segunda-feira, 14 de maio de 2012

Entrevista no Crônicas - Thedy Corrêa


Depois de um fim de semana de final do Gauchão 2012 e com o Internacional sagrado Campeão, trago para vocês aqui no Entrevista no Crônicas, uma personalidade da música que é colorado de frequentar o Beira-Rio sempre que está em Porto Alegre.
O convidado da vez é Thedy Corrêa, vocalista da Banda Nenhum de Nós. Na entrevista ele nos fala um pouco da sua paixão pelo Colorado e da ligação com a música.
Curte a entrevista abaixo:
Luciano Coimbra: Como começou a tua paixão pelo Internacional?
Thedy Corrêa: Minha família – a parte que se ligava em futebol – era, na sua maioria, colorada. Minha mãe, em especial. Quando ia passar o dia na casa de minha tia, que ficava na zona sul, ficava pedindo ao meu tio Eurico que me mostrasse suas flâmulas e objetos do Inter. Ele era muito colorado! Além disso, eu sempre ia aos jogos do Inter com os colegas do colégio. Lembro do jogo contra o Deportivo Luqueño! Minha primeira Libertadores com o Inter… O que rolou na minha vida futebolística, era que meu pai torcia para o Cruzeiro de Porto Alegre… Então ele me levou ao estádio, me apresentou jogadores e dirigentes… Eu, a partir daí, acompanhava o Cruzeiro com ele – que, mesmo com tudo isso, não ia a estádio. Depois que ele faleceu, antes do Nenhum estourar, eu fiquei com uma espécie de “dívida” com ele e sua memória ligada aos nossos momentos no futebol. Pensei em ajudar o clube com a visibilidade que o Nenhum estava dando. Por muito tempo falei que era Cruzeirista. Os outros Nenhuns sempre riam de mim, pois eu torcia e falava do Inter e ficava procurando “tijolinho” no jornal para saber do Cruzeiro. Minha “divisão” clubística acabou quando cantamos na chegada dos campeões do mundo em 2006. Ali os caras da banda disseram: “Agora deu! Agora todo mundo descobriu que tu é colorado! hahaha”
Depois disso me entreguei de corpo e alma. O ruim disso tudo é que algumas pessoas me acusaram de ser oportunista e torcedor “pós-2006″. Eu compreendo que pensem assim, pois só meus amigos da banda foram testemunhas de minha dedicação ao Inter antes disso. Atravessei os anos 90 com eles e com o Inter. Eles sabem o que passei… Eu e toda a nação colorada. rsrs Mas o fato é que é comum as pessoas terem seu time do coração – o Inter, no meu caso – e outro com o qual simpatizamos e até torcemos – o Cruzeiro. O que gerou essa confusão toda – e por culpa minha mesmo – é que eu tentei dar uma visibilidade pro Cruzeiro usando meu nome e fama (hahahaha) e pensando que assim meu pai – onde quer que ele estivesse – estaria feliz por isso. Mas digo que sou colorado e tenho minha consciência tranquila quanto ao que alguns podem me acusar…


L.C.: Para um músico, fazer uma música de sucesso pode ser semelhante a um jogador fazer um gol em final de campeonato?

T.C.: Acho que a alegria do gol é mais intensa e fugaz. É um extase em estado puro e concentrado. Na música, o sucesso proporciona uma felicidade imensa mas ela fica, digamos, diluída, através da carreira. O ponto alto do sucesso de uma canção é no show, na frente do público – que canta contigo – e nisso existe uma grande semelhança com o gol. A galera solta a voz contigo nos dois casos!


L.C.: Dentro do palco, tua ligação com o público é extrema. Como lidar com esse contato com os fãs no dia-a-dia?

T.C.: Lutei muito – a ainda luto – pelo reconhecimento, respeito e carinho do público! Então, quando alguém chega para valorizar isso tudo pedindo uma foto, um autógrafo, ou até mesmo apenas pata conversar e expressar sua admiração pelo que faço, é uma baita realização! Sempre retribuo com atenção a dedicação que recebo do público. Acho estranho aqueles artistas que sonham com a fama e que depois que a conquistam, fogem do público e de suas demonstrações de admiração. Acho que existe alguma coisa mal explicada nessa conduta…


L.C.: Como seria fazer uma música inspirada no fuetbol? Alguma das tuas músicas pode ter essa conotação?

T.C.: Já escrevi uma letra sobre isso e que o Nenhum gravou e saiu no disco que a Rádio Gaúcha fez sobre a copa passada. Chama-se 90 minutos. Fala sobre a cena do estádio, uma visão da torcida. É do tempo da farofada e da cachaça nos estádios… Cita o radinho de pilha, que eu nunca esqueço quando vou ao estádio!


L.C.: Naquele momento de folga, qual a atividade de lazer para descontrair?

T.C.: Sou maluco por quadrinhos! Tanto que estou bem envolvido com o lançamento de um Gibi do Inter!
Leio muito – não apenas livros, mas também quadrinhos! Desenho e ainda quero lançar alguns projetos ligados a isso!


Thedy Corrêa

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