terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Dinheiro e felicidade: paralelos ou perpendiculares?

Falar de grana e falar de felicidade parece a mesma coisa, certo?

Errado. Nem sempre ter dinheiro significa ter felicidade e ter felicidade significa ter dinheiro.

Podemos ser felizes sem dinheiro e ter uma montanha de grana e estar na amargura e sozinhos na vida. é uma questão para debatermos sobre horas a fio, sentados em uma mesa de bar ou no sofá de casa. Ao redor da lareira ou em frente a churrasqueira. Com um chimarrão na mão ou com o isopor cheio de cerveja. Independente da maneira, esse assunto rende uma boa discussão.

Trago ele como pauta do meu blog inspirado no que escreveu hoje à tarde o colega de profissão (posso chamar assim, já que estou estudando jornalismo...) Filipe Duarte, jornalista da Rádio Guaíba.

Essa história de dinheiro e felicidade pode caber para quem vive em condições de miséria, ou quem passa por necessidades financeiras para se manter com o mínimo de dignidade na nossa sociedade de hoje.

Posso me considerar uma pessoa que não estou em nenhuma dessas classificações, mas se eu tivesse um pouco mais de grana hoje, seria feliz.

-Ué!!!! Tá te contradizendo, Luciano??? (pensamento do leitor)

Não. E explico.

Nas condições que vivo hoje, mais grana me faria mais feliz. Não teria a ansiedade de estar sempre correndo atrás de quitar as dívidas que acabaram por surgir, ficaria mais tranquilo para dar aos meus filhos uma vida com um pouco mais de conforto e poderia aproveitar um pouco mais as horas de lazer.

E para um jogador de futebol que ganha 300, 400, 500 mil reais por mês, ganhar mais dinheiro seria a felicidade???

Será que uma pessoa com uma renda dessas nos dias de hoje é infeliz? Pode ser.

Ele pode não estar realizado profissionalmente, mesmo ganhando essa Babilônia de dinheiro.

Mas jogar na China, Nos Emirados Árabes, Catar entre outros países que pagam mundos e fundos para os estrangeiros seria a busca por uma realização profissional?

Não acredito que eles precisem de mais dinheiro. Acredito que podem abrir mão de locais com culturas muito diferentes da nossa, com conceitos de liberdade diferentes (aqui cito a Arábia...), com lideranças e cobranças muito distintas.

Será que Nilmar é feliz na Arábia? A família se adaptou? Ir para a China fez bem à Diego Tardelli?

Chegar ao patamar maior no futebol que é defender a seleção do seu país não é o mais importante hoje?

Acho que não....

Vários jogadores estão abrindo mão desse futuro por uma conta bancária recheada de zeros.

- e tu? Não iria para um emprego onde ganhasse 3x, 4x mais do que tu ganha hoje?

Iria. Se tivesse junto disso tudo uma compensação e uma satisfação profissional.

Não me vejo dando aula de Educação Física para crianças de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, mas já surgiu essa oportunidade. E não fui.

Claro que ganhar bem agrada todo mundo, mas ganhar bem fazendo o que se gosta é muito melhor.

Não sei se é o que anda acontecendo com nossos boleiros que rumam para o Oriente futebolístico.