quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Melhor e o Pior

Lendo os tweets de hoje a tarde, me apropriei da ideia de Mauricio Saraiva para escrever este post aqui.
No programa Diretoria F.C., que vai ao ar na TVCom todas as noites às 21hs e é apresentado por Mauricio Saraiva e Débora de Oliveira, irá trazer um tema que mexe com as torcidas dos grandes clubes da capital.
Qual o ataque mais eficiente? Grêmio ou Inter?
Se formos levar em conta os números do Brasileirão 2011, o ataque colorado está entre os três melhores da competição, enquanto que o tricolor amarga as últimas colocações.
Comentei via Twitter com Mauricio Saraiva que, na minha opinião, essa eficiência de um e ineficiência de outro passa e muito pela atuação dos meias das duas equipes.
Como pode um atacante, que vive de fazer gols, não ser abastecido de bolas em condições plenas de colocá-las para a rede?
É só obrigação do atacante buscar o jogo e correr atrás do objetivo maior do futebol?
Acredito que o meio campo do Inter está em melhores condições de colocar Leandro Damião e companhia nesta marca de segundo melhor ataque da competição nacional.
Já o mesmo setor do Grêmio ainda busca a melhor forma de municiar seus atacantes com a possibilidade de converter as chances criadas em gols.
Fato este que é demonstrado nos números, tendo o setor ofensivo tricolor um baixo rendimento.
Também acredito que a habilidade individual de cada atacante favorece e facilita bastante o trabalho dos meias.
Simples assim: se a bola chega e o atacante não converte, problema do atacante. Se a bola não chega e mesmo assim o atacante converte, problema dos meias.
Agora se a bola não chega e o atacante também não converte, onde está a causa do problema?
Reflexão para diretores e técnicos dos dois clubes...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Passei por algo parecido...

Hoje a tarde tive treino de FUTSAL com os meus "atletas" da escola.
Estamos participando da Taça Escolar, uma competição entre escolas de Porto Alegre e Região Metropolitana.
E estava me lembrando de um episódio que me aconteceu neste domingo que passou.
Fiz a "convocação" dos meus alunos - é assim que eles chamam quando os escalo para as rodadas da Taça -  que iriam participar dos jogos de sábado e domingo passado.
Levei a categoria Mirim ao ginásio do Colégio Santo Antônio no sábado e ao Colégio Israelita no domingo.
Só que um fato me aconteceu bem parecido com o assunto do momento: Mario Fernandes.
Um dos meus alunos que estava escalado para os dois dias de jogos não apareceu no embarque da van no domingo pela manhã.
Como eles sabem, minha posição é de não esperar aluno que se atrasa para qualquer evento que tenhamos marcado com antecedência.
E foi o que fiz.
Fomos para os jogos contra Israelita e Bom Conselho com um atleta a menos no banco de reservas e sem poder fazer substituições decorrente das regras da competição.
Explicação? Só obtive por que perguntei para ele o motivo da ausência.
A resposta dele foi a seguinte: - Sor, me acordei tarde.
No momento falei para ele que isso era falta de compromisso comigo e com os colegas que o esperavam para atuar junto nos dois jogos.
Mas será que ele estava realmente afim de ir jogar?
Começo a refletir sobre as decisões de Mario por vivenciar um caso bem semelhante, mas sem as devidas dimensões.
Feito o relato, repenso se a imposição de se apresentar à seleção é obrigatória.
E ainda não achei uma resposta.
Sei o que passa o treinador, mas como educador também procuro entender o lado do adolescente.
É como estar entre a cruz e a espada...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mudança de rumo

