terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Notícias, Boatos e Blogs....

Tava aqui lendo a TL do Twitter e cada vez mais tem gente que pensa ser uma barbada a profissão de jornalista.

"Já que não tem regulamentação, vou me candidatar", "Bah!!! Jornalista só da furada..."

Pessoal esquece que jornalista vive de fontes. Algumas muito confiáveis, outras que se equivocam e outras que só estão ali para dar o chamado "furo de reportagem" que vai virar uma baita "barrigada".

Em cima disso, acabam estragando blogs que não vivem de notícias, mas sim de crônicas, textos de vivencias, entrevistas e por aí vai.

O meu blog é assim.

Não trago notícias aqui em primeira mão. Até por que me preocupo em saber se realmente aquilo é fato para depois tecer opinião.

Mesmo não sendo formado ainda, tenho uma reputação (mesmo que pequena e iniciante) a zelar.

Só que tem gente que acha que escrever notícias é como escrever textos.

Nananinanão...

Senta lá em uma cadeira na faculdade. Pode ser ao meu lado, sem problemas, e vamos estudar um pouquinho.

Além de ver o outro lado, agrega conhecimento, que não pesa nada, não ocupa espaço e não se esgota.

Tem jornalista formado que se usa desses artifícios? Tem!!!

Assim como tem taxista que engana passageiro, médico que abusa de paciente, padre que engana fiéis e por aí vai....

Em todas as profissões teremos os bons e os ruins. Basta saber escolher.

Pensem nisso......

domingo, 22 de novembro de 2015

Sem paciência e sem motivação

Pessoal

Desculpem eu não estar escrevendo seguidamente aqui no blog. O que tenho buscado fazer é continuar trazendo as entrevistas para o Entrevista no Crônicas, um espaço que criei no blog e que tem me dado muito prazer em fazê-lo.

Só que ultimamente não ando com paciência e motivação para escrever sobre futebol.

Um dos motivos é a distância que estou ficando das transmissões e a falta de tempo para escrever.

Trabalhar para melhorar a renda (já que está difícil manter a grana com o blog e as transmissões...) está consumindo um baita tempo, sem falar nas noites que estou estudando jornalismo para me qualificar mais e melhor e poder levar isso para as transmissões que farei no futuro.

Espero que entendam.

Grande abraço pra quem passa sempre por aqui.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Relato de um torcedor Xavante

Já postei aqui no meu blog anteriormente o relato do meu amigo de infância marcos Pereira de Souza, o Peri, sobre o Xavante e hoje posto novamente o relato dele sobre o jogo que trouxe o Brasil de Pelotas à Série B do Campeonato Brasileiro.

Texto apaixonado como qualquer torcedor Xavante é pelo seu clube do coração. E um relato irretocável dessa caminhada que o clube fez.

Segue abaixo.

TEIMOSIA

Alvariza. Joaquinzinho. Galego. Tibirica. Claudião. Giovanni. Vanderlei. Barão. Duarte. Marcola. Ordinário. Salustiano.Três Cu. Hélio. Bira. Gilson. Luizinho. Cléber.Régis. Nena. Breno. Milar. Martini. Zimmermann. Azocar. Felipão. Montanelli. Bento. Todos estes e tantos outros, como diz o hino, “tem o seu nome gravado na história”.

No último sábado, às 18:07 do já histórico dia 17/10/2015, todos estes nomes vieram às mentes xavantes por todo o Brasil. O apito final que selou a passagem do Brasil de Pelotas para a Série B do Campeonato Nacional nos fez relembrar um lindíssima, mas bastante sofrida história que já dura 104 anos.

Todos os nomes que construíram o Brasil nesta trajetória urraram das gargantas rubro-negras após os 90 da pior agonia que já pude sentir e de inacreditáveis milagres de São Eduardo Martini.

- É SÉRIE B!!!!!!
Gritamos todos.

De corações taquicárdicos, mãos suadas e olhos marejados, anos e anos de sofrimento e luta alcançaram, finalmente, algo maior pelo qual sonhávamos e muito além do que estamos acostumados. Além do trabalho exaustivo, mas incansável daqueles que fazem o Xavantes nos seus bastidores, do amor incondicional e da devoção ensandecida de todos seus torcedores, um predicado foi fundamental para chegar até aqui: A TEIMOSIA!!

Sim!! Quem conhece bem a história do Xavante sabe por quantos e quanto revezes o clube passou e se viu obrigado a superá-los. Muitos times, por muito menos, já teriam desistido. Mas não o Brasil.
Já nos seus tenros 14 anos de vida, o Brasil perdeu o seu estádio próximo a estação férrea de Pelotas por conta de uma dívida com o Banco da Província. Poderia estar ali o fim deste clube que, por pura teimosia, resolveu continuar suas atividades num terreno qualquer do bairro Simões Lopes.

Em 1939, o então Presidente Bento Mendes de Freitas foi mais teimoso e disse: - “O Brasil tem que ter um estádio” e, desse sonho, a Baixada foi erguida e inaugurada no ano de 1943. Não à toa o estádio leva o seu nome. Após duas décadas douradas nos anos 50 e 60, vieram as dificuldades dos anos 70 e todos os sinais nos diziam: - Chega! Parem com isso!

Licenciado de competições oficiais no ano de 1974, não nos demos por vencidos e novamente a teimosia falou mais alto. Resolvemos continuar e em 1985 chegamos aonde jamais imaginávamos chegar: o terceiro lugar na Taça Brasil daquele ano.

Depois disso, uma dezena de anos de maus resultados, rebaixamento, umas poucas alegrias e muita dificuldade. Apesar disso, nada nos fez desistir.

Em 2009, o pior de todos os nosso pesadelos: o acidente que matou Giovanni, Régis e Milar. Não bastassem as irreparáveis perdas humanas, o clube teve que pagar indenizações, jogar o Gauchão com um time qualquer. Enfrentou um rebaixamento anunciado já no início do campeonato.

Veio o ano do centenário e fracassamos na segundona e também na Série C, de onde fomos tirados pelo canetaço do STJD, nos rebaixando à Série D, que acabamos por perder no ano seguinte. Só o que nos restava era a segundona gaúcha, situação que faria muito time desistir de tudo. Mas não o Brasil!

Eis que em 2012 surge o mais teimoso de todos os sujeitos: ROGÉRIO ZIMMERMANN. Ele nos fez acreditar que poderíamos ir além, que poderíamos pensar em algo maior e finalmente voltar a sorrir.

Campeão da segundona gaúcha em 2013 não perdemos tempo e emplacamos o bi-campeonato do interior em 2014 e 2015, três classificações seguidas para a Copa do Brasil em 2014, 2015 e 2016, chegamos a Série D em 2014, conseguindo o acesso para a Série C e, há pouco mais de uma semana atingimos o ápice com o acesso à Série B do Nacional, lugar que nunca estivemos na era dos pontos corridos do Brasileirão.

O significado desse acesso para quem viveu e sofreu com todas as agruras, especialmente dos últimos anos, vai muito além de uma mera classificação à segunda divisão nacional, mas significa transcender a todos os limites possíveis e imagináveis, superar uma luta incessante desses 104 de existência e, principalmente, honrar todos aqueles nomes lembrados lá no início, e tantos e tantos outros que doaram seu tempo e suas vidas a fazer do Xavante o que ele é hoje, com as coisas boas e ruins já vividas.

Os gritos e lágrimas daquele 17/10/2015 exorcizaram todos os demônios que nos acompanhavam, nos dando a certeza de que chegamos a um novo patamar.

É. Os negrinhos da estação chegaram lá! Com amor, paixão, dedicação, trabalho, incentivo, devoção e, claro, muita teimosia!!

AVANTE, XAVANTE!!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Entrevista no Crônicas - Rodrigo Adams

Nesta edição do Entrevista no Crônicas trago hoje um papo com o jornalista e produtor da Atlântida, Rodrigo Adams.

Rodrigo nos conta um pouco de sua trajetória no jornalismo e também fala dessa nova experiência de migrar o conteúdo da rádio para o jornal.

Curta abaixo a entrevista dele.

Luciano Coimbra: Como o jornalismo surgiu na tua vida?

Rodrigo Adams: Mesmo sem ter algum parente que trabalhasse com comunicação, o jornalismo sempre esteve presente na vida. Meu pai sempre disse que eu deveria ouvir as notícias, que assim entenderia o mundo. Confesso que no início, como qualquer criança, achei aquele papo um saco. Aos poucos, fui gostando. Por ser fã de futebol, sempre gostei da editoria de esportes. Sempre ouvi muita rádio e assisti muita TV. O hábito da leitura veio mais tarde. Quando adolescente, ainda em Viamão, sempre me imaginei trabalho numa rádio. Gostava de imitar vozes e fazia relativo sucesso entre os amigos. Entrei tarde na faculdade de jornalismo, aos 26 anos. Fui para os bancos da faculdade por acreditar que para ser jornalista é necessário ter diploma. É uma das profissões mais importantes para o contexto social de um país e do mundo. Na universidade, aprendi que, além de estudar, é preciso fazer networking, nunca desrespeitar professores e colegas. O mundo da comunicação é muito estreito. Hoje, tu és chefe. Amanhã, pode ser subordinado. Por isso, prezo muito pelas boas relações num ambiente de trabalho.


LC: Nos conte um pouco da tua ligação com o Grêmio.

RA: A minha ligação com o Grêmio é igual a de milhares de torcedores. É uma relação de carinho, que começou aos 6 anos, idade que comecei a frequentar jogos no Olímpico. Depois é o caminho de muitos amigos tricolores: sócio, viagens, alegrias, tristezas. O meu amor pelo Grêmio é puro, genuíno. Para mim, todos os torcedores são especiais. Cada um a sua maneira. Não existe isso de "esse cara é o representante do Grêmio, o maior torcedor do clube". O maior torcedor do Grêmio é aquele cara que ama o Grêmio acima de tudo. E assim, existem muitos. Minha ligação com o Grêmio se resume a arquibancada e amor pelo time.


LC: Chegar até um veículo de rádio para falar do clube do coração, já havia passado pela tua cabeça?

RA: Passou durante a época da faculdade. Eu e alguns colegas criamos um programa piloto chamado "Futebol, Mulher e Rock and Roll". Era muito legal, e nunca vou esquecer o que o professor João Brito nos disse: "Isso, de misturar torcedores com jornalistas, mais informação e boa entrevista, é algo bem legal, que pode definir o futuro de vocês". Na hora, confesso que pensei que era mais um desses discursos motivacionais. O tempo passou, e três anos depois surgiu a oportunidade de participar de um programa chamado ATL Gre-Nal, na Rede Atlântida.



LC: Como é poder trabalhar para uma galera jovem e transmitir que a rivalidade Gre-Nal não passa de dentro do gramado?

