
L.C.: Tua perspectiva para a realização da Copa do Mundo no Brasil?
Danrlei: Acredito que faremos uma bela Copa do Mundo, apesar de todos estes atrasos que estão ocorrendo, não só nos estádios mas também nas obras de infra estrutura das cidades. Como parlamentar não só acredito como estou tentando ajudar para que fique pronto o mais rápido possível principalmente as obras de infra estrutura das cidades sede.
L.C.: Nos momentos de descontração, alguma atividade especial para relaxar?
Danrlei: Hoje o que gosto de fazer é ficar em casa, sair para jantar com a mulher, fazer uma jantinha em casa para receber amigos, estar com meu filho e óbvio ir ao Olímpico torcer pelo Imortal.


Danrlei

quinta-feira, 22 de março de 2012

Festinha providencial

Ta aí ó! Tanto reclamaram que o Jô não viajou para a Bolívia e que saiu mais cedo do treinamento alegando um "mal-estar" e tudo mais. Acabou-se descobrindo depois que o tal atendimento no hospital era só fachada e que o jogador ainda se envolveria em mais dois episódios durante a segunda-feira, dia 19.

Tudo isso eu já relatei no outro espaço que escrevo para vocês: A Dupla Grenal

Só que esse texto não tem nada a ver com os acontecimentos com o atacante Jô. Quer dizer... Até tem!

Pensem comigo: se Jô tivesse treinado normalmente, se apresentado para a viagem à Bolívia, sido escalado para ficar no banco de reservas como vem se apresentando, vocês acreditam que Gilberto estaria em campo ontem para salvar o Inter e garantir um pontinho importantíssimo nessa fase da Libertadores?

É claro que não!!! Podem começar a agradecer ao Jô por não ter treinado, nem viajado e muito menos jogado contra o The Strongest. Foi por causa disso tudo que Gilberto entrou na partida e marcou o gol de empate no final do segundo tempo.

Até aquela altura do jogo - sem trocadilho com os quase 3.700 metros de altitude de La Paz - o Inter estava trazendo um resultado negativo da Bolívia e dificultando a sua classificação na tabela do Grupo 1. As partidas seguintes contra Santos no Beira-Rio e Juan Aurich no Peru passariam a ser de vitória obrigatória para as pretensões da equipe.

Com o ponto conquistado fora de casa, o Inter obriga o Santos a vencer o time peruano na partida de hoje e trás a decisão para os seus domínios contra os santistas, dia 4 de abril - Aniversário do colorado. Desta forma a situação acaba ficando mais confortável para o colorado.

Nem o mais pessimista torcedor acreditaria que uma simples "festinha" poderia ser tão importante para a caminhada do clube na Libertadores. E todos agora agradecendo ao Jô pelo seu "enjoo" de segunda...

segunda-feira, 19 de março de 2012

Patrola da Capital

Bem que o post poderia ser sobre as reformas do Bira-Rio, que vão voltar a ativa, mas não é. É sobre o rolo compressor que está passando sobre os times do interior no segunda turno do Gauchão. A Dupla Gre-Nal está acabando com qualquer possibilidade de sonhos dos clubes do interior de deixarem azuis e vermelhos fora da final do Campeonato Gaúcho.

Não estão tendo nenhuma chance quando enfrentam tanto Grêmio quanto Inter. Está sendo um massacre da capital sobre o interior. E assim a chance de termos um Gre-Nal na decisão do segundo turno é grande.

O Grêmio iniciou o segundo turno com uma vitória de dois a um sobre o Cerâmica, mas já aplicou cinco gols no Novo Hamburgo, que foi o segundo colocado da Taça Piratini perdendo a final para o Caxias nos pênaltis. E aplicou também quatro gols no Veranópolis, que tinha cem por cento de aproveitamento em casa até a partida de domingo. Só aí temos onze gols em três jogos.

