sexta-feira, 31 de maio de 2013

Começou a brincadeira preferida das crianças

Brasileirão está em sua segunda rodada e a Dança das Cadeiras já foi acionada. Não sei qual é a paixão que essas brincadeira de criança exerce sobre os dirigentes de futebol...

Já escrevi um montão de vezes aqui no blog que o trabalho precisa de continuidade e que muitas trocas não levam o clube a nenhum objetivo alcançado, mas dessa vez o Santos abriu a temporada de trocas bem cedinho.

Muricy já deveria estar sentindo que a batata dele passou do ponto quando Neymar foi vendido. Qual seria a salvação do técnico, se ele tinha na figura do garoto a solução de seus problemas e nem com ele as coisas estavam se resolvendo??

Com um empate e uma derrota no início do campeonato, as chances de salvação sem o maior jogador do elenco passariam a ser quase que um milagre. Contratações deverão acontecer, até mesmo para suprir a ausência do camisa 11, mas nada que coloque uma qualidade grande no grupo atual.

Agoraas especulações começam a pipocar nos bastidores do campeonato. Fala-se em um técnico estrangeiro, mas ninguém duvide de aparecer um brasileiro que sempre está a postos nessas situações de desespero das diretorias dos clubes brasileiros.

Joel Santana, Renato Gaúcho, Celso Roth e Mano Menezes são nomes disponíveis no mercado e que podem assumir a qualquer momento o cargo vago de Muricy.

Esperem para saber os desdobramentos dessa primeira parte da brincadeira preferida pelas crianças...

terça-feira, 28 de maio de 2013

Medalhões x Gurizada

Uma dúvida paira nos ares do Rio Grande do Sul. O que a Dupla Gre-Nal deve fazer para suprir as carências no seu setor de meio campo?

Uma das apostas de cada direção é buscar contratos de medalhões que chegam no aeroporto e lotam o saguão. Vestem a camiseta do clube e já posam como titulares sem contestações.

Outra aposta pode ser aplicar a confiança em jogadores que não tem a experiência de um medalhão, mas podem render tão bem quanto ou até melhor.

Temos alguns exemplos na Dupla que podem refletir essa questão e quem sabe abrir os olhos das direções de Grêmio e Inter.

Falando do colorado, o jovem Fred pode ser a melhor alternativa para o meio campo do inter e fazer uma grande companhia a D'Alessandro. Meia de força e habilidade, consegue servir tanto como um segundo volante ou como um terceiro homem do meio, chegando ao ataque, dando sustentação e servindo os atacantes.

Com relação ao elenco do Grêmio, duas posições acabam de ganhar novos titulares. E eles não tem todo garbo de um jogador vindo da Europa ou a carreira coroada de títulos e passagens pela seleção brasileira. Trata-se de Bressan e Alex Telles. Dois jovens contratados junto ao Juventude de Caxias e que estão assumindo a titularidade nas vagas de Cris e André Santos. Até mesmo Fábio Aurélio ficou com a condição de reserva frente às atuações de Alex Telles.

Duas apostas nos jovens em detrimento de medalhões. Sem contar que a folha salarial dos clubes agradece. Os valores pagos a esses atletas são bem menores que o salário de um atleta de "grife".

Acredito que está na hora das direções dos dois clubes olharem um pouco mais para a base e também apostar em jovens promessas que podem dar um retorno mais satisfatório com um custo menor. Sem falar que na história dos principais títulos de Grêmio e Inter, a equipe tinha muito mais qualidade com jogadores jovens do que com atletas consagrados e de altos salários.

sábado, 25 de maio de 2013

Entrevista no Crônicas - Vagner Martins

Sábado se apresentando e aqui no blog chega mais uma Entrevista no Crônicas. Sempre procuro trazer para vocês uma entrevista descontraída e de pessoas ligadas ao futebol gaúcho. O entrevistado de hoje é o repórter da BAND-RS Vagner Martins.

