Meu entrevistado de hoje também já apareceu aqui no blog com uma entrevista no início desse espaço.
Marco de vargas coloca para vocês as suas opiniões e o que ele pensa sobre a Copa 2014 no Brasil.
Curtam a entrevista dele.
Abraço
Luciano Coimbra: Você já assistiu alguma Copa in loco? Qual a Copa mais emocionante para você?
Marco de Vargas: Assisti a alguns jogos, mas a mais emocionante foi a da Espanha assistida pela tevê em 1982. Alguns jogos de 1986 e 1990 também estão guardados com carinho na memória.
L.C.: Qual a tua expectativa para a Copa 2014?
M.V.: Creio que no aspecto show nos estádios teremos um grande e inesquecível evento. Não espero grandes melhorias ou soluções mágicas com relação aos nossos conhecidos problemas periféricos de mobilidade urbana, logística ou comunicação, dentre outros: a coisa vai acontecer com o que temos aí retocada com uma boa dose de maquiagem. De resto, será na raça mesmo. E funcionará, acredite.
L.C.: Qual a tua opinião sobre a construção dos estádios fora do eixo central do futebol no país, tais como Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal?
M.V.: É uma questão delicada. Ao passo que essas regiões também merecem receber um evento desse porte, o legado será pesado demais. Além disso, a distribuição da Copa por um país continental acarreta em muito mais desgaste para todos os envolvidos. Independente de qualquer coisa, creio que o povo das cidades citadas receberá com carinho a Copa.
L.C.: Qual a projeção que tu faz do time do Brasil para a Copa 2014?
M.V.: Felipão e a Seleção que venceu a Copa das Confederações recuperaram a auto-estima do nosso futebol e devolveram ao povo aquele sentimento bacana de confiança. Daí até resolver alguns problemas pontuais que ainda temos como na lateral e a falta de um cérebro no meio é outra história. A nossa parcela de favoritismo aumenta pelo fato de estarmos em casa sim, mas a responsabilidade aumenta na mesma proporção e isso pesa muito psicologicamente.
L.C.: Felipão conseguirá fazer o mesmo trabalho da "Família Scolari" de 2002 em 2014?
M.V.: Evidente que a estratégia de repetir algo que já deu certo é válida. Mas, de 2002 para cá já se passou mais de uma década. Nossos principais nomes nos dias de hoje não conquistaram metade do que aquela geração conquistou - nos seus times e individualmente - e a abordagem precisa ser mensurada a partir daí. Pode dar certo, mas apenas isso é arriscar demais.
L.C.: Tu acredita que as outras seleções que disputarão a Copa do Mundo vão ter receio de enfrentar o Brasil em casa?
M.V.: Historicamente as seleções de outros continentes não se dão bem na América e, tirando o próprio Brasil em 1958 e 2002, a recíproca é verdadeira. Não creio que seja uma questão de receio. Pode ser algo de ordem física, psicológica ou até cultural, mas o fato é que não apenas o Brasil como as demais seleções americanas, apoiadas pelo fator casa, deverão atuar com inteligência para tirar proveito desse pequeno mas valioso trunfo.
Marco de Vargas |
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