Certo de que escreveria sobre a rodada 100% da Dupla Gre-Nal, fui pego de surpresa ao ver notícia no Globo Esporte RS da desistência de Mario Fernandes em fazer parte do grupo de jogadores para a partida de volta do Superclássico contra a Argentina.
Eu que já fui jogador de FUTSAL quando criança e adolescente, não consigo entender o que leva um jogador profissional a desperdiçar a chance de ouro: fazer parte da SELEÇÃO BRASILEIRA.
Claro que deve haver alguma explicação e Mario fará isso quando achar conveniente.
O que não é compreensível é a forma como se deu o fato.
Após fazer mais uma bela apresentação pelo Grêmio, e de comemorar a segunda convocação pelo técnico Mano Menezes, Mario optou por não jogar a partida de quarta contra a Argentina.
Ao que consta, quando procurado por seu empresário, se limitou a dizer que não sentia segurança em participar do grupo de jogadores e que nada tinha a acrescentar aos comandados de Mano.
Desde seu primeiro episódio de sumiço, em 2009, fica aparente a necessidade de um acompanhamento psicológico com os garotos da base, para que não volte a ocorrer episódios como este.
O futebol está cada vez mais focando o seu trabalho em cima de adolescentes que não mostram maturidade para assumir as responsabilidades de representar uma instituição como o seu clube e a seleção de futebol do seu País.
Casos de saída para clubes da Europa e um retorno relâmpago pela falta de adaptação, mostram que só jogar futebol não basta.
É preciso trabalhar o interior do jogador e suas responsabilidades.

sábado, 24 de setembro de 2011

Entrevista no Crônicas - Jota Júnior

Pessoal

Estou conseguindo cumprir com o meu propósito.

Trazer para vocês, cada semana, uma entrevista diferente com algum jornalista esportivo ou alguém ligado ao futebol.

Nesta semana, meu entrevistado é o narrador do Canal SPORTV, Jota Júnior

Agradeço a oportunidade que me foi dada de trocarmos algumas palavras e poder trazer à público um pouco da trajetória deste narrador de talento.

Segue abaixo a entrevista:

Luciano Coimbra: Sua carreira começou pelo rádio e jornal, mas qual foi sua primeira transmissão de TV?

Jota Júnior: Minha primeira transmissão de televisão foi numa São Silvestre, pois eu trabalhava na Rádio/TV Gazeta e o evento era exclusivo dela.      Foi em 1977. Fiz um posto no circuito e o narrador era Peirão de Castro, saudoso comunicador e muito amigo.       Narrando, foi em vetês pela própria Gazeta, jogos do campeonato paulista.


L.C.: Além das transmissões de futebol, quais outros esportes você já transmitiu?

J.J.: Já transmiti futsal, basquete, vôlei, tênis, atletismo, hóquei sobre patins, tênis de mesa, sinuca, futebol americano, automobilismo, boxe, luta livre.


L.C.: Você sempre trabalhou em transmissões de rádio e TV como narrador ou também fez cobertura como repórter de campo?

J.J.: Logo no inicio de minha carreira, 1969, fiz reportagens de campo para a rádio clube de Americana.      Mas por pouco tempo.       Na tevê só narrei.


L.C.: Nas transmissões de outros esportes que não futebol, qual a maior dificuldade, as regras ou a técnica e tática de cada esporte?

J.J.: Há modalidades que são muito técnicas e requerem comentarista especializado na jornada.      Atletismo e automobilismo, por exemplo.      Mas estudando bem as regras e regulamentos, dá para fazer um trabalho simples e correto, sem comprometer.


L.C.: Quais suas preferências de lazer para os momentos livres?

J.J.: Meu lazer principal já foi praticar futebol e tênis.      Mas parei com essas atividades e hoje apenas curto leituras, internet, televisão e rádio, além da familia por perto, evidentemente.

Jota Júnior

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Não era o que se esperava - Parte II

O título é o mesmo, mas o conteúdo bem diferente.
O jogo de ontem do Grêmio foi desastroso para as pretensões tricolores na competição nacional.
E para piorar a situação, a equipe fez uma boa apresentação frente ao time do Botafogo.
Só que os resultados não se baseiam apenas em boas apresentações.
Além de fazer um bom jogo, é preciso fazer gols e isso já está incomodando a torcida tricolor.
A falta de gols do time gremista fica clara nos números do Brasileirão.
É o segundo pior ataque da competição, tendo apenas o Atlético Paranaense com números piores que o do tricolor.
Apesar de conseguir escalar a mesma base de time desde a sua chegada, Celso Roth não consegue encontrar o ataque ideal para transformar em gols as oportunidades que a equipe vem criando.
O esquema de jogo escolhido pelo treinador coloca três meias para fazer a ligação entre o meio-campo e o ataque.
Só que André Lima atua isolado, Brandão ainda não conseguiu mostrar qualidades para ser titular e Miralles e Leandro não tem o estilo de jogo para atuar sozinhos no ataque gremista.
Cada vez mais o Grêmio se complica na tabela e decreta o ano de 2011 apenas para a fuga do rebaixamento e uma utópica luta por uma vaga à Libertadores da América 2012.
Fica mais claro o "abandono" do ano pelo clube nas declarações dos dirigentes após o jogo de ontem.
O foco principal de reuniões internas e as especulações que surgem já são com pensamentos em 2012.
Equipe e comissão técnica podem sofrer alterações de estrutura e planejamento.
Jogadores são cogitados internamente e outros já se mostram negociáveis.
Para o Grêmio, que termine 2011 de uma vez...
E Feliz 2012!!!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Não era o que se esperava