Vagner é jornalista formado pela PUC e integra a equipe de esportes da BAND desde 2004. Hoje atua  como setorista do Internacional e acompanha a equipe colorada no seu dia-a-dia, trazendo para os ouvintes toda informação sobre o clube e o futebol profissional.

Curta a entrevista abaixo.

Luciano Coimbra: Sua opção pelo jornalismo esportivo iniciou na faculdade ou tem alguma ligação anterior com o esporte?

Vagner Martins: Sempre gostei de futebol. A magia da reportagem sempre me encantou. Porém, o caminho até chegar a uma grande empresa de comunicação foi muito natural e aconteceu durante minha faculdade. Nunca pensei em atuar em outra área.


L.C.: Qual o evento esportivo você ainda não trabalhou e tem vontade de cobrir?

V.M.: Copa do Mundo. É a maior competição esportiva do planeta para quem cobre futebol.


L.C.: Dentro de uma transmissão esportiva, qual a melhor forma de abordar o atleta perdedor?

V.M.: Com respeito. Mas isso você só consegue com o tempo. É preciso ter postura profissional em todos os momentos. Nos treinos, nos jogos, na concentração. Você precisa respeitar e ser respeitado. Na hora da derrota é muito difícil você entrevistar alguém, mas faz parte do trabalho questionar.


L.C.: Você tem o costume de assistir as matérias que faz como forma de auto-avaliação?

V.M.: Sempre. Não há uma reportagem sequer que não tenha algum defeito. Olhando para elas é possível corrigir algo para as próximas.


L.C.: Quais suas preferências no que se refere ao tempo livre?

V.M.: Faço muitas coisas. Corro, jogo Fifa13... Ficar em casa é bom para recarregar as baterias.



Vagner Martins

sexta-feira, 24 de maio de 2013

A famosa janela...

Estamos na linha de partida do Brasileirão e não podemos apontar quem vem como grande favorito ao título desse ano. Tudo isso por conta da regularidade dos clubes ou pela equivalência dos planteis? Que nada!!!!

Não temos como cravar clube favorito ainda pela famosa Janela de Transferência. O período que os clubes europeus e também asiáticos descarregam um caminhão de dinheiro e fazem um desmanche nas equipes brasileiras.

Esse ano se acena para um mercado com menores movimentações, mas mesmo assim alguns clubes perderão jogadores importantes como no caso do Santos de Neymar, do Grêmio de Fernando, o Inter e seu centroavante Damião, o Atlético mineiro e Bernard e mais algumas apostas e transações que podem surgir no meio do caminho.

Mas são só coisas ruins que passam pela janela?? - Classifico coisas ruins a saída de jogadores dos clubes daqui para atuarem no exterior.
Nããããããoooo!!!! Ainda temos a possibilidade de repatriações de atletas que foram para a Europa e querem voltar para o país. E nessa volta, temos grandes contratações e uma gama de possibilidades de reforços de peso que agregam e muito na qualidade do campeonato.

Nem só de tristezas viverão os torcedores enquanto a janela estiver aberta. Muitas alegrias podem passar por ela e trazer junto algumas conquistas.

Agora me deem licença que eu vou ali fechar a minha janela porque tá um frio do caramba... FUI

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A real intenção da proposta...

Agora é real!!!!!

Barcelona faz proposta para ter Neymar.

Só que a real intenção dos espanhóis é contar com o jogador só no final do ano ou após a Copa do Mundo. Mas você estará se perguntando: Como eles fazem proposta para ficar com o jogador brasileiro agora se só querem ele depois da Copa?

Simples. Com o valor que foi apresentado ao clube santista, a intenção do clube catalão é que o jogador NÃO seja vendido e que possa assinar um pré-contrato já no final do ano com o clube, se transferindo assim de GRAÇA para a Espanha.

SIM!!! Isso mesmo que você leu. A proposta do Braça por Neymar é um grande blefe. O que eles realmente querem é forçar o jogador a não se transferir agora e que ele fique livre para deixar o clube sem os espanhóis gastarem um tostão.

estratégia de mercado. Tu oferece quase nada por um produto e depois acaba pegando o mesmo produto por um preço ainda mais baixo ou até mesmo de graça. Ou alguém aqui acredita que o valor que pagamos por uma calça ou um tênis é o mais justo? Quando eles fazem promoção e derrubam os preços com até 70% de desconto alguém acredita que as lojas estão tendo prejuízo? Óbvio que não.

