quinta-feira, 30 de junho de 2011

A queda de um Ídolo

Por ironia do destino, meu último post foi para trazer meu sentimento sobre a queda de um gigante do futebol mundial para a segunda divisão do campeonato nacional de seu país.
Este aqui será para relatar o que senti quando estava ontem a noite ouvindo a coletiva do presidente do Grêmio, Sr. Paulo Odone, a respeito dos maus resultados da equipe tricolor e sua visão sobre algumas mudanças dentro do comando do futebol.
Renato Gaúcho não é mais o treinador do Tricolor da Azenha.     Pediu demissão no meio da madrugada após não conseguir levar sua equipe à vitória sobre o lanterna da competição.     Sua relação com a equipe diretiva já estava desgastada pelas cobranças públicas do treinador a respeito dos reforços para o grupo.
Quando chegou no Grêmio, em meados de agosto do ano passado, o clube se encontrava em uma situação muito delicada no Brasileirão. Era um dos clubes que se encontrava na zona do rebaixamento com uma frequencia bastante grande.     E com uma mobilização fora do comum, levou o plantel tricolor ao quarto lugar na competição nacional garantindo assim uma vaga para a Libertadores 2011.
Ficou fora da Sul-Americana, de fato, mas isso não afetou sua credencial de Ídolo da torcida.     Pelo contrário, cada vez mais a nação tricolor ajudava a equipe na busca pelos resultados positivos que alavancaram o clube a se tornar o campeão do segundo turno.
Só que isso tudo não foi suficiente para que os maus resultados obtidos no ano de 2011 conseguissem segurar o treinador à frente da equipe.
Renato passou uma imagem de tranquilidade e bom humor no tempo que teve à frente do Grêmio.     Suas entrevistas sempre cheias de graça e piadas, faziam a felicidade dos jornalistas que o acompanhavam.
A falta de qualidade no plantel, juntamente com o grande número de jogadores lesionados e fora de condições de atuar pela equipe principal fizeram com que Renato estivesse sempre na mira de tiro dos torcedores que não simpatizam com o seu trabalho e sua pessoa.
Tudo isso só aconteceu porque a diretoria  deixou o treinador sem o respaldo de jogadores aptos à vestir a camiseta tricolor.     Além de perder com lesões, dispensas e vendas, não buscou repor as saídas e com isso o comandante do grupo profissional fica refém da sorte e do acaso.
Renato Gaúcho treinador se foi.     O Ídolo Renato ficou ainda mais gravado na memória dos torcedores como sendo aquele cara que dá a vida pelo clube, deixando isso explícito quando aceitou fazer o contrato sem multa rescisória e sem prazo definido.
Ídolo é aquele que faz da sua vida o clube.
E isso Renato fez no tempo que passou por Porto Alegre.
Tanto na época de jogador quanto nos tempos de treinador.
Sorte, Renato!
Segue o teu rumo, sempre em busca da tua felicidade.

domingo, 26 de junho de 2011

A queda de um Gigante

Falar de futebol é também falar de algumas desgraças.     E hoje o esporte mais popular no mundo está recebendo uma notícia triste.
Um gigante do futebol argentino está sendo rebaixado.     Isso mesmo, o River Plate, um dos grandes da Argentina caiu para a segunda divisão do Campeonato Nacional daquele país.
E olha que isso não é uma tarefa das mais fáceis.     A regra para determinar um rebaixamento no Campeonato Argentino é diferente das nossas regras no futebol brasileiro.
Lá, para ser rebaixado, o clube precisa obter campanha fraca em três campeonatos consecutivos.     Foi isso mesmo que você leu: TRÊS!
É feita uma média dos últimos três anos, de acordo com o rendimento dos clubes nos Torneios Apertura e Clausura.     Como o calendário do futebol argentino segue o calendário europeu, a decadência do futebol dos "Milionários", como são conhecidos os torcedores do River, começou em 2008 no torneio Apertura.
Foram apenas 14 pontos em 19 jogos.     Isso significa que de 57 pontos, foram conquistados apenas 24,5 % dos pontos disputados.     De lá para cá, só campanhas fracas que acabaram por culminar com o rebaixamento do clube centenário da Argentina.
Para um clube que já foi duas vezes campeão da Libertadores e uma vez campeão do Mundo isso é a maior desgraça da história.
Que  sirva de lição para os hermanos de que o futebol não é só o imediatismo e que precisa de uma continuidade de trabalho bem feito e com responsabilidade.
Esperemos que um clube, com a tradição do River, tenha mais sucesso no futuro.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Simplesmente O CARA!!!

