sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Entrevista no Crônicas - Marco de Vargas

Como me propus a abrir este espaço de entrevistas aqui no blog, estou buscando trazer à vocês, alguns dos jornalistas e pessoas ligadas ao futebol para trocarmos umas palavras de forma descontraida.

Meu entrevistado desta semana é o jornalista e narrador esportivo do SPORTV e TVCom, Marco de Vargas.
Uma de suas marcas conhecidas no meio da narração esportiva é a sua forma peculiar de expressar o momento máximo do futebol: O GOL!
Com o seu bordão "É REDEEE!!!", traduz a emoção da hora mais desejada e disputada nos gramados e nas quadras, uma vez que também faz narrações de FUTSAL.

Venho agradecer aqui a sua disponibilidade e colaboração para que este espaço continue se tornando uma porta de entretenimento e informação.

Confira abaixo a entrevista feita com ele.

Luciano Coimbra: Como foi seu início de carreira? O jornalismo esportivo foi sua primeira experiência no rádio e TV?

Marco de Vargas: Meu início foi meio direcionado. Na escola eu já havia sido eleito o "narrador do recreio": a galera corria para disputar a pelada e eu para narrá-la. Aos 14 anos, já com a voz grave de hoje, fui contratado por uma rádio FM para ser locutor de notícias e plantão esportivo. Um mês depois, em virtude de uma emergência na equipe, me transformaram e locutor esportivo e nunca mais larguei o osso. Me tornei profissional do meio antes de qualquer formação acadêmica. Ao longo da carreira eu até atuei paralelamente em outras áreas da comunicação, mas o esporte esteve sempre na linha de frente.


L.C.: O esporte entrou por acaso na tua carreira ou ele já fazia parte da tua vida antes mesmo da profissão?

M.V.: O esporte sempre fez parte da minha vida, afinal desde criança sou um apaixonado por esportes em geral, embora não tenha talento ou vocação para colocar em prática a grande maioria das modalidades que me chamam a atenção, e são muitas. Daí para transformar essa paixão em ganha-pão foi uma transição tranquila e agradável, como descrevi na resposta anterior. Não são todos que conseguem seu sustento fazendo aquilo que amam, então sou muito grato e me sinto abençoado por isso.


L.C.: Para narrar um jogo de um esporte menos conhecido, o estudo deste jogo é mais exigente do que para narrar futebol?

M.V.: Certamente. Embora em transmissões de eventos que necessitem um conhecimento mais aprofundado e fundamentado tenhamos invariavelmente a companhia de um especialista convidado, é fundamental que o narrador tenha se ambientado previamente com a modalidade, sob pena de colocar em risco o seu desempenho e o bom andamento da transmissão em si.


L.C.: Dentro da era da internet e de informações facilitadas,  o que acaba por ser mais importante em uma transmissão esportiva?

M.V.: A facilidade citada está colocando em xeque a capacidade de quem  procura pela informação de separar o joio do trigo. Quando essa informação será a base para um trabalho que se tornará público, precisamos ser inteligentes e profissionais a ponto de saber da dimensão das nossas responsabilidades em apurar a veracidade do que se ouve, vê ou lê por aí antes de formar uma idéia ou conceito sobre isso e repassar ao nosso público. O conhecimento e experiências advindos da vivência do profissional no meio podem norteá-lo para que este não caia nessa verdadeira emboscada do imediatismo virtual.  Não resta dúvida de que hoje temos uma gama infinita de possibilidades no que diz respeito ao acesso às informações, mas o ser humano, de um lado ou de outro, ainda prevalece.


L.C.: Fora do estúdio e longe dos microfones, o que você faz como hobby?

M.V.: Além de aproveitar ao máximo o convívio familiar, algo muito importante e essencial para mim, tenho como hobby o desenho. Sou um desenhista amador desde a adolescência. Um dos meus projetos pessoais engavetados é a pintura. Estou pensando seriamente em colocá-lo em prática num futuro bem próximo.

Marco de Vargas

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