Nesse caso que vemos é o que está acontecendo. Ou o Peixe vende ele por uma mixaria ou ele sai de graça  daqui a seis meses. É pegar ou largar... E a minha opinião é que o Peixe pega sem pestanejar e o Barça paga para levar Neymar ao clube catalão o mesmo que a gente paga por um quilo de tomates...

terça-feira, 21 de maio de 2013

Balançou e não caiu. Decisão acertada?

Na quinta-feira passada o Grêmio teve um baque grande no seu maior planejamento do semestre. Foi desclassificado nas oitavas de final da Libertadores da América pelo modesto time do Santa fé da Colômbia. Jogou como se fosse um time do interior enfrentando um grande clube do futebol mundial, uma potência no mundo da bola.

Acabou por sair derrotado de um jogo que se colocasse um pouquinho de vontade e ousadia, venceria fácil e com larga vantagem. Quem assistiu ao jogo sabe. A defesa do Santa Fé faz sua torcida dar mais significado ao nome do clube. Tem que ter muita fé para acreditar que eles não entregarão uma bolinha sequer. O sistema defensivo é precário e mesmo assim o Grêmio não conseguiu furar a zaga colombiana.

Com a derrota os rumores da queda de Luxemburgo ficaram cada vez mais fortes. Se especulava uma troca por Renato Portaluppi, também se falou em Mano Menezes. Nem vou citar o querido das torcidas de Grêmio e Inter, Celso Juarez Roth, que esse é lembrado até quando não tem crise nos vestiários azuis e vermelhos. Mas ele também foi citado como possível comandante tricolor para o restante da temporada.

Em uma reunião de mais de três horas, se definiu que nada iria ser trocado no comando principal da equipe. Luxemburgo fica no cargo até o término do contrato.

Seria convicção da direção que o trabalho pode ser melhorado e que o tropeço na Libertadores foi mero fracasso do futebol ou a multa rescisória pesou na decisão? Não sabemos e tampouco saberemos a real versão da reunião.

O fato é que Luxa fica a frente do tricolor e passa a ter a maior obrigação do país em ser campeão, ou da Copa do Brasil ou do Campeonato Brasileiro. Grupo de jogadores o clube tem e com grande qualidade. Basta que se alinhe os pontos e que sejam aparadas as rusgas entre algumas peças dentro do vestiário para que o foco principal seja a conquista de um título para o clube, aliviando assim a pressão da torcida sobre o elenco.

Diferenças de opiniões sempre terão. Alguns membros da torcida optam pela saída do treinador e outros ainda acreditam que ele possa fazer um bom trabalho. Minha opinião é que uma mudança hoje requer um trabalho completamente novo muito em cima da estréia do Brasileirão. Se realmente seja necessária a modificação no comando que seja feito na parada do campeonato durante a Copa das Confederações.

Um mês de recesso no futebol brasileiro que podem ser a melhor alternativa para colocar a casa toda em ordem e direcionar o time novamente para as vitórias. É só isso que a torcida tricolor espera...

sábado, 18 de maio de 2013

Entrevista no Crônicas - Milton Neves

Entrevista no Crônicas trás para vocês uma entrevista com um dos mais conhecidos jornalistas esportivos do país. Milton Neves fala um pouco da sua carreira, seus clubes do coração no futebol e também o que fazer quando não está no estúdio.
Milton Neves hoje está a frente do programa Terceiro Tempo na Band e que também conta com um formato feito para o rádio.
Abaixo a entrevista dele para o blog. Confere aí!!!

Luciano Coimbra: Na tua carreira jornalística, o esporte foi a primeira opção?

Milton Neves: Sim. Principalmente por conta do Santos Futebol Clube, que norteou a minha vida.


L.C.: Sua carreira começou pelo rádio ou pela TV? Qual foi sua primeira transmissão?

