segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Vitória do merecimento

Passado o Gre-Nal que decidiu uma vaga na semi-final do primeiro turno do Gauchão, venho aqui escrever e parabenizar o Inter pelo merecimento da vitória e da classificação. E digo merecimento pelo simples fato que a equipe colorada está focada no objetivo de vencer o Gauchão.
Uma partida jogada na bola e com lances de grande qualidade de ambas as equipes. Sem jogadas desleais e sem violência, diferente do último Gre-Nal pelo Brasileirão 2012, onde o que menos se viu foi futebol e qualidade técnica.
Uma disputa limpa que nos coloca uma certeza e uma dúvida.
A certeza é que o Inter tem um time bem entrosado e com peças de reposição que não comprometem tanto a qualidade da equipe. O condicionamento físico está em fase de preparação e podem ter mais uma certeza: a equipe do internacional estará voando ao final do Brasileirão 2013, pela competência do seu preparador físico.
A dúvida que ficou é mais simples. Se o jogo foi tão limpo no sentido de deslealdade por parte dos colorados, por que a equipe gremista não colocou os titulares na disputa da vaga? Podemos levar em consideração o risco de uma lesão sem intenção, como ocorreu com o lateral esquerdo Alex Telles. Uma lesão involuntária pode prejudicar o andamento da equipe na sua competição prioritária, que é a Libertadores.
Mas nada disso tira o brilho e o merecimento da vitória colorada.
Ao contrário, engrandece ainda mais a disputa do Gauchão e coloca mais lenha na fogueira, tendo apenas um representante da capital contra três do interior na busca pelo título do primeiro turno.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Versões de um mesmo chocolate

Ontem, antes do jogo do Grêmio, eu estava pronto para escrever um texto sobre a volta do time copero e peleador. Só que depois do jogo, resolvi trocar a formatação do meu texto.
Vamos falar de culinária, mais precisamente sobre um certo alimento que agrada 10 entre 10 seres humanos: o chocolate.
Se utiliza, na gíria do futebol, a palavra chocolate como uma forma de explicar a grande superioridade de uma equipe sobre a outra e além disso, traduzir em uma palavra o que foi o panorama do jogo.
Pois bem.
O jogo de ontem foi tranquilamente um chocolate do Grêmio sobre o Fluminense. O time do Luxemburgo jogou como a muito não se via. Parecia que o grupo de jogadores já se conhecia de décadas e que o entrosamento era nato. Nada igual a atuação desastrosa contra o Huachipato.
Ontem o tricolor foi grandioso na sua adversidade. enfrentou uma equipe muito bem entrosada - o grupo do Fluminense é praticamente o mesmo que foi campeão brasileiro no final de 2012 - e numa situação que a vitória era obrigatória para os rumos do clube dentro do semestre.
Se viu um time bem organizado defensivamente, com grande marcação no meio campo e uma criatividade ainda tímida no ataque, mas com cara de grupo que está em busca de algo a mais do que somente participação na competição.
O Grêmio ontem mostrou aos torcedores do Flu que o chocolate tem várias versões.
Para uns, pode ter sido um chocolate branco, tal foi o esquecimento do time carioca de como se impõe a superioridade de jogar em casa e de se ter uma equipe entrosada e com elenco de ponta.
Para outros, pode ter sido um chocolate amargo, como o gosto de tomar uma goleada de um time ainda em formação e que na rodada anterior tropeçou em casa para um time sem muita expressão no futebol chileno.
E para os torcedores tricolores, pode ter sido um chocolate ao leite. Cremoso, saboroso e que deixa aquele gostinho de quero mais na boca, assim como foi a atuação da equipe ontem e que a torcida espera ver repetida nas próximas partidas do clube na competição Sulamericana.
Provando que podemos ter várias versões de um mesmo fato e também de um mesmo chocolate

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Misto ou não? Eis a questão...

Acabei de escrever o título do post e me lembrei de uma velha conhecida frase para quem curte teatro e literatura que é: "Ser ou não ser? eis a questão..." e ela acaba se aplicando perfeitamente para o assunto que eu vou tratar aqui no post.
Misto ou não? Eis a questão...
Escalar os titulares em uma competição de "segundo plano" é dar um tiro no pé ou sinônimo de busca de entrocamento e ritmo de jogo?
Escalar os titulares só em competições de ponta é esta focado em um objetivo principal ou arriscar perder tudo por não ter um conjunto forte e ligado em campo?
Dúvidas que eu tinha uma opinião bem formada, mas acabei tendo que abrir alguns precedentes.
O Inter está focado em trabalhar com os jogadores ditos titulares uma pré-temporada boa e construir uma base sólida para o ano inteiro, porque sabe que terá apenas duas fichas para apostar durante o calendário futebolístico brasileiro: Brasileirão e Copa do Brasil.
Pode aparecer a oportunidade na Copa Sulamericana, mas a busca por um título nacional já está com prazo de validade vencendo. O último título nacional conquistado foi a Copa do Brasil de 1992.
O clube conseguiu chegar na disputa da Libertadores por outras vias que não sendo campeão nacional e aproveitou duas dessas oportunidades e levantou a taça, mas ainda falta algo.
e a preparação do elenco esse ano está com um objetivo bem definido: conquistar algum título nacional.
Não vejo outra forma de buscar essa base bem feita senão escalando um time reserva no estadual e em algumas partidas ir mesclando com jogadores titulares para dar ritmo de jogo e buscar o entrosamento do grupo.

