quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Entrevista no Crônicas versão Copa do Mundo - Jota Junior

Mais uma edição do Entrevista no crônicas e sua versão Copa do Mundo.

Meu entrevistado de hoje também já apareceu aqui no blog e volta para nos trazer suas experiências e opiniões a respeito do evento maior a ser realizado em 2014 aqui no Brasil.

Jota Junior vai nos falar das suas copas do mundo, e o que acha sobre a seleção e a construção dos estádios.

Acompanhe abaixo a entrevista dele.

Luciano Coimbra: Quantas copas você já cobriu, in loco ou a distância?

Jota Junior: No local: 1978, 1982, 1986, 1990, 1994 e 1998.  As Copas de 2002, 2006 e 2010 fiz do Brasil, narrando e apresentando programas do evento.


L.C.: Qual a tua expectativa para a Copa 2014?

J.J.: Espero uma Copa como todas as outras, ou seja, cheia de emoção. É um evento super especial. Acho que nossos estádios serão bem elogiados, pois afinal são novos e modernos. Talvez fiquemos devendo no aspecto de mobilização urbana, e nesse item não andamos bem na organização.


L.C.: Qual a tua opinião sobre a construção dos estádios fora do eixo central do futebol no país, tais como Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal?

J.J.: Os estádios fora do eixo principal do futebol brasileiro deverão se auto-sustentar, segundo dizem os empresários que investiram neles, funcionando como uma espécie de shopping comercial, abrigando lojas, cinemas, casas de shows e etc.  E se não for assim, é claro que estarão condenados ao ostracismo e grande prejuízo.


L.C.: Qual a projeção que tu faz do time do Brasil para a Copa 2014?

J.J.: Com o potencial que tem o jogador brasileiro ( ainda é o atleta mais cobiçado pelos grandes clubes europeus ) e com o futebol desenvolvido na Copa das Confederações, a Seleção de Felipão entra forte em mais um Mundial.  Outra vez o Brasil vai constar da seleta lista dos favoritos, com Alemanha, Itália, Argentina, Espanha, principalmente.  Devemos levar em conta, entretanto, que Copa do Mundo é um "torneio" rápido e que à partir da segunda fase é eliminatório e onde qualquer vacilo é fatal.  Outra coisa: o Brasil, por ser sede, será mais cobrado e pressionado a ganhar, o que às vezes atrapalha o grupo no aspecto emocional.  Mas com a experiência de Felipão e da maioria dos nossos jogadores, isso deverá ser administrado, evidentemente.



L.C.: Felipão conseguirá fazer o mesmo trabalho da "Família Scolari" de 2002 em 2014?

J.J.: É complicado repetir no futebol campanhas que marcaram lá atrás. Acho difícil repetir a "família Scolari" em toda a sua essência de 2002, pois as circunstâncias eram outras, os jogadores eram outros, o futebol jogado era diferente. Mas que o treinador usará do mesmo expediente psicológico para que isto ocorra, certamente usará. Aliás, é uma de suas características principais.   Tomara que consiga.



L.C.: Tu acredita que as outras seleções que disputarão a Copa do Mundo vão ter receio de enfrentar o Brasil em casa?

J.J.: Por mais que nós, brasileiros, teimemos em desmerecer a qualidade do nosso futebol, e isto infelizmente tem ocorrido bastante e por causa da forte influência da bola européia em nossos torcedores, as seleções de fora respeitam profundamente o Brasil.  Ainda mais jogando aqui em nossos gramados.  Isso ficou claro na Copa das Confederações, até pela poderosa Espanha, que se curvou ao futebol brasileiro na decisão.  Mas se o Brasil não for o campeão de 2014 o mundo não irá acabar.  Nem o futebol.  Devemos sempre respeitar os resultados negativos e estudá-los, compreende-los, aceitá-los.  Faz parte do esporte.  


Jota Junior, narrador do canal SPORTV

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