M.N.: Na Rádio Continental, de Muzambinho-MG. Narrei, a bordo de um DKW-Vemag verde, a São Silvestre de Muzambinho, em 1966, com um gravador portátil, mas a pilha acabou e não gravou nada...


L.C.: Além das transmissões de futebol, quais outros esportes você já transmitiu?

M.N.: Narrei futebol de salão (Mario Travaglini era meu comentarista) e vôlei (neste em um jogo da seleção feminina juvenil e meu comentarista foi José Roberto Guimarães). Também fiz diversas coberturas de automobilismo, em GPs do Brasil e também nas 500 Milhas de Indianápolis.


L.C.: Você já adiantou a data da sua aposentadoria. Está fazendo algum preparativo interior para deixar a mídia?

M.N.: Por enquanto não.


L.C.: Quando criança, sua paixão era o time do Santos, certo? O que fez você mudar para o Galo Mineiro?

M.N.: Não mudei, apenas acrescentei o Galo ao meu coração. A torcida do Galo fez uma homenagem inesquecível para mim em 2001, no Mineirão.


L.C.: Nas horas de lazer, qual é a tua prioridade?

M.N.: Minha família, em especial minhas duas netinhas. Adoro ser avô!



Milton Neves

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Tá caindo um a um...

Futebol brasileiro precisa repensar o seu destino. Certamente vocês já ouviram essa frase quando o Brasil perdeu para a Holanda na Copa de 2010 pela voz de Galvão Bueno. e estou usando ela para que os clubes comecem a rever algumas posturas e posições com relação ao futuro das equipes em competições que estejam disputando.

Na Libertadores desse ano, tínhamos seis equipes capacitadas a chegarem em uma eventual final. Havia a possibilidade de termos quatro equipes disputando as semi-finais da competição e certamente um brasileiro levantaria a taça.

Só que alguns equívocos das direções e comissões técnicas levaram a quedas em escala. Primeiro foi o São Paulo que caiu diante do Galo Mineiro. Depois veio Palmeiras com um frango homérico, Corinthians achando que só o apoio da torcida serviria para passar de fase e ainda reclamam de erros de arbitragem depois de tantos privilégios que já os favoreceram. E ontem foi a vez do Grêmio.

Nesse caso específico, muito da eliminação passa por erros da comissão técnica, tanto de avaliação quanto de planejamento. Não é só subir para a altitude da Colômbia e se aclimatar com o ar rarefeito que o jogo estará ganho.

É preciso que se tenha vontade de ganhar a partida. Depois de anos jogando FUTSAL e handebol amadoramente consegui descobrir que quando se joga para empatar uma partida, o resultado certamente vai ser a derrota. Isso é fato!

Cada vez que uma equipe se defende demais e não busca atacar o seu adversário, fatalmente ela sairá derrotada tamanha vai ser a pressão sofrida ao longo dos 90 minutos. e ontem não foi diferente.

Assistindo ao jogo, vi um Grêmio com vontade de ganhar o jogo, mas só durante o primeiro tempo. Não sei se por cansaço ou por convicção tática, a equipe tricolor voltou numa retranca sem fim para a segunda etapa da partida. E isso foi determinante para a derrota na altitude.

Já faz tempo que o time do Grêmio não mostra consistência nas suas apresentações. E não venha dar como desculpa a formação da equipe. Depois de três meses de trabalho, não é viável entrosar o grupo? O elenco foi montado a pedido do treinador e ele mesmo não conseguiu dar a famosa "liga" ao grupo.

Estamos em frente de uma safra de dirigentes desatualizados e com pensamento de torcedor ou só contratamos os famosos treinadores pelo que fizeram e não pelo que ainda podem dar de produtivo? São questões que deixo no ar e fica de reflexão.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Lembram de 2002???

Arte: Renato Peters - @renatopeters 

Cada vez que Felipão senta em uma cadeira para coletivas, sendo elas pelos clubes que passou ou pelas seleções que dirigiu é uma surpresa geral. Tanto pelas respostas dele quanto pelos nomes que anuncia quando é treinador de seleção.