O Inter, foi um pouco mais comedido na primeira e segunda rodadas fazendo um placar também comum - 2 x 1 contra Ypiranga e Santa Cruz - mas amassou o Juventude com uma vitória de SETE a ZERO. Aliás, o alvi-verde vem sendo freguês do time colorado. Basta lembrarmos a vitória do Inter sobre o Juventude por OITO a UM em uma final de campeonato gaúcho.

As duas equipes da capital estão voltando aos velhos tempos. Onde os clubes do interior competiam para ver quem era o terceiro colocado ou, por um milagre, conseguiam ser segundo.

Achei que a hegemonia da dupla Gre-Nal está de volta ou foi apenas um tropeço por cansaço ou falhas técnicas dos times do interior? Vamos acompanhar as próximas rodadas e teremos mais subsídios para tiras nossas conclusões.

sábado, 17 de março de 2012

Entrevista no Crônicas - David Coimbra

Esta edição do Entrevista no Crônicas tem um quê de especial. Foi a primeira entrevista que fiz pessoalmente. O entrevistado da vez foi David Coimbra, jornalista do Grupo RBS.
Mesmo sendo a minha primeira vez entrevistando um profissional da área jornalística, David foi muito bem receptivo e simpático.
Nosso bate papo durou dez minutos e daí saiu essa coletânea de perguntas que vocês verão abaixo. David fala da sua carreira, viagens, Copa do Mundo e da seleção.
Confira abaixo a entrevista:
Luciano Coimbra: Quando surgiu o interesse em trabalhar com o jornalismo?
David Coimbra: Desde a primeira infância, minha vontade sempre foi trabalhar escrevendo. Eu sempre gostei de ler e escrever. Trabalhei na Editora Sulina, diretamente com os autores e escritores, com resenhas e assessoria de imprensa e posteriormente fiz a faculdade de jornalismo.

L.C.: Como começou o teu trabalho dentro do esporte?
D.C.: Trabalhar no esporte foi meio casual. Eu queria trabalhar em redação e em 1985 a RBS começou a produzir o Diário Catarinense, que foi lançado em 1986, e a sede onde eu trabalhava – a RBS lá era subdividida em sedes, como ainda é hoje – ficava situada em Criciúma. Cada jornalista pegava algumas áreas, mesmo a gente fazendo matéria sobre todos os assuntos. E eu escrevia fundamentalmente sobre polícia e esporte. Outra jornalista escrevia sobre variedades e economia, outro jornalista fazia geral. E eu dei sorte que o Criciúma começou a aparecer no cenário do futebol catarinense, sendo campeão pela primeira vez, fazendo uma ótima campanha no Campeonato Brasileiro e eu podendo noticiar tudo isso. São nessas oportunidades que o trabalho do jornalista aparece mais.

L.C.: Dentro da redação do esporte, qual viagem foi a mais interessante e alguma delas tu não faria novamente?
D.C.: Já fiz tantas viagens e não recordo de nada que eu não faria. Todas as viagens para mim foram interessantes. Paraguai, Colômbia, Bolívia, França, Japão, Alemanha, África, China, todas elas tem coisas legais. Até mesmo as viagens pelo interior do estado são bacanas. Eu não tenho muito aquela fissura de fazer a viagem… Algumas vezes as pessoas têm aquela ância de querer viajar, e isso eu não tenho muito, Claro que cada vez que saio de Porto Alegre eu aproveito bem, tento aprender e fazer com que aquilo seja importante para mim.

L.C.: Falando de Copa do Mundo, qual a Copa mais organizada e aquela que poderia ter sido melhor, se o país estivesse mais bem organizado para o evento?
D.C.: Alemanha e Japão foram Copas extremamente organizadas. São países muito civilizados, tudo está pronto., Na Alemanha, que é primeiro mundo dentro do futebol e em economia, está tudo pronto. Tudo fica mais fácil. O deslocamento é facilitado, a comida é boa, o povo educado. No Japão também, mesmo com a dificuldade da língua, o povo é muito educado, tudo funciona, as pessoas mostram muita boa vontade. Claro que a África do Sul teve suas dificuldades por ser um país muito pobre.