Recebi do meu pai por e-mail um texto que já tinha lida na internet e nunca tinha me dado conta de partilhar com vocês.
Claro que sempre pensei em escrever posts com minhas próprias idéias e sentimentos sobre o futebol e a Dupla Gre-Nal.
Mas essa informação é bastante pertinente e atravessa a fronteira do esporte, chegando num ponto principal que é o cuidado com nossos filhos.
E o que isso tem a ver com o meu blog: o protagonista da história é simplesmente O CARA!
Vejam abaixo...

Para os adeptos do Barça, a oitava maravilha do Mundo chama-se Lionel Messi.     Eis uma história, uma lição de vida, que encanta Camp Nou.
É uma desforra bem pessoal, a história do menino autista aos 8 anos, anão aos 13, que via o mundo a 1,10 metros do solo.
É esse mesmo, Lionel Messi, que botou corpo à base de tratamentos hormonais e que, 59 centímetros depois, encanta o mundo do futebol, naquele jeito singularíssimo de conduzir a bola colada ao genial pé esquerdo, como se o couro redondo fosse um mano siamês, uma mera extensão corporal, um órgão vital, inseparável.    E Barcelona rende-se ao talento de " La Pulga " e os adversários caem aos pés de um talento puro e raro.
E por muito talento que tivesse para jogar à bola, estaria o rapaz consciente do destino glorioso que lhe estava reservado?
O garoto de 16 anos que vestiu pela primeira vez a camisa da equipe principal do Barcelona num jogo com o F. C. Porto, a 16 de Novembro de 2003, na inauguração do Estádio do Dragão, e que agora caminha sobre as águas como um Deus, é ainda o mesmo menino que sobrevoou o Atlântico, em 2000, para se curar de uma patologia hormonal.
Lá na Argentina, na cidade natal de Rosário, os prognósticos médicos eram arrasadores: sem tratamento eficaz contra o nanismo, Lionel chegaria à idade adulta com 1,50 metros , no máximo.
Os diagnósticos alarmaram os Messi.     E o custo dos curativos também: mil euros mensais, ou seja, quatro meses de rendimentos da família de La Heras , um bairro pobre de Rosário.
Mas o pai de Lionel não se resignou.     Sabia que o filho, pequeno no corpo, era gigante no talento e não aceitou a fatalidade.
Nessa altura, o prodígio de dez anos despontava no Newells Boys, fintando meninos com o dobro do tamanho e marcando gols atrás de gols.     O pai sugeriu ao clube que pagasse os tratamentos de Lionel.
A resposta foi negativa.     E o mesmo sucedeu quando os Messi foram bater à porta do grande River Plate.
Na adversidade, a família Messi teve mais força, com a ajuda de uma tia de Lionel, emigrada na Catalunha.
E foi assim, em 2000, ainda antes de completar 13 anos, que Lionel e os pais viajaram até Lérida.     Dias depois, o pequeno prodígio foi fazer testes no Barcelona.
E com a bola quase a dar-lhe pelos joelhos, aquela habilidade enorme logo maravilhou os treinadores do clube catalão.
Carles Rexach, diretor do centro de formação do Barcelona, ficou maravilhado com o pequeno prodígio argentino.
Com apenas dois treinos, não hesitou e logo tratou de arranjar um contrato com o jovem e sua família.
Ficou mais espantado ainda com a proposta do pai do craque: o Barça só tinha de lhe pagar os tratamentos que os médicos argentinos sugeriam.     Dito e feito.
Durante 42 meses, Lionel levou, todos os dias, injecções de somatropina, hormônio de crescimento inscrito na tabela de produtos proibidos pela Agência Mundial Antidopagem, e só autorizada para fins terapêuticos. Em 2003, o milagroso hormônio fizera de Lionel o que ele é hoje, um rapagão de 1,69 metros!
No Verão de 2004, completando 17 anos, e já com contrato profissional, entrou para a equipe B do Barça.
Mas fez só cinco jogos, porque aquele enorme talento não cabia no "Miniestadi".     Reclamava palcos maiores.     E rapidamente começou a jogar no Camp Nou, na equipe principal.
Em 16 de Outubro de 2004, o prodígio fez a grande estreia na Liga Espanhola, num dérbi com o Espanhol.
Em 1º de Maio de 2005 entrou para a história do Barça: marcou contra o Albacete e tornou-se o mais jovem jogador a marcar um gol pelo Barcelona, aos 17 anos, dez meses e sete dias, iniciava-se uma lenda.
Cinco anos depois, Messi teve a consagração absoluta.     Foi eleito Melhor Jogador do Mundo de 2009, após uma época de sonho, concluída com um feito inédito do Barça de conquistar "las seis copas": campeão da Espanha, da Taça do Rei, da Supertaça Espanhola, da Supertaça Europeia, da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes.
O craque que o Barça contratou pelo custo da terapia de crescimento é, hoje, a maior jóia do futebol mundial, segurada por uma cláusula rescisória de modestos 250 milhões de euros!
E é, também, o mais bem pago de todos: o menino pobre do bairro de la Heras é, agora, multimilionário, recebendo qualquer coisa como 33 milhões de euros anuais entre salários e publicidade.
Nem nos melhores contos de fadas se imaginaria uma façanha dessas...
Mas não para o pai que apenas queria ver seu sonho realizado: a cura do filho!!

