sábado, 17 de março de 2012

Entrevista no Crônicas - David Coimbra

Esta edição do Entrevista no Crônicas tem um quê de especial. Foi a primeira entrevista que fiz pessoalmente. O entrevistado da vez foi David Coimbra, jornalista do Grupo RBS.
Mesmo sendo a minha primeira vez entrevistando um profissional da área jornalística, David foi muito bem receptivo e simpático.
Nosso bate papo durou dez minutos e daí saiu essa coletânea de perguntas que vocês verão abaixo. David fala da sua carreira, viagens, Copa do Mundo e da seleção.
Confira abaixo a entrevista:
Luciano Coimbra: Quando surgiu o interesse em trabalhar com o jornalismo?
David Coimbra: Desde a primeira infância, minha vontade sempre foi trabalhar escrevendo. Eu sempre gostei de ler e escrever. Trabalhei na Editora Sulina, diretamente com os autores e escritores, com resenhas e assessoria de imprensa e posteriormente fiz a faculdade de jornalismo.

L.C.: Como começou o teu trabalho dentro do esporte?
D.C.: Trabalhar no esporte foi meio casual. Eu queria trabalhar em redação e em 1985 a RBS começou a produzir o Diário Catarinense, que foi lançado em 1986, e a sede onde eu trabalhava – a RBS lá era subdividida em sedes, como ainda é hoje – ficava situada em Criciúma. Cada jornalista pegava algumas áreas, mesmo a gente fazendo matéria sobre todos os assuntos. E eu escrevia fundamentalmente sobre polícia e esporte. Outra jornalista escrevia sobre variedades e economia, outro jornalista fazia geral. E eu dei sorte que o Criciúma começou a aparecer no cenário do futebol catarinense, sendo campeão pela primeira vez, fazendo uma ótima campanha no Campeonato Brasileiro e eu podendo noticiar tudo isso. São nessas oportunidades que o trabalho do jornalista aparece mais.

L.C.: Dentro da redação do esporte, qual viagem foi a mais interessante e alguma delas tu não faria novamente?
D.C.: Já fiz tantas viagens e não recordo de nada que eu não faria. Todas as viagens para mim foram interessantes. Paraguai, Colômbia, Bolívia, França, Japão, Alemanha, África, China, todas elas tem coisas legais. Até mesmo as viagens pelo interior do estado são bacanas. Eu não tenho muito aquela fissura de fazer a viagem… Algumas vezes as pessoas têm aquela ância de querer viajar, e isso eu não tenho muito, Claro que cada vez que saio de Porto Alegre eu aproveito bem, tento aprender e fazer com que aquilo seja importante para mim.

L.C.: Falando de Copa do Mundo, qual a Copa mais organizada e aquela que poderia ter sido melhor, se o país estivesse mais bem organizado para o evento?
D.C.: Alemanha e Japão foram Copas extremamente organizadas. São países muito civilizados, tudo está pronto., Na Alemanha, que é primeiro mundo dentro do futebol e em economia, está tudo pronto. Tudo fica mais fácil. O deslocamento é facilitado, a comida é boa, o povo educado. No Japão também, mesmo com a dificuldade da língua, o povo é muito educado, tudo funciona, as pessoas mostram muita boa vontade. Claro que a África do Sul teve suas dificuldades por ser um país muito pobre.

L.C.: A Copa do Mundo favoreceu para o crescimento da África do Sul?
D.C.: Algumas coisas ficaram para o país, como o aeroporto, mas não vejo crescimento por causa da Copa. As melhorias que a Copa do Mundo deixou para o país são muito pequenas em relação ao tamanho do evento. O lado bom é que mais pessoas conhecem o país. Não só pelo fator turístico, mas conhecimento mesmo. A gente não tem que pensar só em o país lucrar. Nem sempre os ganhos são mensuráveis, avaliáveis. Vamos supor: eu conheci a África do Sul e escrevi sobre o país.  Muitas pessoas acabam lendo sobre a África e um investidor resolve procurar um país para investir. Ele já conhece a África e fica com menos receio de investir lá, já não se assusta com o que para ele anteriormente era desconhecido.

L.C.: E a Copa no Brasil? Qual é a tua expectativa?
D.C.: O Brasil vai fazer uma boa Copa por que tem uma boa cultura do futebol e tem tempo. Claro que tem as questões de transporte, aeroportos, hospedagem. Na África também tivemos esses problemas. Tivemos uma boa experiência com o Panamericano no Rio de Janeiro, não vamos ter grandes problemas.

L.C.: E quanto à seleção brasileira?
D.C.: As pessoas estão assustadas, mas chega na hora, o Brasil se impõe. O país tem bons jogadores e se faz tranquilamente duas, três seleção em condições de encarar qualquer outra.

L.C.: Tu acreditas que os outros países vêm com receio de jogar com a seleção aqui no Brasil?
D.C.: Claro que sim. Sempre. Jogar contra o Brasil é igual a jogar contra Alemanha, Argentina, Itália, França, Inglaterra, Espanha se apresentando como uma nova força. Jogar contra qualquer um desses sete países, que são considerados os grandes do futebol, assusta os outros países. Eles sabem que não será tão fácil de ganhar. A Holanda é um exemplo. Já desclassificou o Brasil duas vezes, mas pergunta para os holandeses se eles querem jogar contra a seleção brasileira.

L.C.: Nos horário de lazer, o que o David faz?
D.C.: Gosto de brincar com meu filho, sair com ele, tomar um chopp com os amigos, ir ao cinema, ler, nadar. Essas coisas normais.


David Coimbra

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