sexta-feira, 24 de junho de 2011

E a hora dele chegou...

Assisti ao jogo ontem torcendo para o Peñarol.    Não pelos motivos de ser mais próximo daqui do Rio Grande e nem pelo fato dos uruguaios terem algumas tradições muito parecidas com as nossas.
Mas pelo motivo de ver uma crescente no futebol do nosso vizinho do Rio da Prata.    Na copa de 2010 eles foram bem mais longe do que a nossa seleção.     E na Libertadores também atuaram com propriedade para chegar a final e com condições de serem campeões.
Só que no caminho deles tinha um cara que a tempos vem beliscando a competição Sul Americana.    E esse sim tem a grande prioridade de conquistar a mais cobiçada taça do futebol Latino.
O cara em questão chama-se Muricy Ramalho.     Eu não sou fã do estilo de treinar dele, mas tenho que concordar que é um vencedor e tem seus méritos nas conquistas que vem conseguindo.
Pegou o time do Santos em decadência dentro da competição e transformou os "meninos da Vila" em uma equipe capaz de enfrentar qualquer clube nacional ou internacional de tal forma que conseguem impor o seu estilo de jogo tanto dentro quanto fora de casa.
Minha única restrição quanto ao seu estilo de jogo é no quesito retranca.    Ele tem o poder de, mesmo com o jogo sobre controle e com a vitória garantida como ocorreu ontem,  chamar a equipe adversária para o seu campo e com isso correr alguns riscos desnecessários.
Seu perfil durão e carrancudo em nada tem a ver com o semblante vencedor que aflorou ontem ao final da partida.
A demonstração de carinho que ele teve para com Neymar foi de uma sutileza sem igual.
Isso acaba por trazer a público um lado desconhecido do técnico Muricy que não aparece nas suas entrevistas e no seu dia-a-dia, mas aflorou no momento de maior emoção da sua trajetória como técnico do Santos.
Fica gravado na memória seu afeto e carinho com um dos mais talentosos jogadores do Peixe.
E isso ninguém consegue apagar...

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