segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Maior Clássico do Interior

Quem ainda não assistiu a um Bra-Pel não sabe o que está perdendo.
Não importa se o jogo é na Baixada ou na Boca do Lobo, a emoção de ver o maior clássico do interior do estado é única.
Tanto Brasil quanto Pelotas, mesmo que estejam vivendo momentos diferentes em qualquer competição que seja, entram com a maior vontade possível quando se trata de um Bra-Pel.
Falar do clássico e não citar a paixão das duas torcidas é como visitar Pelotas e não provar seus doces ou estar em Porto Alegre e não ir no Gasômetro.
Essa particularidade de se ter em Pelotas, duas equipes que apaixonam tanto os moradores daquela cidade que eu cresci e aprendi a gostar de futebol, só se compara a paixão do torcedor pela Seleção Brasileira em ano de Copa do Mundo.
Se for feita uma enquete na cidade, não me arrisco a dizer que 99% dos entrevistados dirão que seu clube do coração ou é o Brasil ou o Pelotas.
Em nenhuma outra cidade do interior esse amor pelo clube local é tão forte quanto em Pelotas.
Só que esse amor todo as vezes extrapola o bom senso e a civilidade dos torcedores.
Sempre que tem clássico, já se sabe que no dia seguinte estará estampado nas manchetes dos jornais de Pelotas que casos de vandalismo e brigas marcaram a saída do clássico.
Já frequentei mais assiduamente o jogo entre Xavante e Lobão e sentia um certo receio de acabar envolvido em confusão mesmo que não seja o responsável pelo fato.
O que acontece é que quando se está identificado com algum dos dois clubes, tu te torna alvo para o rival.
Espero que o brilhantismo do maior clássico do interior não continue a ser manchado por fatos lamentáveis como os que ocorrem em todo final de Bra-Pel.
Fica aqui o meu pedido: mais paz nos estádios.
O campo de jogo não precisa se tornar um campo de batalha.

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