RA: Eu trabalho com o público jovem desde 2010, ano que ingressei no Kzuka. Era um sonho antigo ir para o rádio. Meu trabalho de conclusão na faculdade de jornalismo era sobre rádio. Minhas referências profissionais sempre estiveram no rádio. O conceito de jovem, na real, é ultrapassado. Hoje, tu podes ter 67 anos e ser jovem de espírito. Faço rádio para pessoas felizes, de bem com a vida. É a linha que eu defendo no jornalismo também: "Tênis sujo, histórias limpas". Independente do rótulo de público que uma emissora procura, o ouvinte (e leitor, no meu caso) quer verdade.



LC: Como surgiu o desafio de levar o conteúdo da rádio para o jornal e qual a maior dificuldade?

RA: Eu já estava no ATL Gre-Nal, e sabendo da minha experiência como repórter e produtor no jornalismo impresso, a chefia achou que eu seria o nome para tocar este novo projeto. O ATL Paper é um frame da indústria de entretenimento e informação que se transformou a Rádio Atlântida. A gente faz conteúdo inteligente com o nosso DNA. O papel do papel, sendo redundante, é limitado. Porém, ele recebe a nata do que é falando on air ou do que está hospedado online.



LC: Nos momentos de laser, qual a tua programação preferida?

RA: Parece louco, mas o que é lazer para as pessoas, acaba sendo o meu trabalho. Então, eu tenho a oportunidade de trabalhar e ter lazer. Isso é muito legal. Fora isso, gosto de estar com a minha família, cozinhar e assistir filmes dos anos 80 e 90.


Entrevista no Crônicas - Rodrigo Adams

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Escrever sobre o indescritível

Desde ontem estou tentando achar as melhores palavras para colocar aqui no blog a emoção de ver o Xavante subindo para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Gá tempos que o estado não tem um representante nesta série do certame nacional e aguardamos esse momento apostando as fichas em outro clube, que não o Brasil de Pelotas.

Muito se falou do retorno do Caxias e da volta do Juventude nesses últimos anos, mas não lembrávamos de um clube que mostrou possuir a maior força interior e ser a maior força do interior do estado.

Depois do desastre de 2009, onde o Xavante perdeu um dos seus maiores ídolos - o atacante Claudio Millar, que chegou a declarar sua imensa vontade de ser presidente do Brasil de Pelotas - o que maiso o clube precisou foi força interior para se reerguer.

E mostrou que tem de sobra.

Voltou à elite do futebol Gaúcho, mostrou grandeza em suas últimas participações pela Copa do Brasil, ensinou aos clubes grandes como se planeja futebol, mantendo o mesmo treinador por mais de TRÊS ANOS à frente da equipe e com isso foi coroado com dois títulos de Campeão do Interior, retorno a Série C do Brasileiro - onde foi rebaixado injustamente por uma falha da Federação Mineira (já relatado nesse blog... Pode procurar no marcador do Xavante.) - e agora esse acesso à Série B do Brasileirão.

O que vai acontecer com o clube no ano que vem? Não sei.

Vai conseguir se manter na B? Também não sei.

A única coisa que posso afirmar é: como é bom ver o Brasil retornando ao patamar de 3ª força do futebol gaúcho.

Em breve esse espaço vai conter mais um post do meu grande amigo Marcos Pereira de Souza, o Peri (perfil dele no Twitter: @Peribatera ). Um torcedor bem mais apaixonado pelo Xavante do que eu e que consegue colocar nas palavras esse amor que ele tem pelo clube.

Não que eu não seja um torcedor do Brasil de Pelotas, pelo contrário. Já explicitei isso tanto aqui no blog quanto no programa que eu apresentava pela Rádio Estação Web, o Baú Futebol Clube (aqui tem todos os áudios dos meus programas: www.yourlisten.com/LucianoCoimbra ), é que ele tem muito mais vivência dentro do clube e conhece muito mais os bastidores do que eu.

Para ilustrar esse pequeno post de parabenização à torcida Xavante, posto uma das fotos que o Peri me mandou diretamente de Pelotas.

Av. Bento Gonçalves, ontem à noite, após a classificação do Xavante para a Série B do Campeonato Brasileiro.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Pausa importante e a retomada

Tivemos uma pausa importante para os clubes durante o Campeonato Brasileiro devido aos jogos da seleção pelas Eliminatórias para a Copa 2018.

Nesta semana, o Brasileirão retorna e veremos quem mais aproveitou a parada para recuperar seus jogadores, para dar mais cadência ao time e corrigir alguns possíveis erros que vinham ocorrendo durante as partidas.

Tanto Inter quanto Grêmio, conseguiram recuperar jogadores e trabalhar a técnica e tática das equipes, coisa que não vinha acontecendo en função da maratona de jogos pelas duas competições que eles estavam envolvidos.

Apartir desta próxima rodada, vamos conseguir ver quem melhor aproveitou a parada na competição.

Será que esse recesso vai trazer alguma mudança na tabela de classificação?

Eu acredito que tanto Inter quanto Grêmio terão um crescimento em função da pausa.

Ambas as equipes puderam ajustar algumas falhas que vinham prejudicando o resultado final das partidas.

Basta que se ponha em prática o que foi trabalhado e torcer para que os resultados paralelos também colaborem com a Dupla.

Acredito que o Grêmio consegue alcançar o Atlético Mineiro e garanta a segunda colocação do campeonato. Quanto a título, a chance é remota. Não pela qualidade do time, mas pelo desempenho do Corinthians, que está sendo acima da média.

Já o Inter tem uma missão mais complicada que é buscar uma vaga à Libertadores 2016. Seus adversários também vem fazendo campanhas irregulares, mas o crescimento de Santos e Flamengo nas últimas rodadas, credenciam uma dessas duas equipes a ficar com a vaga no G4.

Apostem suas fichas. Façam suas promessas. Torçam para tudo dar certo.

E que em dezembro, possamos estar comemorando quem sabe um título tricolor e uma vaga colorada.

sábado, 26 de setembro de 2015

Entrevista no Crônicas - Filipe Duarte

Fala pessoal que acessa o meu blog!!!

Não ando com muito tempo para escrever sobre futebol e seus desdobramentos - e olha que estão acontecendo tantos.... -  mas o espaço que abri aqui para trazer entrevistas com jornalistas e pessoas influentes e conhecidas no meio do esporte e do futebol eu estou tentando manter ativo e com novidades.

Na edição de hoje do Entrevista no Crônicas, trago um papo com Filipe Duarte, jornalista, repórter e comentarista da Rádio Guaíba.

Nesta conversa, ele fala sobre seu início de carreira, fatos inusitados e como ele vê o futuro da profissão.

Aprecia e indica!!!

Luciano Coimbra: Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

Filipe Duarte: Não é demagogia, sempre quis ser jornalista. Quando era pequeno, recortava as frases dos jornais e revistas e montava minhas próprias notícias, em um jornal próprio. Gostava de ler e escrever, e com certeza isso me impulsionou. Só tive uma pequena dúvida durante a faculdade de Comunicação Social, quando tive de decidir entre Publicidade e Jornalismo. Acabei optando e acho que não me arrependi. Em conjunto com as aulas, estagiei no jornal Minuano de Bagé (cidade onde também me formei). Após a formatura, rumei para Bento Gonçalves, onde minha família residia há quase um ano. Meu pai era militar e havia se mudado. Eu permaneci na fronteira até concluir o curso.


LC: Trabalhar no rádio sempre foi tua preferência?

FD: Pois nunca imaginei. Via no rádio um veículo obsoleto, com uma linguagem mais formal. Essa percepção começou a mudar nos últimos semestres da faculdade, nas cadeiras de radiojornalismo. Depois, foi a primeira porta que se abriu quando procurava emprego - a Rádio Viva News, de Bento Gonçalves. Lá tive um ótimo editor-chefe, que me ensinou principalmente que não é preciso ter uma boa voz aveludada para se fazer rádio, mas principalmente ter conteúdo. Desde então, tento colocar em prática.


LC: O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

FD: É engraçado porque não via o esporte e o jornalismo se cruzarem. Sempre fui muito ligado ao futebol. Meu avô foi goleiro na década de 60, jogou no Bagé, 14 de Julho de Livramento, Gabrielense, e sempre me incentivou (junto com meu pai) a praticar e assistir futebol. Mas jornalismo para mim era algo mais "sério", que não permitia o esporte ou outra prática lúdica. Aos poucos, conforme estudava, fui perdendo este preconceito - embora goste de tratar o jornalismo esportivo com muita seriedade. Com a mesma responsabilidade como se estivesse tratando da editoria de política, polícia ou geral. Já fiz coberturas nestas outras áreas, mas me vejo mais à vontade no futebol. E vejo o futebol como qualquer outra especialidade, que mereça aprendizado e atenção constante para ser abordado diariamente.


LC: Como tu vês o futuro da profissão de jornalista com a força que têm as redes sociais e a internet?

FD: Não vejo o jornalismo e as redes sociais competirem, vejo uma contribuição mútua. Para o jornalismo, as redes são mais um meio de divulgação e busca por pautas. Para as redes, o jornalismo deve ser o meio de largada para bons debates. Ainda vejo o jornalista diferenciando-se, desde que se comprometa a executar sua tarefa principal de maneira digna: dar publicidade ao fato real de maneira isenta, relatar os fatos. É uma tarefa árdua, pois todos nós, seres humanos, temos lado. Porém, o jornalista precisa se despir disso ao informar. Quando lhe cabe o espaço do comentário, a opinião pode ser transmitida tranquilamente. Quando a missão é apenas reportar um acontecido, deve se deixar de lado as convicções e preferências (seja de qual for a natureza).


LC: Dentro das transmissões esportivas, alguma situação inusitada ou engraçada já ocorreu contigo?

FD: Acho que não muitas, talvez pelo pouco tempo de carreira (8 anos). Uma boa história aconteceu quando ainda trabalhava em Bento Gonçalves e fazia a cobertura dos treinos e jogos do Esportivo. Então, aconteceu que saí à noite e presenciei uma briga do lado de fora de uma boate. Eram dois jogadores do mesmo time que estavam brigando a socos por causa de uma mulher, completamente bêbados. Quando um deles me reconheceu, veio para cima de mim, dizendo que eu não noticiasse nada na rádio no dia seguinte, pois ele tinha esposa que morava em outro Estado e, se ela ouvisse ou lesse a notícia no site da rádio, poderia acabar o casamento. Expliquei que não o faria, mas que a notícia iria vazar pois tinha muita gente vendo a briga. Eles me ameaçaram e fui embora para a casa. No outro dia, antes de eu chegar na rádio, um ouvinte ligou e fez a denúncia a outro repórter, que noticiou a briga dos jogadores no ar. À tarde, quando fui ao treino, tive medo de que os jogadores cumprissem a promessa da ameaça, mas aconteceu exatamente o contrário. O jogador me procurou depois da atividade, no estacionamento do estádio e me pediu desculpas pelo ocorrido. Disse que tinha ouvido que a notícia não havia sido dada por mim e que, inclusive, sabia quem havia lhe dedurado à rádio: o próprio dirigente do clube que, por ter salários atrasados a pagar, não tinha como cobrar multa do jogador. O diretor havia sido informado da briga por um taxista e preferiu entregar a informação à rádio como forma de punição ao atleta. O jogador, descobrindo a armação, pediu para deixar o clube e voltou à sua cidade.