Jogo fora de casa para reabilitar e voltar à condição de candidato ao título brasileiro
essa era a missão do Inter contra o Figueirense, em Florianópolis.
E as coisas não ocorreram conforme o esperado.
Pelo contrário, além de sair da capital catarinense com um empate, o Inter terá quatro desfalques para o jogo de domingo.
A ausência que será mais sentida é a de Leandro Damião.
O jogador saiu lesionado ainda no primeiro tempo da partida, sentindo o músculo posterior da coxa direita.
Ao que tudo indica, um estiramento muscular com o mínimo de 20 dias de recuperação.
Outras ausências são do jogador Elton, com uma luxação no ombro esquerdo e Kleber e Juan pelo terceiro cartão amarelo.
Cada vez se complica mais a caminhada do Colorado rumo ao G5 e consequentemente ao título da competição.
Será mais uma partida de superação e de esforços para conseguir os três pontos.
É esperar e ver com irá reagir o time do Inter com a ausência de Damião.

sábado, 17 de setembro de 2011

Entrevista no Crônicas - Luciano Calheiros

Retorno com mais um Entrevista no Crônicas.

O entrevistado de hoje é meu xará carioca, tão acostumado com o Rio Grande do Sul que não dispensa nem chimarrão com os amigos, como vocês verão na entrevista abaixo.

Luciano Calheiros é repórter da RBS e SPORTV, fazendo a cobertura da Dupla Gre-Nal em seus jogos e durante a semana de trabalho nos clubes.

Agradeço a disponibilidade por mais esta entrevista e a credibilidade que me é dada para continuar com este espaço de opinião e descontração.

Confira abaixo a entrevista:

Luciano Coimbra: A sua opção pelo jornalismo esportivo tem a ver com alguma ligação com o esporte na infância?

Luciano Calheiros: Com certeza!      Quando tinha 13 anos cheguei a jogar no núcleo infantil do Vasco, em Niterói.      Mas como meu rendimento no colégio começou a cair muito, meus pais me direcionaram mais para os estudos.      Neste caso, investi num projeto para continuar ligado ao esporte, principalmente ao futebol.


L.Coimbra: Dentro do jornalismo esportivo, existe alguma diferença entre as regiões na qual já trabalhaste?

L. Calheiros: Acredito que exista sim, principalmente pelos aspectos culturais e dimensão dos clubes em cada região.      Isso certamente influencia na maneira de tratar uma notícia e debatê-la.      Sem falar na diferença de espaços destinados ao esporte, que varia muito.


L. Coimbra: Tua vinda para Porto Alegre foi uma opção pessoal e como foi a adaptação ao Sul?

L. Calheiros: As duas coisas.      Em 1999 o SPORTV precisava de um repórter local na Região Sul, para atuar nos três Estados.      Como minha ex-esposa é gaúcha, a questão pessoal favoreceu bastante.      Hoje me sinto praticamente um gaúcho, de tomar chimarrão com os amigos e trocar a picanha pela costela nos churrascos!


L. Coimbra: Por acompanhares o dia-a-dia dos clubes, os pedidos de camisetas e vaga para crianças nas equipes de base é grande?

L. Calheiros: Faz parte da nossa rotina, mas precisamos tratar a questão com os cuidados que ela merece.      A relação jornalista-clubes de futebol é estritamente profissional, portanto não cabe esse tipo de favores.      No meu caso, costumo ser bem sincero e evito essas situações.


