sábado, 16 de maio de 2015

Sem comentários!!!



"Meu Deus do Céu que confusão, selvageria

Selvageria alguém brigando com berro na mão
Meu Deus do Céu que confusão, selvageria
Selvageria alguém brigando com berro na mão

Mas a galera se prepara quando alguém gritar
Só vou no vácuo da galera pra não me ferrar
Não me pergunte o que acontece que eu nem sei porque
Só sei dizer que o tempo fecha, achei melhor correr

A multidão vai se afastando, então vou me mandar
Os "homi" chegam a qualquer hora o bicho vai pegar
O camburão já tá por perto o clima vai ferver
Ouvi barulho de sirene achei melhor correr."

Com essa letra da Banda Rastaclone - que já tocaram na sala do meu outro apartamento, num show pocket especial (quem duvida, passa na minha página do Youtube que tenho os vídeos lá) - fica o meu sentimento com relação a vergonha e selvageria dos atos que ocorreram na partida entre Boca x River pela Libertadores 2015, no Estádio de La Bombonera.

Todo mundo sabe que a torcida argentina é mais apaixonada pelos seus times e que as reações transcendem a lógica e a razão, mas chegarem em vias de agressão aos profissionais que lá estavam para participar do espetáculo é demais para a minha cabeça.

Spray de pimenta no túnel de acesso ao vestiário do River, garrafas e outros objetos arremessados no gramado, quase 3 horas para que a equipe visitante consiga deixar o gramado, são atitudes que mais se encaixam na época de batalhas medievais.

Ainda não evoluímos??? Vivemos na Idade da Pedra???

Pelas cenas vistas, sim. E os atos tomaram conta dos noticiários pelo mundo. Não pela beleza de uma disputa de clássico, como é Boca x River, como é Barça x Real, como é o nosso Gre-Nal, mas sim pelo comportamento varzeano - e olha que na várzea as competições são mais civilizadas...

Hoje o Boca tem a oportunidade de se defender.
Mas tem defesa???
O que vão alegar???
Que foi a torcida do River?

MAS ERA CLÁSSICO DE TORCIDA ÚNICA!!!

Vão por a culpa na Polícia Argentina? O vão tentar usar uma pseudo-tese de complô do próprio River para prejudicar o seu rival na competição que eles apresentaram a melhor campanha da primeira fase?

Uma chance de explicar o inexplicável. De justificar o que não se justifica. De apresentar defesa de um fato indefensável.

Uma chance que não era para ser dada. Mas em se tratando de Conmebol, podemos esperar qualquer atitude e decisão.

Só espero que não fique impune como andou ocorrendo em anos anteriores com o Corinthians no acontecimento de Oruro e com o Real Garcilasso e os atos racistas de sua torcida contra o volante Tinga, na época jogador do Cruzeiro.

Sei que esse post ficou um tanto grande perto dos outros que escrevo aqui, mas até hoje estou tentando digerir o que fiquei acompanhando até as 2 da manhã da madrugada de quarta para quinta-feira.

Espero que eu possa voltar a escrever coisas boas sobre esse caso. E o bom seria uma condenação exemplar ao Boca Juniors e sua torcida.

Torcida do Boca Juniors,  num dos raros momentos de festa na partida contra o River Plate pelas oitavas de final da Libertadores 2015. - Foto: AP



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