LC: Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

FD: De uns tempos para cá, me ensinei a aproveitar as horas de folga. Antes ficava escutando o rádio ainda, não conseguia me desconectar. Hoje, quando possível, aproveito para sair com a esposa, com meus cachorros. Gosto de sair à noite também, ouvir uma boa música em um barzinho, jogar conversa fora com os amigos. Ou simplesmente ler livros, assistir a filmes. Dou preferência a temas históricos, verídicos. Assim, continuo aprendendo, mesmo que em momento de lazer.


Entrevista no Crônicas - Filipe Duarte

sábado, 19 de setembro de 2015

Entrevista no Crônicas - Felipe Nabinger

Mais uma edição do Entrevista no Crônicas e trago hoje um papo com Felipe Nabinger, jornalista e radialista com passagens por Unisinos FM, Zero Hora e Rádio Gaúcha.
Nabinger nos conta um pouco de sua trajetória no jornalismo e como ele vê o futuro da profissão com as inovações da internet.

Aproveitem esse papo e conheçam um pouco mais dele:

Luciano Coimbra: Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

Felipe Nabinger: A escolha se deu já quando estava na universidade. Havia escolhido cursar Publicidade e Propaganda, mas após um ano vi que estava na área certa, a comunicação, mas com o foco errado. Conversei com colegas e professores do Jornalismo e resolvi pedir transferência. Não me arrependo.


LC: Trabalhar no rádio sempre foi tua preferência?

FN: Era muito tímido quando jovem. Mesmo assim, dentro do Jornalismo, o foco da minha preparação para ingressar no mercado de trabalho foi o rádio. Fiz um estágio na Unisinos FM 103.3 e desde então não larguei mais essa "cachaça".


LC: O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

FN: Sempre acompanhei jornadas esportivas na Gaúcha e na Guaíba. Apesar de não ter habilidade com a bola nos pés, sempre gostei de futebol.


LC: Como tu vês o futuro da profissão de jornalista com a força que têm as redes sociais e a internet?

FN: Estamos nos adaptado ainda, mas é fundamental alinhar o processo produtivo com as novas tecnologias. No entanto o que me preocupa é a "caça pelo clique". Vejo alguns veículos/profissionais mais preocupados com número de cliques do que com a transmissão de informação de qualidade. Manchetes apelativas, sem um conteúdo de qualidade, tendem a diminuir a credibilidade.


LC: Dentro das transmissões esportivas, alguma situação inusitada ou engraçada já ocorreu contigo?

FN: O mais inusitado foi fazer um boletim ao vivo durante a Copa do Mundo de 2014 dentro de um barco, no "Encontro das Águas", em Manaus. Entre o Rio Negro e o Solimões dei as informações de um jogo que aconteceria dentro de algumas horas na Arena da Amazônia. Também na Copa, participei da entrevista de Cristiano Ronaldo na Zona Mista de EUA x Portugal. Digo "participei" porque os assessores da Federação Portuguesa de Futebol limitaram a entrevista a três perguntas de jornalistas lusitanos. Nunca vi tantos jornalistas brigando por espaço para pelo menos captar o áudio. Nessas horas ter 1,90m de altura tem suas vantagens.


LC: Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

FN: Sou muito caseiro. Gosto de assistir a filmes e seriados. Netflix vicia.


Entrevista no Crônicas - Felipe Nabinger

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Chances da Dupla nessa reta final de Brasileirão

Brasileirão se aproxima da metade do segundo turno e a Dupla Gre-Nal começa a mostrar uma nova pintura para o final da competição.

O Grêmio segue na busca pelo título brasileiro e a equipe de Roger Machado se mostra muito focada nessa conquista, tanto que a derrota em casa para o São Paulo na penúltima rodada não abalou o ânimo dos jogadores.

Mesmo com o revés para os paulistas, o Grêmio foi a Curitiba e conquistou uma vitória diante do Atlético Paranaense.

Com a ajuda do Inter - isso mesmo!!!! O Inter acabou ajudando o Grêmio com sua vitória sobre o Corinthians - o tricolor diminuiu para 6 pontos a distância que tem para o líder e se credencia novamente a ser um forte candidato ao título.

Já o Inter, que vinha desacreditado devido a sua inconstante campanha, engrena uma vitória sobre o atual líder da competição e consegue se aproximar da disputa pela última vaga no G4.

Com esse resultado e a ajuda do Grêmio - isso mesmo de novo!!!! O Grêmio com sua vitória frente ao Atlético Paranaense acabou ajudando o Inter e deixando o time paranaense mais longe do G4 - a equipe colorada consegue um salto dentro da tabela e se aproxima de São paulo, Palmeiras, Flamengo e Santos.

Posso colocar que a última vaga do G4 será preenchida por um desses 5 clubes que acabei de citar. (já considerando que Corinthians, Atlético Mineiro e Grêmio estão garantidos)

Assim se fechou a última rodada, com a dupla se ajudando (mesmo sem querer....) e subindo ainda mais em busca dos seus objetivos para o Brasileirão 2015.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Complicou. Será?

Copa do Brasil teve seu sorteio da fase de quartas de final hoje à tarde e a Dupla Gre-Nal conheceu seus adversários e onde decidirá a vaga à Semi-final da competição.

Grêmio vai enfrentar o Fluminense, com o primeiro jogo no Rio de Janeiro e a segunda partida em casa.

Já o Inter vai enfrentar o Palmeiras com  primeiro jogo no Beira-Rio e o jogo de volta na casa do clube paulista.

Duas pedreiras no caminho dos gaúchos. Passando por paulistas e cariocas, teremos um Gre-Nal na semi da Copa do Brasil.

Mas será que são tão pedreiras assim esses dois adversários? Tanto Grêmio quanto Inter não tem condições de passar de fase?

Eu acredito que é possível.

Temos o Vasco como exemplo. Lanterna do Brasileirão e classificado para as quartas passando pelo Flamengo.

Façam suas apostas e deixem seus comentários: teremos Gre-Nal na semi ou não?

domingo, 23 de agosto de 2015

A próxima rodada dos gaúchos

Na próxima rodada, a gauchada vai ter que cuidar para não queimar o churrasco.

Tanto Grêmio quanto Inter jogarão no horário das 11hs da manhã do domingo - o novo horário sendo testado pela CBF (que eu aprovo. Melhor que as 21hs de sábado...)

E as duas torcidas entrarão na rodada embalados pelos resultados. Não que tenham sido fantásticos, mas ajudaram bastante a Dupla.

Inter venceu mais uma sob o comando de Argel e o Grêmio empatou fora de casa com a Ponte Preta.

O que acabou sendo favorável foram as combinações de resultados dos outros jogos da rodada. Isso ajudou na manutenção do Grêmio dentro do G4 e na subida do Inter na tabela de classificação.

Pontos importantes conquistados em casa pelos colorados e ponto importante conquistado fora pelos gremistas.

Veremos como será o churrasco da gauchada no domingo. A hora do almoço vai ser quente...

domingo, 16 de agosto de 2015

Um rebaixado e minhas previsões...

Terminado o primeiro turno do Brasileirão 2015, já temos um clube novamente rebaixado.

Não vejo como reverter a posição do Vasco da Gama e seu presidente prepotente Eurico Miranda.

Ele que decretou em uma entrevista que com sua presença no comando da equipe cruzmaltina, seria impossível ser rebaixado. Pois com essa campanha que vem apresentando, demitindo o segundo treinador no andamento do Brasileirão e trazendo um ídolo identificado com seu maior rival no Rio de Janeiro para comandar a equipe daqui para adiante, é praticamente impossível que consiga escapar.

Não estou dizendo que Jorginho irá prejudicar o Vasco propositalmente para ver o alvi-negro rebaixado mais uma vez, mas a aposta do Eurico se mostra completamente sem rumo e sem referência.

Com a virada de turno do Brasileirão, vou arriscar os 4 rebaixados ao final da competição (não estarão em ordem, viu?!?!): Vasco, Goiás, Avai e Coritiba. Acredito na escapada do Joinville e pode ser que pinte ou Cruzeiro ou Figueirense nesse grupo, mas acho difícil que mude esse panorama.

Aproveitando o post, trago aqui um tweet meu no início do Campeonato. Mais precisamente, dia 17 de maio de 2015, onde coloco que na virada de turdo, 80% dos clubes que estavam nas 8 primeiras posições não estariam mais ali.

A classificação da 2ª rodada do BR15, era Corinthians, Atlético Mineiro, Sport, Goiás, Ponte Preta, Santos, Coritiba, Atlético Paranaense.

Fechado o 1º turno, a classificação se apresenta com as seguintes mudanças: o aparecimento de Grêmio, Fluminense, Palmeiras e São Paulo e a descida de Goiás, Ponte Preta, Santos e Coritiba.

Minha previsão acabou caindo por terra e errei em 30%. Eu acreditava que Inter teria uma campanha melhor por causa da qualidade do elenco e da empolgação dos jogadores por causa da campanha da Libertadores e também apostava que o Cruzeiro teria uma campanha melhor devido ao grupo de jogadores, vindo de dois títulos brasileiros.

Sabem o que isso significa???

Nada.

Nem que eu saiba muito de futebol e nem que eu não entendo coisa nenhuma. Só mostra o quanto o futebol pode ser imprevisível. (mas que pode mostrar que eu entendo um pouco de previsões e de avaliação de grupos, aí isso pode....)


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Fator novo.

A expressão do final de semana e dos próximos meses será o tal " fator novo" colocado pelo presidente do Inter, Vitório Píffero, na entrevista onde ele anunciava a saída do então treinador, Diego Aguirre às vésperas do Gre-Nal 407.

Disse que estava demitindo o treinador em busca de um "Fator novo".
Que a equipe precisava "dar algo mais".

E deu!!!

Deu um vexame histórico no clássico. Tomou 5 gols e poderia ter tomado mais, tal foi a superioridade do Grêmio durante os 90 minutos.

O "fator novo" acabou virando de lado e sendo mais uma derrota de goleada dentro da Arena e colocando a equipe tricolor na zona do G4.