L.C.: A Copa do Mundo favoreceu para o crescimento da África do Sul?
D.C.: Algumas coisas ficaram para o país, como o aeroporto, mas não vejo crescimento por causa da Copa. As melhorias que a Copa do Mundo deixou para o país são muito pequenas em relação ao tamanho do evento. O lado bom é que mais pessoas conhecem o país. Não só pelo fator turístico, mas conhecimento mesmo. A gente não tem que pensar só em o país lucrar. Nem sempre os ganhos são mensuráveis, avaliáveis. Vamos supor: eu conheci a África do Sul e escrevi sobre o país.  Muitas pessoas acabam lendo sobre a África e um investidor resolve procurar um país para investir. Ele já conhece a África e fica com menos receio de investir lá, já não se assusta com o que para ele anteriormente era desconhecido.

L.C.: E a Copa no Brasil? Qual é a tua expectativa?
D.C.: O Brasil vai fazer uma boa Copa por que tem uma boa cultura do futebol e tem tempo. Claro que tem as questões de transporte, aeroportos, hospedagem. Na África também tivemos esses problemas. Tivemos uma boa experiência com o Panamericano no Rio de Janeiro, não vamos ter grandes problemas.

L.C.: E quanto à seleção brasileira?
D.C.: As pessoas estão assustadas, mas chega na hora, o Brasil se impõe. O país tem bons jogadores e se faz tranquilamente duas, três seleção em condições de encarar qualquer outra.

L.C.: Tu acreditas que os outros países vêm com receio de jogar com a seleção aqui no Brasil?
D.C.: Claro que sim. Sempre. Jogar contra o Brasil é igual a jogar contra Alemanha, Argentina, Itália, França, Inglaterra, Espanha se apresentando como uma nova força. Jogar contra qualquer um desses sete países, que são considerados os grandes do futebol, assusta os outros países. Eles sabem que não será tão fácil de ganhar. A Holanda é um exemplo. Já desclassificou o Brasil duas vezes, mas pergunta para os holandeses se eles querem jogar contra a seleção brasileira.

L.C.: Nos horário de lazer, o que o David faz?
D.C.: Gosto de brincar com meu filho, sair com ele, tomar um chopp com os amigos, ir ao cinema, ler, nadar. Essas coisas normais.


David Coimbra

quinta-feira, 15 de março de 2012

Os Escolhidos

Ontem Mano Menezes divulgou uma pré lista dos possíveis convocados para a seleção olímpica. Nesta lista estão jogadores com idade olímpica e outros acima dos vinte e três anos, que é a idade limite. Certamente a lista não agrada muita gente e o mesmo acontece comigo.

Ainda não entendo o que Mano Menezes quer contando com Ronaldinho gaúcho dentre os pré convocáveis. Não vem apresentando um futebol que mereça ser lembrado para uma vaga na seleção há tempos. Mostrou um pouco do seu antigo futebol nas primeiras partidas pelo Flamengo e depois alguma coisa por volta do mês de Outubro do ano passado.

Fora isso, mais nada. e outros jogadores que se empenham em buscar uma nova chance na seleção, como é o caso de Kaká, sequer são relacionados. O jogador do Real Madrid até foi lembrado por Mano Menezes em uma das convocações do ano passado, mas devido a uma pequena lesão foi cortado da lista e nunca mais apareceu.

É um tanto quanto complicado tentar entender o que se passa na cabeça do técnico da seleção brasileira. ele mostra muita confiança no futebol de R10, mas o jogador não vem apresentando o que se espera. E mesmo assim suas chances não se esgotam.

