sábado, 26 de setembro de 2015

Entrevista no Crônicas - Filipe Duarte

Fala pessoal que acessa o meu blog!!!

Não ando com muito tempo para escrever sobre futebol e seus desdobramentos - e olha que estão acontecendo tantos.... -  mas o espaço que abri aqui para trazer entrevistas com jornalistas e pessoas influentes e conhecidas no meio do esporte e do futebol eu estou tentando manter ativo e com novidades.

Na edição de hoje do Entrevista no Crônicas, trago um papo com Filipe Duarte, jornalista, repórter e comentarista da Rádio Guaíba.

Nesta conversa, ele fala sobre seu início de carreira, fatos inusitados e como ele vê o futuro da profissão.

Aprecia e indica!!!

Luciano Coimbra: Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

Filipe Duarte: Não é demagogia, sempre quis ser jornalista. Quando era pequeno, recortava as frases dos jornais e revistas e montava minhas próprias notícias, em um jornal próprio. Gostava de ler e escrever, e com certeza isso me impulsionou. Só tive uma pequena dúvida durante a faculdade de Comunicação Social, quando tive de decidir entre Publicidade e Jornalismo. Acabei optando e acho que não me arrependi. Em conjunto com as aulas, estagiei no jornal Minuano de Bagé (cidade onde também me formei). Após a formatura, rumei para Bento Gonçalves, onde minha família residia há quase um ano. Meu pai era militar e havia se mudado. Eu permaneci na fronteira até concluir o curso.


LC: Trabalhar no rádio sempre foi tua preferência?

FD: Pois nunca imaginei. Via no rádio um veículo obsoleto, com uma linguagem mais formal. Essa percepção começou a mudar nos últimos semestres da faculdade, nas cadeiras de radiojornalismo. Depois, foi a primeira porta que se abriu quando procurava emprego - a Rádio Viva News, de Bento Gonçalves. Lá tive um ótimo editor-chefe, que me ensinou principalmente que não é preciso ter uma boa voz aveludada para se fazer rádio, mas principalmente ter conteúdo. Desde então, tento colocar em prática.


LC: O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

FD: É engraçado porque não via o esporte e o jornalismo se cruzarem. Sempre fui muito ligado ao futebol. Meu avô foi goleiro na década de 60, jogou no Bagé, 14 de Julho de Livramento, Gabrielense, e sempre me incentivou (junto com meu pai) a praticar e assistir futebol. Mas jornalismo para mim era algo mais "sério", que não permitia o esporte ou outra prática lúdica. Aos poucos, conforme estudava, fui perdendo este preconceito - embora goste de tratar o jornalismo esportivo com muita seriedade. Com a mesma responsabilidade como se estivesse tratando da editoria de política, polícia ou geral. Já fiz coberturas nestas outras áreas, mas me vejo mais à vontade no futebol. E vejo o futebol como qualquer outra especialidade, que mereça aprendizado e atenção constante para ser abordado diariamente.


LC: Como tu vês o futuro da profissão de jornalista com a força que têm as redes sociais e a internet?

FD: Não vejo o jornalismo e as redes sociais competirem, vejo uma contribuição mútua. Para o jornalismo, as redes são mais um meio de divulgação e busca por pautas. Para as redes, o jornalismo deve ser o meio de largada para bons debates. Ainda vejo o jornalista diferenciando-se, desde que se comprometa a executar sua tarefa principal de maneira digna: dar publicidade ao fato real de maneira isenta, relatar os fatos. É uma tarefa árdua, pois todos nós, seres humanos, temos lado. Porém, o jornalista precisa se despir disso ao informar. Quando lhe cabe o espaço do comentário, a opinião pode ser transmitida tranquilamente. Quando a missão é apenas reportar um acontecido, deve se deixar de lado as convicções e preferências (seja de qual for a natureza).


LC: Dentro das transmissões esportivas, alguma situação inusitada ou engraçada já ocorreu contigo?

FD: Acho que não muitas, talvez pelo pouco tempo de carreira (8 anos). Uma boa história aconteceu quando ainda trabalhava em Bento Gonçalves e fazia a cobertura dos treinos e jogos do Esportivo. Então, aconteceu que saí à noite e presenciei uma briga do lado de fora de uma boate. Eram dois jogadores do mesmo time que estavam brigando a socos por causa de uma mulher, completamente bêbados. Quando um deles me reconheceu, veio para cima de mim, dizendo que eu não noticiasse nada na rádio no dia seguinte, pois ele tinha esposa que morava em outro Estado e, se ela ouvisse ou lesse a notícia no site da rádio, poderia acabar o casamento. Expliquei que não o faria, mas que a notícia iria vazar pois tinha muita gente vendo a briga. Eles me ameaçaram e fui embora para a casa. No outro dia, antes de eu chegar na rádio, um ouvinte ligou e fez a denúncia a outro repórter, que noticiou a briga dos jogadores no ar. À tarde, quando fui ao treino, tive medo de que os jogadores cumprissem a promessa da ameaça, mas aconteceu exatamente o contrário. O jogador me procurou depois da atividade, no estacionamento do estádio e me pediu desculpas pelo ocorrido. Disse que tinha ouvido que a notícia não havia sido dada por mim e que, inclusive, sabia quem havia lhe dedurado à rádio: o próprio dirigente do clube que, por ter salários atrasados a pagar, não tinha como cobrar multa do jogador. O diretor havia sido informado da briga por um taxista e preferiu entregar a informação à rádio como forma de punição ao atleta. O jogador, descobrindo a armação, pediu para deixar o clube e voltou à sua cidade.