As tais palavrinhas mágicas de Vitório Píffero transformaram o clássico em uma flauta que irá perdurar por muito tempo.

Fez os torcedores gremistas esquecerem o 5x2 e tornar e ele pequeno perto da vitória de hoje.

Justamente no ano em que o Inter se mostrava mais qualificado para as disputas que tinha pela frente.

Justamente no ano que o Grêmio apresentava uma equipe modesta e um grupo com carências de qualidade e sendo cotado como postulante a apenas fugir do rebaixamento.

Foi o tal "fator novo" que transformou o ano colorado.

Transformou em uma busca por melhores resultados mesmo sendo semifinalista da Libertadores da América.

Em uma busca pelo título brasileiro que se mostra cada vez mais distante.

Em uma busca por explicações e desculpas pelos erros da diretoria e pela falta de planejamento do departamento de futebol.

São vários pontos que acabaram culminando com a vexatória derrota para o seu maior rival.

E se ele não tivesse demitido Aguirre? Perderia o clássico? Perderia de goleada?

O tal discurso da semana foi preponderante para o resultado da partida. E ele admitiu que a responsabilidade é dele.

Só esqueceu de avisar a torcida que a consequência de sua escolha feita na quinta seria tão desastrosa.

O torcedor colorado espera o fator novo já na próxima rodada. Com ou sem treinador, com ou sem D'Alessandro (que não atuou hoje por causa de uma lesão muscular).

Apenas espera que a recuperação venha.
Muito para esquecer da pancada de hoje....

domingo, 12 de julho de 2015

Esse tal "Acordo de Cavalheiros"...

Se vou acabar sendo polêmico ou não, tanto faz.

O que eu não consigo entender é esse famoso "Acordo de Cavalheiros" entre os clubes quando há alguma transação de jogadores.

O clube que está "se livrando" do atleta, normalmente coloca em contrato que o referido jogador não possa atuar quando os dois clubes se encontrarem no gramado.

Qual a justificativa para isso??? Se ele até "ontem" não servia, por que motivo ele não pode atuar pelo novo clube?

É tão perigoso assim? É um baita jogador? Faz gols sem parar? Se possui todo esse poder e qualidade, qual o motivo da dispensa???

Hoje podemos assistir a diferença que faz um time com um ataque efetivo e sem essa qualidade toda.

Alguém acredita que o placar seria de 3 x 0 para o Corinthians se estivessem em campo Paolo Guerrero e Emerson Sheik atuando pelo Rubro-Negro carioca?

Corinthians já não tinha mais interesse nos dois jogadores, mas sabe do potencial deles, tanto é que não participaram da partida.

Um castigo para o clube que contrata e uma vantagem para o clube que o dispensou.

Minha visão sobre o assunto. Tem opinião contrária? Podes colocar ela nos comentários.

domingo, 28 de junho de 2015

Ah... A Grenalização....

Ahhhh a tal da Grenalização.... Porque ela cega tanto???

E aqui cito a grenalização por que está mais perto do meu mundo esportivo de hoje, mas tenho plena convicção de que acontece em qualquer cidade onde exitam dois clubes de relevância.

Acabei de postar um tuite onde coloco que certamente começariam a falar que o nível do Brasileirão está muito abaixo do aceitável se o Grêmio chegar a liderança da competição na próxima rodada.

Escrevo algo de tão absurdo assim??? Por acaso o Grêmio não evoluiu???

Existe um abismo de diferença entre o Grêmio de Roger e o Grêmio de Felipão. E o elenco é o mesmo...

Ou alguém também vai achar absurdo se eu colocar que o grupo de jogadores do Inter é o melhor do país?

Aguirre achou uma solução titular para cada posição do time e sempre tem um "reserva" que supre a ausência com a mesma qualidade do "titular".

É muito difícil os torcedores de times rivais verem a evolução do co-irmão?

Isso vai fazer com que eles sejam menos fanáticos ou menos torcedores do seu time do coração?

Pelo contrário. Mas como isso só acontece no mundo da fantasia, eu fico tentando........

sábado, 20 de junho de 2015

Entrevista no Crônicas - Taynah Espinoza

Mais uma entrevista para o meu espaço aqui no blog.

Desta vez, o Entrevista no Crônicas traz Taynah Espinoza, jornalista que já atuou na Band RS e Band SP.

Taynah nos conta um pouco de sua trajetória dentro do jornalismo e fala também de família e lazer.

Curta abaixo a entrevista com ela.

Luciano Coimbra - Como foi a tua escolha pelo jornalismo?

Taynah Espinoza - Minha escolha pelo jornalismo foi muito diferente da maioria das pessoas que eu conheço. Eu queria fazer educação física, mas quando saí da escola, só fiz a prova da faculdade estadual e não passei. Fiquei então 6 meses fazendo eventos como produtora, pensando se realmente queria educação física. Meu pai chegava em casa todo dia e lá estava eu com a TV ligada no Sportv, ESPN...tava sempre assistindo algum esporte, algum jogo, competição de ginástica. Tudo! Ai ele comentou comigo que se eu gostava tanto de esporte e de assistir aquilo, por que não pensava em transmitir. Eu disse pra ele que não gostava de literatura, história, geografia..,nada que todo mundo que fazia jornalismo gostava. Ele disse que não se importava se eu começasse a faculdade e trocasse depois se eu não gostasse, mas achou que eu deveria tentar. Logo no primeiro semestre adorei o curso e desde então, não parei mais.


LC - A escolha pelo jornalismo esportivo tem alguma influência familiar?

TE -  Toda minha família é ligada ao esporte. Meu tio Espinosa é técnico, meu pai era técnico de futsal. Meu irmão jogava e hoje é treinador. Um primo era auxiliar e depois diretor das categorias de base, o outro é empresário e o outro tá indo jogar nos EUA. Além disso, minha mãe é professora de educação física. Ou seja, o esporte tá no sangue.
Eu cresci em ginásio berrando pelo time do meu pai e do meu irmão no futsal, depois no campo. Pela TV, torcia pelo meu tio. Acho que isso influenciou muito na minha escolha.


LC - Teu início foi na Grêmio Rádio. Iniciar no rádio facilitou a atuação na TV?

TE - Não sei se o radio facilita o trabalho na TV, mas acho que ele dá mais bagagem. No rádio, é preciso ligar pra mil fontes pra tentar alguma informação nova, é preciso ter muito vocabulário porque quase sempre é ao vivo, nunca tem texto escrito pronto. Então acho que quem faz rádio quase sempre larga na frente.


LC - Como foi a troca da Band RS pela Band SP?

TE - Vir pra SP foi muito desafiador. Eu sempre pensei em sair do Sul pra ir morar no RJ. Esse sempre foi meu sonho. Amo praia, calor...e vim pra uma cidade que também tem inverno e não tem praia. E pior, tem um trânsito enlouquecedor. Mas SP me acolheu tão bem que tenho muito carinho pela cidade hoje. As pessoas me cativaram!
Na profissão foi um grande salto na carreira. Foi fazer "vivo" no CTs que eu sempre assistia na TV. Foi fazer matéria cobrindo o mesmo evento que o Mito Mauro Naves. Foi conseguir apresentar programas em rede nacional. Com certeza foi um salto na minha carreira.


LC - Após a saída da Band, qual o próximo projeto profissional?

TE - O próximo projeto profissional...o tempo dirá.


LC - Nos momentos de folga, qual a atividade preferida?

TE - Praia, muita praia!!! Amo passar o dia inteiro na praia, adoro a energia do sol. Então quer me ver feliz na folga é me levar pra rua num baita dia de sol. Pode ser na praia, no parque andando de skate, na vila madalena tomando uma cervejinha com os amigos...estar no sol na rua me deixa muito feliz nas folgas.

Entrevista no Crônicas - Taynah Espinoza

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Rapidinhas do Crônicas

Vou fazer um post com várias opiniões sobre os últimos assuntos do mundo do futebol:

1- Escândalo FIFA: Já tava mais do que na hora de a casa dos manda-chuvas do futebol mundial cair.
Muita gente envolvida e alguém iria fazer a besteira de sonegar imposto justamente em território americano. Mais conhecido como: Pediu pra tomar choque!!!
Espero que sirva de exemplo para os próximos comandantes, tanto lá fora quanto aqui no Brasil.

2- Copa América e o Brasileirão: Ainda não entendo como a "super-organizada" CBF consegue fazer uma competição onde seus principais clubes jogarão com desfalques de atletas convocados por suas seleções. E a bagunça é tanta que as séries A e B não irão parar seus jogos, mas a série C estará suspensa durante a competição sulamericana. Acho que os "convocados" da série C fazem mais falta que os convocados das séries A e B nos times brasileiros.

3- Venda de Dourado: Saiu a notícia de que Rodrigo Dourado estaria sendo vendido para um clube inglês pela bagatela de 100 milhões de reais. Esse valor é comparado com as negociações de Van Nilsteroy, quando trocou o PSV pelo Manchester United em 2001  ou a troca de Ronaldo em 1997, quando o Fenômeno saiu do Barcelona e foi jogar na Inter de Milão. Não tenho nada contra a venda do garoto, só acredito que os dirigentes de futebol precisam ser mais realistas com seus torcedores, uma vez que o presidente Píffero admitiu não vender nenhum jogador no ano de 2015.

4- Amistoso da Seleção em Porto Alegre: Se eu classificar a última atuação do Brasil em solo nacional antes da estreia na Copa América, como fraca, vou estra sendo muito econômico e sutil com a seleção. O jogo foi um dos piores que eu vi no ano. Sem falar na noite chuvosa que os torcedores enfrentaram e o precinho salgado dos ingressos. Juntando tudo isso no pacote, a vaia ao final da partida foi coberta de razão. Mas Neymar não curtiu muito essa atitude da torcida...Ao final do jogo, não saudou os torcedores e saiu com cara de poucos amigos. Depois do jogo, aproveitou para desopilar em uma festinha VIP na Zona Sul da capital. Soube bem como esquecer a atuação fraquíssima de seus companheiros no jogo.

domingo, 7 de junho de 2015

Entrevista no Crônicas - Franklin Berwig

Mais uma edição do Entrevista no Crônicas e trago também um entrevistado que eu já havia anunciado no Twitter.

Aliás, se quiserem seguir meu perfil por lá é só clicar no link ao lado: @LucianoFCoimbra

O entrevistado da vez é Franklin Berwig, jornalista e que hoje atua na Rádio Guaíba de Porto Alegre.

Franklin nos conta um pouco de sua carreira e também fala sobre as redes sociais e seu blog.

Apreciem a entrevista que está abaixo.

Luciano Coimbra: Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

Franklin Berwig: Era a maneira mais fácil de um gordo participar do futebol.



LC: Trabalhar no rádio sempre foi tua preferência?

