terça-feira, 12 de agosto de 2014

Felipão no Grêmio - A minha visão

A estreia de Felipão no Grêmio.
Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Escrevi no meu perfil do Twitter ( @LucianoFCoimbra) que só escreveria alguma coisa aqui no blog sobre a estreia de Felipão no Grêmio após o Gre-Nal e estou fazendo isso agora.

Quando falaram que Felipão estava voltando para o tricolor de Porto Alegre, senti um cheirinho de pensamento mágico para as soluções do clube e também coloquei que mesmo com as derrotas em série, sem conseguir dar uma cara para o time do Grêmio e tendo tantos fracassos em Gre-Nal, não achava certo a saída de Enderson Moreira.

Mas quem sou eu para decidir alguma coisa nos clubes....

Sempre acreditei que o treinador precisa de tempo para trabalhar e mostrar que pode resolver os problemas que surgem nas competições que os clubes participam. Nunca fui adepto do imediatismo e sei também que a troca acaba atrapalhando mais ainda um grupo de jogadores.

Mas já que Felipão chegou ao grêmio, vamos as minhas colocações sobre o seu retorno:

1- Achei que ele viria com os mesmos princípios de quando estava na seleção e nessa semana de treinamentos acabou mostrando que mudou em muita coisa. A equipe do Grêmio treinou bastante e a exaustão - coisa que não ocorria na seleção.

2- Felipão chegou e foi buscar informações sobre seus jogadores. Colocou eles para treinar de várias formas e em vários esquemas, até achar aquilo que seria mais proveitoso para colocar em campo na sua esteia.

3- Mostrou que está interessado em apostar na base do clube. Lançou no Gre-Nal o garoto Walace, de 19 anos, e mostrou convicção no potencial do novo atleta. E não é que o garoto teve personalidade e tem grande qualidade técnica.

4- Na coletiva após o final da partida, reconheceu que a equipe ainda precisa melhorar. Coisa que não ocorria durante o período de trabalho à frente da seleção. se mostrou convicto com algumas posições referente aos atletas, mas também colocou que pode mudar as coisas decorrente de melhoras  dos jogadores nos treinamentos.

Agora, alguém consegue me explicar toda essa diferença de posição ente o período de trabalho na CBF e agora?

Será que à frente do comando da seleção, suas opiniões se sobressaiam frente as colocações de Parreira?

Minha impressão é de que naquele período ele não era o Felipão que conhecemos.

Posso até estar enganado, mas no Grêmio acredito que as coisas serão diferentes.

sábado, 9 de agosto de 2014

O primeiro Gre-Nal do renovado Beira-Rio

Felipão e Abel Braga estarão à  beira do gramado neste domingo.
Fotos: Diego da Rosa e Alexandre Lopes
O remodelado e renovado Beira-Rio está recebendo nesse domingo o seu primeiro clássico Gre-Nal.

Mais um marco na história desse clássico que possui uma das maiores rivalidades do país e quem sabe do mundo.

E na casamata do Beira-Rio estarão sentados dois dos maiores treinadores que cada clube já viu passar.

Pelo lado gremista, Felipão é a referência de conquistas e títulos. Foram seis títulos em sua segunda passagem pelo Grêmio, sendo que nesse meio, uma Copa do Brasil, uma Libertadores, uma Recopa e um Campeonato Brasileiro. Os outros dois que faltam nessa minha lista são dois títulos gaúchos consecutivos. Mesmo que Felipão não tenha ganho o título do Mundial de Clubes em 1995, segue sendo o maior comandante tricolor, no quesito conquistas.

No banco colorado, estará sentado o campeão da América e Mundial pelo Inter. Abel Braga já acumula seis passagens pelo comando técnico do Inter - incluindo essa atual - e conseguiu conduzir o clube as maiores conquistas que estão destacadas na sala de troféus do Beira-Rio, o título da Libertadores de 2006 e o título do Mundial de Clubes no mesmo ano diante do todo poderoso Barcelona que contava com Ronaldinho Gaúcho - na época o Melhor Jogador do Mundo eleito pela FIFA.

Nessa disputa de domingo, alguns pontos relevantes:

1- Será o primeiro Gre-Nal após a reinauguração do Beira-Rio.

2- Será a estreia de Felipão nesse retorno ao Grêmio.

3- A disputa dos dois maiores vencedores no comando de seus clubes.

4- Inter buscando chegar mais perto do líder Cruzeiro e Grêmio tentando a reabilitação na competição para espantar a desconfiança dos torcedores.

São ingredientes que irão transformar a partida numa disputa mais acirrada além do normal.

Só espero encarecidamente que as duas torcidas tenham um comportamento exemplar. Nada de confusões ou batalhas campais como já vimos em outros tempos.

Que a rivalidade fique apenas no campo de jogo e apenas durante os 90 minutos. E que após isto, todos possam voltar para suas casas e aproveitar o restante de domingo, ganhando ou perdendo.

domingo, 27 de julho de 2014

Das coisas que eu ainda não havia visto...

Marquinhos Santos, ex-técnico do Bahia e trabalhando de interino.



Ouvindo o jogo de ontem entre Inter e Bahia, ouvi uma notícia que me fez repensar sobre a carreira de treinador de futebol.

Não!!!

Não se preocupem que não vou me arriscar nesse mercado um tanto quanto instável e movediço.

Apenas que me deparei com uma situação que ainda não havia visto.

Treinador do Bahia estava com a corda no pescoço pela sequencia de derrotas e pela fraca campanha do time no Brasileiro.

Não feliz com esse encaminhamento de trabalho, a diretoria optou por trocar de treinador. Até aí, sem problemas, já que essa prática é a mais comum no meio futebolístico brasileiro.



Mas como o ocorrido no Bahia é de impressionar.

A diretoria do clube demitiu o treinador na QUINTA PASSADA. e mesmo demitido, o treinador se dispôs a trabalhar interinamente no jogo de ONTEM.

Sim meus amigos... Foi isso mesmo que escrevi.

O treinador do Bahia no jogo de ontem era o ex-treinador demitido na quinta trabalhando como interino.

