quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Entrevista no Crônicas - Rodrigo Adams

Nesta edição do Entrevista no Crônicas trago hoje um papo com o jornalista e produtor da Atlântida, Rodrigo Adams.

Rodrigo nos conta um pouco de sua trajetória no jornalismo e também fala dessa nova experiência de migrar o conteúdo da rádio para o jornal.

Curta abaixo a entrevista dele.

Luciano Coimbra: Como o jornalismo surgiu na tua vida?

Rodrigo Adams: Mesmo sem ter algum parente que trabalhasse com comunicação, o jornalismo sempre esteve presente na vida. Meu pai sempre disse que eu deveria ouvir as notícias, que assim entenderia o mundo. Confesso que no início, como qualquer criança, achei aquele papo um saco. Aos poucos, fui gostando. Por ser fã de futebol, sempre gostei da editoria de esportes. Sempre ouvi muita rádio e assisti muita TV. O hábito da leitura veio mais tarde. Quando adolescente, ainda em Viamão, sempre me imaginei trabalho numa rádio. Gostava de imitar vozes e fazia relativo sucesso entre os amigos. Entrei tarde na faculdade de jornalismo, aos 26 anos. Fui para os bancos da faculdade por acreditar que para ser jornalista é necessário ter diploma. É uma das profissões mais importantes para o contexto social de um país e do mundo. Na universidade, aprendi que, além de estudar, é preciso fazer networking, nunca desrespeitar professores e colegas. O mundo da comunicação é muito estreito. Hoje, tu és chefe. Amanhã, pode ser subordinado. Por isso, prezo muito pelas boas relações num ambiente de trabalho.


LC: Nos conte um pouco da tua ligação com o Grêmio.

RA: A minha ligação com o Grêmio é igual a de milhares de torcedores. É uma relação de carinho, que começou aos 6 anos, idade que comecei a frequentar jogos no Olímpico. Depois é o caminho de muitos amigos tricolores: sócio, viagens, alegrias, tristezas. O meu amor pelo Grêmio é puro, genuíno. Para mim, todos os torcedores são especiais. Cada um a sua maneira. Não existe isso de "esse cara é o representante do Grêmio, o maior torcedor do clube". O maior torcedor do Grêmio é aquele cara que ama o Grêmio acima de tudo. E assim, existem muitos. Minha ligação com o Grêmio se resume a arquibancada e amor pelo time.


LC: Chegar até um veículo de rádio para falar do clube do coração, já havia passado pela tua cabeça?

RA: Passou durante a época da faculdade. Eu e alguns colegas criamos um programa piloto chamado "Futebol, Mulher e Rock and Roll". Era muito legal, e nunca vou esquecer o que o professor João Brito nos disse: "Isso, de misturar torcedores com jornalistas, mais informação e boa entrevista, é algo bem legal, que pode definir o futuro de vocês". Na hora, confesso que pensei que era mais um desses discursos motivacionais. O tempo passou, e três anos depois surgiu a oportunidade de participar de um programa chamado ATL Gre-Nal, na Rede Atlântida.



LC: Como é poder trabalhar para uma galera jovem e transmitir que a rivalidade Gre-Nal não passa de dentro do gramado?

RA: Eu trabalho com o público jovem desde 2010, ano que ingressei no Kzuka. Era um sonho antigo ir para o rádio. Meu trabalho de conclusão na faculdade de jornalismo era sobre rádio. Minhas referências profissionais sempre estiveram no rádio. O conceito de jovem, na real, é ultrapassado. Hoje, tu podes ter 67 anos e ser jovem de espírito. Faço rádio para pessoas felizes, de bem com a vida. É a linha que eu defendo no jornalismo também: "Tênis sujo, histórias limpas". Independente do rótulo de público que uma emissora procura, o ouvinte (e leitor, no meu caso) quer verdade.



LC: Como surgiu o desafio de levar o conteúdo da rádio para o jornal e qual a maior dificuldade?

RA: Eu já estava no ATL Gre-Nal, e sabendo da minha experiência como repórter e produtor no jornalismo impresso, a chefia achou que eu seria o nome para tocar este novo projeto. O ATL Paper é um frame da indústria de entretenimento e informação que se transformou a Rádio Atlântida. A gente faz conteúdo inteligente com o nosso DNA. O papel do papel, sendo redundante, é limitado. Porém, ele recebe a nata do que é falando on air ou do que está hospedado online.



LC: Nos momentos de laser, qual a tua programação preferida?

RA: Parece louco, mas o que é lazer para as pessoas, acaba sendo o meu trabalho. Então, eu tenho a oportunidade de trabalhar e ter lazer. Isso é muito legal. Fora isso, gosto de estar com a minha família, cozinhar e assistir filmes dos anos 80 e 90.


Entrevista no Crônicas - Rodrigo Adams

Um comentário:

  1. Parabéns Luciano, boa entrevista, lendo sobre o Adams vejo que por entrar também a pouco com 26 anos no mundo do Jornalismo, não estou tão atrasado, visitarei mais vezes. Abraço

    ResponderExcluir