FB: Não foi obsessão, não. Até hoje, não é. Gosto do jornalismo esportivo como um todo, com uma torcida de nariz, de leve, para algumas coisas na TV. Estagiei em TV e não me adaptei.




LC:  O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

FB: Fui para o Jornalismo para ficar mais perto do futebol. Se não fosse possível, tentaria Educação Física ou, talvez, curso de Maria Chuteira.



LC: Como tu vês o futuro da profissão de jornalista com a força que têm as redes sociais e a internet?

FB: As redes sociais e a internet são um campo quase infinito para atuação do jornalista, permitindo que ele se torne, sozinho, seu meio de comunicação. Se o sujeito trabalha bem, pode veicular isso sem estar vinculado a uma grande empresa jornalística. Isso só irá se aprofundar, o que é ótimo.



LC: Dentro dos plantões esportivos, alguma situação inusitada ou engraçada já ocorreu contigo?

FB: O plantão sempre quer dar a informação completa do gol, com autor e tempo dele. Certa vez, me atrapalhei com o tempo de um jogo que estava acompanhando apenas pelo Twitter. Informei um gol aos 30 minutos do segundo tempo e, uns 10 minutos depois, informei que já estava nos acréscimos. O narrador Marco Antônio Pereira percebeu e tirou um justo sarro no ar, do tipo: "Não tá legal esse teu cronômetro. Bora trocar!" Mereci. Outra vez, foi como escuta de jornada. Informei o plantão Cléber Grabauska de um gol da Ulbra contra o Novo Hamburgo no Vale dos Sinos. Disse a ele: 1 a 0 Ulbra. Mas, na verdade, já era o gol do empate: perdi o gol do Novo Hamburgo. Aí o saiu gol do Novo Hamburgo e tive de informar ao Cléber que já estava 2 a 1. Ele me olhou com uma cara de reprovação, pedi desculpas e, no estúdio, estava o Mauro Galvão para uma entrevista. O zagueirão riu muito da minha falta de jeito. Tem uma outra que foi aqui na Guaíba, num dos primeiros plantões na casa. Eu não conseguia achar informações sobre um jogo do Juventude contra o Tupi pela Série C: não estava conseguindo conectar a Rádio Caxias. De repente achei o que parecia ser um acompanhamento minuto-a-minuto, com gol do Tupi. Chamei o narrador Orestes de Andrade e informei o gol. Instantes depois, percebi que era o minuto-a-minuto de um Ju x Tupi do ano anterior: o jogo ainda estava 0 a 0. Aproveitei o giro do placar que veio em seguida para "anular" o gol do Tupi. O Jornalismo é uma mentira, eheheh



LC: Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

FB: Assistir a programas de entrevista em talk shows de humor, shows de stand up e produzir minhas próprias coisas nesse sentido. Mantenho um site (risobol.blogspot.com.br) e uma página na Face (facebook.com/risobol) para mostrar minhas abobrinhas. E brinco com a cachorrada. Tenho vários. Uns 15% dos cães de Porto Alegre moram no meu apartamento.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Entrevista no Crônicas - Eduardo Gabardo

Mais uma edição do Entrevista no Crônicas e como eu anunciei para vocês pelo meu perfil no Twitter (@LucianoFCoimbra) trago nesta edição uma entrevista com Eduardo Gabardo, jornalista que atualmente trabalha no Grupo RBS.

Gabardo irá nos contar um pouco da sua trajetória e também nos conta como foi trabalhar nos bastidores da Copa 2014.

Curtam abaixo a entrevista que fiz com ele.

Luciano Coimbra: Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

Eduardo Gabardo: A escolha foi tranquila, sempre gostei de futebol e jornalismo. Poder unir as duas coisas foi gratificante. No início tive a sorte de conseguir começar a trabalhar cedo, aos 18 anos na Rádio ABC, na época sediada em Campo Bom (hoje o estúdio fica em Novo Hamburgo). Em 1994 trabalhei em quase todos os jogos do 15 de Novembro e do Novo Hamburgo na segunda divisão. Foi um grande aprendizado. Depois foram 4 anos na Bandeirantes, mais 4 anos na Guaíba e estou desde 2002 na Rádio Gaúcha.


LC: Trabalhar no rádio sempre foi tua preferência?

EG: Gosto muito de rádio, mas também dos outros veículos. Nesse período tive chance de fazer tudo. Na Bandeirantes e Guaíba trabalhava também na TV. Na RBS tive grandes oportunidades. Em várias viagens internacionais fiz matérias para os jornais do grupo. Na Copa de 2010 entrava diariamente na RBS TV. Em 2013 e 2014, quando morei no Rio de Janeiro, trabalhei para todos os veículos da empresa (rádio, jornal, tv e sites).


LC: O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

EG: O esporte sempre fez parte da minha vida. Até hoje gosto de praticar esportes, e quando posso, jogo futebol com os amigos.


LC: Ser escolhido para coordenar a equipe de repórteres que atuou na cobertura de eventos relacionados à Copa do Mundo do Brasil e comandar o programa No Mundo da Copa, no ar desde 2010 foram os desafios mais difíceis da tua carreira?

EG: Acho que tive grandes desafios na carreira. O jogo da paz no Haiti em 2004, a cobertura em Congonhas do acidente com o avião da TAM em 2007, quando voltava da Copa América da Venezuela, a primeira Copa na África em 2010, coberturas internacionais em lugares inusitados e difíceis como Gabão e Omã... a permanência no Rio por quase 2 anos foi super importante, pois além da parte jornalística cuidava das questões institucionais com a FIFA, quando comecei a observar mais atentamente o funcionamento da entidade, hoje envolvida em escândalos de corrupção.


LC: Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

EG: Encontrar os amigos e familiares, churrasco, cinema, leitura e praticar esportes.

Entrevista no Crônicas - Eduardo Gabardo

segunda-feira, 1 de junho de 2015

A troca de um ídolo por outro.

A saída de Felipão do comando técnico do Grêmio deixou mais um ponto a ser analisado no meio do futebol.

Depois de não contar mais com um dos ídolos da história do clube, a direção tricolor buscou em Roger Machado, ex-jogador do clube e também muito identificado com  tricolor, a solução para o baixo rendimento do elenco gremista.

Com um trabalho de qualidade feito no Gauchão 2015, dirigindo a equipe do Novo Hamburgo, Roger ganhou credenciais para realizar seu primeiro trabalho como técnico efetivo do Grêmio.

Em sua outra passagem pelo tricolor gaúcho, Roger era auxiliar do então treinador Vanderlei Luxemburgo e em algumas oportunidades comandou a equipe principal, inclusive conseguindo êxitos em dois Gre-Nais.

Desta vez, Roger surge como uma alternativa mais barata que as especuladas antes de sua contratação e com um requisito que a torcida do clube leva muito em conta: a identificação com o manto tricolor.

Em sua estreia, um empate com sabor de derrota devido aos erros de arbitragem que acabaram por influenciar no resultado da partida.

Por conta de uma medida de "economia", a CBF colocou o árbitro GAÚCHO, Anderson Daronco para comandar a partida em GOIÂNIA.

Qual a economia que tem nisso? Também não consegui identificar...

Mas a participação de Daronco acabou sendo desastrosa, em função de marcações equivocadas e inversão de faltas. e com esses fatos, acabou prejudicando a equipe gremista.

Mesmo com esse contraponto, o elenco escalado por Roger Machado, mostrou mais consistência e intensidade do que em jogos anteriores, quando a equipe era comandada por Felipão.

Uma forma de retalhação pelas declarações do ex-treinador? Não sei, mas que a equipe se mostrou mais empenhada e com mais vigor na partida, isso ficou evidente.

Resta acompanhar a evolução dos comandados do novo treinador e aguardar o retorno de jogadores gremistas que serão reintegrados ao elenco.

Assim saberemos se Felipão poderia ter extraído mais dos seus jogadores ou se aquele rendimento anterior era o limite da equipe.

Roger Machado comandando o Grêmio em Goiânia (Foto: Reprodução RBS TV)

sábado, 16 de maio de 2015

Entrevista no Crônicas - André Silva

Mais uma entrevista feita para esse espaço e trago até vocês um pouco dos nossos comunicadores e suas opiniões.

O entrevistado de hoje é André Silva, jornalista, apresentador, narrador e repórter da Rádio Gaúcha.

Ele nos conta um pouco de sua trajetória e fala  também dessa nova oportunidade que é nos contar as histórias que se passam dentro dos gramados ou das quadras, na função de narrador.

Curtam abaixo a entrevista com ele.

Luciano Coimbra - Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

André Silva - Escolha ocorreu ainda na infância. Sempre tive o desejo de trabalhar com jornalismo esportivo. Acho que é a minha maior certeza, até hoje. Comecei como estagiário na rádio Bandeirantes, em 4 de abril de 1994. Depois, passei por Gaúcha/CBN (1996-99), Pampa (1999-2002), Rádio e TV Guaiba (2002-04) e Gaúcha, desde 2005.


LC - Trabalhar no rádio sempre foi tua preferência?

AS - No começo sim, mas hoje em dia me sinto preparado para atuar em qualquer veículo. Tive uma experiência, com TV, em 2004, quando a TV Guaíba ganhou a concorrência e transmitiu o Campeonato Gaúcho. Atualmente mantenho Blog na Internet sobre esportes olímpicos e estou escrevendo uma coluna, a cada duas semanas, para a Zero Hora sobre esportes olímpicos, além de matérias para o site da Rádio Gaúcha. Enfim, jornalista precisa se adaptar e não "pertencer" a apenas um veículo.



LC - O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

AS - Sempre esteve no meu horizonte. Quando criança já parava horas em frente à TV acompanhando futebol e outros esportes. Tive a felicidade de ter sido "influenciado" pelas transmissões de Luciano do Valle, sobretudo em outras modalidades, e de ser ouvinte dos grandes nomes das Rádios Gaúcha e Guaíba dos anos 80. Aí ficou bem fácil escolher o caminho a trilhar.



LC - Entrar oficialmente na escala de narradores da Rádio Gaúcha te faz pensar em optar por esse nicho da profissão como principal ou é mais uma opção na tua carreira?

AS - Nunca encarei como alternativa principal de carreira. Reportagem sempre me fascinou, mas gosto de narrar e, no momento, seguirei fazendo ambas. A decisão de mudança ou não, no momento, depende não só de um desejo, mas de oportunidades que estão sendo criadas.


LC -  Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

AS - Ficar com meus filhos e esposa e deixar que eles escolham o programa a ser feito, que pode ser ficar em casa, ir ao cinema, ao parque, enfim.... dar o tempo e a atenção que eles merecem e, que por vezes, ficam escassos pelo dia a dia.


Entrevista no Crônicas - André Silva

Sem comentários!!!