Foi assim em sua passagem pela seleção portuguesa, quando barrou nomes consagrados dos lusos e também foi assim em 2002. Naquela feita, deixou de fora da Copa da Coréia / Japão nada mais, nada menos que Romário. A convocação do Baixinho vinha sendo "forçada" por todos, tanto imprensa quanto os torcedores em geral, pelo que fez em 94 e pelo que poderia render em 2002, já que na Copa de 98 ele foi cortado por lesão.

Na volta ao comando da seleção brasileira, Felipão não deixa de ser o mesmo técnico "carrancudo" no trato com a imprensa. Em sua coletiva de convocação para a Copa das Confederações, foi enfático que a escolha da não convocação de Ronaldinho Gaúcho é dele e também deixou claro que não irá tolerar falta de comprometimento com o grupo da seleção.

Deixa um claro recado ao meia que sua não estada na lista da Copa das Confederações se deve a alguns atos dele fora de campo. Se fala muito que hoje ninguém está jogando mais bola do que R10 no Galo, mas também é unânime que suas atitudes fora de campo podem levar a um choque diante das características do "General" Scolari. ele prima muito para que o grupo tenha um foco só: jogar pela seleção e mostrar em campo todo o potencial que cada jogador tem.

Algumas escolhas de Luis Felipe não agradaram e nunca agradarão a todos. Tenho minhas escolhas que também mostram alguma divergência com a opção do técnico brasileiro.

Na minha lista, por exemplo, não constariam Ronaldinho Gaúcho e Kaká, assim como fez Felipão. Mas também não teriam vaga na Copa das Confederações, jogadores como Luis Gustavo, Jadson e Hulk. Para essas vagas minha proposta é Phelippe Coutinho do Liverpool, Rafael do Manchester United e Alexandre Pato do Corinthians. Deixaria o volante Jean, do Fluminense, jogando na sua função e não improvisaria na lateral direita.

Mas como isso é meu pensamento e eu não sou o treinador da seleção, temos que acreditar no pensamento de Felipão e torcer para que ele tenha feito as escolhas certas. Claro que se algum fracasso vier, vamos cobrar dele que não levou jogador A ou B, mas também fica evidente que se tiver êxito na Copa das Confederações será esquecido a falta de Fulano ou Beltrano. Aguardemos...

sábado, 11 de maio de 2013

Entrevista no Crônicas - Rafael Pfeiffer

Estamos aqui com mais um Entrevista no Crônicas, um espaço onde trago entrevistas com personalidades da imprensa ou que tenham alguma ligação forte com o futebol da Dupla Gre-Nal.

Hoje temos a entrevista com Rafael Pfeiffer, jornalista, apresentador e narrador da Rádio Guaíba.

Abaixo curtam a entrevista dele.

Luciano Coimbra: A sua opção pelo jornalismo esportivo tem a ver com alguma ligação com o esporte na infância?

Rafael Pfeiffer: Nenhuma. Eu esperava meu pai terminar de ler os jornais e pegava o caderno de esportes para ler. Meu pai também gosta muito de cozinhar e sempre faz isso com o rádio ligado. Aí passei a escutar os programas de todas as rádios esportivas com ele e fui gostando. Eu já tinha 20 anos quando entrei na faculdade e escutava muito rádio. Tinha o objetivo claro de entrar na imprensa esportiva. Hoje posso dizer que estou fazendo aquilo que sempre quis fazer.


L.C.: Dentro da era da internet e de informações facilitadas,  o que acaba por ser mais importante em uma transmissão esportiva?

R.P.: O conteúdo é farto atualmente. Todo mundo tem a informação. O diferencial está nos detalhes. E muitas vezes o detalhe é a forma como se passa a informação, a busca pelo algo a mais da notícia. Em uma jornada esportiva, é preciso levar a informação de maneira agradável para o ouvinte, mas sem esquecer que há um princípio básico: o repórter não está acima da notícia, do detalhe, do lance. Mas ele é parte disso tudo.


