quinta-feira, 30 de junho de 2011

A queda de um Ídolo

Por ironia do destino, meu último post foi para trazer meu sentimento sobre a queda de um gigante do futebol mundial para a segunda divisão do campeonato nacional de seu país.
Este aqui será para relatar o que senti quando estava ontem a noite ouvindo a coletiva do presidente do Grêmio, Sr. Paulo Odone, a respeito dos maus resultados da equipe tricolor e sua visão sobre algumas mudanças dentro do comando do futebol.
Renato Gaúcho não é mais o treinador do Tricolor da Azenha.     Pediu demissão no meio da madrugada após não conseguir levar sua equipe à vitória sobre o lanterna da competição.     Sua relação com a equipe diretiva já estava desgastada pelas cobranças públicas do treinador a respeito dos reforços para o grupo.
Quando chegou no Grêmio, em meados de agosto do ano passado, o clube se encontrava em uma situação muito delicada no Brasileirão. Era um dos clubes que se encontrava na zona do rebaixamento com uma frequencia bastante grande.     E com uma mobilização fora do comum, levou o plantel tricolor ao quarto lugar na competição nacional garantindo assim uma vaga para a Libertadores 2011.
Ficou fora da Sul-Americana, de fato, mas isso não afetou sua credencial de Ídolo da torcida.     Pelo contrário, cada vez mais a nação tricolor ajudava a equipe na busca pelos resultados positivos que alavancaram o clube a se tornar o campeão do segundo turno.
Só que isso tudo não foi suficiente para que os maus resultados obtidos no ano de 2011 conseguissem segurar o treinador à frente da equipe.
Renato passou uma imagem de tranquilidade e bom humor no tempo que teve à frente do Grêmio.     Suas entrevistas sempre cheias de graça e piadas, faziam a felicidade dos jornalistas que o acompanhavam.
A falta de qualidade no plantel, juntamente com o grande número de jogadores lesionados e fora de condições de atuar pela equipe principal fizeram com que Renato estivesse sempre na mira de tiro dos torcedores que não simpatizam com o seu trabalho e sua pessoa.
Tudo isso só aconteceu porque a diretoria  deixou o treinador sem o respaldo de jogadores aptos à vestir a camiseta tricolor.     Além de perder com lesões, dispensas e vendas, não buscou repor as saídas e com isso o comandante do grupo profissional fica refém da sorte e do acaso.
Renato Gaúcho treinador se foi.     O Ídolo Renato ficou ainda mais gravado na memória dos torcedores como sendo aquele cara que dá a vida pelo clube, deixando isso explícito quando aceitou fazer o contrato sem multa rescisória e sem prazo definido.
Ídolo é aquele que faz da sua vida o clube.
E isso Renato fez no tempo que passou por Porto Alegre.
Tanto na época de jogador quanto nos tempos de treinador.
Sorte, Renato!
Segue o teu rumo, sempre em busca da tua felicidade.

Um comentário:

  1. Bacana. Bom texto.
    Mordida no cangote do gordo. Beijos para voces

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