LC: Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

FD: De uns tempos para cá, me ensinei a aproveitar as horas de folga. Antes ficava escutando o rádio ainda, não conseguia me desconectar. Hoje, quando possível, aproveito para sair com a esposa, com meus cachorros. Gosto de sair à noite também, ouvir uma boa música em um barzinho, jogar conversa fora com os amigos. Ou simplesmente ler livros, assistir a filmes. Dou preferência a temas históricos, verídicos. Assim, continuo aprendendo, mesmo que em momento de lazer.


Entrevista no Crônicas - Filipe Duarte

sábado, 19 de setembro de 2015

Entrevista no Crônicas - Felipe Nabinger

Mais uma edição do Entrevista no Crônicas e trago hoje um papo com Felipe Nabinger, jornalista e radialista com passagens por Unisinos FM, Zero Hora e Rádio Gaúcha.
Nabinger nos conta um pouco de sua trajetória no jornalismo e como ele vê o futuro da profissão com as inovações da internet.

Aproveitem esse papo e conheçam um pouco mais dele:

Luciano Coimbra: Como foi a tua escolha e o início na carreira de jornalista?

Felipe Nabinger: A escolha se deu já quando estava na universidade. Havia escolhido cursar Publicidade e Propaganda, mas após um ano vi que estava na área certa, a comunicação, mas com o foco errado. Conversei com colegas e professores do Jornalismo e resolvi pedir transferência. Não me arrependo.


LC: Trabalhar no rádio sempre foi tua preferência?

FN: Era muito tímido quando jovem. Mesmo assim, dentro do Jornalismo, o foco da minha preparação para ingressar no mercado de trabalho foi o rádio. Fiz um estágio na Unisinos FM 103.3 e desde então não larguei mais essa "cachaça".


LC: O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

FN: Sempre acompanhei jornadas esportivas na Gaúcha e na Guaíba. Apesar de não ter habilidade com a bola nos pés, sempre gostei de futebol.


LC: Como tu vês o futuro da profissão de jornalista com a força que têm as redes sociais e a internet?

FN: Estamos nos adaptado ainda, mas é fundamental alinhar o processo produtivo com as novas tecnologias. No entanto o que me preocupa é a "caça pelo clique". Vejo alguns veículos/profissionais mais preocupados com número de cliques do que com a transmissão de informação de qualidade. Manchetes apelativas, sem um conteúdo de qualidade, tendem a diminuir a credibilidade.


LC: Dentro das transmissões esportivas, alguma situação inusitada ou engraçada já ocorreu contigo?

FN: O mais inusitado foi fazer um boletim ao vivo durante a Copa do Mundo de 2014 dentro de um barco, no "Encontro das Águas", em Manaus. Entre o Rio Negro e o Solimões dei as informações de um jogo que aconteceria dentro de algumas horas na Arena da Amazônia. Também na Copa, participei da entrevista de Cristiano Ronaldo na Zona Mista de EUA x Portugal. Digo "participei" porque os assessores da Federação Portuguesa de Futebol limitaram a entrevista a três perguntas de jornalistas lusitanos. Nunca vi tantos jornalistas brigando por espaço para pelo menos captar o áudio. Nessas horas ter 1,90m de altura tem suas vantagens.


LC: Nos momentos de lazer, quais tuas opções para descontrair?

FN: Sou muito caseiro. Gosto de assistir a filmes e seriados. Netflix vicia.


Entrevista no Crônicas - Felipe Nabinger

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Chances da Dupla nessa reta final de Brasileirão

Brasileirão se aproxima da metade do segundo turno e a Dupla Gre-Nal começa a mostrar uma nova pintura para o final da competição.

O Grêmio segue na busca pelo título brasileiro e a equipe de Roger Machado se mostra muito focada nessa conquista, tanto que a derrota em casa para o São Paulo na penúltima rodada não abalou o ânimo dos jogadores.

Mesmo com o revés para os paulistas, o Grêmio foi a Curitiba e conquistou uma vitória diante do Atlético Paranaense.

Com a ajuda do Inter - isso mesmo!!!! O Inter acabou ajudando o Grêmio com sua vitória sobre o Corinthians - o tricolor diminuiu para 6 pontos a distância que tem para o líder e se credencia novamente a ser um forte candidato ao título.

Já o Inter, que vinha desacreditado devido a sua inconstante campanha, engrena uma vitória sobre o atual líder da competição e consegue se aproximar da disputa pela última vaga no G4.

Com esse resultado e a ajuda do Grêmio - isso mesmo de novo!!!! O Grêmio com sua vitória frente ao Atlético Paranaense acabou ajudando o Inter e deixando o time paranaense mais longe do G4 - a equipe colorada consegue um salto dentro da tabela e se aproxima de São paulo, Palmeiras, Flamengo e Santos.

Posso colocar que a última vaga do G4 será preenchida por um desses 5 clubes que acabei de citar. (já considerando que Corinthians, Atlético Mineiro e Grêmio estão garantidos)

Assim se fechou a última rodada, com a dupla se ajudando (mesmo sem querer....) e subindo ainda mais em busca dos seus objetivos para o Brasileirão 2015.