domingo, 27 de julho de 2014

Das coisas que eu ainda não havia visto...

Marquinhos Santos, ex-técnico do Bahia e trabalhando de interino.



Ouvindo o jogo de ontem entre Inter e Bahia, ouvi uma notícia que me fez repensar sobre a carreira de treinador de futebol.

Não!!!

Não se preocupem que não vou me arriscar nesse mercado um tanto quanto instável e movediço.

Apenas que me deparei com uma situação que ainda não havia visto.

Treinador do Bahia estava com a corda no pescoço pela sequencia de derrotas e pela fraca campanha do time no Brasileiro.

Não feliz com esse encaminhamento de trabalho, a diretoria optou por trocar de treinador. Até aí, sem problemas, já que essa prática é a mais comum no meio futebolístico brasileiro.



Mas como o ocorrido no Bahia é de impressionar.

A diretoria do clube demitiu o treinador na QUINTA PASSADA. e mesmo demitido, o treinador se dispôs a trabalhar interinamente no jogo de ONTEM.

Sim meus amigos... Foi isso mesmo que escrevi.

O treinador do Bahia no jogo de ontem era o ex-treinador demitido na quinta trabalhando como interino.

Com situações como essa, como podemos pensar em mudanças no comando do futebol???

E enquanto eu escrevia esse texto, fiquei sem luz em casa. Nesse meio tempo, Enderson Moreira também acabou caindo do comando técnico do Grêmio e a probabilidade de Tite ser anunciado é grande, por depoimentos que já rolam na imprensa.

Já escrevi várias vezes nesse mesmo blog que não concordo com mudanças de comando com pouco tempo de trabalho. Acredito que é preciso que se tenha pelo menos uma temporada de trabalho para avaliação, mesmo que isso custe aos clubes insucessos nos campeonatos.

Claro que é complicado para nossa cultura aceitar uma postura dessas da direção de um clube, ainda mais em se tratando de Brasil, onde o imediatismo impera.

Será que acabaremos crescendo na mentalidade de aceitar os trabalhos de comissão técnica mesmo que tenhamos derrotas e perdas de títulos?

Acredito que essa evolução por parte das direções está anos-luz de acontecer.

Por parte da torcida, não espero isso nunca!!!

domingo, 20 de julho de 2014

Mudar não mudando...

Dunga deve ser anunciado na terça
como novo comandante da seleção brasileira.

A seleção brasileira fez uma Copa do Mundo com algumas peculiaridades. Foi a segunda vez que o país sediou o evento e novamente não conseguimos conquistar a tão sonhada taça dentro de casa.

Na primeira edição, perdemos a final para o Uruguai, no episódio conhecido como Maracanaço. Colocaram toda a culpa em Barbosa, o goleiro da final de 50, pela derrota.

Nesta segunda edição, a maior pressão de todos os tempos estava colocada sobre os ombros dos 23 convocados de Felipão por alguns motivos que listarei abaixo:

1- Estar novamente disputando uma Copa em casa e ter a responsabilidade de apagar o evento trágico do Mundial de 50.

2- Em uma das coletivas pré-Copa, o coordenador técnico Carlos Alberto parreira, afirma que a seleção brasileira é a favorita e "já está com uma mão na taça", antes mesmo de o torneio começar.

Só esses dois pontos já são suficientes para que a carga emocional seja bem pesada sobre os jogadores. Ainda mais que alguns jogadores estavam participado da Copa pela primeira vez.

Mas eu não vim escrever sobre a participação da seleção na Copa 2014.

Vim aqui escrever sobre a mudança de comando, depois do fiasco que foi a eliminação brasileira, na derrota de 7x1 para a Alemanha.

Felipão e toda comissão técnica não fazem mais parte do comando da seleção principal do país. E para o lugar dele, teremos uma mudança com peça já conhecida: Dunga.

Será que essa mudança é "mudança" mesmo?

Será que trazer o mesmo técnico que já fez parte da CBF como comandante da principal seleção é a melhor forma de mudar?

Junto com Dunga, chega Gilmar Rinaldi. Ex agente FIFA e empresário de jogadores, para comandar todas as categorias do futebol da CBF.

A condição dele de "ex-empresário" não atrapalhará nas avaliações e nas escolhas do treinador das seleções, tanto as de base quanto a seleção principal?

São perguntas que passam pela minha cabeça e não consigo entender como faremos mudança no futebol brasileiro dessa forma.

A tão falada renovação e aplicação do "estilo alemão" de ser no futebol brasileiro, já começa de forma que, para mim, em nada tem de correto.

Mas o que fazer se na grande cúpula da CBF não houve mudança nenhuma...

E os clubes não podem nem reclamar, uma vez que são eles mesmos que colocam os comandantes da CBF no posto maior de dirigente do futebol brasileiro.

É assim que buscamos mudar, mas não mudando.

É assim que corremos atrás de coisas novas com opções antigas.

é assim que o povo inicia o sonho do hexa em 2018, mas com soluções de 2010.......