Com situações como essa, como podemos pensar em mudanças no comando do futebol???

E enquanto eu escrevia esse texto, fiquei sem luz em casa. Nesse meio tempo, Enderson Moreira também acabou caindo do comando técnico do Grêmio e a probabilidade de Tite ser anunciado é grande, por depoimentos que já rolam na imprensa.

Já escrevi várias vezes nesse mesmo blog que não concordo com mudanças de comando com pouco tempo de trabalho. Acredito que é preciso que se tenha pelo menos uma temporada de trabalho para avaliação, mesmo que isso custe aos clubes insucessos nos campeonatos.

Claro que é complicado para nossa cultura aceitar uma postura dessas da direção de um clube, ainda mais em se tratando de Brasil, onde o imediatismo impera.

Será que acabaremos crescendo na mentalidade de aceitar os trabalhos de comissão técnica mesmo que tenhamos derrotas e perdas de títulos?

Acredito que essa evolução por parte das direções está anos-luz de acontecer.

Por parte da torcida, não espero isso nunca!!!

domingo, 20 de julho de 2014

Mudar não mudando...

Dunga deve ser anunciado na terça
como novo comandante da seleção brasileira.

A seleção brasileira fez uma Copa do Mundo com algumas peculiaridades. Foi a segunda vez que o país sediou o evento e novamente não conseguimos conquistar a tão sonhada taça dentro de casa.

Na primeira edição, perdemos a final para o Uruguai, no episódio conhecido como Maracanaço. Colocaram toda a culpa em Barbosa, o goleiro da final de 50, pela derrota.

Nesta segunda edição, a maior pressão de todos os tempos estava colocada sobre os ombros dos 23 convocados de Felipão por alguns motivos que listarei abaixo:

1- Estar novamente disputando uma Copa em casa e ter a responsabilidade de apagar o evento trágico do Mundial de 50.

2- Em uma das coletivas pré-Copa, o coordenador técnico Carlos Alberto parreira, afirma que a seleção brasileira é a favorita e "já está com uma mão na taça", antes mesmo de o torneio começar.

Só esses dois pontos já são suficientes para que a carga emocional seja bem pesada sobre os jogadores. Ainda mais que alguns jogadores estavam participado da Copa pela primeira vez.

Mas eu não vim escrever sobre a participação da seleção na Copa 2014.

Vim aqui escrever sobre a mudança de comando, depois do fiasco que foi a eliminação brasileira, na derrota de 7x1 para a Alemanha.

Felipão e toda comissão técnica não fazem mais parte do comando da seleção principal do país. E para o lugar dele, teremos uma mudança com peça já conhecida: Dunga.

Será que essa mudança é "mudança" mesmo?

Será que trazer o mesmo técnico que já fez parte da CBF como comandante da principal seleção é a melhor forma de mudar?

Junto com Dunga, chega Gilmar Rinaldi. Ex agente FIFA e empresário de jogadores, para comandar todas as categorias do futebol da CBF.

A condição dele de "ex-empresário" não atrapalhará nas avaliações e nas escolhas do treinador das seleções, tanto as de base quanto a seleção principal?

São perguntas que passam pela minha cabeça e não consigo entender como faremos mudança no futebol brasileiro dessa forma.

A tão falada renovação e aplicação do "estilo alemão" de ser no futebol brasileiro, já começa de forma que, para mim, em nada tem de correto.

Mas o que fazer se na grande cúpula da CBF não houve mudança nenhuma...

E os clubes não podem nem reclamar, uma vez que são eles mesmos que colocam os comandantes da CBF no posto maior de dirigente do futebol brasileiro.

É assim que buscamos mudar, mas não mudando.

É assim que corremos atrás de coisas novas com opções antigas.

é assim que o povo inicia o sonho do hexa em 2018, mas com soluções de 2010.......

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Uma Copa especial.

Copa do Mundo no Brasil.

Não sei se terei outra chance de presenciar esse evento no meu país novamente, muito menos na cidade onde moro. Mas uma coisa posso falar. Como o clima da cidade melhorou com esse evento.

Ontem mesmo estava pensando que deveria ter me programado para ir a, pelo menos, um jogo.

Não fiz. Me arrependo.

Uma oportunidade que passa e pode demorar a ter volta. Mas passou...

Bola pra frente e vamos aproveitar os ares de Copa do Mundo.

Tive o prazer de estar no estádio que hoje sediou mais um jogo da Copa e na época ainda havia muita coisa a ser feita.

Mas pelo que vejo hoje pela TV, do nosso jeito brasileiro, as coisas ficaram prontas.

E impressionaram os turistas.

Aliás, tudo está impressionando.

A organização, a segurança, a hospitalidade do nosso povo, tudo...

Bem que essas coisas poderiam perdurar após a Copa.
Mas seria muito sonho meu???

Ou é possível que isso ocorra???

Espero que sim.... E que não seja passageiro. Que coloquemos essas rotinas no cotidiano pós Copa.

sábado, 14 de junho de 2014

Ta tendo Copa e tá tendo zebras...

Tava tão afim de comentar a Copa aqui no meu blog, mas o tempo acabou me boicotando.

E não é que tive sorte e azar com isso... Sorte de ter visto a primeira zebra da Copa aparecer no jogo entre Costa Rica e Uruguai e azar de não ter visto ontem a maior goleada até agora nos jogos desta Copa: Holanda 5 x 1 Espanha.

A Copa está nos proporcionando momentos únicos de presenciar jogos fantásticos em pleno Brasil.

Uma qualidade que há muito não se via em Copas do Mundo.

Na Copa passada, o principal movimento do futebol era a defesa. O desarme era mais importante que a conclusão. As equipes eram mais preocupadas em se fechar do que em buscar o jogo e atacar.

Nessa edição, estamos vendo as seleções avançarem seus jogadores e buscar sempre o gol. E está surtindo efeito...

A média de gols da Copa é de mais de 3 gols por jogo. Isso demonstra que os técnicos estão focados em atacar e buscar o resultado ao invés de fechar a zaga e povoar o meio campo com volantes e homens de marcação.

E que belo espetáculo estamos presenciando.

