Noticia-se que Inter está abrindo negociações para ter Adriano Imperador. Quando era jogador de futebol - para mim, hoje, ele é um ex-atleta - tinha uma qualidade no chute que poucos do ramo tem. Força, velocidade e posicionamento eram outros pontos fortes do Imperador.
Só que o mundo extra campo desvirtuou um pouco a carreira do atacante. Bebidas, festas, mulheres de sobra e muita confusão com polícia passaram a ser mais notícia do que seus gols dentro de campo.
Os últimos clubes a apostarem numa recuperação de seu futebol deram com os burros n'água. Corinthians e Flamengo apostaram suas fichas na tradição da torcida e em fazer o atacante voltar a jogar futebol pelo prazer de ter seu nome gritado pela massa, mas o resultado não foi dos mais satisfatórios.
No Corinthians, sua passagem foi finalizada após a negativa de uma pesagem de rotina. O treinador Tite não aceitou a postura do atacante e pediu seu desligamento. Já havia acontecido mais alguns episódios de falta em treinamentos e atrasos, o que colaborou para que a sua estada no clube fosse encerrada.
Depois disso o atleta recebeu a cartada final de conseguir recuperar sua carreira. O Flamengo acolheu o jogador em agosto de 2012, mas com decorrentes atrasos e faltas a treinamentos, aparições públicas em estado alterado e a declaração via assessoria de imprensa que não jogaria em 2012 custaram a ele o desligamento do clube carioca com apenas três meses de contrato.
Agora a diretoria do Inter acena com a possibilidade de aposta na recuperação do Imperador.
Devido ao histórico que se apresenta, não vejo com bons olhos gastar tempo e espaço no vestiário com uma contratação desse risco.
É colocar dinheiro fora, caso seja feito contrato com valor fixo mais bonificação por treinamento, jogos e gols. Também existe a possibilidade de contaminar o vestiário, caso ele não tenha a recuperação que se espera.
Risco muito alto para um benefício muito baixo.
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