Vou colocar a lista divulgada por Mano Menezes ontem e espero os comentários de vocês com relação aos pré convocados:

Lista completa com os 52 jogadores (em negrito os acima de 23 anos):


Goleiros: Diego Alves (Valencia), Gabriel (Cruzeiro), Jefferson (Botafogo), Julio César (Inter de Milão), Neto (Fiorentina), Rafael Cabral (Santos) e Renan Ribeiro (Atlético-MG).

Laterais: Adriano (Barcelona), Alex Sandro (Porto), Daniel Alves (Barcelona), Danilo (Porto), Fágner (Vasco), Gabriel Silva (Novara), Galhardo (Flamengo), Marcelo (Real Madrid) e Rafael (Manchester United).

Zagueiros: Bruno Uvini (Tottenham), David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco), Juan (Inter de Milão), Lucas Mendes (Coritiba), Luisão (Benfica), Marquinhos (Corinthians), Romário (Internacional) e Thiago Silva (Milan).

Volantes: Allan (Vasco), Casemiro (São Paulo), Elias (Sporting), Fernandinho (Shakhtar Donetsk), Fernando (Grêmio), Rômulo (Vasco) e Sandro (Tottenham).

Meias: Bernard (Atlético-MG), Douglas Costa (Shakhtar Donetsk), Dudu (Dínamo de Kiev), Elkeson (Botafogo), Paulo Henrique Ganso (Santos), Giuliano (Dnipro), Hernanes (Lazio), Lucas (São Paulo), Oscar (Internacional) e Philippe Coutinho (Espanyol).

Atacantes: Alexandre Pato (Milan), André (Atlético-MG), Henrique (Granada), Hulk (Porto), Jonas (Valencia), Leandro Damião (Internacional), Neymar (Santos), Ronaldinho Gaúcho(Flamengo), Wellington Nem (Fluminense) e Willian José (São Paulo).

segunda-feira, 12 de março de 2012

Estamos limpando a casa?

Uma notícia me pegou de surpresa hoje, quando abro o meu navegador e vejo a renúncia do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Tá eu sei que tava mais do que na hora de ele zarpar do cargo que sustenta a vinte e três anos. É, foi isso mesmo que vocês leram: VINTE E TRÊS ANOS!!!

Não sei o motivo desta entidade ficar nas mãos de uma só pessoa por tanto tempo. Tá bom, eu sei sim... Chama-se OBSESSÃO. A obsessão de Ricardo Teixeira pelo poder é enorme. Claro que todos nós buscamos o poder dentro daquelas situações cotidianas. Queremos estar na frente da fila do banco, sermos os primeiros a chegar na padaria, a estar no restaurante e por aí vai...

Só que no Brasil esses cargos públicos que não necessitam de eleição direta, acabam por ser dominados por uma cúpula não muito "honesta". Vamos por partes... Quem comandava a Federação carioca de Futebol? Eduardo Vianna, mais conhecido como Caixa D'Água. e como era a Federação carioca com ele no comando? Uma Baderna!!!

Alguém lembra de um certo Eurico Miranda? Esse mesmo, presidente do Vasco. O que o Vasco ganhou com ele no comando? Uma Libertadores, uma Mercosul e um Brasileirão no tapetão sobre o São Caetano com um desastre monumental no São Januário - para relembrar, caiu o alambrado na final da Copa João Havelange por super lotação do estádio. Quem foi punido? Ninguém, né?!

Para falarmos aqui do rio Grande do Sul, quem não ouviu reclamações sobre a administração da Federação Gaúcha sob o comando de Emídio Perondi? Quantos casos de reclamação por parte dos clubes do interior de que o Gauchão era organizado para privilegiar Dupla Gre-Nal?

Não vamos estender muito o post para não deprimir quem o lê. Mudança sem mudar nada desta vez. Sai um presidente que fez a CBF lucrar horrores com visibilidade e lobby, mas também enriqueceu as pampas e entra um presidente que já tem currículo para assumir o posto. Lembram do caso da medalhinha na Taça São Paulo de Futebol Junior? Sim, foi ele que embolsou a premiação, mas a desculpa é que era uma cortesia da Federação Paulista.