"Meu Deus do Céu que confusão, selvageria

Selvageria alguém brigando com berro na mão
Meu Deus do Céu que confusão, selvageria
Selvageria alguém brigando com berro na mão

Mas a galera se prepara quando alguém gritar
Só vou no vácuo da galera pra não me ferrar
Não me pergunte o que acontece que eu nem sei porque
Só sei dizer que o tempo fecha, achei melhor correr

A multidão vai se afastando, então vou me mandar
Os "homi" chegam a qualquer hora o bicho vai pegar
O camburão já tá por perto o clima vai ferver
Ouvi barulho de sirene achei melhor correr."

Com essa letra da Banda Rastaclone - que já tocaram na sala do meu outro apartamento, num show pocket especial (quem duvida, passa na minha página do Youtube que tenho os vídeos lá) - fica o meu sentimento com relação a vergonha e selvageria dos atos que ocorreram na partida entre Boca x River pela Libertadores 2015, no Estádio de La Bombonera.

Todo mundo sabe que a torcida argentina é mais apaixonada pelos seus times e que as reações transcendem a lógica e a razão, mas chegarem em vias de agressão aos profissionais que lá estavam para participar do espetáculo é demais para a minha cabeça.

Spray de pimenta no túnel de acesso ao vestiário do River, garrafas e outros objetos arremessados no gramado, quase 3 horas para que a equipe visitante consiga deixar o gramado, são atitudes que mais se encaixam na época de batalhas medievais.

Ainda não evoluímos??? Vivemos na Idade da Pedra???

Pelas cenas vistas, sim. E os atos tomaram conta dos noticiários pelo mundo. Não pela beleza de uma disputa de clássico, como é Boca x River, como é Barça x Real, como é o nosso Gre-Nal, mas sim pelo comportamento varzeano - e olha que na várzea as competições são mais civilizadas...

Hoje o Boca tem a oportunidade de se defender.
Mas tem defesa???
O que vão alegar???
Que foi a torcida do River?

MAS ERA CLÁSSICO DE TORCIDA ÚNICA!!!

Vão por a culpa na Polícia Argentina? O vão tentar usar uma pseudo-tese de complô do próprio River para prejudicar o seu rival na competição que eles apresentaram a melhor campanha da primeira fase?

Uma chance de explicar o inexplicável. De justificar o que não se justifica. De apresentar defesa de um fato indefensável.

Uma chance que não era para ser dada. Mas em se tratando de Conmebol, podemos esperar qualquer atitude e decisão.

Só espero que não fique impune como andou ocorrendo em anos anteriores com o Corinthians no acontecimento de Oruro e com o Real Garcilasso e os atos racistas de sua torcida contra o volante Tinga, na época jogador do Cruzeiro.

Sei que esse post ficou um tanto grande perto dos outros que escrevo aqui, mas até hoje estou tentando digerir o que fiquei acompanhando até as 2 da manhã da madrugada de quarta para quinta-feira.

Espero que eu possa voltar a escrever coisas boas sobre esse caso. E o bom seria uma condenação exemplar ao Boca Juniors e sua torcida.

Torcida do Boca Juniors,  num dos raros momentos de festa na partida contra o River Plate pelas oitavas de final da Libertadores 2015. - Foto: AP



quarta-feira, 15 de abril de 2015

Entrevista no Crônicas - @chiconoveletto

Trago para este espaço uma das mais polêmicas e descontraídas entrevistas postadas até agora.

O autointitulado "Senhor Feudal da Federação" e responsável pelo perfil @chiconoveletto no Twitter coloca na entrevista, toda sua ironia e alegria perceptível na Timeline diariamente.

Acompanhem abaixo a entrevista feita com o Noveletto "genérico".

Luciano Coimbra - Como foi sua entrada na Federação Gaúcha de Futebol?

Chico Noveletto - Foi pela porta da frente, literalmente. Cheguei lá num sábado de sol achando que a sigla na fachada significava outra coisa e o presidente estava se demitindo. Não tive dúvidas. Sentei e tomei posse. Tornei-me o presidente mais jovem a ser "eleito" na Federação. E o mais bonito também. E, automaticamente, o mais cheiroso.


LC - Chegar à presidência e se manter nela por vários mandatos era sua meta inicial ou foi consequência?

CN - Foi consequência do meu trabalho sensacional frente ao futebol do Rio Grande do Sul. Méritos meus, que crio regulamentos com poder de estratégia e uma sensatez única. Ou tu achas que é fácil projetar um campeonato que classificam cinco equipes de seis? Ou tu pensas que é barbada classificar os eliminados? Tem muita cuca no lance!


LC - Como conciliar a FGF, a Multisom e o Instituto Francisco Noveletto na sua agenda diária?

CN - É fácil. Como dizem por aí: "quem corre por gosto, não cansa". Eu amo a FGF porque ela não fere meus princípios e aguça minha criatividade. Amo ainda mais a Multisom porque me dá lucros na venda de tablets e afins. E meu instituto é lindo, como eu. Ajudar o próximo é dever de todo ser humano. Precisamos fazer o bem.


LC - Como lidar com as críticas decorrentes dos regulamentos das competições da FGF?

CN - Desejo a todos os inimigos vida longa pra que eles vejam cada dia mais minha vitória (Risos). Críticas são normais quando o assunto é trabalho. Ainda mais quando tratamos de algo tão passional, como o futebol. Mas no fundo, bem lá no fundo, eu sei que todos me amam. E é totalmente recíproco esse sentimento audaz e vigilante que cultivo dentro do meu peito de Senhor Feudal da FGF. Afinal, eu dou graça ao futebol gaúcho. De nada, interior.


LC - No Twitter, o Sr. possui um perfil fake. O que acha dele?

CN - Acho ele maravilhoso. Principalmente porque divulga imagens lindas a meu respeito e sempre avisa quando há promoções na Multisom de Cachoeirinha.


LC - Nos momentos de folga, qual a principal atividade?

CN - Tomo um bom vinho da Serra, como doces de Pelotas, calço minhas pantufas feitas à mão em Novo Hamburgo, ouço uma das mais tradicionais canções do Luiz Marenco, asso uma carne proveniente de abigeato da região de Igrejinha e crio regulamentos maravilhosos. Assim eu sinto que valorizo todo o Rio Grande do Sul de uma só vez. Amo o futebol. E sei que o futebol me ama. Meu trabalho vai além de entregar taças e remanejar datas de jogos. Eu sou também o cara que torce e batalha pro bem de todos. Comprem na Multisom.


Entrevista no Crônicas - @chiconoveletto

sábado, 21 de março de 2015

E se a Libertadores também fosse com sorteio....

Vou focar na parte boa da UEFA Champions League fora dos gramados.

Até porquê comparar o futebol europeu com o nosso seria muita covardia.

Falando da organização da UCL e da forma de disputa, bem que poderiamos copiar mais esse modelo deles.

Quando a competição se inicia, já se sabe onde será a final. Vários estádios e um escolhido para ser o palco da grande final.

Sorteio dos confrontos a partir das oitavas de final. E se aqui também fosse assim?

Poderíamos ter uma emoção maior durante a disputa ou acabaríamos com um torneio sem público e estádios vazios?

Mesmo que seja um sonho meu a Libertadores com sorteio na fase de mata-mata, não temos cultura para lotar estádios e acompanhar outras partidas que não sejam as dos clubes do coração de cada torcedor.

Uma pena, pois a cada sorteio poderemos ter a tão sonhada "final antecipada" da competição.

Sertá que nesse ano a Champions terá alguma surpresa?

Abaixo o chaveamento das quartas de final.

Façam suas apostas.

Site da UEFA - Divulgação

domingo, 15 de março de 2015

Entrevista no Crônicas - Francisco Noveletto

O espaço Entrevista no Crônicas de hoje traz uma entrevista com o Presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto.

Na entrevista, ele nos conta um pouco do seu lado fora do futebol e como chegou à presidência da entidade máxima no estado.

Curtam a entrevista abaixo:

Luciano Coimbra: Como foi sua entrada na Federação Gaúcha de Futebol?

Francisco Noveletto: Através da parceria com a minha empresa Multisom e o São José. Dei um tratamento tão diferenciado aos dirigentes adversários que acabaram me elegendo por unanimidade.


LC: Chegar à presidência e se manter nela por vários mandatos era sua meta inicial ou foi consequência?

FN: Não, consequência mesmo. Pensava em ficar 8 anos. Passei 4 anos construindo a nova sede da FGF. Agora pronta, vou curtir 4 anos.


LC: Como conciliar a FGF, a Multisom e o Instituto Francisco Noveletto na sua agenda diária?

FN: .... Mais hotelaria, construção da fazenda.... Sou muito dinâmico e objetivo e também não deixo rabo para ter que explicar duas vezes. Aí a coisa flui muito bem.


LC: Como lidar com as críticas decorrentes dos regulamentos das competições da FGF?

FN: Tranquilo. Faço sempre o melhor.


LC: No Twitter, o Sr. possui um perfil fake. O que acha dele?

FN: Muito inteligente. Passou a ser meu ídolo. O cara é muito inteligente e bom caráter.


LC: Nos momentos de folga, qual a principal atividade?

FN: Folga, quando??? com tantas atividades o tempinho que sobra, tomo um vinho...


Entrevista no Crônicas - Francisco Noveletto

Aguirre e seus esquemas...

Que Diego Aguirre ainda não definiu como montar a escalação do Inter, é um fato.

O que me espanta é a frequência com que mudou o esquema tático nos últimos jogos.

Um dia o esquema é o 4-2-3-1, no outro 3-5-2, agora contra o Brasil de Pelotas hoje volta o 4-2-3-1.

Se a convicção dele era na mudança de esquema tático como ele próprio falou em sua coletiva, por que a volta pelo esquema antigo no jogo com a equipe reserva?

Não seria melhor manter o 3-5-2 e já adaptar os suplentes ao novo formato de time?

Ainda espero as respostas....

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Entrevista no Crônicas - Carmelito Bifano

Mais um entrevistado pinta aqui no blog.

O Entrevista no Crônicas de hoje é com o jornalista do Correio do Povo, Carmelito Bifano.

Carmelito nos conta um pouco da sua trajetória dentro da profissão e fala também sobre futebol do interior e lazer.