L. Coimbra: Falando de lazer, quais são as suas preferências?

L. Calheiros: Viajar é o meu grande hobby, principalmente a lugares que não conheço.      Mas também, como bom carioca, praia é sempre uma boa pedida!

Na Foto: Luciano Calheiros e Milton Leite

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O lado obscuro do futebol

Após escrever o post que fala sobre o rebaixamento do Xavante, fui em busca de mais informações sobre o ocorrido.
Já tinha um acompanhamento do fato por sites de notícias, mas achei melhor correr atrás de mais alguma informação que pudesse esclarecer o caso.
E não é que me deparo coma uma informação que me deixa mais atônito ainda.
Coloquei no post que a culpa do rebaixamento era da diretoria por não ter buscado maiores esclarecimentos à respeito da situação do jogador contratado.
Só que o fato não é verdadeiro.
A diretoria do Brasil, em parceria com a Federação Gaúcha de Futebol, solicitou à Federação Mineira o relato das punições e a real condição de jogo do lateral Claudio.
Recebeu o OK por parte dos mineiros e os dados não foram contestados pela CBF.
Mas a maior de todas as barbaridades está nos prazos que a CBF não conseguiu cumprir.
Com 45 dias de antecedência, a direção do Brasil de Pelotas solicitou um relatório sobre a situação do jogador em questão e não foi atendido.
A desculpa da CBF é de que não havia tempo hábil para tal.
Só que 48 horas, isso mesmo, 48 horas foram suficientes para que a CBF aceitasse a denúncia a respeito da  inscrição irregular do lateral.
Para isso havia tempo hábil. Para a busca da informação e possível correção na inscrição do atleta necessitava mais tempo.
Já trabalhei no meio do futebol, como preparador físico e auxiliar técnico das categorias de base em um clube conhecido de Pelotas, e sei bem como são os bastidores do esporte.
Atletas que são escalados, mesmo sem condições físicas, por pressão de diretores, reservas que não tem chance no time titular e apresentam rendimento técnico melhor, aceitação de "conselhos" por parte dos treinadores sobre escalação e contratação de jogadores ligados à direção de futebol, são algumas formas que cito de indicação e intromissão nas definições das equipes.
Se o futebol fosse jogado só dentro do gramado, sem as peripécias e trapalhadas de dirigentes e Federações, o esporte seria mais bonito e com certeza, muito mais atraente para o torcedor.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Muito amadorismo

Fui pego de surpresa hoje a tarde por uma notícia que me deixou ao mesmo tempo perplexo e indignado.
Xavante está rebaixado para a Série D do Campeonato Brasileiro por causa da utilização irregular de um atleta no início da competição.
No primeiro jogo da primeira fase, o Brasil escalou o lateral Claudio, jogador que havia sido expulso no jogo entre ABC e Ituiutaba (atual BOA) em novembro de 2010 e acabou por não cumprir a suspensão de um jogo, uma vez que andou por vários outros clubes sem disputar partidas por competições nacionais.
A equipe pelotense já havia sido julgada e absolvida em primeira instância, mas como a Procuradoria do STJD e a equipe do Joinville recorreram da decisão, o clube acabou sendo punido pelo Artigo 71 do Regulamento Geral da CBF, que determina que as punições sejam cumpridas mesmo em competições subsequentes.
Desta forma, o Xavante não tem mais condições de alcançar o Santo André, clube que está a sua frente com sete pontos.
O Brasil aparece agora na última colocação da chave com apenas três pontos e uma partida a ser disputada.
É simplesmente inadmissível que uma diretoria não se informe sobre o histórico dos jogadores que contrata.
A culpa por este rebaixamento é pela falta de profissionalismo dos dirigentes rubro-negros.
Não tem como explicar à fanática e apaixonada torcida Xavante que foi uma falta ou um pequeno equívoco.
É hora de repensar as políticas de gestão do clube que possui a maior torcida do interior do estado e que é conhecida como " A Maior e Mais Fiel".
Força torcida Xavante! É apenas mais uma provação que precisamos passar para mostrar aos dirigentes que encabeçam o departamento de futebol do clube que nada separa o torcedor de sua maior paixão: o Rubro-Negro da Baixada!!!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sem ligar para o fanatismo