Lionel Andrés Messi - 23 anos (24/06/1987)
Nacionalidade: Argentina
Títulos: campeão Espanha (2005, 2006, 2009, 2010 e 2011), Taça do Rei (2009); Supertaça Espanha (2005, 2006, 2009 e 2010); Liga dos Campeões (2006, 2009); Supertaça Europeia (2009); Mundial de Clubes (2009).

Apreciem alguns belos lances de um prodígio do futebol mundial que obteve o sucesso de hoje graças a insistência e fé dos pais na sua cura.


E a hora dele chegou...

Assisti ao jogo ontem torcendo para o Peñarol.    Não pelos motivos de ser mais próximo daqui do Rio Grande e nem pelo fato dos uruguaios terem algumas tradições muito parecidas com as nossas.
Mas pelo motivo de ver uma crescente no futebol do nosso vizinho do Rio da Prata.    Na copa de 2010 eles foram bem mais longe do que a nossa seleção.     E na Libertadores também atuaram com propriedade para chegar a final e com condições de serem campeões.
Só que no caminho deles tinha um cara que a tempos vem beliscando a competição Sul Americana.    E esse sim tem a grande prioridade de conquistar a mais cobiçada taça do futebol Latino.
O cara em questão chama-se Muricy Ramalho.     Eu não sou fã do estilo de treinar dele, mas tenho que concordar que é um vencedor e tem seus méritos nas conquistas que vem conseguindo.
Pegou o time do Santos em decadência dentro da competição e transformou os "meninos da Vila" em uma equipe capaz de enfrentar qualquer clube nacional ou internacional de tal forma que conseguem impor o seu estilo de jogo tanto dentro quanto fora de casa.
Minha única restrição quanto ao seu estilo de jogo é no quesito retranca.    Ele tem o poder de, mesmo com o jogo sobre controle e com a vitória garantida como ocorreu ontem,  chamar a equipe adversária para o seu campo e com isso correr alguns riscos desnecessários.
Seu perfil durão e carrancudo em nada tem a ver com o semblante vencedor que aflorou ontem ao final da partida.
A demonstração de carinho que ele teve para com Neymar foi de uma sutileza sem igual.
Isso acaba por trazer a público um lado desconhecido do técnico Muricy que não aparece nas suas entrevistas e no seu dia-a-dia, mas aflorou no momento de maior emoção da sua trajetória como técnico do Santos.
Fica gravado na memória seu afeto e carinho com um dos mais talentosos jogadores do Peixe.
E isso ninguém consegue apagar...

