sábado, 16 de maio de 2015

Entrevista no Crônicas - André Silva

Mais uma entrevista feita para esse espaço e trago até vocês um pouco dos nossos comunicadores e suas opiniões.

O entrevistado de hoje é André Silva, jornalista, apresentador, narrador e repórter da Rádio Gaúcha.

Ele nos conta um pouco de sua trajetória e fala  também dessa nova oportunidade que é nos contar as histórias que se passam dentro dos gramados ou das quadras, na função de narrador.

Curtam abaixo a entrevista com ele.

Luciano Coimbra - Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

André Silva - Escolha ocorreu ainda na infância. Sempre tive o desejo de trabalhar com jornalismo esportivo. Acho que é a minha maior certeza, até hoje. Comecei como estagiário na rádio Bandeirantes, em 4 de abril de 1994. Depois, passei por Gaúcha/CBN (1996-99), Pampa (1999-2002), Rádio e TV Guaiba (2002-04) e Gaúcha, desde 2005.


LC - Trabalhar no rádio sempre foi tua preferência?

AS - No começo sim, mas hoje em dia me sinto preparado para atuar em qualquer veículo. Tive uma experiência, com TV, em 2004, quando a TV Guaíba ganhou a concorrência e transmitiu o Campeonato Gaúcho. Atualmente mantenho Blog na Internet sobre esportes olímpicos e estou escrevendo uma coluna, a cada duas semanas, para a Zero Hora sobre esportes olímpicos, além de matérias para o site da Rádio Gaúcha. Enfim, jornalista precisa se adaptar e não "pertencer" a apenas um veículo.



LC - O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

AS - Sempre esteve no meu horizonte. Quando criança já parava horas em frente à TV acompanhando futebol e outros esportes. Tive a felicidade de ter sido "influenciado" pelas transmissões de Luciano do Valle, sobretudo em outras modalidades, e de ser ouvinte dos grandes nomes das Rádios Gaúcha e Guaíba dos anos 80. Aí ficou bem fácil escolher o caminho a trilhar.



LC - Entrar oficialmente na escala de narradores da Rádio Gaúcha te faz pensar em optar por esse nicho da profissão como principal ou é mais uma opção na tua carreira?

AS - Nunca encarei como alternativa principal de carreira. Reportagem sempre me fascinou, mas gosto de narrar e, no momento, seguirei fazendo ambas. A decisão de mudança ou não, no momento, depende não só de um desejo, mas de oportunidades que estão sendo criadas.


LC -  Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

AS - Ficar com meus filhos e esposa e deixar que eles escolham o programa a ser feito, que pode ser ficar em casa, ir ao cinema, ao parque, enfim.... dar o tempo e a atenção que eles merecem e, que por vezes, ficam escassos pelo dia a dia.


Entrevista no Crônicas - André Silva

Sem comentários!!!



"Meu Deus do Céu que confusão, selvageria

Selvageria alguém brigando com berro na mão
Meu Deus do Céu que confusão, selvageria
Selvageria alguém brigando com berro na mão

Mas a galera se prepara quando alguém gritar
Só vou no vácuo da galera pra não me ferrar
Não me pergunte o que acontece que eu nem sei porque
Só sei dizer que o tempo fecha, achei melhor correr

A multidão vai se afastando, então vou me mandar
Os "homi" chegam a qualquer hora o bicho vai pegar
O camburão já tá por perto o clima vai ferver
Ouvi barulho de sirene achei melhor correr."

Com essa letra da Banda Rastaclone - que já tocaram na sala do meu outro apartamento, num show pocket especial (quem duvida, passa na minha página do Youtube que tenho os vídeos lá) - fica o meu sentimento com relação a vergonha e selvageria dos atos que ocorreram na partida entre Boca x River pela Libertadores 2015, no Estádio de La Bombonera.

Todo mundo sabe que a torcida argentina é mais apaixonada pelos seus times e que as reações transcendem a lógica e a razão, mas chegarem em vias de agressão aos profissionais que lá estavam para participar do espetáculo é demais para a minha cabeça.

Spray de pimenta no túnel de acesso ao vestiário do River, garrafas e outros objetos arremessados no gramado, quase 3 horas para que a equipe visitante consiga deixar o gramado, são atitudes que mais se encaixam na época de batalhas medievais.

Ainda não evoluímos??? Vivemos na Idade da Pedra???

Pelas cenas vistas, sim. E os atos tomaram conta dos noticiários pelo mundo. Não pela beleza de uma disputa de clássico, como é Boca x River, como é Barça x Real, como é o nosso Gre-Nal, mas sim pelo comportamento varzeano - e olha que na várzea as competições são mais civilizadas...

Hoje o Boca tem a oportunidade de se defender.
Mas tem defesa???
O que vão alegar???
Que foi a torcida do River?

MAS ERA CLÁSSICO DE TORCIDA ÚNICA!!!

Vão por a culpa na Polícia Argentina? O vão tentar usar uma pseudo-tese de complô do próprio River para prejudicar o seu rival na competição que eles apresentaram a melhor campanha da primeira fase?

Uma chance de explicar o inexplicável. De justificar o que não se justifica. De apresentar defesa de um fato indefensável.

Uma chance que não era para ser dada. Mas em se tratando de Conmebol, podemos esperar qualquer atitude e decisão.

Só espero que não fique impune como andou ocorrendo em anos anteriores com o Corinthians no acontecimento de Oruro e com o Real Garcilasso e os atos racistas de sua torcida contra o volante Tinga, na época jogador do Cruzeiro.

Sei que esse post ficou um tanto grande perto dos outros que escrevo aqui, mas até hoje estou tentando digerir o que fiquei acompanhando até as 2 da manhã da madrugada de quarta para quinta-feira.

Espero que eu possa voltar a escrever coisas boas sobre esse caso. E o bom seria uma condenação exemplar ao Boca Juniors e sua torcida.

Torcida do Boca Juniors,  num dos raros momentos de festa na partida contra o River Plate pelas oitavas de final da Libertadores 2015. - Foto: AP