Uma Copa no Brasil!!! Com tudo que se falou, estamos dando demonstração que se quisermos e deixarmos de ser acomodados e resolver todos os problemas com nosso "jeitinho" temos condições de organizar ótimos eventos.

Quando teremos essa chance novamente??? Não sei.

Acho que eu não verei outro evento igual no país. Quem sabe meus netos ou bisnetos.

Mas poderei contar a eles que foi um momento único e especial. Mesmo não estando nos gramados como torcedor ou trabalhando, temos a oportunidade de vivenciar esses momentos históricos.

Uma dica: Enjoy It!!!

Fan Fest em Porto Alegre (foto MARINHO SALDANHA/UOL)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Chegou de vez!!!

Sim. Vamos ter Copa!!!

Mas alguém duvidava? Eu não. Ainda mais no Brasil, onde tudo termina em festa, pão e circo...

Não que eu seja contra a Copa, muito pelo contrário. Mas que se usa um evento desses para fazer a "festa" em vários pontos de nossa política, ah se usa...

Mas eu não vou escrever mais nada que não seja sobre futebol. e essa Copa pinta como a mais imponente dos últimos tempos.

Temos todos os campeões mundiais participando do evento, o que se não me engano, é a primeira vez que acontece.

Temos o melhor jogador do mundo em campo, e o segundo também, e vários melhores do mundo jogando nos nossos gramados.

E alguns grupos tendo como confrontos, seleções que poderiam ser candidatas ao título, já peleando na fase de grupos.

Vai ter Copa e vai ser muito boa. Vai ser D+!!!

Então resolvi fazer meus prognósticos e vou postar aqui no blog. Se vou acertar ou não, não sei, mas vale a tentativa e a brincadeira de Mãe Dinah. (se eu fizer as projeções como a Mãe Dinah, já vi que me ferrei...)

Abaixo minha simulação e a final dos sonhos FIFA.

Na minha simulação não tem zebra. Tô acreditando que dessa vez as qualidades vão sobressair e as principais equipes irão triunfar.

Podem opinar nos comentários e deixar suas simulações dos 4 primeiros colocados.

Minha simulação. e a sua???


sábado, 7 de junho de 2014

Será que consigo consolar a torcida colorada???

Fernandão, ídolo da nação colorada e de mais uma nação chamada Brasil.

Acordei e me deparei com uma notícia que ficou martelando minha cabeça durante todo o dia.

Mesmo não sendo torcedor colorado, não assimilei a perda do capitão Fernandão. O cara é um ídolo que ficará mais ainda na memória e na história dessa nação auvi-rubra.

Pelos relatos que li durante o dia, uma pessoa focada na família, séria no trabalho e completamente passional.

E a torcida colorada precisava de alguém assim.

Ganhou um goiano que se torno gaúcho de coração e por opção.

Assim como ele chorou pelo Inter em vários momentos como a conquista da Libertadores, do Mundial e em sua despedida como técnico, a torcida colorada agora chora a sua partida.

Mas precisa ser sempre assim???

Eu sempre me pergunto quando alguém deixa esse mundo e sobe para perto do "Cara" se essas pessoas que se vão tão cedo realmente precisam estar lá...

Também descubro nesses mesmos momentos, que precisamos ser mais fortes que tudo e que todos para tocar o barco e rumar em frente sem essas pessoas.

As suas missões aqui na terra já foram cumpridas. A missão de Fernandão era devolver a dignidade e a alegria para uma torcida que estava sofrida.

E ele o fez.

Li em algumas colocações que a torcida pede a aposentadoria da camisa 9.  Imortalizar a camisa 9 é deixar um vazio dentro de campo.

Que ela seja vestida por muitos jogadores colorados e que eles tirem forças supremas para honrar o número do capitão colorado.

Vá em paz. Completa o ataque do time celestial, que devia estar desfalcado de um camisa 9 da tua qualidade e de um capitão do teu gabarito.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

A Copa e suas lesões.

Franck Ribéry é mais uma baixa na Copa 2014 por lesão. (Foto Getty Images)

Faz tempo que eu não apareço por aqui...

Sei que estou em dívida com vocês que leem o meu blog, mas ultimamente não tem sobrado tempo para escrever e quando acaba sobrando a inspiração não é compatível com o tempo disponível...

Estamos às vésperas do maior evento mundial e ele vai acontecer no pátio da nossa casa.

Copa do Mundo de futebol. Um mega evento que mobiliza e mexe com  todo o mundo, mesmo que envolva apenas uma modalidade desportiva.

Consegue ser mais fantástico que as Olimpíadas, onde são reunidos dezenas de esportes, mas nada consegue ser maior que a FIFA World Cup...

E com a proximidade do início da Copa, surgiram vários cortes de jogadores importantes de seleções classificadas por causa das lesões.

Na verdade, a Copa do Mundo é realizada no final do calendário Europeu do futebol. Apenas aqui no Brasil que as competições estão em andamento quando o evento se inicia.

E essa pode ser uma das causas para esse número excessivo de lesões dos principais jogadores.

A lista é enorme e cada dia que passa vai crescendo com a realização dos amistosos na fase final de preparação das equipes.

Não seria uma boa hora da FIFA repensar a data de realização do evento?

Até para poder contemplar outros países que possuem as condições climáticas desfavoráveis para a prática do futebol nessa época do ano.

Eu arriscaria dizer que até mesmo no Brasil, o evento poderia ser realizado em outra data, para evitar o nosso início de inverno, onde em vários estados temos frio intenso, muita chuva e em outros um calor de desmaiar para quem não está acostumado.

Fica apenas uma reflexão sobre o assunto e para vocês não esquecerem que este espaço está aberto e com crônicas de qualidade (ou não...) sobre o assunto que mais desperta o interesse dos brasileiros (em matéria de esportes, claro...)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Vitória incontestável

Jogadores erguem a taça de Campeão Gaúcho (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital)
Grupo colorado com a taça de Campeão Gaúcho (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital)

Inter Campeão Gaúcho. Isso está se repetindo pelos últimos quatro anos aqui no Rio Grande do Sul.

É a quarta vez que o time colorado levanta a taça de campeão do estadual.