Curtam a entrevista com ele abaixo:

Luciano Coimbra - Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

Carmelito Bifano - Como a maioria dos jornalistas esportivos, me criei presente nos jogos da dupla e sempre grudado no rádio. Meu falecido pai era um apaixonado pelo esporte e não perdia um jogo. E eu junto. Sempre sonhei trabalhar no rádio. Tive ideais malucas de me oferecer para puxar fio (de microfone) de graça (esqueça, se você um dia cogitou. Risos), só para ficar perto dos profissionais e aprender, mas a vida me levou para o papel e depois para o digital.
Com 15 anos comecei a trabalhar. Vendia fechaduras para a construção civil. Sempre ligado em todas as rádios que tinham programas esportivos. Em 95, entrei como auxiliar de redação do jornal Zero Hora (oportunidade que ganhei da Vânia Weber, minha madrinha). Escrevi para a maioria dos cadernos e algumas editorias nos nove anos que lá trabalhei. Esporte fiz no Diário Gaúcho (oportunidade que ganhei do mestre Adroaldo Guerra Filho) e no Final Sports, site que criei junto com o empreendedor e meu irmão que ganhei da vida César Cidade.
Criamos em 2000 e desde o primeiro dia tínhamos duas metas. Ser sucinto, para a fácil, rápida e democrática leitura. E com o maior número possível de informações da dupla, divididos em vários textos curtos, para não prender o cara em um textão. Evitando ao máximo a especulação (de compra, venda, salário e precisão da informação) e creditando tudo que era possível para os “donos” da informação. Fizemos as primeiras transmissões ao vivo de áudio e vídeo via internet do Estado. Quando era quase discada.
Tivemos acessos malucos que chocavam donos dos maiores servidores de Porto Alegre. Um teve que dobrar o cabo de entrada e saída de dados para atender a demanda. Com todas dificuldades, César lutou para o site seguir na luta, mas 10 anos depois a “covardia” da publicidade para com o pequeno... Depois passei três anos e meio no UOL Esporte e um mês antes da Copa fui demitido para o site fechar o gasto de 2013 no verde. Quinze dias depois fui contratado pelo site do Correio do Povo. Deixei de ser um especializado para ser um generalista. Oportunidade única para ampliar o espectro da minha atuação. Estou gostando muito da oportunidade. Em todos os aspectos.


LC - Trabalha no rádio, jornal ou captando imagens para as matérias?

CB - Como sempre trabalhei como mídia digital (Final, UOL Esporte e Correio), faço todas as funções possíveis dentro do jornalismo. Edito, sou comercial, produzo, escrevo, tiro foto, gravo, sou repórter, editor, administrativo e tudo mais. “Coisa da modernidade” da profissão que nem é regulamentada no país.


LC - Como é trabalhar dentro do esporte num estado tão passional como o Rio Grande do Sul?

CB - Nunca tive problemas. Desde o surgimento do Twitter, passei a ter um contato mais direto com o público e não lembro de ter algum tipo de problema sério. Claro, tem aqueles que compram confusão porque gostam. Sempre respeitei os clubes, daí fica difícil alguém ficar brabo comigo. Quando preciso, dou a minha opinião, mas não acho a definitiva ou a verdade suprema da humanidade. Graças a Deus tenho amigos e participei de debates nas três rádios que tem programação esportiva, menos na Rádio Gaúcha. Nunca tive problemas.
Talvez nos sádicos comentários das matérias que era o autor. (Risos). Mas é do jogo, sou um humano e erro como qualquer outro. Sempre detestei idolatria. Acho o jornalista esportivo uma função como qualquer outra na sociedade. Lixeiro, motorista de ônibus, etc e tal... Não entendo o porquê da “adoração”. Esse tempo “já era”. Luxo só para o William Bonner ou alguns amigos que tenho... que são ligeiros nos negócios. Todos lícitos, obviamente. (Risos).


LC - Algum evento esportivo que tu ainda sonha em cobrir?

CB - Com certeza, uma Copa do Mundo. Perdi a oportunidade com a demissão do UOL Esporte faltando 40 dias para o Mundial. Mesmo que fosse para fazer pautas frias, seria Copa. (Risos). Era o terceiro elemento e “o último a chegar”. (risos). Uma regra no jornalismo. Costumo brincar que sou o eterno foca (estudante de jornalismo que entra no mercado). Trabalhei em cinco empresas em 20 anos de jornalismo, mas, nos últimos cinco anos, fui duas vezes foca. Difícil. Tipo só sobra “canela de Mastodonte” para morder, entende? (Risos).


LC - Dos clubes do interior, na tua opinião, qual o mais preparado para conseguir quebrar a hegemonia da Dupla Gre-Nal?

CB - Futebol é dia após dia, por isso, não gosto muito de previsão. De 24 horas em 24, muita coisa muda. Para formar campeões, é necessário trabalho de anos. Nossos clubes mudam muito. Mas como você pediu uma previsão, vamos lá. Lajeadense ganhou as últimas competições estaduais que disputou e tem um muito bom técnico, Luís Carlos Winck. Por sinal, profissional pronto. Grande caráter. Girou o Brasil. Se virou na nova profissão. Demorô (sic) para a dupla colocar o olho. Depois tem Brasil de Pelotas (clube que tenho muita admiração, mas tem um bom time), Novo Hamburgo, Aimoré e o Caxias, mas está demorando para pegar no tranco. Paulo Turra outro excelente técnico.
Por sinal, tem uma “nova geração” aqui no Estado que tem que alçar voos maiores. Todos muito bons. Zimermann, Paulo Porto, Picoli, Beto Campos, Dall’Astra, Gilmar Dal Pozzo e outros. A turma é boa.

LC - Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

CB - Basquete e Surfe são os esportes que mais pratiquei na vida. O último muito mais que o primeiro, que até parei de assistir. Nasci sem os dotes futebolísticos. (Risos). Amo assistir: futebol americano, mas faço questão de ser apenas torcedor. E tenho me esforçado muito para aprender o Curling.
Fora os esportes, sou fã de séries. Desde que não sejam aquelas com risadinha no fundo e com aquele humor nerd americano. Bom rango, cinema, amigos e beira de praia completam a lista da descontração. (Risos).

O que está acontecendo com a Dupla?

Sempre tivemos um início de ano um tanto quanto complicado para a Dupla Gre-Nal, devido à pré-temporada e ao pouco tempo de preparação para enfrentar o Gauchão, só que neste ano de 2015 as coisas estão um pouco mais complicadas.

Qual seria a justificativa para isso?

Temos um Grêmio com grandes dificuldades contra as equipes do interior e o Inter "parindo uma bigorna" cada vez que consegue uma vitória.

Os últimos resultados do tricolor em casa, são duas derrotas.Uma para o Brasil de Pelotas, líder do Gauchão, e outra para o Veranópolis, reabilitando a equipa da Terra da Longevidade que estava na lanterna do campeonato até jogar na capital.

E não podemos nem dizer que o elenco é tão superior aos outros. O Grêmio está com uma folha salarial reduzidíssima para tentar equilibrar as finanças, precisou vender vários jogadores titulares e assim deixou decair a qualidade do plantel.

Quanto ao Inter, a equipe vem de um empate fora de casa contra o Cruzeiro e uma vitória nos acréscimos contra o Caxias.

Mesmo tendo um grupo de qualidade e com contratações de peso, o colorado não consegue ser superior às equipes do interior com a mesma facilidade de anos anteriores.

Seria um equilibrio maior dos clubes do interior ou a Dupla está decaíndo sua qualidade dentro do gramado?

Saberemos ao final do Gauchão, se nem Grêmio, nem Inter levantarem a taça...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Será que é por acaso?

Postei na minha conta no Twitter que escreveria sobre a campanha do Brasil de Pelotas nesse Gauchão.

E não vou falar do Xavante por ser um torcedor desde pequeno, e nem por causa da torcida que é a mais apaixonante do país, mas sim por que estou vendo ali naquele clube do interior, uma lição que serve para muitos clubes grandes e que já escrevi outras vezes aqui no blog quando havia alguma troca de treinador por má campanha.

A equipe que temos hoje no Xavante está junta desde 2013. Algumas mudanças, é claro, mas a base é a mesma.

Inclusive fora do gramado. Rogério Zimmermann está à frente do elenco rubro-negro desde 2012.

E isso faz a diferença.

De lá para cá, várias são as conquistas do clube, como um vice-campeonato da Copa FGF em 2012, um vice campeonato na Série D do Brasileirão em 2014, campeão da Divisão de Acesso em 2013 - o que trouxe o Xavante de volta à elite do Gauchão - sem falar na campanha do Gauchãodo ano passado, onde o clube foi o campeão do interior e conquistou a 3ª colocação.

O nome disso tudo: PLANEJAMENTO.

A direção focou e lutou muito para manter Comissão técnica e jogadores durante esse tempo todo, com a convicção de que o trabalho é bem executado e que gera frutos.

Apenas uma colocação que me desaponta: a falta de investimento em clubes que podem trazer um retorno enorme dentro dos gramados.

Não é de hoje que o Brasil faz grandes campanhas e mesmo assim os patrocinadores são escassos.

É preciso fazer da camiseta do clube um abadá de carnaval baiano para conseguir se manter vivo o ano inteiro e com os pagamentos em dia.

Como seria bom se os clubes do interior tivessem metade do investimento que recebem Grêmio e Inter, tanto de patrocinadores quanto nas cotas de TV.

Certamente o futebol cresceria e muito e as competições seriam mais emocionantes.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Entrevista no Crônicas - Igor Póvoa

Mais uma edição do Entrevista no Crônicas aqui no blog e desta vez, com um jornalista da nova safra do rádio gaúcho.

Igor Póvoa, jornalista, repórter e apresentador da Rádio Guaíba, nos conta um pouco de sua trajetória e como foi o início no jornalismo.

Curtam abaixo a entrevista dele.

Luciano Coimbra - Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

Igor Póvoa - Desde pequeno gostei de buscar informações, ouvir rádio, ver televisão. Sempre fui o menino que lia jornal na escola.
Então desde pequeno tive esse dom pro Jornalismo. Conforme fui crescendo, e por consequência comecei a pensar na carreira, amadureci esta ideia.
Foi uma simples conciliação dos meus gostos de rotina com algo que sempre quis fazer - levar informações.
O início da carreira foi como acontece com todos. Estagiando na Famecos e buscando chances no mercado.
Fiz diversas entrevistas em diversos locais, e acabei começando como produtor da CBN, ao mesmo tempo em que produzia alguns programas de Jornalismo Geral da Rádio Gaúcha.


LC - Trabalhar no rádio sempre foi tua preferência?

IP - Sempre, sim. Desde pequeno ouço rádio. Ouvia em jogos, no estádio ou em casa, e sempre gostei de ouvir rádio no carro.
Lembro de ouvir o ataque às Torres Gêmeas pelo rádio. Enquanto as outras pessoas brincavam na van que levava do colégio para casa, eu prestava atenção no rádio.
Queria saber tudo que tinha acontecido. Depois buscaria informações pela televisão.
O rádio sempre foi meu veículo preferido.