Não consigo entender como as pessoas são tão fanáticas por seus clubes do coração que chegam ao ponto de cegar para a realidade.
Hoje não existe nenhum centroavante melhor que Leandro Damião em atividade no Brasil. Ponto!
É uma afirmação que faço sem medo de errar.
O que é mais importante na vida de um atacante de qualquer clube de futebol no mundo? Fazer gols.
E no Brasil qual é o maior goleador em 2011? Leandro Damião.
Com 37 gols em 45 partidas e média superior a 0,8 gols por jogo não tem como deixar de exaltar a qualidade do atacante do Internacional.
Versátil, fazendo gols de cabeça, perna direita e esquerda, Damigol, como é carinhosamente apelidado pela torcida colorada, não passou por categorias de base como a maioria dos jogadores profissionais.
Seu começo foi nos campeonatos de várzea e só com 17 anos, seu pai conseguiu um teste no Atlético de Ibirama, uma cidadezinha no interior de Santa Catarina, onde foi aprovado e incluído no elenco principal do clube.
Fez passagens rápidas por outros clubes do estado catarinense e se destacou em 2009 quando foi goleador do Campeonato Catarinense pelo mesmo Atlético de Ibirama.
Contratado por empréstimo pelo Inter, foi aprovado e passou a integrar o elenco de juniores e posteriormente o Inter B.
Assim que demonstrou seu potencial a diretoria colorada adquiriu seus direitos federativos e o incluiu na equipe principal.
Tem demonstrado através de apresentações irretocáveis que está credenciado a ser o camisa 9 da Seleção Brasileira na Copa de 2014.
e mesmo com uma meteórica carreira, ainda assim existem torcedores que não conseguem admirar o futebol do jogador por estar ele atuando pelo clube rival.
Futebol arte é para ser apreciado independente de paixão clubística.
Ainda mais se estiver com a grife de goleador do ano.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dança das cadeiras

Tem coisas no futebol que eu não entendo e nem sei se um dia entenderei.
A profissão de técnico de futebol pode até ser bem remunerada, mas que é ingrata isso é.
Não sei por que ainda se baseiam nos resultados para avaliar a qualidade de treinamento e o trabalho do treinador profissional no futebol brasileiro.
Geralmente o técnico que não consegue engrenar boas atuações do seu time ou resultados expressivos, é sacado do cargo e outro vem para o seu lugar até que consiga mostrar serviço.
Só que as vezes isso não é tão comum dependendo da grife do treinador.
Mancini é um treinador sem grife.
Seu time não conseguiu resultados expressivos nos últimos quatro jogos -  duas derrotas como visitante e dois empates em casa - e após o último empate em casa contra o Atlético Goianiense, um time que luta contra o rebaixamento,  foi demitido.
Já figuras como Vanderlei Luxemburgo e Luis Felipe Scolari acumulam vários resultados negativos e seus cargos não são ameaçados.
O Motivo seria pela alta multa rescisória ou pela grife que eles apresentam?
Só o Flamengo do técnico Luxemburgo já acumula oito jogos sem vitória, sendo cinco deles com derrota, e vários para equipes que lutam contra o rebaixamento.
O Palmeiras de Felipão, com dois empates e duas derrotas nos últimos quatro jogos, também vem de atuações discutíveis pela torcida e se distancia da briga pelo título do campeonato.
É perfeitamente visível a diferença de tratamento entre os técnicos.
Uns continuam na busca por espaço enquanto outros tem vaga garantida só em cima do seu passado de vitórias e títulos.
Assim fica mias fácil entender quando os treinadores escalam alguns atletas que não mostram total condição para atuar por suas equipes, tanto na parte física quanto técnica.
E como uma bola de neve, o problema só aumenta e vai passando por todas as esferas do clube.
Está na hora de dar maior credibilidade ao trabalho a longo prazo para treinadores de menos expressão e suas comissões técnicas.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Entrevista no Crônicas - Débora de Oliveira

Valeu a pena esperar...

Mais uma Entrevista no Crônicas com jornalistas ou pessoas ligadas ao futebol.