Estamos entrando em um círculo vicioso que precisa ter fim. presidentes de Federações, tomem a frente e busquem direitos de escolher quem comandará o futebol brasileiro pelos próximos sei lá eu quantos anos!!! A não ser que vocês também tenham alguma coisa a ganhar com essa "indicação"....

sábado, 10 de março de 2012

Entrevista no Crônicas - Duda Garbi

Pessoal. Março começando e trago de volta para vocês mais uma edição do Entrevista no Crônicas. Hoje o entrevistado é Duda Garbi, jornalista do KZUKA e TVCom e também integrante da turma do Pretinho Básico – programa de rádio da Rede Atlântida.
Duda já fez parte do jornalismo esportivo e na entrevista ele conta um pouco disso.
Segue abaixo a entrevista com ele:
Luciano Coimbra: Tu pensavas em trabalhar com o humor vinculado a profissão de jornalista?
Duda Garbi: Não, as coisas aconteceram muito naturalmente. Eu sempre quiser repórter de campo, aqueles que ficam atrás do gol e entrevistam os jogadores, sabe. Pois realizei esse sonho na Band AM em 2005, mas era apenas um estagiário e não vinguei. Mas eu sempre fui de imitar as pessoas, fazer os amigos rirem e tal. Foi uma surpresa eu conseguir conciliar tudo isso no meu trabalho. Hoje eu faço o que eu amo.

L.C.: No quadro Bola Fora, tu acredita que os jogadores já sentem o tom de malícia das perguntas, antes mesmo delas serem feitas?
D.G.: Ah, tenho certeza. Tem uns que me olham e já vem rindo falar comigo. Mas o mais legal é que eles vem sempre dispostos a falar e rir conosco. Isso facilita um pouco também pra trabalhar.

L.C.: Como tu lida com a interação do público durante uma reportagem?
D.G.: Eu tento dar atenção a todo mundo. Não deixar de atender ninguém, nem sempre rola, mas eu tento.

L.C.: O Twitter virou uma ferramenta de trabalho para qualquer profissional nos dias de hoje. Qual a credibilidade que tu dás para ele?
D.G.: Eu gosto de ver o que as pessoas falam, é um feedback muito imediato, mas também não levo 100% a sério. Nem as criticas me abalam, nem os elogiam me fazer achar que eu sou o cara.

L.C.: Naquele momento de folga, a melhor atividade de lazer para descontrair é…
D.G.: Gosto muito de ir pra praia, olhar o mar, jogar futvolei com meus amigos… Gosto de jogar bola, tenho um time de várzea que já ganhou alguns títulos em Porto Alegre. E, claro, descansar, namorar, dormir, enfim…


Duda Garbi

quinta-feira, 8 de março de 2012

Será o sinal dos tempos???

Ainda não sei se acredito ou não no fim do mundo em 2012. (Hehehe Tô brincando, né?!) Mas que algumas coisas estão acontecendo para que todo mundo pense que essa história é verdade, isso sim.

Ontem tivemos mais duas mostras de que as profecias do fim do mundo estão se concretizando. Dorival Jr., técnico com mais de seis meses no Inter e que já mostrou a sua maneira de jogar e escalar suas equipes - era assim com o Santos também... - sucumbiu ontem ao medo.

Mostrou que teme Neymar como o diabo teme a cruz. Se acovardou frente ao time do Santos e não foi por menos que tomou um chocolate na Vila Belmiro. Ele sabe que não se pode recuar contra uma equipe que tem Neymar e Ganso. Claro que não podemos nos atirar feito gato em tripa, mas que atacar também é necessário, isso ele deveria saber.

A defesa do Santos não inspira nenhuma confiança. Eu disse NENHUMA! É uma defesa lenta e com limitações táticas e técnicas. E Dorival  sabia disso. Eles foram seus atletas. Ele sabe os pontos fracos do time do Peixe. Mas não soube usar os seus conhecimentos...

