domingo, 12 de junho de 2011

Treinar e ser treinado... Quanta diferença.

Em um post antigo eu comentei que ainda falaria para vocês da minha experiência de ter sido treinado e agora estar sendo treinador.    No colégio onde eu trabalho, fui perguntado o que eu achava de implantarmos uma escolinha de futsal para os alunos no turno inverso.
Aceitei a proposta com muito prazer, afinal sempre foi um sonho meu treinar uma equipe.    Tá certo que na minha cabeça era sempre uma equipe de handebol e do naipe feminino, uma vez que eu já tinha feito esse trabalho quando estava na ESEF, com as gurias da faculdade e também já ajudei o nosso treinador de handebol do colégio.
Mudando o ramo do meu pensamento, parti para o desafio de treinar as equipes de futsal da escola onde a gente não tem as mínimas condições de fazer um excelente trabalho devido ao pouco material e a precariedade da quadra de esportes.    Mesmo assim fui pro combate.
Já se passaram dois anos que se iniciou o trabalho e ainda hoje eu tenho pedras no caminho que estou transpondo com muita luta e bastante trabalho.
No final do ano passado fui convidado para participar de um campeonato a nível metropolitano com várias escolas particulares.    Conversei com o meu antigo diretor e o convite foi aceito.
Sabia eu que tinha uma dura missão pela frente: levar minhas crianças à participar de uma competição onde a maioria delas nunca tinha jogado qualquer partida de futsal amistosa, que dirá oficial.
Treinando com os alunos duas vezes na semana e uma hora por dia, não se tem muito tempo para cobrar técnica ou aplicar qualquer tática de jogo.    É feito uma aprimoramento das habilidades individuais de cada um e colocados a jogar juntos para criar um ambiente de grupo onde possam confiar um no outro.
E é desta forma que entrei na Taça Escolar 2011.    Já tivemos vários jogos com as categorias pré-mirim e mirim e o nosso saldo para quem está iniciando no mundo competitivo do esporte é bastante satisfatório.
Com o pré-mirim, temos cinco jogos com duas vitórias e três derrotas e na categoria mirim jogamos três jogos com uma vitória e duas derrotas.
A tarefa mais difícil é colocar na cabeça das crianças que eles tem toda capacidade de jogar de igual para igual com as outras escolas.    estou tentando e não vou desistir do desafio, mas que a tarefa é complicada isso é.
Diferente de quando eu era treinado.    Eu tinha uma disciplina com relação a tática e com os treinamentos que até parecia ter nascido para jogar bola (tanto com as mãos quanto com os pés).   Só não joguei futebol de campo por um pensamento infantil que tinha.
Se a gente torce para um determinado clube, jogar no clube rival é um pensamento que não passa pela cabeça de ninguém.    E não passou pela minha quando eu tinha uns 12 anos.
fui convidado a treinar futebol de campo na categoria de base do Pelotas.    Quem torce para o Brasil isso é mais que uma ofensa.
Óbvio que não fui.    E hoje penso que deveria ter ido.
Quem sabe nos dias de hoje eu não estaria me "aposentando" assim como o fenômeno que tem a mesma minha idade...     Coisas que o destino nos reserva.
Cobro dos meus "jogadores" a mesma disciplina que o Professor Alfredo Machado cobrava quando eu jogava no Gonzaga.     E acompanhei ele por todos os clubes que ele treinou.
Aprendi bastante com ele e procuro passar aos meus comandados hoje.     Para se ter êxito no esporte, a disciplina é fundamental.
Espero que eu consiga ser um treinador competente como os treinadores que eu tive.     E também consiga obter os sucessos como treinador que tive jogando.     Fácil não é, mas eu tô na luta!

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