sábado, 28 de setembro de 2013

Entrevista no Crônicas versão Copa do Mundo - Marco de Vargas

Vem para o blog mais uma edição do entrevista no Crônicas com sua versão Copa do Mundo.

Meu entrevistado de hoje também já apareceu aqui no blog com uma entrevista no início desse espaço.

Marco de vargas coloca para vocês as suas opiniões e o que ele pensa sobre a Copa 2014 no Brasil.

Curtam a entrevista dele.

Abraço

Luciano Coimbra: Você já assistiu alguma Copa in loco? Qual a Copa mais emocionante para você?

Marco de Vargas: Assisti a alguns jogos, mas a mais emocionante foi a da Espanha assistida pela tevê em 1982. Alguns jogos de 1986 e 1990 também estão guardados com carinho na memória.


L.C.: Qual a tua expectativa para a Copa 2014?

M.V.: Creio que no aspecto show nos estádios teremos um grande e inesquecível evento. Não espero grandes melhorias ou soluções mágicas com relação aos nossos conhecidos problemas periféricos de mobilidade urbana, logística ou comunicação, dentre outros: a coisa vai acontecer com o que temos aí retocada com uma boa dose de maquiagem. De resto, será na raça mesmo. E funcionará, acredite.

L.C.: Qual a tua opinião sobre a construção dos estádios fora do eixo central do futebol no país, tais como Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal?
M.V.: É uma questão delicada. Ao passo que essas regiões também merecem receber um evento desse porte, o legado será pesado demais. Além disso, a distribuição da Copa por um país continental acarreta em muito mais desgaste para todos os envolvidos. Independente de qualquer coisa, creio que o povo das cidades citadas receberá com carinho a Copa.
L.C.: Qual a projeção que tu faz do time do Brasil para a Copa 2014?

M.V.: Felipão e a Seleção que venceu a Copa das Confederações recuperaram a auto-estima do nosso futebol e devolveram ao povo aquele sentimento bacana de confiança. Daí até resolver alguns problemas pontuais que ainda temos como na lateral e a falta de um cérebro no meio é outra história. A nossa parcela de favoritismo aumenta pelo fato de estarmos em casa sim, mas a responsabilidade aumenta na mesma proporção e isso pesa muito psicologicamente.


L.C.: Felipão conseguirá fazer o mesmo trabalho da "Família Scolari" de 2002 em 2014?

M.V.: Evidente que a estratégia de repetir algo que já deu certo é válida. Mas, de 2002 para cá já se passou mais de uma década. Nossos principais nomes nos dias de hoje não conquistaram metade do que aquela geração conquistou - nos seus times e individualmente - e a abordagem precisa ser mensurada a partir daí. Pode dar certo, mas apenas isso é arriscar demais.


L.C.: Tu acredita que as outras seleções que disputarão a Copa do Mundo vão ter receio de enfrentar o Brasil em casa?

M.V.: Historicamente as seleções de outros continentes não se dão bem na América e, tirando o próprio Brasil em 1958 e 2002, a recíproca é verdadeira. Não creio que seja uma questão de receio. Pode ser algo de ordem física, psicológica ou até cultural, mas o fato é que não apenas o Brasil como as demais seleções americanas, apoiadas pelo fator casa, deverão atuar com inteligência para tirar proveito desse pequeno mas valioso trunfo.


Marco de Vargas

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