"Meu Deus do Céu que confusão, selvageria
Selvageria alguém brigando com berro na mão
Meu Deus do Céu que confusão, selvageria
Selvageria alguém brigando com berro na mão
Mas a galera se prepara quando alguém gritar
Só vou no vácuo da galera pra não me ferrar
Não me pergunte o que acontece que eu nem sei porque
Só sei dizer que o tempo fecha, achei melhor correr
A multidão vai se afastando, então vou me mandar
Os "homi" chegam a qualquer hora o bicho vai pegar
O camburão já tá por perto o clima vai ferver
Ouvi barulho de sirene achei melhor correr."
Com essa letra da Banda Rastaclone - que já tocaram na sala do meu outro apartamento, num show pocket especial (quem duvida, passa na minha página do Youtube que tenho os vídeos lá) - fica o meu sentimento com relação a vergonha e selvageria dos atos que ocorreram na partida entre Boca x River pela Libertadores 2015, no Estádio de La Bombonera.
Todo mundo sabe que a torcida argentina é mais apaixonada pelos seus times e que as reações transcendem a lógica e a razão, mas chegarem em vias de agressão aos profissionais que lá estavam para participar do espetáculo é demais para a minha cabeça.
Spray de pimenta no túnel de acesso ao vestiário do River, garrafas e outros objetos arremessados no gramado, quase 3 horas para que a equipe visitante consiga deixar o gramado, são atitudes que mais se encaixam na época de batalhas medievais.
Ainda não evoluímos??? Vivemos na Idade da Pedra???
Pelas cenas vistas, sim. E os atos tomaram conta dos noticiários pelo mundo. Não pela beleza de uma disputa de clássico, como é Boca x River, como é Barça x Real, como é o nosso Gre-Nal, mas sim pelo comportamento varzeano - e olha que na várzea as competições são mais civilizadas...
Hoje o Boca tem a oportunidade de se defender.
Mas tem defesa???
O que vão alegar???
Que foi a torcida do River?
MAS ERA CLÁSSICO DE TORCIDA ÚNICA!!!
Vão por a culpa na Polícia Argentina? O vão tentar usar uma pseudo-tese de complô do próprio River para prejudicar o seu rival na competição que eles apresentaram a melhor campanha da primeira fase?
Uma chance de explicar o inexplicável. De justificar o que não se justifica. De apresentar defesa de um fato indefensável.
Uma chance que não era para ser dada. Mas em se tratando de Conmebol, podemos esperar qualquer atitude e decisão.
Só espero que não fique impune como andou ocorrendo em anos anteriores com o Corinthians no acontecimento de Oruro e com o Real Garcilasso e os atos racistas de sua torcida contra o volante Tinga, na época jogador do Cruzeiro.
Sei que esse post ficou um tanto grande perto dos outros que escrevo aqui, mas até hoje estou tentando digerir o que fiquei acompanhando até as 2 da manhã da madrugada de quarta para quinta-feira.
Espero que eu possa voltar a escrever coisas boas sobre esse caso. E o bom seria uma condenação exemplar ao Boca Juniors e sua torcida.
Torcida do Boca Juniors, num dos raros momentos de festa na partida contra o River Plate pelas oitavas de final da Libertadores 2015. - Foto: AP |
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