terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Diferença do Camisa 10

Aqui no sul temos uma cultura de que o jogador que assume a camisa 10 de qualquer equipe, seja ela da capital ou do interior é inquestionável e absoluto titular. O que não podemos esquecer é que para se manter em tal posição, o cara tem que estar afim de jogar bola.

Ou seja, demonstrar em campo que merece ser titular e que, ainda por cima, pode até ser presenteado com a braçadeira de capitão. Na capital temos dois exemplos bem distintos de jogadores Camisa 10.

Exemplo 1- O camisa 10 do Grêmio, Douglas, está longe de ser um jogador mediano ou até mesmo um craque de bola. Só que se enquadra perfeitamente em um atleta de ótima qualidade técnica e que pode decidir uma partida a qualquer momento.

Mas não é o que apresentou em campo nos últimos jogos de 2011 e apresenta nos primeiros de 2012. Um jogador sem pegada, desleixado em campo e com pouca vontade de jogar bola. Resultado: banco de reservas no treino do Grêmio para a partida contra o São Luiz de Ijuí.

Se essa posição de reserva não mudar a postura do jogador, nada me convence de que a diretoria tricolor irá dar um jeito de negociar o meia. Fato que já foi bastante cogitado no início da temporada.

Exemplo 2- O camisa 10 do Inter, D'Alessandro, viveu dias de herói e vilão em menos de duas semanas. Tem um perfil explosivo, mas em campo é extremamente dedicado e focado na partida. Para ele não tem bola perdida e se precisar ainda ajuda na marcação.

Com a iminente possibilidade de sua saída, os torcedores colorados ficaram apreensivos com a perda de sua referência técnica. E a reposição seria à altura? Será que vão achar alguém como ele? Questionamentos que passaram pela cabeça dos colorados e que não havia nenhuma resposta consoladora.

Voltou a se tornar o ídolo maior do Inter nos últimos tempos quando decidiu ficar e abandonar a proposta milionária da China. Grupo de jogadores se mostravam mais relaxados e mais felizes com a permanência de D'Ale.

Vitória sobre o Once Caldas passou literalmente pelos pés do meia. Foi um passo importante para ingressar na fase de grupos da Libertadores. Qualquer resultado por diferença de um gol na Colômbia coloca o Inter no grupo de Santos, Juan Aurich e The Strongest, mas para isso precisa marcar pelo menos um gol.

São peças fundamentais nos esquemas de suas equipes, mas precisam mostrar que podem ser indispensáveis. Pelo que vemos de Douglas e D'Alessandro, só um deles está em alta com a torcida. Já o outro...

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