Só que esse ano teve uma particularidade. As duas partidas da final foram decididas em Gre-Nal.

E o Inter atropelou o Grêmio nos dois jogos.

No primeiro clássico, um tempo para cada um de superioridade, mas só os colorados conseguiram tornar essa vantagem em gols.

Já na segunda partida, nenhuma chance de o Grêmio tirar a taça do armário do Inter pela superioridade imposta desde o início do jogo.

A partida foi realizada em Caxias, mas poderia ter sido em Gramado, juntamente com a programação da ChocoFest, tamanha a vantagem que o Internacional aplicou sobre o rival.

Uma vitória de 4x1 em um clássico Gre-Nal não é sempre que ocorre.

Mas dessa vez o Inter dominou todo o jogo e ditou as regras da partida. Tamanha foi a superioridade que quando Alex fez o quarto gol, o Inter diminuiu muito o ritmo do jogo.

Caso contrário teria sido uns 7 ou 8 gols de vantagem para o colorado.

Parabéns colorados e que essa vantagem mostrada ontem, possa prosseguir no Campeonato Brasileiro e que a derrota sirva para o Grêmio organizar o vestiário para a competição de sua preferência no primeiro semestre.

terça-feira, 18 de março de 2014

No futebol, tem muito disso...

O título pode servir para muitas coisas...

"No futebol, tem muito disso..." deixa aberta a possibilidade de completarmos a frase com várias opiniões e situações que encontramos seguidamente dentro do esporte.

Mas vou falar especificamente sobre a transferência de responsabilidades.

Nesse final de semana que passou, o Corinthians acabou sendo eliminado na fase de grupos do Paulistão 2014.

Até então, uma situação estranha, mas compreensível se formos analisar a campanha do Timão nessa primeira fase.

Mas como assim compreensível??? Os torcedores do Timão não compreendem, os jogadores não compreendem e nem mesmo o técnico Mano Menezes compreende.

Perfeito! Não devemos nos acomodar e aceitar uma situação como essa de desclassificação de um time que tem uma das maiores torcidas do país.

O que não podemos fazer é repassar aos outros a nossa responsabilidade pelos fatos ocorridos.

A chance do Corinthians de se classificar passava por uma vitória do seu maior rival, o São Paulo e mesmo assim ele ainda precisava vencer a sua partida contra a Penapolense - isso mesmo que você leu: PENAPOLENSE!!!

Acabou ocorrendo que o São Paulo perdeu para o Ituano e com esse resultado, mesmo que o Corinthians vencesse a Penapolense, não conseguiria mais se classificar.

Resultado: jogadores e o técnico do Timão deram entrevistas bem calorosas no pós jogo, insinuando que o tricolor paulista havia entregue a partida para desclassificar seu rival.

Mas peraí!?!?!?!?!?!?!?!

Quem foi que não conseguiu os pontos necessários para chegar em tal ponto da fase classificatória com tranquilidade e sem depender de resultados paralelos???

Quem foi que não venceu seus próprios jogos e acabou sucumbindo em empates e derrotas enquanto seus adversários avançavam na tabela???

Quem foi que deixou de fazer a sua parte, mesmo que a combinação de resultados acabasse por não favorecer???

Como fica fácil a gente transferir a responsabilidade de um fracasso para outros, mesmo que indiretamente eles tenham alguma relação com o fato.

Será que depender de resultados paralelos é garantia de que nossas conquistas estão asseguradas?

O que mais me irrita nisso tudo é que os jogadores e comissão técnica do Corinthians creditam ao São Paulo um fracasso que partiu da inoperância do seu grupo de jogadores.

Esse fracasso tem um dono com nome próprio e não é o São Paulo. O nome dele é Corinthians. E não tentem transferir essa culpa.

Quem ganha salários pelo Timão e não conquistou os resultados necessários foi esse grupo atual e não os jogadores do São Paulo.

Quem não mostrou aplicação nas partidas e acabou por perder pontos importantes no início da competição não foram os jogadores do São Paulo.

Vamos então assumir que não foi feito o necessário dentro dessa instituição chamada Corinthians?

É mais bonito e a torcida curte mais ainda quando o elenco reconhece que perdeu por suas ações e não pelos resultados de terceiros...

sexta-feira, 14 de março de 2014

Colocaram preço!!!

Julgamento do caso de racismo contra o árbitro Márcio Chagas(Foto: Paula Menezes/GloboEsporte.com)

Simplesmente colocaram preço nas coisas. E isso pode ter aberto um precedente tão grande e perigoso para ações futuras.

No julgamento que ocorreu ontem na FGF a respeito do caso de racismo denunciado pelo árbitro Marcio Chagas contra a equipe do Esportivo, a pena imposta ao clube da serra foi absurdamente patética.

Quando se cobrou da CONMEBOL uma postura mais contundente no caso da morte do garoto boliviano por causa de um rojão lançado pela torcida do Corinthians, aí servia tomar atitudes exemplares.

Só que quando uma ocorrência de intensidade tão grande quanto ao caso que citei acima acontece na nossa província, temos outros olhares com relação ao exemplo da punição.

NO mesmo julgamento, tivemos opiniões divergentes quanto a punição que deveria ser imposta ao clube serrano. O auditor-relator Paulo Abreu iniciou a votação decidindo pela aplicação das penas máximas ao clube: Exlcusão do campeonato e multa. Paulo Nagelstein votou pelo pagamento de multa de R$ 20 mil e perda de mando de campo em 5 jogos. Álvaro Paganotto também optou pela pena máxima ao Esportivo, assim como o auditor-relator Paulo Abreu. Já o auditor-presidente Marcelo Castro votou na aplicação de multa de R$ 30 mil e perda do mando de campo de 5 jogos para o Esportivo.

Quais dessas punições foi aplicada ao clube???

A MAIS BRANDA DELAS TODAS!!!!

Acabaram de colocar preço num crime que de acordo com a Constituição Federal, dentro dos seus artigos, classifica a prática do racismo como um crime inafiançável, imprescritível e sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. 