Já o tricolor entrou o ano em uma sinuca de bico. Precisava formar uma equipe consistente sem tempo de treinamento para buscar o maior objetivo do primeiro semestre: a vaga na fase de grupos da Libertadores.
Objetivo alcançado, o elenco gremista necessita de tempo para fazer a base que acabou fracionada na pré-temporada.
Mas como abrir mão do estadual e mesmo assim buscar entrosamento dos jogadores para a fase de grupos da Libertadores?
Neste ponto o Grêmio não tem outra saída senão colocar os titulares para jogar o Gauchão e usar a competição como treinamento e busca do entrosamento para a Taça Libertadores.
Minha opinião no início do ano era de que as duas equipes deveriam colocar a "gurizada da base" para jogar o estadual e dar ritmo de jogo aos novatos. Quem sabe não surge uma nova promessa e o clube acaba rendendo alguma grana com isso, mas tanto Grêmio quanto Inter precisaram da competição gaúcha para entrosamento e ritmo de jogo ao seus grupos.
Uns mais outros menos, mas ambos ficaram reféns do calendário apertado do futebol brasileiro.
Seria a hora de repensar algumas competições ou até mesmo as prioridades de cada clube?
Nem sempre será possível conquistar todas as taças....

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Entra ano, sai ano e nada muda...

Cada dia que passa me convenço mais que a arbitragem precisa OBRIGATORIAMENTE se profissionalizar. E isso é para ontem!!!
Já escrevi várias vezes aqui no blog sobre arbitragem e mais uma vez esse tema encabeça o meu post. Caso queiram ir atrás, é só clicar no marcador que estará abaixo do texto.
Nessa primeira rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América já tivemos uma arbitragem praticamente catastrófica no jogo entre Nacional do Uruguai e Barcelona do Equador.
O árbitro chileno Enrique Osses apresentou erros primários na mesma partida. Jogador com dois cartões amarelos e ainda em campo, pênalti claríssimo não marcado a favor do Barcelona nos minutos finais do jogo e consequentemente uma expulsão do defensor uruguaio que também não houve.
Fica evidente que os profissionais que trabalham com a arbitragem mundial carecem de uma "profissionalização" a nível mundial.
O Brasil passa pelos mesmos problemas que já foram vivenciados e também relatados nas palavras deste que vos escreve nesse blog aqui no ano passado. esperamos que nos campeonatos regionais, na Copa do Brasil e Brasileirão deste ano, a arbitragem brasileira se mostre mais competente e compromissada com o trabalho feito dentro do gramado.
Traduzir em palavras o que eu vi no vídeo dos melhores momentos do jogo entre Nacional e Barcelona é quase impossível. Já trabalhei com arbitragem e sei que a gente erra e que muitas vezes são erros capitais, mas como esses, eu ainda não tinha visto - este ano, vamos ser sinceros...
Assistam o vídeo e tirem suas próprias conclusões.



terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Cada um abre mão do que quiser...

Cada ano que passa fico mais convencido de que os clubes grande do país devem abrir mão de certas competições e focarem suas forças naquelas que acham mais importantes ou que trarão mais lucros e visibilidade.
Não está sendo diferente esse ano. Clubes que estão participando da Libertadores da América abrem mão de jogar os estaduais com suas equipes principais para entrar de cabeça na competição sulamericana. Todos menos um...
Palmeiras parece estar mostrando aos concorrentes brasileiros e estrangeiros que não está tão focado assim na Taça libertadores.
Cedeu as pressões do Grêmio para tirar o principal jogador do elenco alvi-verde, o atacante Barcos, e junto a isso patina no estadual. Diferente de Grêmio, Fluminense, Corinthians, Atlético e São Paulo, o Verdão não buscou reforços de peso e ainda acabou liberando o que tinha de melhor.
Os outros clubes estão focados na conquista da América, cada um por seus motivos. Flu e Galo querem a Taça pela primeira vez; Grêmio busca um caminho de vitórias esquecido a mais de uma década; O Tricolor Paulista quer voltar aos áureos tempos de glória no continente e o Timão está querendo mostrar que o título do ano passado não foi mero acaso, mas sim planejamento e força do clube.
Cada um com seus motivos e suas convicções. Só não consigo entender como pode um clube abrir mão de uma das principais competições do calendário sulamericano de futebol.
Se existem explicações, estou esperando que elas cheguem. Mas vou ali me sentar no sofá. Vai que demore muito...