LC - O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

IP - O esporte sempre fez parte da minha vida. Claro que o futebol ocupou a maior parcela.
Cresci indo a estádio de futebol com meu pai, depois com meus amigos. Assistia qualquer coisa pela televisão.
Com 10 anos entrei na onda do Guga e comecei a gostar de tênis. Lembro de assistir pouca coisa das Olimpíadas de Barcelona, mas eu tinha ainda 5 anos.
Então sempre fui meio fissurado em esporte. E, ao escolher o Jornalismo e o rádio, evidentemente que essa seria a área de minha preferência.


LC - Algum evento ou jogo que tu ainda sonha em cobrir?

IP - Uma Copa do Mundo, sem dúvida.


LC - Fora o futebol, como é apresentar um programa de lutas na rádio?

IP - É diferente. Foi uma forma de abrir espaço pra um esporte que começou a chamar a atenção do grande público há menos de 5 anos.
Paralelo a isso, eu gosto de MMA e, com o Rafael Pfeiffer, tivemos o aval do Nando para começar um projeto.
Tem sido muito bom, repercutido bem, e ainda conhecemos uma turma nova, com novas ideias e muito, muito mesmo, a ensinar.


LC - Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

IP - No lazer eu desligo. Não vejo futebol na televisão, desligo o rádio.
O único esporte que assisto é MMA, em dias de folga.
Além disso vivo na rua. Ou caminhando, ou andando de carro, ou sentado numa mesa de bar.
São minhas opções de lazer. Em casa, filmes. Sempre.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Saída de um, chegada de outro.

Grêmio e Inter viveram dias de anúncios. Uma chegada e ums saída.

Para uns, a saída de Barcos, o maior artilheiro estrangeiro do Grêmio, está sendo tarde demais.

Poderia ter ido antes, nunca deveria ter vindo, não decidiu quando precisava. Frases que rolaram pelas arquibancadas da Arena.
Pois tivemos em Barcos, o goleador tricolor em 2014. E mais do que isso, o capitão daquela barca".

Deixa o Grêmio com o coração machucado. Não pelas cobranças, mas por que queria ficar.
Está de saída para ajudar o clube a equilibrar suas finanças. Um contrato bom para ele e também para o tricolor.
A torcida pode até vir a sentir falta dele - assim como pode acontecer com Pará - mas Barcos deixa aquela porta aberta para um retorno.

Claro que sabemos que essas negociações e essas declarações de amor eterno duram até a próxima proposta.

E é sobre uma delas que falo agora. A chegada de Anderson ao Inter.
O maior rival do tricolor, onde ele foi o protagonista da Batalha dos Aflitos.
Um clube que ele também jurou amor eterno e que ainda voltaria.
Isso a torcida não perdoa. Será?

Por acaso alguém ficaria profundamente magoado se o concorrente da sua empresa fizesse uma proposta muito maior da que atualmente você recebe?
Pensariam duas vezes antes de trocar de emprego?
E o amor a camiseta que se veste?

Com os jogadores é a mesma coisa...
Anderson continua amando o Grêmio, mas é profissional.
No seu retorno ao Brasil, ele procurou a direção gremista e ouviu a proposta para o seu retorno.
O que o INter fez de errado?
Nada. Apenas cobriu aquilo que ele pedira.

Se ele vai dar certo no colorado, são outros quinhentos, mas está no seu pleno direito de jogar no rival tricolor.

E podem ter certeza: não foi o primeirro e não será o último.

Vários colegas da imprensa já listaram uma gama de jogadores que fizeram o mesmo trajeto e vice-versa.

Basta que se tenha uma proposta...

Pirata está de saída
(foto: Richard Ducker - ducker.com.br)

Anderson está de chegada.
(foto: site oficial do clube)


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Afinal, amistoso vale ou não???

Últimos amistosos da Dupla antes da estreia no Gauchão.
Últimos amistosos da Dupla antes da estreia pelo Gauchão.
 
Afinal, amistoso em pré-temporada vale alguma coisa ou não?

Para uns torcedores, vale como forma de buscar entrosamento e testar algumas opções para a equipe.
Para outros, amistoso vale como um jogo igual aos oficiais, já que é o dito, time principal.

E para as direções e comissões técnicas? Pelas entrevistas, ambas conseguem tirar pontos positivos e também analisar as dificuldades e os pontos negativos das suas equipes.

Tanto o jogo contra o Shakhtar quanto o jogo contra o Cascavel, foram partidas que mostraram aos treinadores Diego Aguirre e Felipão que suas equipes precisam evoluir muito nesse ano de 2015.

Posicionamento, conclusões, marcação, velocidade. Pontos que precisam ser trabalhados a exaustão.

Para alcançarem os objetivos iniciais, muito treino será necessário, já que as equipes ganharam alguns reforços e perderam peças que em 2014 compunham o time titular.

Vamos aguardar as primeiras rodadas do Gauchão e assim veremos se os técnicos conseguiram identificar as fraquezas de suas equipes.

Entrevista no Crônicas - Alexandre Oliveira

Mais uma edição do Entrevista no Crônicas e, desta vez, trago uma conversa com alguém que já teve o privilégio de treinar com uma seleção brasileira.
 
Estou falando de Alexandre Oliveira, jornalista, apresentador do Arena SporTV e ex-jogador de vôlei.
 
Nessa conversa, Alê nos conta a sua trajetória, como foi a saída das quadras e seu prazer de treinar com a seleção de vôlei.
 
Curtam abaixo a entrevista:
 
Luciano Coimbra - Quando foi que surgiu a decisão de fazer jornalismo?
 
Alexandre Oliveira - Surgiu quando eu estava encaminhando o final da minha carreira no vôlei. Pensei: “Preciso aprender algo para parar de jogar”. Nesse momento eu jogava em Chapecó, no oeste de Santa Catarina. E a faculdade lá tinha na época os cursos de psicologia (não), direito (não), educação física (pode ser) e jornalismo (ah, sempre gostei de escrever!). Fiz uma luta interna a escolha pelo jornalismo porque achei que a vida ativa na comunicação poderia ser mais longa que na educação. Fui e fiz. Mas não foi nada fácil. O time na cidade acabou e fiquei um semestre sem trabalho, sem dinheiro e morando de favor. Comia e escapava do frio, porque lá no inferno é muito frio, com a ajuda dos colegas da faculdade. Tive que viver assim os primeiros seis meses até me transferir para Florianópolis. Segui jogando e cursando a faculdade. E no quinto semestre do curso eu entrei na RBS TV para participar de um concurso. Quem vencesse através do voto popular, seria o novo apresentador do programa Patrola. Ganhei. Comecei na TV num programa destinado ao público jovem. Fiquei 3 meses nele, depois virei apresentador do tempo do Bom Dia Santa Catarina – depois viraria apresentador do telejornal antes de surgir a oportunidade de vir trabalhar no Sportv. Nesse período antes de me formar, acordava às 4 da manhã  e ia para emissora; Saia às 14h e já estava na quadra para o treino às 16h. E tinha a faculdade das 19h às 22h. O esforço valeu a pena. Fui campeão da Superliga de vôlei com a Unisul e adquiri uma experiência importante na televisão para o meu trabalho atual.
 
 
LC - Como foi a tua migração das quadras de vôlei para a bancada do Bom Dia Santa Catarina?
 
AO - E acumulei as duas funções de 2001 a 2004. Só em 2005 eu “pendurei as joelheiras”. NO começo fui muito difícil parar de jogar. Tinha feito isso a vida toda. Sentia que podia estar em quadra. Mas era momento de fazer uma escolha. Acho que foi no momento certo. No fim o vôlei não saiu da minha vida profissional.
 
 
LC - A tua condição de atleta influenciou na troca de apresentador do tempo para o SPORTV?
 
AO - Com certeza. Quando parei de jogar em 2005 eu comecei a comentar os jogos que aconteciam em Santa Catarina para o Sportv. Um especialista em uma modalidade, ex-atleta e que entende a linguagem do jornalismo! Seria ótimo para o  canal. E do outro lado, eu. Ex- atleta, jornalista e podendo trabalhar num canal de esportes. Acho que os dois lados da mesa se deram bem. Acho que fui muito importante em transmissões e na cobertura dos grandes eventos da modalidade, pela minha vivência em quadra, por ser da mesma geração que técnicos e atletas, sempre tive bom acesso a todos. Todos sabiam para quem estavam dando uma entrevista.
 
 
LC - Na tua cobertura do Mundial de Vôlei na Itália, participar do treino da seleção brasileira de vôlei acabou sendo notícia nacional. Qual tua visão sobre o convite do Bernardinho para participar daquele treinamento?
 
AO - Primeiro foi uma grande honra. Uma vez numa entrevista com o Murilo, ele disse: “todo atleta deveria ter pelo menos uma oportunidade na vida de defender seu país para entender o que significa e como é essa emoção”. Acho que de certa forma foi isso. Não joguei mas treinei para ajudar minha seleção em um momento importante. Até brinco que era do décimo quinto jogador da conquista do tri mundial. (2 ficaram de fora dos 12 em quadra). Encarei com se fosse minha copa do mundo. Fiquei preocupado porque tinha 5 anos que não tocava numa bola. Fiz o aquecimento tenso, mas peguei confiança assim que fiz o primeiro levantamento para o Giba. Bernadinho disse: “a bola está ótima”. Na minha percepção treinei muito bem. Tanto que sai de quadra achando que podia voltar a jogar. Hahaha!!!
 
 
LC - Você já passou pelo posto de comentarista, repórter e hoje é âncora de um programa diário no SPORTV, qual o maior desafio?
 
AO - O maior desafio é fazer bem feito. Todas as funções tem sua responsabilidade, sua cobrança e seu desafio. Mas por ter jogado, vivido vôlei a vida toda, acho que comentar é mais tranqüilo. Ser repórter exige criatividade, visão critica, dinamismo. Apresentar um programa é preciso tomar cuidado com o que fala e  como fala. Tem que estar muito bem informado, antenado e pensar muito rápido.


LC - Assumir a bancada do Arena SPORTV te afastou um pouco das quadras ou você ainda tem tempo de praticar vôlei?
 
AO - A minha média é de tocar na bola de 5 em 5 anos. Acho que ano que vem deve aparecer algum joguinho. Vôlei não como o futebol que tem sempre alguém jogando. É muito mais difícil ter uma pelada para jogar. Mas nunca deixei de me mexer, já fiz 21k correndo, nadei, fiz triátlon, taekwondo... Agora, se me chamarem hoje, acho que consigo levantar uma bola na ponta.
 
 
LC - Longe  do esporte e do jornalismo, qual tua opção de lazer nas horas vagas?
 
AO - Toco e estudo guitarra. Na minha opinião todos mundo deveria ter uma válvula de escape, se possível. Essa é a minha. Junto com a minha família e uma guitarra as minhas horas livres estão completas.
 
Entrevista no Crônicas - Alexandre Oliveira
Entrevista no Crônicas - Alexandre Oliveira