Minha entrevistada de hoje é Débora de Oliveira, repórter e apresentadora da RBS e TVCom.
Débora divide o Círculo Central do Diretoria F. C. com Maurício Saraiva, meu primeiro entrevistado, com muita competência e qualidade jornalística.
Também faz as reportagens e acompanha a Dupla Gre-Nal em seus jogos, trazendo informação dos times durante as partidas.

Venho aqui agradecer a disponibilidade e confiança no trabalho que é feito aqui no blog e deixo abertas as portas para os comentários.

Confira abaixo a entrevista:

Luciano Coimbra: Como surgiu a ideia de trabalhar no jornalismo esportivo?

Débora de Oliveira: O meu sonho era ser atleta.     Fiz ginástica olímpica e joguei vôlei, minha segunda paixão.      Mas parei de crescer e, então, tive que optar por outra profissão.      Como sempre fui muito comunicativa, meus professores do segundo grau me incentivaram, me colocando para apresentar os eventos do colégio.      Então escolhi o jornalismo.      Muito mais para ficar perto do esporte do que para ser jornalista em si.     Porque quando comecei no rádio, fazendo futebol, eu ainda nem tinha passado no vestibular.


L.C.: É mais complicado para uma repórter fazer matérias sobre futebol, em comparação aos homens, já que o meio do esporte é um pouco machista?

D.O.: Sou jornalista esportiva como qualquer homem.     Tenho responsabilidades iguais as deles, e necessidade de me superar como eles, a obrigação da informação correta, tal como eles.     Vou pra chuva como eles, pro frio como eles, pro calor, como eles.     Não há nada de diferente!


L.C.: Anterior a tua profissão, qual era a tua ligação com o futebol e outros esportes?

D.O.: O futebol representa o começo de tudo.     Era criança, filha única, e meu pai não tinha quem levar aos jogos dele e me levava.     Ele jogava futebol amador e era muito famoso na minha cidade (Novo Hamburgo).     Eu ia a todo os jogos com ele.     Me levava ao jogos do Novo Hamburgo, aos do Grêmio no Olímpico, aos do Inter no Beira-rio.     Eu amava aquele ambiente.     Amava quando ele fazia gols e quando as pessoas o elogiavam.     Foi graças ao meu pai que o futebol me trouxe grandes alegrias.     Por isso que esse esporte não é apenas o mais querido do Brasil.     É o mais querido da minha vida também.     Mas já joguei vôlei e fiz Ginástica Olímpica!


L.C.:  Em matéria de jogadores e treinadores, existe aquele que é mais simpático com uma repórter numa coletiva do que com um colega homem?

D.O.: Não há diferenciação no tratamento e nem mais preconceito(sim! já existiu!!).     A importância da mulher é igual a importância do homem, somos profissionais.     Estudamos, nos preparamos, aprendemos, tivemos o mesmo percurso...     Só que somos vistas (por uma grande minoria) como intrusas em um mundo masculino, mas isso já não existe mais.     O espaço é de todos.     Meus colegas me tratam de maneira igual e os jogadores também, se precisam ser educados, são com todos.     Se resolvem não falar, não falam pra ninguém.     O mercado agora é neutro, cabe aos veículos contratarem mais.


L.C.: Para distrair da rotina de televisão e rádio, quais são as tuas opções de lazer?

D.O.: Eu gosto de estar com os amigos... sempre!!!     No cinema, em casa, jantando, dançando.     Tenho necessidade de estar rodeada de pessoas.     Sou filha única e não gosto nada nada de ficar sozinha!!!


