quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Acabaram os Milagres

Pelo título você deve estar pensando: O Luciano enlouqueceu e resolveu escrever sobre religião. Tá certo que futebol e religião se confundem um pouco - diga que não conhece alguém que é fiel ao seu time mais que a Deus... - mas o post é sobre o encerramento de uma carreira de milagres variados dentro das quatro linhas do gramado.

Marcos Roberto Silveira Reis, para muitos esse nome não lembra nada. Se eu falar de São Marcos aí sim a memória do leitor se enche de imagens e defesas literalmente milagrosas e que colocaram o Palmeiras no topo da América e por muitas vezes no topo do Brasil.

Uma carreira marcada de decisões por pênaltis que consagraram o goleiro camisa 12 do Verdão como o Santo do Palestra Itália. Marcos foi protagonista de várias defesas dificílimas que tiraram o Palmeiras do sufoco, mas também foi o responsável por colocar na galeria de troféus do mesmo Palmeiras o maior título que o clube já conquistou: a Libertadores da América.

Outro fato que entra para a história do goleiro é nunca ter vestido outra camiseta que não a do seu time do coração. Marcos só atuou pelo Palmeiras durante toda sua carreira. Muitos irão falar que ele foi o goleiro do penta, mas em clubes, a carteira de trabalho dele só teu um carimbo, o verde do Palestra.

Já que tocamos no assunto seleção brasileira São Marcos foi, junto com Ronaldo Fenômeno, protagonista da conquista da Copa do Mundo de 2002, operando seus milagres durante a fase classificatória e também na final contra a Alemanha. É dele uma parcela da conquista daquele título.

Mas de todas as defesas e frangos sofridos, Marcos sempre foi um exímio pegador de pênaltis. Cada decisão que se dava nas cobranças da marca de cal localizada a onze metros da linha do gol, o torcedor palmeirense ficava com um sentimento de angustia e confiança ao mesmo tempo. Angústia pela decisão em sí, mas confiante por que ali estava São Marcos. E santo não abandona seus fiéis...

Marcos parou. Pararam os milagres no Palestra. Mas irão ficar marcados na memória do torcedor alvi-verde e de todo torcedor brasileiro.

Um vídeo para ilustrar o que acabei de escrever. As imagens falam por si só.

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