L.C.: Falando de futebol brasileiro existem estilos diferentes de jogo de acordo com a região?

R.P.: A gente fala muito da característica do futebol gaúcho, de muita marcação, principalmente no interior. Mas se analisarmos os estaduais, os times menores jogam todos da mesma maneira: fechados, matando o jogo com faltas, respeitando os adversários mais tradicionais. E isso independe da região. A pegada do futebol gaúcho atualmente está mais na ideia do torcedor do que das próprias equipes. O que diferencia é a qualidade do futebol do interior. Os menores de São Paulo estão um degrau acima do restante do Brasil. De resto, os clubes coadjuvantes dos campeonatos se nivelam.


L.C.: Depois de trabalhar diretamente em um clube de futebol, como é voltar ao rádio e não mostrar parcialidade?

R.P.: Todos que trabalham na imprensa esportiva tem um time de coração. O fato de eu ter trabalhado diretamente em um clube não me diferencia, neste aspecto, de nenhum outro profissional da imprensa. A única diferença é que eu conheci os corredores que, dificilmente, algum outro cronista vai conhecer. Muitas coisas que ficam no bastidor, eu já vivenciei. Mas desde o primeiro dia de trabalho na Rádio Grenal, tenho a responsabilidade com o meu ouvinte e busco o profissionalismo necessário para levar a informação da melhor maneira para gremistas e colorados.


L.C.: Estamos chegando perto da Copa das Confederações e Copa do Mundo. Qual a tua expectativa com a atuação do Brasil nas duas competições?

R.P.: Até 2006, fui um torcedor fervoroso da Seleção Brasileira. Depois daquela Copa, onde as nossas principais estrelas deram de ombros para a importância daquela camisa em um Mundial, perdi um pouco o gosto de torcer pelo Brasil. Mas a Copa será no Brasil, não tem como não torcer. O problema é ver que essa é a pior safra dos últimos tempos. Além disso, Espanha e Alemanha trazem uma geração muito talentosa. Sem falar na Argentina, que tem o maior do mundo e ele, sozinho, pode fazer a diferença. Mas somos brasileiros, não desistimos nunca.


L.C.: Nas horas de lazer qual é a atividade da tua preferência?

R.P.: Divido meu tempo como cronista com a música. Hoje tenho um projeto acústico com um parceiro, o Jô Philippsen, e a gente faz pop rock na noite de Porto Alegre. Estamos com esse trabalho desde o início do ano e fazemos uma média de 5 apresentações por mês. Como a função principal é o jornalismo, são boas datas para praticar a música e, além disso, complementar a renda. Mas fora isso, gosto muito de estar com  meus filhos e minha esposa. Eles são os responsáveis pela recuperação da energia para o dia a dia.



Rafael Pfeiffer


terça-feira, 7 de maio de 2013

Nada de festa e muito falatório...

E eu que achava ter perdido o timing da final do Gauchão para escrever no blog, me engano profundamente. Falar da final da Taça Farroupilha e consequentemente da final do Gauchão hoje ainda é um assunto fresquinho da Silva.

Mesmo que tenha havido pouca festa por parte dos torcedores ( o que para mim soa muito estranho... Não se faz mais festa pela conquista do campeonato estadual. Ou quando tem é bem contida...) o assunto da final ainda circula a pleno pela mídia.

Fala-se da súmula não assinada, do erro do árbitro na anulação de um gol, dos palavrões proferidos pelo técnico Lisca e relatados na súmula, da divulgação de imagens de bastidores do vestiário do Inter que desagradaram ao técnico Dunga  e por aí vai. Fala-se muito também de que a conquista foi justa por um lado e injusta por outro.

Vou tecer meus comentários então sobre o jogo já que o assunto ainda não se esgotou... Primeiramente, parabenizo a torcida colorada e sua equipe pelo empenho que demonstraram na busca pela conquista do Gauchão. Ganhou quem mereceu ganhar. Não que o Juventude não tenha merecido, mas o Inter, com seu elenco superior aos demais clubes, mostrou que tem o favoritismo no estado quando foca suas atenções ao campeonato gaúcho.