Nem vou perder meu tempo falando das pinturas de gols que o camisa 11 do Santos fez. Anotem aí que um deles será premiado novamente como o gol mais bonito do mundo, ao final do ano, com o Prêmio Puskas. PINTURAS! ESPETACULARES! OBRAS DE ARTE DE UM GÊNIO DA BOLA! Alguém poderá fazer algo parecido? Sim. MESSI.

Quanto ao Grêmio, Luxemburgo já tinha alertado o grupo de jogadores para os perigos da Copa do Brasil. Como se o time não soubesse... E se não sabiam, poderiam ter lido o meu post do A Dupla Grenal onde falei dos riscos que se corria jogando contra equipes "mais fracas" tecnicamente.

Passou trabalho. Tomou um calor. Sentiu a pressão. Que outra forma eu posso usar para definir o primeiro tempo desastroso do tricolor contra o River Plate... de SERGIPE! Isso mesmo. Não era o todo poderoso River da Argentina. Aquele multicampeão, com títulos de Libertadores e Mundial. Onde já jogaram Passarela e D'Alessandro.

Não. O River do Sergipe é bicampeão do estadual de lá. e tenho minhas dúvidas que se o zagueiro Bebeto não fosse expulso por entrada violenta, o resultado não seria a vitória tricolor. Claro que os jogadores do River sentiram o cansaço por estar com um atleta a menos em campo, só que a equipe do Grêmio tratou de complicar a partida por conta própria desde os primeiros minutos de jogo.

A zaga foi um desastre. Gabriel erra um passe simples e dá a chance do River abrir o placar num chute de fora da área e Naldo conseguiu errar um lance bisonho que culminou no segundo gol do River. Se Luxemburgo não tivesse avisado, a coisa seria pior...

Menos mal que os dois clubes gaúcho ainda dependem só de si para classificarem a próxima fase de suas competições. Para o Inter, vencer todas as partidas no Beira-Rio e buscar alguns pontos fora de casa encaminham a classificação à segunda fase da Libertadores. Já o Grêmio, pode até perder por um gol de diferença desde que o River não faça mais do que dois gols no Olímpico.

Situações confortáveis? Nem tanto. O que não pode acontecer é os gaúchos se acovardarem diante das situações. Cadê a garra e a alma campeira? Ficou no Salgado Filho e não embarcou junto com as equipes? Tá na hora desse item não sair do material de viagem...

segunda-feira, 5 de março de 2012

Seremos os primeiros?

Ontem antecipei na minha conta do Twitter qual seria o assunto do post de hoje. Ah! Para quem não sabe, minha conta é twitter.com/lucianoluckanao.

Falarei da possibilidade de se ter a primeira vergonha da história do futebol brasileiro e mundial aqui no Brasil em 2014. E qual seria a catástrofe para se obter tal classificação? A perda da Copa do Mundo mesmo depois de ser escolhido como país-sede.

Esta possibilidade nunca ocorreu em todos os anos de realização da Copa do Mundo, mas o Brasil já está tomando chamadas bem enérgicas do secretário-geral da FIFA, Sr. Jérôme Valcke. Semana passada, Valcke afirmou que as coisas não estão andando no Brasil e que a preocupação maior é em ser campeão do que em organizar o evento.

Sabe-se que quando um país oferece as suas "instalações" para sediar a Copa do Mundo, recebe em contrapartida um documento que é assinado pelo então Presidente da República e pelo Presidente da FIFA. Neste documento, batizado de "Garantias Governamentais", a FIFA exige o cumprimento de 11 tópicos para a realização do evento. Dentre os tópicos, o comércio de comidas e bebidas dentro dos estádios deve ser permitido, inclusive bebidas alcoólicas. E esse contraponto está tornando a relação Brasil-FIFA conturbada.