Óbvio que não vamos mandar prender o presidente do clube, mas se de acordo com a nossa lei maior o crime é inafiançável, como podemos colocar preço dentro do TJD da FGF???

Será que alguém já se colocou no lugar do árbitro - como eu já escrevi no meu outro post sobre esse assunto... - e pensou na sua reação ao saber dessa "pena" para o Esportivo.

Passou a ficar barato ser racista dentro do futebol. Multa de R$ 30 mil e perda de 5 mandos de campo.

Para quem se coloca no lugar do Marcio ou para quem já passou por algum episódio semelhante, fica a reflexão se não estamos banalizando as coisas quando entram na esfera futebolística...

terça-feira, 11 de março de 2014

Minhas novas experiências...

Baú Futebol Clube
Meu mais novo projeto saindo do papel

Já contei aqui no blog minhas experiências dentro e fora de quadra - como "atleta" e como treinador.

Vou colocar para vocês agora uma outra experiência que tá sendo muito legal e estou fazendo com que ela se torne mais um ramo de trabalho e outra profissão além da minha de professor (Sim, eu sou professor... Tá, já sei que fui burro quando escolhi isso, mas é muito gratificante ensinar os outros a aprenderem)

Como alguns já sabem, estou fazendo as transmissões esportivas pela Rádio estação Web - www.radioestacaoweb.com - e agora vai pintar mais um projeto meu e que tomou forma e conteúdo: um programa de rádio.

Para aqueles que ainda não me ouviram, aqui tem alguns áudios de entrevistas feitas por mim e participações nas jornadas esportivas da Rádio Estação Web: https://soundcloud.com/lucianocoimbra

Tenho formação de radialista feita no início do ano passado e a possibilidade de eu ingressar em um curso de jornalismo está se tornando cada vez mais forte.

Pintar com minha voz em um programa já está concretizado.

Pensei em um projeto diferente do que temos nas rádios hoje. Juntar música e futebol.

Alguém acha que não é possível? Pois bem, o Baú Futebol Clube foi criado para mostrar que temos como fazer e de uma forma bem legal e descontraída.

A ideia do programa é trazer para os ouvintes alguma campanha marcante de algum clube do Rio Grande do Sul (nesse início quero focar no nosso estado...) e junto com isso as músicas que mais tocaram no ano dessa campanha.

É quase como se eu estivesse mexendo em um baú e revirando memórias musicais e futebolísticas.

Em cima disso trago fatos históricos da campanha em questão, bem como alguns áudios da época de gols mais marcantes, entrevistas ou até mesmo apresentações em programas esportivos da época.

Tudo isso pelo rádio.

Espero que vocês curtam o meu programa e que estejam sempre na audiência.

A estreia? Dia 22/03/2014, um sábado.

O horário? 10hs da manhã. (Nem tão cedo e nem tão tarde, ou seja, não tem desculpa para não ouvir...)

O canal? www.radioestacaoweb.com (Já coloca nos favoritos do teu navegador e vê no site como escutar pelo seu smartphone ou tablet.)

Aguardo a audiência de vocês!!!

Abraço.

quinta-feira, 6 de março de 2014

A cor muda alguma coisa???

2014. Sim, já passamos de dois milênios e ainda temos atitudes de seres irracionais.

Me respondam uma coisa: a cor faz diferença pra vocês? Pra mim, não!!

Já estou cansado de ver discriminação por conta de cor, credo ou sexo. E mais chato é saber que essas pessoas acabam por disseminar isso.

Racismo é crime, assim como homofobia e como discriminação religiosa.

O que aconteceu com o jogador Tinga, há menos de um mês e o ocorrido ontem com o árbitro Marcio Chagas da Silva é mais uma prova de que tem gente no mundo que não usa o que ganhou de Deus, ou usa para outros fins.

Estou falando do cérebro.

Já fizeram o exercício de se colocarem na posição do outro antes de qualquer atitude? É difícil, mas evita que se faça muita coisa sem pensar.

Pensem que o ocorrido poderia ter sido em uma cidade completamente habitada por negros e que o árbitro fosse um cidadão ariano, bem branquinho, cabelo louro e olho azul.

Faria alguma diferença? Pra mim, não!!

Seria racismo igual e por mim, amplamente abominado.

O Marcio foi colega de trabalho da minha esposa no Grêmio Náutico União. E eu tive a oportunidade de conviver com ele por algum tempo. É uma pessoa sem igual. Simples, bem humorada e pronta para ajudar.

Não merece o que passou ontem. Aliás, NINGUÉM MERECE!!!

Até quando vamos ter que aceitar e conviver com esse tipo de comportamento irracional e discriminatório?

Se medidas severas não forem tomadas - e aqui falo no âmbito do futebol, com punição aos clubes que assim se comportarem - nada irá mudar.

Só aguardo um posicionamento do Clube Esportivo, da Federação Gaúcha de Futebol e do TJD com relação ao episódio.

Passará despercebido? Espero que não.


Marcio Chagas da Silva
(Foto: Diego Vara)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Reabertura ou reinauguração: chamem como queiram.

Reabertura do Estádio Beira-Rio
(Foto: Luciano Coimbra)
Chamem como quiserem: reabertura, reinauguração ou inauguração pós-reforma. O que não podemos dizer nada contra é quanto a beleza do Beira-Rio.

Após mais de 400 dias fechado para atender as mudanças exigidas para receber os jogos da Copa do Mundo, foi neste sábado passado que os torcedores tiveram a oportunidade de conhecer as novas dependências do estádio.

Tá certo... Ainda há muito para se fazer e muita coisa a terminar, mas o interior do estádio está muito bonito.

O gramado é um tapete, as cadeiras são confortáveis e com um bom espaço entre as fileiras, os acessos estão muito mais facilitados - tanto para entrada quanto saída (levei menos de dois minutos para estar do lado de fora do estádio ao final da partida)

É claro que muita coisa ainda está em obras e isso acaba por não deixar que se abra totalmente o estádio.

O entorno ainda é um canteiro de obras, com muito cascalho e tapumes. O pátio do estádio ainda está sem pavimentação e o acabamento interno não está completo - falta pintura e alguns arremates nos corredores, rampas de acesso e cadeiras.