Débora de Oliveira

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Maior Clássico do Interior

Quem ainda não assistiu a um Bra-Pel não sabe o que está perdendo.
Não importa se o jogo é na Baixada ou na Boca do Lobo, a emoção de ver o maior clássico do interior do estado é única.
Tanto Brasil quanto Pelotas, mesmo que estejam vivendo momentos diferentes em qualquer competição que seja, entram com a maior vontade possível quando se trata de um Bra-Pel.
Falar do clássico e não citar a paixão das duas torcidas é como visitar Pelotas e não provar seus doces ou estar em Porto Alegre e não ir no Gasômetro.
Essa particularidade de se ter em Pelotas, duas equipes que apaixonam tanto os moradores daquela cidade que eu cresci e aprendi a gostar de futebol, só se compara a paixão do torcedor pela Seleção Brasileira em ano de Copa do Mundo.
Se for feita uma enquete na cidade, não me arrisco a dizer que 99% dos entrevistados dirão que seu clube do coração ou é o Brasil ou o Pelotas.
Em nenhuma outra cidade do interior esse amor pelo clube local é tão forte quanto em Pelotas.
Só que esse amor todo as vezes extrapola o bom senso e a civilidade dos torcedores.
Sempre que tem clássico, já se sabe que no dia seguinte estará estampado nas manchetes dos jornais de Pelotas que casos de vandalismo e brigas marcaram a saída do clássico.
Já frequentei mais assiduamente o jogo entre Xavante e Lobão e sentia um certo receio de acabar envolvido em confusão mesmo que não seja o responsável pelo fato.
O que acontece é que quando se está identificado com algum dos dois clubes, tu te torna alvo para o rival.
Espero que o brilhantismo do maior clássico do interior não continue a ser manchado por fatos lamentáveis como os que ocorrem em todo final de Bra-Pel.
Fica aqui o meu pedido: mais paz nos estádios.
O campo de jogo não precisa se tornar um campo de batalha.

domingo, 4 de setembro de 2011

Ter camisa 9 faz diferença

Hoje pode ser visto a diferença que faz um camisa 9 no elenco.
Tanto azuis como vermelhos são reféns de um centroavante que resolva os jogos.
E nos jogos contra Atlético-PR e Ceará aconteceram momentos distintos.
Tá certo que no Grêmio, André Lima vem jogando com a 99, mas isso não tira dele a responsabilidade de ser o homem de referência do ataque gremista.
Voltou a fazer a diferença que estava faltando no ataque do tricolor e logo colocando três gols a mais na conta.
Com a apresentação de hoje, se credencia novamente a ser o jogador referência  tricolor ara colaborar com a arrancada da equipe em direção oposta a zona do rebaixamento.
Em contrapartida, o Inter se mostra cada vez mais dependente de Leandro Damião para conseguir as vitórias em busca da vaga para a Libertadores 2012.
Jô jogou na sua real posição, mas sem receber bola vindo do meio fica complicado de colocar a bola na rede.
Em certas partidas, fica evidente que Damião é o cara que resolve para o Inter, mas não se pode ficar dependendo de atuações brilhantes dele.
É  jogador de Seleção e ainda vai desfalcar o colorado por muitos jogos.
O Inter precisa dividir a responsabilidade de resolução dos jogos com os outros atacantes da equipe e assim acabar com a dependência do 9 titular.
Tá na hora de achar a saída, tanto para Grêmio quanto para Inter, da dependência do camisa 9 em levar os clubes ao topo da tabela.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Arbitragem... Até quando?

Vendo e ouvindo os jogos de Grêmio e Inter ontem até quando os clubes - e aqui não falo em relação a Grêmio e Inter, mas sim a TODOS os clubes - irão aceitar da CBF e Comissão de Arbitragem o caos e a
desordem que está instaurada no Brasileirão?
No jogo entre o tricolor e o Corinthians, marcações invertidas, pênalti inexistente, mesmo havendo contestações, e o tempo de acréscimo chegou a beirar o ridículo.
No jogo do colorado contra o Santos, reclamações de impedimentos mal marcados, inversão de faltas e ainda assim podemos considerar que não foi uma das piores arbitragens da competição.
Erros sempre vão existir, afinal quem apita uma partida é ser humano e está suscetível a errar.
Mas que já trabalhou com o apito sabe que não se tolera erros grosseiros como os vistos ontem.
O trio de arbitragem está dentro das atividades que não são toleráveis erros, assim como médicos, jornalistas, engenheiros, e até professores.
Está mais do que na hora de tomarem alguma providência que dê resultado.
Afastamento, suspensão de arbitrar jogos de tal equipe, isso não resolve mais.
Profissionalizar a função de árbitro e seus auxiliares é uma saída sensata e bastante viável para resolver esse quadro de dor que os clubes brasileiros estão aturando de boca fechada.
Hora de agir, diretores e seus comandados! e já estamos atrasados para o protesto...