quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Será que nunca vai dar a lógica?

Clássico é clássico e vice-versa. Foi assim que eu comecei o meu post no A Dupla Grenal quando escrevi que tinhamos um favorito sem questionamentos para o Gre-Nal 391. E de fato tinhamos. O Inter vive um momento melhor que o Grêmio. O time estruturado, com esquema tático fechado e jogando a pelo menos seis meses com Dorival Jr. no comando.

Tudo para ser o franco favorito no clássico, não fosse uma palavra: CLÁSSICO. neste tipo de jogo podemos colocar alguém como favorito? Pelo visto, não.E não é de hoje que queimamos a língua com esse tipo de colocação.

Na decisão do Gauchão de 2011, o Inter vinha embalado pela conquista do segundo turno e estava decidindo o estadual com a primeira partida em casa. Tinha tudo para vencer o clássico contra o Grêmio e encaminhar a conquista da Taça. Não o fez. O Grêmio realizou a façanha de ganhar do colorado em pleno Beira-Rio e levar uma enorme vantagem para a segunda partida no Olímpico.

Qual era o óbvio a acontecer na sequencia dos fatos? O Grêmio virar favorito para levantar o caneco do regional com uma simples vitória sobre o rival. Até perdendo o jogo era possível ser campeão gaúcho. Quem não gostaria de estar numa posição tão confortável como essa? Qualquer um, menos o Grêmio.

O Inter fez uma ótima atuação e ganhou a partida dentro do Olímpico pelo mesmo placar da sua derrota no Beira-Rio. Resultado: decisão por pênaltis. Muitos irão dizer que pênalti é loteria, mas eu descordo da afirmação. Pênalti é competência, tanto do batedor quanto do goleiro.

O Inter foi mais competente e levou o troféu do estadual em pleno Estádio Olímpico. Contei toda essa história para falar sobre o jogo de ontem. Tinha favorito e não aproveitou a oportunidade. Entrou em campo com aquela pulguinha de que a qualquer hora faremos os gols necessários para acabar com o cô-irmão. Mas não foi o que aconteceu.

Se viu um Grêmio aguerrido como a muito não se apresentava. Pegador, batalhador, guerreiro, pelos lances e nas disputas de bola. Não havia jogada perdida. E essa pegada foi o diferencial da partida. Kléber já havia falado em uma de suas entrevistas que gostaria de ver os companheiros se doando ao máximo em campo. Não dava para entrar na partida a 60 km/h e o adversário a 100 km/h.

e ontem o oposto aconteceu. Para nos mostrar mais uma vez que quando se trata de clássico, não podemos colocar ninguém como favorito... Por enquanto...

Nenhum comentário:

Postar um comentário