O ministro Aldo Rebelo já afirmou que o assunto bebidas alcoólicas não está travando o processo de aprovação da Lei Geral da Copa - que nada mais é que o tal documento das "Garantias Governamentais".

Outros pontos estão incomodando a cúpula da FIFA no que diz respeito ao andamento das obras viárias e de hotelaria. Todos nós sabemos que as obras estão atrasadas, tanto nos estádios quanto na reforma dos aeroportos, construção e reformulação da malha hoteleira e nas reformas e ampliações do anel viária das cidades-sedes.

E este mal dos políticos brasileiros, o secretário-geral da FIFA não conhecia. Tudo precisa de uma demanda muito grande de assinaturas e burocratização gigantesca. Afinal, se facilitar um pouquinho as coisas, os orçamentos passam a ser exorbitantemente maiores visto que o desvio dos recursos é ponto obrigatório em obras públicas.

Mesmo tendo todo esse "cuidado" com o dinheiro público, o país não está cumprindo com as suas obrigações diante da entidade promotora do evento. E qual é a vergonha que podemos passar? Fazer uma Copa sem todos os recursos, com atraso de voos, engarrafamentos e falta de energia nos estádios?

Não. A maior vergonha pode ser perder o posto de país-sede por determinação da entidade promotora - no caso, a FIFA. Uma vez a sede da Copa do Mundo trocou de mandatário, mas não por determinação da entidade e sim por solicitação do país vencedor da escolha da sede.

Em 1982, o Presidente da Colômbia deu um ultimato a FIFA dizendo que o se país não estava preparado para as exigências da entidade e que suas prioridades para o momento eram outras do que atender as solicitações da FIFA para a Copa de 86. Naquela ocasião, a Copa do Mundo passou para o México.

Pelo que estamos acompanhando nos jornais, TV's e internet, essa discussão está longe de terminar. Qual será a postura da FIFA quanto as condições de realização do evento? e o país estará pronto para fazer a maior festa do futebol mundial?

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Só espero que não me venham com mais uma novelinha por aí...

sexta-feira, 2 de março de 2012

Será que estreou?

Cada vez que ouvimos falar de Copa 2014 várias coisas surgem nos nossos pensamentos. Será que o Brasil está pronto para receber um evento deste porte, com tanta coisa errada que acontece aqui? Será que temos condições de mostrar ao mundo que mesmo sendo um país emergente podemos organizar uma competição do esporte mundial mais popular sem equívocos e lambanças?

Essas dúvidas sempre aparecem quando pensamos na Copa. Mas e a seleção? Escrevi no meu último post que Mano Menezes está correndo sério risco de não chegar ao final do seu planejamento. Explico: quando foi contratado para ser o técnico da seleção brasileira, sua principal função era renovar o ciclo vicioso que estava instaurado na seleção.

Vários jogadores novos foram chamados, mas nenhuma renovação real aconteceu. Ainda temos a sombra de Ronaldinho gaúcho, Robinho, Julio Cesar e outros que fizeram parte da seleção eliminada pela Holanda na Copa 2010.

Só que este meu post não é para falar da seleção brasileira de novo. É para falar de um outro ponto que nos assombra quando o assunto é Copa do Mundo: a Argentina. e desta vez, Messi resolveu estrear com a camisa dos hermanos.

Com uma atuação digna de Barcelona, o camisa 10 argentino mostrou aquilo que todos estavam com receio que um dia acontecesse: ele repetir as geniais atuações do Barça, na seleção. E foi o que fez.

Comandou a vitória por 3x1 sobre a seleção da Suíça - mesmo tendo uma nação verde-amarela inteira torcendo pelo país dos relógios, chocolates e bancos. Mas só comandar não bastou! Os três gols da vitória foram dele. Um deles marca registrada com selo "Messi" de qualidade (aqui usando da expressão de Alex Escobar).

Aqui abaixo o vídeo com os gols da partida. É, Mano! Acho que o argentino resolveu jogar bola pelo seu país também...