Mesmo assim, a torcida estava deslumbrada com tudo que estava vivendo e presenciando naquele 15 de fevereiro de 2014. Muitos emocionados, fotos para todos os lados, telefonemas e relatos de que pareciam não acreditar no que viam.

E com tudo isso de novidade, surgiram algumas reclamações de parte da torcida. As cadeiras ainda não são bem vistas para as organizadas.

Assistir ao jogo sentado é se transformar "na social" como diziam alguns. O fato de não ter um espaço destinado aos torcedores poderem assistir aos jogos em pé, pode acabar trazendo tumulto ou confusões após a escolha dos lugares ser encerrada.

Quem fica nas primeiras fileiras da arquibancada está muito próximo ao gramado. Assim a emoção parece maior. Você se sente protagonista daquele espetáculo. Mas não se esqueça que nessa posição - assistindo ao jogo em pé - você atrapalha a visão de quem está nas fileiras seguintes.

A proximidade das cadeiras trás esse inconveniente: quem fica em pé, atrapalha a visão de quem está atrás.

Outro ponto que precisa ser corrigido - e acredito que esses eventos-testes servem para isso - é quanto as placas de publicidade dentro do gramado.

Na posição que se encontram, atrapalham a visão de quem senta nas primeiras fileiras. E acaba criando um efeito cascata: esse torcedor para poder enxergar, se levanta, mas atrapalha os torcedores de trás que acabam por se levantarem também e assim por diante...

Sem falar só de pontos negativos, ressalto que a acústica do estádio está fantástica. Com "apenas" 10 mil torcedores, o barulho era tanto que o estádio parecia estar lotado. A torcida cantava e empurrava o time como se fossem 60 mil colorados nas cadeiras do estádio, mas não eram.

Fiz um vídeo com a torcida colorada entoando o cântico: ÔÔÔÔ O Beira Rio voltou, O Beira Rio voltou, O Beira Rio voltou... e essas 10 mil vozes parecem se multiplicar no estádio.

Com o passar do tempo, ia ficando noite e os holofotes foram acesos. A noite virou dia dentro do estádio. A iluminação é perfeita, não colocando pontos de sombra nos atletas e deixando bem nítido o que se passa dentro do gramado. Impossível reclamar da iluminação

Enfim, a experiência da reabertura, para o torcedor, foi emocionante. Para os críticos, apenas uma tentativa de encontrar os defeitos. Para quem aprecia futebol, feliz por ver reaberto mais um estádio de primeiro mundo há poucos kilômetros de onde se mora.

Abaixo, algumas imagens feitas dentro do estádio e o vídeo que falei há pouco.

O novo gramado
(Foto: Luciano Coimbra)

A casamata e as cadeiras
(Foto: Luciano Coimbra)

Uma panorâmica do estádio
(Foto: Luciano Coimbra)

O sistema de iluminação
(Foto: Luciano Coimbra)


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Demorou, mas tá aqui...

Estádio Bento Feitas - Foto: Luciano Coimbra


Foi num 29 de janeiro de 2014 que começou o que pode acabar se transformando numa carreira. E essa é a minha vontade!!!

Minha primeira credencial, meu primeiro credenciamento, minha primeira cobertura com fotos e vídeos e as minhas primeiras entrevistas com os jogadores no pós-jogo.

Tudo isso para a Rádio Estação Web, que resolveu apostar num cara que manda portfólio do curso de locutor para Rádio e TV e sem experiência nenhuma aceita o desafio de trabalhar na rádio, com as coberturas esportivas e quem sabe com um programa musical (que será fechado em uma reunião na semana que se inicia...)

O jogo: nada menos que Brasil de Pelotas e Grêmio.

Tá bom, o time tricolor era o Sub-20, mas que importa...

A partida era oficial. Campeonato Gaúcho 2014.

Dois clubes que marcaram muito a minha infância. Vivi muito dentro do Bento Freitas, mas não naquela situação que eu estava.

Por trás de tudo, nos bastidores da transmissão. Fazendo uma cobertura para uma rádio.

Não vou dizer que sempre foi o meu sonho, mas que de uns tempos para cá era o que estava me chamando a atenção fazer: trabalhar com o esporte, mas de uma outra forma - na cobertura e com a reportagem dos fatos.

Trago para vocês alguns vídeos e o áudio das entrevistas que fiz na minha estreia no rádio.

Espero que vocês curtam e que seja apenas o começo de um futuro promissor nesse ramo.

Links dos áudios das entrevistas com Gustavo Papa e Leandro Leite, ambos atletas do Brasil e Follmann, goleiro do Grêmio ---> SoundCloud - Playlist das entrevistas













quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Entrevista no Crônicas versão Copa do Mundo - Nando Gross

Mais uma vez trago um entrevistado falando de Copa do Mundo aqui no blog.

Hoje quem nos dá o prazer da leitura é Nando Gross, jornalista do Grupo RBS.

Abaixo suas opiniões e um pouco de sua ligação com as coberturas do maior evento esportivo do ano no país.

Luciano Coimbra - Quantas copas você já cobriu, in loco ou a distância?

Nando Gross - Comecei a trabalhar em rádio em 1985, como produtor na então Rádio Difusora, hoje Bandeirantes. Não cobrimos a Copa, a Rádio entrou em rede com São Paulo. Na copa de 1990, eu trabalhava no departamento de jornalismo da Guaíba, também não trabalhei na Copa. Na Copa de 1994 atuei na coordenação de jornadas esportivas, na Gaúcha. Foi minha primeira Copa. Em 1998, na Band, não viajei, mas trabalhei em Porto Alegre. 2002 eu tinha recém chegado na Gaúcha e também acompanhei a Copa de Porto Alegre. A primeira Copa que eu viajei foi a de 2006, na Alemanha. Depois, 2010, na África do Sul.


L.C. - Qual a tua expectativa para a Copa 2014?

N.G. - Acho que teremos sérios problemas de organização na maioria dos estádios. A infraestrutura das cidades também ficou bem abaixo do que esperávamos. Não temos nenhum aeroporto em boas condições e o problema da violência é bastante sério.