terça-feira, 21 de junho de 2011

As Revelações da Dupla e os Treinadores

Ainda não entendi bem o porque de treinadores terem restrições em colocar os garotos da base de Grêmio e Inter para jogar como titulares no time principal.
E isso já não é de hoje que acontece.    Ou os outros jogadores do plantel exercem algum poder dentro do vestiário ou os treinadores que passam pela Dupla Gre-Nal não conseguem ver o talento dos garotos.
Me lembro do tempo de Mano Menezes treinando o Grêmio e de Abel Braga treinando o Inter e as resistências em colocarem para jogar atletas como Anderson e Alexandre Pato.    Hoje é quase impensado que isso ocorra.
Anderson é ídolo no Manchester United, participou da conquista da vaga para a final da Champions League fazendo dois gols na última partida e  está com crédito com o treinador Alex Ferguson.    Mas no Grêmio foi reserva por vários jogos, mesmo sendo um dos melhores jogadores do elenco, que na época disputava a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.
Alexandre Pato por sua vez foi escondido nas categorias de base do Inter para não chamar a atenção dos clubes estrangeiros.    Quando subiu para o time principal, Abel tinha uma restrição em colocar o guri para jogar.    Sua primeira participação como jogador profissional do Colorado, fez uma pintura de gol sobre o Palmeiras com apenas trinta segundo de bola rolando após o seu ingresso no jogo.    Participou da conquista do Mundial pelo Inter e logo em seguida foi mostrar seu futebol aos italianos do Milan, onde hoje é titular e grande estrela do clube milanês.
Mas o que toda essa conversa tem a ver com os treinadores de hoje da Dupla Gre-Nal?
Eu explico.    Ainda não vi a convicção do Renato em colocar o Leandro como sendo um titular absoluto e dar a ele a chance de se firmar com uma sequência de jogos.    Sei que muitos vão falar que as partidas em que ele não esteve foram por motivo de lesão, mas  também houve um período em que o treinador tricolor exitava em colocar o menino para jogar.     Mario Fernandes que tem sido considerado melhor jogador em campo nas últimas apresentações do Grêmio no Brasileirão só virou titular por falta de jogadores na lateral e zaga gremista.    Lesões e algumas dispensas forçaram Renato a utilizar o garoto como titular e ele acabou mostrando qualidade e dificilmente volte a ser uma opção de reserva no clube.
Falando do elenco colorado, qual é a dificuldade que Falcão tem em colocar Oscar como uma peça chave no meio campo dos Vermelhos?    O garoto tem tanta qualidade ou mais do que todas as opções que o treinador do Inter levou à campo no último confronto pelo Brasileirão, contra o Coritiba.
Oscar faz parte de uma nova safra de meias habilidosos que estão em alta no futebol brasileiro.    O melhor exemplo vem dos clubes paulistas, onde circulam nada mais nada menos do que Paulo Henrique Ganso, do Santos e Lucas, do São Paulo.
Com os garotos, o time da Vila Belmiro já conquistou uma Copa do Brasil no ano passado e está na final da Libertadores da América deste ano.
É com o time cheio de meninos que o São Paulo está em primeiro lugar no Brasileirão deste ano e com uma campanha de cinco vitórias em cinco jogos.    Fato este que é o melhor início de um clube dentro da Era dos Pontos Corridos.
Será que não está na hora dos nossos treinadores começarem a ver com bons olhos os meninos da base da Dupla Gre-Nal e investirem neles ao invés de trazer jogadores que não tem tanta identificação com o clube?
Fica o questionamento...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Renascendo das cinzas