Quanto aos erros do árbitro Marcio Chagas da Silva, não vejo como sendo proposital, mas sim um equívoco infantil e primário.  Já atuei como árbitro e até tem alguns relatos meus aqui no blog. Aquele lance que o jogador do Inter encena um empurrão do zagueiro do Juventude é de dar risada. Impossível não notar o teatro feito pelo atleta colorado. Me admira muito o árbitro ter caído naquela cena toda. Mandem avisar o pessoal do núcleo de novelas da Globo que tem um bom ator aqui pelas bandas do Sul.

Sumula mal preenchida e com relatos dos insultos do técnico Lisca, não tenho muito o que comentar. Até porque não lembro e não tenho todo o conhecimento do que pode acarretar a falta de assinatura de um atleta na súmula de jogo. Uma coisa posso dizer: falha de quem preencheu e não se deu conta que o Gabriel não tinha assinado o documento. Tiveram noventa minutos mais as cobranças de pênaltis e não viram...

Dunga reclamar pela divulgação de imagens dos bastidores da conquista é de ficar de boca aberta. Nem com a assessoria de imprensa do time dele ele consegue ter um bom relacionamento??? Não vejo problema algum em divulgar tais imagens. Mostra que o grupo estava focado e fechado na busca pelo título estadual.
A explicação que ele deu é que mais me espanta. Não querer mostra aos outros que o grupo está unido e fechado com o seu comandante... Chega a ser patético essa mania de perseguição do Dunga com qualquer pessoa que se dirija ao Inter. Basta lembrar o episódio dele reclamando da arbitragem, que estavam armando um complô para expulsar ele dos jogos. Vai ter mania de perseguição assim na China...

Dito tudo isso, aproveito que não perdi ainda o foco do assunto e encerro aqui minha escrita sobre o Gauchão. Ano que vem tem mais!!! E esperamos que com menos polêmicas e mais bola na rede...

domingo, 5 de maio de 2013

Entrevista no Crônicas - Carlos Guimarães

Entrevista no Crônicas está de volta ao meu blog. O espaço que criei em 2011, e que já publiquei mais de 30 entrevistas, volta com entrevistados inéditos e quem sabe trazer alguma sequência dos entrevistados que já apareceram por aqui.

Hoje trago uma entrevista feita com o coordenador de esportes e comentarista da Band AM e apresentador da Ipanema FM, Carlos Guimarães.

Abaixo a entrevista feita com ele.

Luciano Coimbra - Trabalhar com o jornalismo esportivo foi algo casual ou tua ligação com o esporte é mais antiga que a profissão?

Carlos Guimarães - Por incrível que pareça, foi casual. Tinha a paixão, um pouco diferente do torcedor tradicional. Tinha um time, que não vou revelar por motivos óbvios, mas sempre fui racional. Nunca fui fanático. Acho que por isso consegui separar bem as coisas quando comecei no jornalismo esportivo. Mas havia uma paixão maior, que era escrever, e principalmente sobre música. Nunca achei que poderia trabalhar em rádio, queria ser um repórter de mídia impressa, escrevendo sobre música. Mas adorava futebol, fazia meu próprio acompanhamento dos campeonatos. Isso me ajudou. Quando comecei, em 1999, na Rádio Gaúcha, acabei pegando o primeiro estágio que me aprovou. E depois que entrei, nunca mais saí.


L.C. - Como é feita a seleção das matérias que irão ao ar nos programas esportivos da rádio?

C.G. - Tudo depende de pauta. Na pauta, a gente separa o que serve e o que não serve. Não é muito engessada essa análise, é bem ampla. Na maioria das vezes, a pauta do dia é óbvia, está na nossa frente. Mas sempre é bom diferenciar, e aí a gente abre leque para outras entrevistas interessantes. Todos participam, não há uma definição burocrática, pelo menos do jeito que entendo que deva funcionar uma rádio esportiva.


L.C. - Qual a relação que você faz da música com o futebol?