L.C. - Qual a tua opinião sobre a construção dos estádios fora do eixo central do futebol no país, tais como Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal?

N.G. - Minha opinião é a mesma da FIFA que queria oito sedes desde o início. O ex-presidente Lula batalhou por estas cidades e os estádios foram construídos. A exceção de Brasília, que abriga pessoas de todos os lugares, os outros três estádios poderão virar enormes arenas deficitárias. O ideal seria oito sedes.


L.C. - Qual a projeção que tu faz do time do Brasil para a Copa 2014?

N.G. - O Brasil que vinha sendo dirigido por Mano Menezes não nos dava nenhuma esperança. Hoje temos uma equipe organizada e que consegue superar com convicção os seus adversários. Com a liderança técnica de Neymar, acho que o Brasil divide o favoritismo com Alemanha e Espanha.


L.C. - Felipão conseguirá fazer o mesmo trabalho da "Família Scolari" de 2002 em 2014?

N.G. - Comandar um grupo é um dos tantos talentos de Felipão. Ele levanta a autoestima dos atletas e isso sempre é importante. Mas o fundamental é ter bons jogadores. Em 2002, o Brasil tinha Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Roberto Carlos. O trabalho de gestor foi decisivo, mas a qualidade em campo é que fez a diferença. Na seleção atual, está clara a mudança de comportamento de agora para o período de Mano Menezes, mas temos a qualidade de Neymar, Tiago Silva, Daniel Alves, Oscar e Paulinho. O título depende de uma série de fatores, mas o Brasil entra na Copa para brigar por ele.


L.C. - Tu acreditas que as outras seleções que disputarão a Copa do Mundo vão ter receio de enfrentar o Brasil em casa?

N.G. - Não acredito nisso. Grandes jogadores se motivam com estádios cheios e barulhentos. Acredito sim que a torcida brasileira poderá energizar nosso jogadores, mas medo em jogadores experientes? Isso não. Argentina, Itália, Espanha, Alemanha, Holanda, Inglaterra, França, são equipes acostumadas a qualquer tipo de ambiente. O que acredito é que a maioria dos times terá uma postura tática mais defensiva quando enfrentar o Brasil.


Nando Gross

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Entrevista no Crônicas versão Copa do Mundo - Décio Lopes



Trazendo para vocês mais uma edição do Entrevista no Crônicas com outra personalidade do jornalismo esportivo.

Hoje quem opina e nos coloca algumas de suas experiências sobre a Copa do mundo é o jornalista Décio Lopes.

Abaixo a entrevista que fiz com ele a respeito de Copa do Mundo e Seleção Brasileira.


Luciano Coimbra - Quantas copas você já cobriu, in loco ou a distância?

Décio Lopes - Estive presente em 2002, 2006 e 2010. À distância cobri 90, 94 e 98.


L.C. - Qual a tua expectativa para a Copa 2014?

D.L. - Vai ser uma copa interessante. Quente em todos os sentidos, na arquibancada, nas ruas e no clima. Podem acontecer os protestos, acho provável que aconteçam, mas isso vai se misturar á festa, ao agito, ao movimento de uma Copa. Vai ser incrível, tenho certeza. No campo, na minha opinião, pode ser a copa de Messi. Se o resto do time ajudar, ou melhor, não atrapalhar, a tendência é essa. É a história sendo escrita.


L.C. - Qual a tua opinião sobre a construção dos estádios fora do eixo central do futebol no país, tais como Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal?

D.L. - Acho que há sedes demais. Nenhuma copa chegou a tantas e acho que não havia necessidade. É um exagero que eleva os gastos e dificulta muito a vida de turistas e equipes durante o Mundial. Aconteceram os tradicionais acordões políticos que amarram a vida nacional em vários sentidos. Uma pena. Com oito cidades, teríamos uma bela copa do mesmo modo.


L.C. - Qual a projeção que tu faz do time do Brasil para a Copa 2014?

D.L. - Espero uma grande campanha. Vimos na Copa das Confederações que essa geração pode chegar lá. Há pontos fracos no time, mas há talento e disposição. Nas Confederações, obviamente, a pressão era menos. E ocorreu um fenômeno: os protestos, de certo modo, tiraram o noticiário dos campos. Isso tirou muita pressão dos jogadores mais jovens. De repente, no meio do torneio, nem falávamos de seleção, mas de multidões, passeatas, etc... Isso, por incrível que pareça, foi legal. Outro ponto é que a Espanha veio com uma preguiça e um salto alto que seguramente não vão se repetir. Eles tomaram uma coça que doeu. Virão mordidos.


L.C. - Felipão conseguirá fazer o mesmo trabalho da "Família Scolari" de 2002 em 2014?

D.L. - Ele é um especialista nisso. Em unir grupos, motiva-los, fecha-los. É um ¨boleirão¨. Fala a língua dos jogadores, compreende a cabeça dos jogadores e aplica tudo o que sabe para que as coisas funcionem. Ao lado dele, um grande estudioso da tática e dos métodos, Carlos Alberto Parreira. A dupla é boa, pode dar liga. Não temos um Ronaldo, um Ronaldinho, um Robeto Carlos e um Rivaldo como naquela época. Mas com determinação, preparo físico e capacidade de superar a pressão, podemos chegar lá.


L.C. - Tu acredita que as outras seleções que disputarão a Copa do Mundo vão ter receio de enfrentar o Brasil em casa?

D.L. - Acredito não. Tenho certeza. Absoluta. Por tudo o que já vivi no futebol, sei que todas as seleções morrem de medo do brasil. Todas. Argentina incluída. Obvio que isso não significa que perderão sempre. Claro que não. A Holanda veio e eliminou a equipe do Dunga. Mas a camisa pesa, sim. E, usando o mesmo jogo como exemplo, você se lembra de que a Holanda respeitou o Brasil demais no primeiro tempo. É clássico. Todos respeitam – e isso é uma baita vantagem. Em casa então... Mas tem que jogar bola. Muita. É aproveitar essa vantagem inicial para se impor, para colocar uma vantagem.. e depois trabalhar muito duro até o último minuto de partida.
Décio Lopes


domingo, 26 de janeiro de 2014

Entrevista no Crônicas versão Copa do Mundo - Luiz Alano

Voltando com mais uma edição do Entrevista no Crônicas, trago o que o narrador da Rádio Gaúcha e TVCom, Luiz Augusto Alano pensa sobre o evento do ano no Brasil: Copa do Mundo.