Estou a um tempão sem acompanhar de perto a trajetória do Xavante de Pelotas.     Só que nestes últimos meses estou com mais notícias sobre o time por estar seguindo o Twitter do clube e pelo fato da segunda divisão do Campeonato Gaúcho estar passando seus jogos pela TVCom.
E notei que o time do Brasil deste ano não está lá essas coisas.    Aliás, faz muito tempo que o Rubro Negro não tem um time realmente a altura de sua torcida e sua história.
Alguns mais apaixonados por futebol e que acompanham qualquer campeonato do esporte mais popular do Brasil sabem que na primeira fase do segundo turno da Segundona Gaúcha, o Brasil de Pelotas estava em risco iminente de não conseguir a classificação devido aos péssimos resultados.
E não é que na segunda fase ele ressurgiu das cinzas como a mística história da Fênix.     Fatos como este sempre acompanham clubes de grande tradição e com o Xavante não é diferente.
Toda vez que os adversários pensam não haver mais recuperação, é aí que o clube mostra a sua força e sua garra.
está entrando na reta final do segundo turno e o Brasil está a apenas uma vitória da classificação para o quadrangular final, onde será decidido quem vai para a elite do futebol gaúcho em 2012 e quem fica a penar por mais um ano em busca de espaço entre os grandes.
Meu pensamento é positivo com relação a classificação Xavante e acredito que assim como eu, muitos de vocês não gostaria de ver o Rubro Negro sofrer mais um ano em busca do seu real espaço dentro do futebol do Rio Grande do Sul, que é a Série A.
Força a todos os torcedores Xavantes que acompanham o meu blog e para aqueles que admiram este clube de tradição e superação das dificuldades com a força da Nação Rubro Negra.
Avante Brasil, rumo ao teu lugar de origem: a Série A do Gauchão!!!

domingo, 12 de junho de 2011

Treinar e ser treinado... Quanta diferença.

