sexta-feira, 20 de maio de 2016

Às vezes, o futebol é justo....

Ontem tive a oportunidade de ver um dos jogos mais justos do ano e quem sabe o jogo mais justo da Libertadores de 2016.

Existe uma máxima de que no futebol não há justiça, mas ontem ela se fez e se materializou na forma de gols a favor do Atlético Nacional da Colômbia.

O jogo foi de muita disputa entre as duas equipes, mas o Rosário Central foi premiado com uma penalidade no início da partida - pênalti MUITO DISCUTÍVEL - e acabou se acomodando com o resultado, afinal precisaria tomar 3 gols para ser desclassificado.

O que fizeram os argentinos? O que mais sabem fazer nessas horas: catimbar, catimbar e catimbar....

Cheguei a postar em minha conta no Twitter (para quem ainda não segue: @LucianoFCoimbra ) que a vaca do Nacional havia deitado.

Ledo engano meu.....

Os colombianos não se abateram e foram para cima da equipe do Central. Pressão total até o último minuto do primeiro tempo.

Alguém lembra de outro ditado popular que podemos colocar nesse contexto?

"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura..."

Aos 46 minutos do primeiro tempo, o Nacional chega ao seu gol de empate e recoloca a equipe na partida. Virar para o segundo tempo perdendo de 1x0 seria trágico demais para uma equipe aplicada e com espírito de vitória.

Não satisfeito com apenas um gol, a equipe colombiana voltou com mais gás para o segundo tempo e aos 5 minutos coloca fogo no posto de gasolina. 2x1 e todo restante da partida para ir atrás de apenas um gol.

Era só mais uma bola.

UMA BOLA.

Que demorou 44 minutos para chegar. Mas antes dela, para mim, a jogada mais marcante da partida foi protagonizada pelo artilheiro Marco Rubén e pelo meia Cervi.

Num contra-ataque rápido, aos 47 minutos do segundo tempo, o Central chega na cara do goleiro Armani com a bola dominada por Rubén, seguido por apenas um marcador e tendo Cervi, em posição privilegiada, entrando pelo meio da área com o gol escancarado à sua frente. Rubén tenta o passe e é interceptado por Armani, que salva a equipe do Nacional da desclassificação. Um gol naquele momento sepultaria de vez as chances de chegar a semifinal.

Mas como eu disse lá no título do texto, às vezes, o futebol é justo.

Ontem ele foi.

Após esse ataque desperdiçado pelo Central, Berrió (que entrou ainda no primeiro tempo para dar mais ofensividade ao Nacional) aproveitou o rebote de uma cabeceada e colocou a bola para o fundo das redes do goleiro Sosa, do Central.

Confusão armada. Berrió foi incisivo na comemoração e, aos berros, estendia os braços na cara de Sosa. O suficiente para o volante Musto chegar chutando o atacante. Ambos expulsos, confusão generalizada, pancadaria e invasão de gramado por parte de jogadores reservas, dirigentes, gandulas e alguns torcedores.

Apartir daí, os jogadores do Central perderam o controle. Ainda tiveram mais uma chance com Rubén, mas ontem não era o dia do futebol ser injusto.

Ontem era a noite da justiça, do mérito. O clube com a melhor campanha na fase de grupos e que vem apresentando um futebol eficiente e rápido passava de fase. Chegava à semifinal da Libertadores para enfrentar o São Paulo.

Aqui abaixo vou postar a narração do último gol do jogo, marcado por Berrió, na transmissão feita peça Rádio Múnera, de Medellín - Colômbia.

É de arrepiar...



Nenhum comentário:

Postar um comentário