Também fala um pouco de sua expectativa com a proximidade do torneio e como ele vê a nossa seleção.

Curtam a entrevista abaixo.


Luciano Coimbra - Quantas copas você já cobriu, in loco ou a distância?

Luiz Alano - Essa será minha primeira Copa cobrindo como jornalista.

L.C. - Qual a tua expectativa para a Copa 2014?

L.A. - Muita expectativa por poder trabalhar neste grande evento. Estarei no Rio de Janeiro no período da Copa. Mas como cidadão brasileiro, acima do sucesso da seleção torço por uma Copa sem confusões. Os protestos são justos, mas deixemos os estrangeiros aproveitar nosso país. 

L.C. -  Qual a tua opinião sobre a construção dos estádios fora do eixo central do futebol no país, tais como Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal?

L.A. - A cidade de Natal tem futebol e está no circuito da série B. Já as demais não. Foi algo político, um verdadeiro absurdo de desperdício de dinheiro. Bem típico do Brasil.

L.C. -  Qual a projeção que tu faz do time do Brasil para a Copa 2014?

L.A. - Vai longe. Não sei se levanta a taça, mas o clima está favorável e o time está confiante. Não somos os melhores, mas estamos entre eles. E em sete jogos tudo pode acontecer.

L.C. -  Felipão conseguirá fazer o mesmo trabalho da "Família Scolari" de 2002 em 2014?

L.A. - É diferente. Os tempos são outros. Celulares, rede social, fones no ouvido. A resenha diminuiu. Mas os jogadores parecem que se gostam e depois da Copa das Confederações deu liga.

L.C. -  Tu acredita que as outras seleções que disputarão a Copa do Mundo vão ter receio de enfrentar o Brasil em casa?

L.A. - Talvez. Mas a torcida quando pega no pé é a pior que existe. Vaia, xinga e não perdoa. Quando os jogos são no nordeste a torcida joga junto. Em outras regiões a galera espera o time fazer um gol para apoiar.

Luiz Augusto Alano

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Futebol: Esporte de contato. Mas é pra tanto???

Jogo do Inter e Novo Hamburgo ontem foi pra matar. E pra matar no real sentido da palavra.

Em um lance, o jogador Luís Henrique, zagueiro do Novo Hamburgo, acertou uma voadora no peito de Raphinha. O pior disso tudo é que o lance aconteceu dentro da área do Noia.

Marcação do árbitro da partida: NENHUMA. Para ele, lance normal de jogo e  um cartão amarelo para Raphinha por reclamação.

Mas peraí!?!?!?!?!?!?!?!?! Por acaso MMA não é praticado dentro de um octógono?

Pelo visto andaram trocando as regras do jogo e ninguém sabe...

Mas a tragédia grega não para por aí. Além desse lance, que aconteceu aos 12 minutos do PRIMEIRO TEMPO, ainda ocorreram mais duas jogadas ríspidas do mesmo jogador - uma tentativa de cotovelada e outro chute, esse sim punido com cartão amarelo.

E para completar toda lambança, depois de muito ser criticado e apontado como desleal nas redes sociais e também na imprensa, o zagueiro deu uma declaração em seu perfil no Facebook que acaba com qualquer chance de pensar que tudo isso foi meramente sem querer.

As colocações do atleta foram as seguintes:

"Só tenho 2 coisas a dizer...
1. Futebol é um esporte de contato.
2. Não quer contato, vai jogar vôlei
Sem mais... Obrigado".

Depois disso que você acabou de ler me responda: tem como acreditar que foram meros acidentes de trabalho os lances ocorridos, como o zagueiro colocou em sua entrevista para a Zero Hora???
Acho que não, né?!?!?!?!?!?!
Zagueiro do Novo Hamburgo: "Não quer contato, vai jogar vôlei" Ricardo Duarte/Agencia RBS
Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Jogadores, mulheres e uma câmera.

A notícia de hoje a tarde foi um vídeo que vazou nas redes sociais com a presença do zagueiro Saimon, do Grêmio e duas garotas fazendo uma festinha privê.

Já não é de hoje que jogadores e uma câmera são notícias por algum videozinho caseiro que vaza.

As vezes com mulheres, outras vezes naquele esquema do 5 contra 1, mas em tempos de internet e troca ultramegarápida de informações e arquivos, será que o pessoal ainda não aprendeu que o que se filma é bem provável que acabe "vazando"???

E não me venham dizer que é tudo seguro, que é só para uma exibição a dois ou que vai ser apagado depois de gravado que esses desculpas não cabem mais.

Com um simples toque na tela do celular ou um clique do mouse nas imagens da webcam, o tal videozinho vai parar na rede mundial de computadores e daí para frente só Deus sabe quem vai ver e quem vai guardar...

Fica a dica para a boleiragem: sem o videozinho a preocupação com a imagem é menor e o aproveitamento da "pelada" fica mais tranquilo...

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

2014 com novidades.

Sei que faz tempo que eu não apareço por aqui.

Final de ano consome com o tempo que eu poderia dedicar ao blog e também não andava muito com inspiração e cabeça para colocar textos aqui no blog.

Em alguns textos que postei no ano passado adiantei o Campeão Brasileiro, e outros podem ser colocados em qualquer ocasião. Falei também de arbitragem e trouxe bastante gente para falar de Copa do Mundo.

Espero que em 2014 com uma nova experiência que vai pintar na minha vida eu traga algumas postagens interessantes e experiências.

Vou começar a fazer algumas transmissões do Gauchão pela Rádio Estação Web e pretendo trazer para vocês aqui a minha visão de dentro do gramado por um outro ângulo, o de comentarista e/ou narrador.

Muita coisa nova aparecendo e muitas oportunidades pintando. Quem sabe não nos cruzamos pelas rádios da vida ou pelas TV's do mundo.