Em um post antigo eu comentei que ainda falaria para vocês da minha experiência de ter sido treinado e agora estar sendo treinador.    No colégio onde eu trabalho, fui perguntado o que eu achava de implantarmos uma escolinha de futsal para os alunos no turno inverso.
Aceitei a proposta com muito prazer, afinal sempre foi um sonho meu treinar uma equipe.    Tá certo que na minha cabeça era sempre uma equipe de handebol e do naipe feminino, uma vez que eu já tinha feito esse trabalho quando estava na ESEF, com as gurias da faculdade e também já ajudei o nosso treinador de handebol do colégio.
Mudando o ramo do meu pensamento, parti para o desafio de treinar as equipes de futsal da escola onde a gente não tem as mínimas condições de fazer um excelente trabalho devido ao pouco material e a precariedade da quadra de esportes.    Mesmo assim fui pro combate.
Já se passaram dois anos que se iniciou o trabalho e ainda hoje eu tenho pedras no caminho que estou transpondo com muita luta e bastante trabalho.
No final do ano passado fui convidado para participar de um campeonato a nível metropolitano com várias escolas particulares.    Conversei com o meu antigo diretor e o convite foi aceito.
Sabia eu que tinha uma dura missão pela frente: levar minhas crianças à participar de uma competição onde a maioria delas nunca tinha jogado qualquer partida de futsal amistosa, que dirá oficial.
Treinando com os alunos duas vezes na semana e uma hora por dia, não se tem muito tempo para cobrar técnica ou aplicar qualquer tática de jogo.    É feito uma aprimoramento das habilidades individuais de cada um e colocados a jogar juntos para criar um ambiente de grupo onde possam confiar um no outro.
E é desta forma que entrei na Taça Escolar 2011.    Já tivemos vários jogos com as categorias pré-mirim e mirim e o nosso saldo para quem está iniciando no mundo competitivo do esporte é bastante satisfatório.
Com o pré-mirim, temos cinco jogos com duas vitórias e três derrotas e na categoria mirim jogamos três jogos com uma vitória e duas derrotas.
A tarefa mais difícil é colocar na cabeça das crianças que eles tem toda capacidade de jogar de igual para igual com as outras escolas.    estou tentando e não vou desistir do desafio, mas que a tarefa é complicada isso é.
Diferente de quando eu era treinado.    Eu tinha uma disciplina com relação a tática e com os treinamentos que até parecia ter nascido para jogar bola (tanto com as mãos quanto com os pés).   Só não joguei futebol de campo por um pensamento infantil que tinha.
Se a gente torce para um determinado clube, jogar no clube rival é um pensamento que não passa pela cabeça de ninguém.    E não passou pela minha quando eu tinha uns 12 anos.
fui convidado a treinar futebol de campo na categoria de base do Pelotas.    Quem torce para o Brasil isso é mais que uma ofensa.
Óbvio que não fui.    E hoje penso que deveria ter ido.
Quem sabe nos dias de hoje eu não estaria me "aposentando" assim como o fenômeno que tem a mesma minha idade...     Coisas que o destino nos reserva.
Cobro dos meus "jogadores" a mesma disciplina que o Professor Alfredo Machado cobrava quando eu jogava no Gonzaga.     E acompanhei ele por todos os clubes que ele treinou.
Aprendi bastante com ele e procuro passar aos meus comandados hoje.     Para se ter êxito no esporte, a disciplina é fundamental.
Espero que eu consiga ser um treinador competente como os treinadores que eu tive.     E também consiga obter os sucessos como treinador que tive jogando.     Fácil não é, mas eu tô na luta!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O dono da 9

Acabei de escrever aqui no blog que a seleção não me empolga mais.    Só que hoje eu me sentei em frente a TV para assistir a seleção brasileira jogar.
O motivo principal: ver o Fenômeno jogar pela última vez e guardar as lembranças que ele nos deixou para contar aos meus filhos quando eles perguntarem quem foi o melhor camisa 9 que eu vi jogar.
Essa pergunta é fácil de responder, mesmo eu tendo visto craques como Van Basten, Careca, Batistuta, Nunes e outros grandes nomes do futebol brasileiro e mundial.    Ronaldo foi decisivo quando precisou, foi atacado quando não mostrou o que todos gostariam de ver, foi exclamado em escândalos extra-campo, mas com a bola nos pés seu apelido carinhoso resume o que fez pelo esporte mais popular do mundo.
Jogadas fenomenais, lances desconcertantes para cima dos marcadores, gols antológicos e outros mais decisivos.    Enfim, o cara é o dono da camisa 9 em qualquer seleção mundial que se queira escalar.
Aquele que não relacionar Ronaldo para uma seleção mundial está cometendo a maior heresia do mundo.
UM pequeno post para homenagear o final de carreira de uma pessoa fora de série, tanto dentro quanto fora dos gramados.    Suas atitudes de gratidão para com o povo brasileiro são suficientes para demonstrar que um atleta da minha idade virou referência para adultos da mesma época que a minha, adultos da época do meu pai e para crianças da época dos meus alunos.     Amanhã, na escola, todos vão querer ser Ronaldo.    Todos vão querer ser a figura do Fenômeno e aquilo tudo que ela representa.
Para concluir, todos vão querer ser um exemplo de craque de bola e um exemplo de cidadão comprometido com as causas sociais de qualquer parte do mundo.
Meu primeiro post foi dedicado a ele e esse não é diferente.    Segue tua caminhada de realizações e sucessos, iguais aos que tivesse dentro do gramado.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

100 % de aproveitamento.