C.G. - Sou suspeito para responder essa afirmação pelo meu envolvimento, minha paixão e até certo ponto, minha obsessão por música. A música entrou na minha vida no mesmo momento do futebol. Foi um desenvolvimento natural, quando descobri os primeiros discos de rock, despertando minha curiosidade, até virar algo que até chegou a ser incontrolável. Acho que música e futebol se relacionam muito bem. Basta ver o número de obras da MPB sobre futebol, as bandas inglesas que têm o esporte como pano de fundo. É uma combinação perfeita.


L.C. - Falando um pouco de música dos Anos 80, qual time do futebol brasileiro tinha a cara do estilo musical daquela década?

C.G. - Pergunta difícil... Acho que o Flamengo, com Zico, Júnior, um time artístico, bonito de se ver, tinha a cara da música popular brasileira tradicional. O Flamengo lembra Jorge Ben, aquele balanço, aquela coisa genial, leve. Mas hoje, acho que é difícil ver um time atual que consiga lembrar os anos 80 na música. A década de 80 foi tão clichê, mas tão diversificada ao mesmo tempo. Tinha o rock inglês, o pós-punk, o hard rock de Los Angeles, o início do rock alternativo, a explosão de grandes artistas, como Michael Jackson, Madonna e Prince, o rock brasileiro, o rock de arena, com o Queen... complicado, não arrisco essa resposta não.


L.C. - Fora das cabines de transmissão e do estúdio, o melhor a fazer com o tempo livre é...?

C.G. - Já tive fases absolutamente diferentes da vida, mas hoje, o melhor mesmo é a zona de conforto: minha mulher, Sinara, meu cachorro, Zeca, uma música legal, uma leitura, um filme, no máximo um churrasco com amigos. Já tive a fase baladeira forte, mas hoje, estou que nem o Inter de 2012: na folga, difícil me tirar da zona de conforto.


Carlos Guimarães



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Como um jogador pode fazer tanta falta...

Quem lê o título do post, primeiramente deve estar pensando que vou crucificar o zagueiro Cris, do Grêmio pela expulsão no jogo de ontem, mas não. Vou falar de faltas em campo e não faltas no jogo em si.
Com a suspensão de Zé Roberto pelo terceiro cartão amarelo no jogo contra o Huachipato, a torcida gremista entrou em desespero: " - Como vamos conseguir passar de fase sem o nosso camisa 10????" "Agora complicou de vez...", mas no jogo de ontem se viu que nem é tanto o ZR10 que faz falta ao meio campo do grêmio e sim ELANO. Depois da lesão do meia, o tricolor penou empates e derrotas em sequência. E tudo isso com Zé Roberto em campo...
A falta que o camisa 7 gremista faz é mais sentida do que a do camisa 10. Com Elano ontem, o Grêmio teve mais ofensividade no primeiro tempo - período que o jogador ficou em campo - e buscou o resultado que era esperado por todos na Arena. Após sua saída, o setor de meio campo tricolor sucumbiu em um abismo de falta de criatividade. Muito sim pela também ausência de Zé Roberto, mas em grande parte pela saída de Elano.
O Inter também tem uma crise existencial quando D'Alessandro não atua. É notório que precisa de um substituto a altura do gringo, coisa bastante escassa no futebol e no mercado brasileiro.
No jogo de ontem, a falta do meia foi tanta que a equipe não tinha criação e muito menos objetividade nas jogadas que passavam pelos meias. Falta criatividade ao Inter quando D'Ale não está em campo.
E quem pode fazer esses papéis na Dupla Gre-Nal quando os protagonistas não estão??? Ninguém!!!
Tanto grêmio quanto Inter se estão pensando em conquistas maiores no Brasileirão, necessitam reforços a altura de seus titulares. E não estou falando de grupo. NÃO!!!! Reservas com a plena capacidade de tomarem a posição dos titulares sem o menor esforço. Quase um clone de elano e D'Alessandro.
Assim a Dupla pode até pensar em conquistas de Copa do Brasil, Libertadores, Sulamericana e Brasileirão. Sem isso... Lamento muito!!!!!