Fim de semana para os gaúchos que gostam de futebol ficarem felizes.    Hoje 100% dos torcedores Azuis e Vermelhos estão contentes com os resultados dos seus clubes no Campeonato Brasileiro.
Grêmio fez o dever de casa e ganhou do fraco time do Bahia, que senão cuidar cai de novo para a Série B, e o Inter atropelou o time do América mineiro.    Tá certo que os dois adversários da dupla Gre-Nal não tinham muitas chances de oferecer alguma restrição, mas mesmo assim era quase uma obrigação da dupla de passar e bem pelos seus adversários.
Fazer o dever de casa é um pré-requisito básico e obrigatório para quem quer ser campeão brasileiro e ganhar pontos fora de casa é uma forte possibilidade de se obter o mesmo sucesso.
Receita que os clubes do Rio Grande estão seguindo praticamente a risca. Basta saber até quando os clubes conseguirão manter o retrospecto da rodada.    O que se espera é que tenhamos as equipes do estado entre as cinco melhores do Brasil.

sábado, 4 de junho de 2011

Empolgação: tá me faltando...

Desde pequeno, quando tinha um jogo da seleção brasileira eu era o primeiro a estar sentado à frente do sofá umas duas a três horas antes do início do jogo pra não perder nenhum lance e nenhuma reportagem ou detalhe.     Como eu coloquei, eu ERA.    A seleção não me desperta mais aquele sentimento de perder qualquer programa ou deixar de fazer qualquer coisa pra assistir o jogo.    É mais fácil hoje eu desligar a TV quando estiver dando um jogo da seleção do que trocar de canal em uma partida de qualquer divisão do futebol gaúcho e brasileiro.
Para exemplificar melhor, eu fiquei assistindo ao jogo entre Brasil de Pelotas e Brasil de Farroupilha na TVCom.    E olha que o jogo foi ruim pra caramba...    Mas me motiva ver.
Agora, seleção...    Depois de tantos fiascos e tantas histórias que foram divulgadas na mídia sobre a CBF e a Amarelinha, não me atrai mais assistir ao Brasil jogar.
Claro que não vou ser hipócrita ao ponto de falar que na Copa do Mundo não torci.   Assisti aos jogos compenetrado e com emoção, mas pelo sentimento de Copa do Mundo que contagia até quem não gosta de futebol.
Hoje, lembrei que tinha jogo da seleção quando cheguei em casa ao meio-dia, depois de levar meus alunos para jogarem a Taça Escolar (prometo um post para descrever o que é ter sido treinado e agora ser treinador), e como tinha festa junina na escola do Augusto, nem me liguei que na hora da partida não estaria em casa.
É mais ou menos este sentimento que me sobra da seleção brasileira.    Torcer quando forem Olimpíadas ou Copa do Mundo.    Mesmo gostando de futebol e mesmo me considerando um brasileiro de verdade e com orgulho do país (até com essa penca de escândalo que a gente vê pela TV, mas como o blog é sobre futebol... parei por aqui!) só consigo ver a seleção jogar quando vale alguma coisa de verdade.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Tô em falta de novo...

E eu que pensei que a vida de quem tem um blog era mais simples...    Que nada.    Quando não escrevo, fico pensando que estou frustrando aqueles que esperam um post meu sobre a Dupla Gre-Nal ou sobre qualquer clube de futebol.    Só que nesses dias tenho ficado um pouco longe do blog por motivos diversos.
Tinha tanto assunto para falar, mas não tinha o tempo suficiente para dedicar à vocês que leem.
Falar sobre as novas contratações do Grêmio, sobre as divergências entre treinador, direção e grupo colorado. Levantar as hipóteses de porque o Muricy tem mais sorte do que juízo dentro da Libertadores.    Enfim, o mundo do futebol não para, e o meu tempo também não.    São por essas coisas que eu não estava me dedicando ao blog.
Espero que consiga retomar o ritmo que estava e que eu possa trazer para quem lê os meus escritos as minhas opiniões e visões sobre o que mais nos apaixona e motiva: Futebol.
Abraço e aguardem o próximo post.